Pranto

Foto de Carmen Vervloet

LAÇOS DE AMIZADE (FELIZ DIA DO AMIGO!)

Qual delicada violeta plantada num simples vaso
Cuide do amigo que traz cinzelado na alma o descaso
E o regue com respeito, amor fraterno e ternura
Quando se mostra seco de dor e amargura.

Estenda a mão para esta alma ferida
Que surge qual violeta triste e doente
Compungido pelos nós cerrados que atam a vida,
Ignorado por gente que passa indiferente.

Chega florindo tristeza no lugar de um sorriso
E esconde nos seus olhos profundos e grisos
Um coração que bate num compasso sem jeito
Que traz esperança murcha e sonhos desfeitos.

Amigos são conquistados com gestos de atenção
São envolvidos em laços de amizade...
Carinho, calor humano, gentilezas do coração
Um ombro, afeto, tudo por inteiro, nada pela metade

Um amigo só é reconhecido em dias de aflição
É o anjo que chega junto ao poente e estende a mão
E destemido e audaz salva de um evidente naufrágio
Enxuga o pranto e guarda dos maus presságios.

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Lúcia

Busca infindável...

Busco-me...
Nas profundezas do meu eu
onde o mais sensível sentimento
encontra-se com a essência da essência...
Que de tão puro e transparente
assemelha-se à fragilidade do cristal...
Basta um leve toque, um simples choque
e ele se desfaz...

É aí que me encontro,
que me confronto,
que me estilhaço,
que me perco e me acho,
me desabafo das tensões do dia,
dos meses sem fim,
do ano que não termina,
do novo que nunca vem...

Soluço de mansinho
pra não me fragmentar
e junto com meu pranto
tento deixar rolar
as dores já vencidas,
as mágoas corroídas
e todo o desencanto
da estupidez da vida.

Carmen Lúcia

Foto de Soélis

QUE PRESENTE É TE AMAR !

QUE PRESENTE É TE AMAR !

Autor: Soélis Sanches

Tudo começou quando para ti olhei a primeira vez,
A partir daí minha vida tomou outro caminho,
O coração pulsava forte, os olhos brilhavam de felicidade,
Descobri em você, minha paixão, meu amor, minha ternura e meu carinho!
Chorava, gritava, saltava de alegria, quanta magia descobri no teu olhar!
Sabia o que sentia!!
Seu andar, a sua doce meiguice o meu coração conquistou.
Descobri encantos...
Enxuguei meu pranto...
O amor tomou conta, o sorriso nasceu nos lábios meus, vi no teu rostinho de mulher a razão do viver.
Agora, desejo colocá-la em meus braços, para te dar um cheirinho e te fazer muito carinho.
No teu olhar vi a luz que ilumina meus dias, vi o sol que me aquece, vi a doce magia...
No teu sorriso vi o sonho que pressagia toda minha felicidade.
Faz-me sentir em teu céu, faz-me sentir em teu mundo; onde há somente o sabor de mel dos lábios teus!
No teu olhar, nos brilhos dos olhos teus, encontrei os meus...
Que suspirando te digo:
Que presente é te amar!

Foto de Carmen Lúcia

Sem explicação...

Vejo-te nas densas brumas do oceano
em cada onda a se quebrar
no branco de sua espuma
no céu a refletir no mar
na brisa que sopra ao meu ouvido
palavras que vinhas me dizer
promessas que vinhas me fazer
carinhos que me faziam crer
que o mundo se resumia
somente em nosso querer...

Hoje caminho sozinha...
do mar, o céu anoiteceu
o branco tosco escureceu a espuma
as ondas bailam devagar
o pranto nubla meus olhos
algo em mim morreu...

Desmorono castelos
de dentro de mim
pisoteio sonhos
que tiveram fim
espezinho as palavras sutis
as promessas vis
cenário ilusório do amor
que não pôde ser...

E sigo nua de emoção
sem nada explicar ao coração...

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Aos olhos da noite...

Aos olhos da noite
tudo pode acontecer...
Em tua penumbra
trancado qual tumba
um grito se cala,
a dor não se abala.

Aos olhos da noite
procuro esquecer
olhos que me olharam,
lábios que me beijaram,
amores que me amaram
e que deixei esvaecer...

Aos olhos da noite
eu tento esconder
o que me consome e me faz sofrer.
A sombra da noite é minha amiga,
na noite escura encontro guarida.

O abraço da noite é o meu acalanto,
é voz que me embala, suave é teu canto...
noite sem lua, tão nua na rua,
despida de afeto, de vida que é tua.

Escondo a nudez envolta em teu manto
enxugo meu pranto, me aqueço em ti...
Aos olhos da noite
sombria, orgia
vazia de lua, de sonho,
de encanto,
magia...

(Carmen Lúcia)
20/06/2007

Foto de Lady Godiva

Anatomia da desilusão

Ao peito trago a saudade,
nas mãos
coração,
aorta.

Tronco das artérias
agora vazias,
onde antes circulava o amor.
Corpo que se encolhe
sugado,
mirrado de tanto combater a dor.

Preciso que a noite me lave a alma.

Esconder-me a um canto,
chorar,
ò... tanto!!!
e sentir que este pranto
me vai, de novo, trazer a calma.

Ao peito levo a saudade
nas mãos
a confiança,
morta.

Foto de Carmen Lúcia

A um certo alguém...

Posto-me no chão a vislumbrar teu voo,
a me imaginar bem alto, ter o teu consolo,
a me ver sorrindo e contigo indo...
Dois em um, colados, calados, como em voo solo.

Voo sem volta pra viver um sonho
pelas densas brumas, sobre oceanos
refletindo amor nas ondas noturnas,
dando inveja à lua que se põe soturna.

Mas prevalecem a covardia e o medo...
Pássara sem asas a voar não ouso,
sem sequer começo quebro nosso enredo
e fico no chão a ouvir teu canto
sufocar meu pranto.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Apesar de...

Apesar dos caminhos truncados
e dos sonhos não alcançados;
apesar dos estilhaços, tropeços e fracassos;
das derrocadas inesperadas e cruentas,
das lutas consigo mesmo, sangrentas,
dos embates com as incoerências
impostas em nosso cotidiano;

apesar das ingratidões marcadas pelo pranto
que desaba mesmo sem querer,
visto a dimensão do desengano;
amores aos quais nos demos tanto
e que se foram ...e que perdoamos;
dos torpedos lançados à queima-roupa,
covardemente, sem aviso, de improviso
a arrancar-nos o chão... a alma e o coração...

apesar das perdas irreparáveis
de entes queridos, amigos admiráveis,
apesar do cansaço, da fria solidão, da ausência de abraços,
das dores mescladas com sorrisos
amargos e sofridos, escancarados e corrompidos;
ainda assim há o lado bom da vida,
de portas abertas a nos acolher.
Nem precisa bater...
Basta crer que vale a pena viver...

Carmen Lúcia

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
25/02/2010

Foto de raziasantos

Minha linda casinha!

Viajei durante horas até chegar à velha casinha
No alto da colina.
Cansada respiro aliviada.
A pequena ponte de madeira feita com cordas de cipó
Continua inteira.
Balança! Pra lá e pra cá!
Que vista maravilhosa que alimentam minhas ilusões.
O pequeno rio de água flutuante, calmo e claro:
A branca espuma desmancha-se em esperança.
O cansaço que invade meus ossos trezes a realidade.
Esse aglomerado de esforços, em caminhos tão solitários.
Essa viagem incessante em busca do desconhecido deixou marcas
Que nunca serão curadas.
Tudo é passado então porque aqui estou?
Que vida eu tive para que hoje volte ao teu regaço...
Há! Em teus belos campos antes de vir à tempestade...
Que só deixou saudade.
Os amores vividos em teus campos divididos.
Os sorrisos, as lágrimas...
Agora atento para o a que vim buscar...
Quero curar o meu vicio do que aqui apreendi amar.
Quero o abraço perdido, e tudo que eu poder resgatar.
De tudo que vim buscar o mais difícil será assumir minha dor
De tanto tempo longe de ti ficar.
Quero sorrir e esconder o meu rancor, afogar em teus rios minha dor.
Esmagar a vida do nada acontecido.
Aqui em teus seios quero descansar, ver as nuve douradas;
Que surgem com a alvorada.
Estou tão cansada!
Estou definhado meus dias estão findando.
Vem e me abraça eloqüente saudade.
Que minha carne consome sem piedade.
Suga todo meu ser neste breve instante de prazer.
Cansei de revira-me do avesso em busca do que aqui deixei.
Cansei de chorar, cansei de inundar com meu pranto, o doce campo branco que em minha alma passou habitar.
Há! Como é forte o cheiro das flores que ajudei cultivar!
Como bom pisar o seu solo!
Como é bom saber que estou de volta.
Que aqui ficarei até que a morte venha me abraçar.
Lanço sobre ti pela última vez esse olhar que misturei
A poeira que aqui deixei.
Tantas vezes enxugou-me com teu orvalho frio.
Doce terra minha, que bela é a minha casinha!
Estou em teu braço minha linda colina...
Começo a desfalecer... Meus olhos estão escurecendo,
O meu inocente morrer, entre a colina que nasci é dádiva de Deus.
Nunca haverá outro tão belo desabrochar.
A morte é minha estrada certa.
Descanso em teu leito ainda vê os campos brancos.
Que belo é morrer aqui na terra em que nasci!
Estou de volta! Terra minha entre seus jardins descansarei.
Vem morte iminente... Abraça-me acolha- me junto aos meus amados
Que sem me despedir aqui deixei.

Foto de Fernanda Queiroz

Olhos demenina

Olhos de menina

Queria olhar-te com olhos de menina
Dar-te um abraço apertado
Desprovido de fardos acumulados
Ou dos lábios silenciados
Queria passar por esta porta
Sem que ela gemesse
Como o pranto que não segurei
Ou como os gritos que não dei
Queria sentir que a esperanças
Não se transformasse em lembranças
E o teu rosto poder ter
Por todo meu viver
Não quero escrever triste
Você sempre foi mais que alegria
Que habita todos meus dias
Que faça com que eu exista
Mas sei que está sendo profundo
Pois você é o meu mundo
Não há como negar
Ou tentar enganar
Por você imploraria
A quem fosse dono e senhor
Por você me humilharia
Em qualquer crença for
Pedir-te-ia com jeito
Ressoando eu meu peito
Este mais puro amor
Ver surgindo do nada
Uma mão espalmada
Que fosse grande o bastante
Para apenas por um instante
Transformar sonhos de dor
No milagre do amor.

Fernanda Queiroz
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