Pontualidade

Foto de Graciele Gessner

A Culpa é Sua. (Graciele_Gessner)



Categoria: conto



... Ele persegue, ele tenta, mas percebe que assim nada consegue. Ele está caidinho de amores pela Jaque, doido por ela! No entanto, ela parece ignorá-lo. Por que Jaque reage assim?

Os dias seguem, e ele ainda não conseguiu amolecer aquele coração, ou melhor, a dona dele. Ele já está pensando em desistir, pois não gosta muito daquele tipo que se faz de difícil.

Os dias transcorrem lentamente, ele já não corre mais atrás dela. Contudo, algo em sua intuição dizia que precisava persistir mais um pouco. Arriscou-se e convidou a Jaque para sair no domingo, que ele esperaria por ela. Jaque não confirmou nada, mas ele estaria esperando.

O tal domingo chegou, a Jaque foi ao encontro, certa de que ele estaria realmente esperando. Para a sua surpresa ele não estava no local combinado. Só que todo atraso tem suas justificativas, a Jaque descobriu amargamente que ele estava com outra, viu a cena patética no outro lado da praça da cidade.

Como pode imaginar, com a cara de pau que todo o homem tem chegou ao encontro. Como sabemos atrasado. Para completar a cena, se fazendo de vítima por sua falta de pontualidade.

Quando a Jaque o viu, toda aquela raiva se evaporou. Estaria ela apaixonada por ele? A partir dali, pensou: é preciso cometer certas loucuras, mas com consciência, sem exageros para depois não se arrepender.

Então, como se não tivesse visto nada, entrou no carro dele. Seguiram a estrada, nada tinha sido realmente programado, mas acabaram num local que ninguém os encontraria.

Mas quem disse que tudo seria tão fácil? Pela fatalidade que a Jaque presenciou, ela não estava segura com ele. Estava se recusando em ter qualquer aproximação. Pela análise imediata dela, a culpa era dele, pois querendo ou não, mulher alguma aceita ser dividida ou ser passada para trás. Qual era a dele?



07.03.2010

Escrito por Graciele Gessner.



*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

Etiquetas e Boas Maneiras. (Graciele_Gessner)






Sabe-se perfeitamente que as boas maneiras se resumem na boa educação recebida em casa. Obviamente que existem casos que não procedem, pois muitos ficam a deriva pelos pais sem noção, ignorando as etiquetas e as boas maneiras.

Ao receber tal sugestão de tema, me deu certo calafrio, já que o tema é abrangente e sempre acabamos esquecendo de citar algum item. Entretanto, é importante recordar de algumas regras de educação, que nos tempos atuais parecem estar em desuso. Não sou conhecedora do assunto, mas algumas etiquetas de que utilizo farei menção.

Começo citando os gestos no qual se deve ter o cuidado nos excessos de gesticulações, pois falamos com a boca e os gestos corporais podem em muitos casos expor-nos ao ridículo.

Outro erro muito comum é falar alto demasiadamente. Não tem necessidade de querer impor a sua autoridade perante outra pessoa. Falar alto além de ser irritante é grotesco. De momento só existe dois motivos para fazê-lo, no telefone caso tenha problema na ligação ou se a pessoa realmente não ouve tão bem. Tirando estas duas ideias, não vejo explicação cabível para alterar o volume da voz. Sem esquecer de mencionar que é prejudicial para a nossa própria voz quando aumentamos o seu timbre.

Algo realmente tedioso e que me deixa horrorizada é quando uma pessoa fica fungando o nariz, sabe que está gripada/resfriada, mas fica sonorizando tudo aquilo. O correto e até agradável é soar o nariz de forma reservada. Tenho certeza que os meus ouvidos agradecerão!

Uma etiqueta muito importante é a pontualidade, para mim é o básico, praticamente fundamental. Desde criança, quando estava nos meus primeiros anos de seriação, sempre gostei de chegar com antecedência a escola. Atualmente, nada mudou – seja no trabalho, na faculdade ou qualquer outro lugar. Foram às raras vezes que me atrasei se não tivesse motivos. Acho um desrespeito mortal em não ser pontual. Imagine uma pessoa que não consegue ser ao menos pontual, isso denota que é uma pessoa desorganizada que não sabe planejar o seu tempo e deixa que as coisas cheguem ao caos. Sem falar que muitas vezes desrespeita outras pessoas que estão a te esperar.

Seguindo outro item muito importante, é o bom-senso da discrição. A arte de ser discreto é um quase complemento do primeiro item, em questão de gestos excessivos. No entanto, ser discreto é ser capaz de passar num lugar e não ser percebido. Além de ser elegante, é admirável uma pessoa que sabe ser discreta.

Conclui-se então, que as boas maneiras são atitudes simples que muitas vezes por descasos não valorizamos. Uma dica: saudar as pessoas com “bom-dia, boa-tarde, boa-noite” é o início de interação com as pessoas, além de fazer com que o seu dia se torne algo prazeroso. As atitudes estão nestas pequenas ações, mas muitos não dão o devido valor. Por que não começar hoje uma atitude diferente? Por que não começar a usar estas básicas ideias de educação ao nosso favor? Pense nisso.



11.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.



*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de ERIKO ALVYM

eu vim te amar

luz & trevas
saturno espelhado no lago
o cavalo rasga a fêmea
posse & afago
o mago abre a porta do sonho
nas mãos a chave do canil
e a moeda do passado

música tão longe
a cartomante enxergou o sangue
escorrendo das senhas
o solitário não é!
mergulhou na esperança
encontrado de olhos sonhados
exalava música

o que deseja o monge?
ouço vozes
o que é feito do anjo
se a fome é presente?

o que deseja o monge?
as portas trancadas
indicam
: o amor é pontualidade
e renúncia

ficar triste é escorregar
no vazio
se a rainha se foi
durmo na ruina

qual a carta
que levou meus olhos?
a cartomante mente
eu só tenho cor
da face p'ra dentro

eu vim te amar
vim pelas estradas sem eco
vestido apenas com a indicação
e o desprezo
o guarda copiou o pedido do condenado

resta amar
encontrar na solidão
o motivo para
esquecer na essência
a condição

Foto de Ana Botelho

EDUCAÇÃO É A ÉTICA QUE RESIDE NOS PEQUENOS DETALHES

EDUCAÇÃO É A ÉTICA QUE RESIDE NOS DETALHES
Não podemos nunca pensar que os nossos atos individuais não afetam o todo, que somos apenas um e que não fazemos a diferença, porque as nossas ações se somam a milhares de outras iguais a elas, formando a mudança positiva que precisamos com tanta urgência para engrossarmos as fileiras voluntárias ao nosso próprio bem.
A ética se caracteriza a partir das coisas pequenas. Só a mentira e a ignorância justificarão a falta de conhecimento disso. Temos que entender e aplicar a ética nas pequenas coisas, porque são os atos isolados e individuais que, somando-se uns aos outros, formarão o modelo ético de cada indivíduo, depois o de alguns e, finalmente, o de todos, até se tornar uma cultura, a cultura de uma nação. Ou continuaremos adeptos da "ética pequena", aquela conveniente aos nossos egoísticos interesses. Cegos, surdos, mudos e negligentes ao fato simples de que basta um pouco de fermento para levedar toda a massa.
Precisamos aprender a agir acreditando que:
Um papelzinho de bala no chão é lixo mesmo;
Uma garrafa pet, uma só, entope o bueiro e gera uma grande inundação. Um colchão, um pneu velho, ou um saco de lixo faz o córrego transbordar;
Uma árvore derrubada sem ser substituída é desmatamento;
Um animal silvestre abatido é uma ameaça à extinção de espécie ( nossa inclusive);
A fumaça do nosso cigarro afeta a saúde do outro, imagina a nossa;
Um barulho alto na nossa casa perturba a soneca do vizinho. Assim como falarmos alto com os outros, ou ao celular em casa, em locais de trabalho, ou de lazer, perturba as pessoas em volta;
Um xingamento no trânsito agride a nossa imagem, a do outro motorista e provoca a vontade de ele também nos agredir;
Aqueles "gorós" a mais, ou aquela "saideira", que nos deixa bêbados e incapacitados para dirigir, assim como aquela ultrapassagenzinha rápida na curva em faixa dupla, ou dirigirmos acima da velocidade permitida vão nos matar, os demais ocupantes do nosso carro e ainda os do carro de quem vier em sentido contrário;
Uma mentirinha magoa muito os amigos, a esposa, ou marido e principalmente o filho;
Uma pequena interferência, ou adiamento em um caso, ou num processo pode prejudicar outros envolvidos;
A falta de atenção com nossas obrigações profissionais afeta o cliente, os fornecedores, nossos colegas de trabalho e a sociedade como um todo, os resultados da nossa organização é a nossa chance de continuarmos empregados;
Fazermos vistas grossas aos contrabandos , ao tráfico nas ruas, ao excesso de velocidade, à documentação vencida, às pixações de propriedade privada e pública, ao direito do menos favorecido e vendermos como favores o direito público é mau uso de autoridade;
Colocarmos só um parentezinho no gabinete, votarmos em lei sem nem conhecermos no que votamos, seguirmos a maioria em vez de nossa própria consciência, esquecermos a Constituição e a isonomia deixando que iguais sejam tratados como diferentes, fazendo da coisa pública apenas uma "coisa" e o erário como "limite do cheque especial" é faltarmos com respeito ao voto de confiança recebido;
Chamarmos de preto, quatro olhos, baleia, deixa que eu chuto, furúnculo, de japona, turco, favelado, pivete, não é engraçado, é um ato de violência. E violência de qualquer tipo gera mais violência;
Ocuparmos os lugares reservados para pessoas especiais no transporte coletivo, ou em qualquer outro local é desrespeito com o mais necessitado. Assim como não cedermos espaço a quem precisa mais do que nós também o é;
Não darmos preferência ao idoso e não tratá-lo como se fosse nosso pai ou avô, mãe ou avó, é repetirmos a mesma falta de respeito que os nossos sofrem e que vivemos reparando e reclamando;
Chegarmos atrasados em horários combinados é atraso sim, que atrasa a vida de todo mundo. E ninguém quer pedido de desculpa, quer sim, pontualidade;
Darmos tapas e chamarmos de burro e de outros adjetivos medíocres é agressão, não é jeito de educarmos ninguém.
Enquanto não resolvermos ser éticos nas pequenas coisas de forma individual e cotidianamente, o que acontecerá na prática com a nossa sociedade?
Ela continuará condenada a viver na ilusão de que os problemas não residem em nós, colocaremos sempre a culpa nos outros, passando a repetir os mesmos padrões vergonhosos que ouvimos dos menos esclarecidos: "é os omi... é os cara lá di cima... é tudo ladrão e incompetenti qui não si importa co’a gente...não tem jeito mermo...fazê o que se tudo tá perdido?...isso é coisa de disocupado..."
A educação é, antes de tudo, a mola propulsora do progresso, da paz e do respeito mútuo e que deverá funcionar em nossa vida como uma viga-mestra bem estruturada para que ao construirmos os nossos atos, eles sejam fortes e decisivos, verdadeiros diferenciais arrastando muitos dos que nos cercam ao caminho do bem.

Foto de ek

três por quatro

só pra lembrar
o ano já começou
o carnaval já passou
e agora reina a ordem
trabalhar, estudar,
ir ao cinema e morrer de tédio.
vamos dormir cedo
(já acabou o horário de verão)
não vamos nos atrasar
perder a hora, desapontar.
agora cobram
pontualidade, responsabilidade,
devemos conquistar credibilidade.
não faça cagada,
estava funcionando
volta funfando.
eis a frase do dia!
mais um ano que começou
e mais um carnaval que se passou,
agora reina a ordem.
a ordem que intimida,
ameaça, amedronta, e nos diverte
(nosso riso assustado, nosso medo camuflado).
viva a ordem,
viva o regime,
vida longa.

evandro kunha - 27.02.07

Subscrever Pontualidade

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma