Poema

Foto de Wanessa Rodrigues de Almeida

Posso sentir...

Ainda posso sentir
Suas mãos a me afagar,
seus lábios que se apertam contra os meus...
Seus olhos...
Estes são serenos e piedosos...
Profundamente ternos!
Seus beijos,
lábios macios como a pétala de rosa que em primavera desabrocha.
Primavera que é umida e calma...
Primavera que ilumina os versos do poeta.
Sua pele...
Beleza juvenil,
macia e doce,
aveludada como o pessêgo maduro...
Que libera seu doce néctar.
Calmamente me ponho a pensar no por que de não te esquecer...
Lindo anjo.
Terno ser...
Amor?
Você!

ESPERO Q GOSTEM DESTE POEMA ESTOU ESPERANDO OPINIÕES...
BEIJINHOS NESSA...
NESSARODALM@HOTMAIL.COM

Foto de yeliel

Análise duma poema de Luís de Camões

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Algua cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Este poema não intitulado, escrito por Luís de Camões, apresenta como tema principal a paixão do sujeito poético para coma sua amada, que, para tristeza, morreu jovem. Como a amada do sujeito poético já se despediu para sempre, o tom desse poema é simplesmente revoltado por um ambiente amargo e triste. O poema também tem a função de revelar a saudade do sujeito poético à sua amada que, provavelmente, o pode ouvir do céu. O poema é constituído por quatro estrofes, duas quadras e dois tercetos. As duas quadras apresentam rima interpolada e emparelhada e os dois tercetos rima cruzada.
A primeira estrofe introduz a situação dos amados. Logo no início do poema, o sujeito poético invoca a sua amada emocionadamente através da designação amorosa “alma minha gentil”, dando-nos a conhecer que o poema é dedicado a uma pessoa que ele ama com alma. Depois desta apóstrofe, também no primeiro verso, revela que ela já tinha falecido. O verbo “partiste” neste contexto tem o significado de morrer, mas o sujeito poético não quis utilizar “morrer” para nos dizer que a sua amada só partiu para um mundo diferente, mas continuará viva. No segundo verso, o advérbio de intensidade “tão” reforça o adjectivo “cedo” dizendo-nos que ela morreu ainda muito nova. Nos dois versos seguintes o sujeito poético mostra outra vez que acredita que a sua amada continua viva através do verbo “repousa”; o determinante demonstrativo “lá” fez o céu parecer não tão misterioso por ser o local onde ela vive. Note-se que “Céu” é escrito com maíuscula referindo-se ao “Paraíso”. Os advérbios “eternamente” e “sempre” são muito intensos, ambos são sem fim, com a ausência da noção do tempo. Os dois amados estão assim separados pelo céu e terra, pelo que não se vislumbra reencontro.
Na estrofe seguinte, o sujeito poético faz um pedido para a sua amada não o esquecer. O “assento etéreo” é referido como “céu”. Ele suplica para que no céu as pessoas vindas da terra continuem a ter a memória do que se passou com eles quando estavam na terra, para que a sua amada não se esqueça “...daquele amor ardente / Que já nos olhos meus tão puro viste” (es2,vs3-4). A expressão do “amor ardente” está a realçar o quão apaixonado o sujeito poético está pela sua amada, amor que está escrito nos olhos puros dele. Como o adjectivo “puro” significa sem mistura, e os “olhos” são a porta para a alma e coração, caracterizando os seus “olhos” como sendo “puro(s)”, ele quer dizer que tudo nele é somente a paixão verdadeira e honesta por ela.
O terceto que vem a seguir diz exactamente como ele ficou depois de ela ter morrido – doloroso, magoado e sem remédio, que são apresentados em forma dum assíndeto no último verso da estrofe “da mágoa, sem remédio...”. A amada do sujeito poético é como se fizesse parte física e psicológica dele, porque, depois de a perder, ele ficou “sem remédio”.
Na última estrofe do poema, o sujeito poético pede a sua amada para pedir a Deus para que ele morra também mais cedo, para poder ver a sua amada. Na segunda parte do primeiro verso, houve uma inversão “..que teus anos encurtou”. O verbo “encurtou” está, mais uma vez a referir que a morte da sua amada é jovem de mais, a sua vida foi curta de mais. O segundo verso é o pedido que ele quer que a sua amada faça a Deus, o advérbio de intensidade “tão” serve para enfatizar “cedo” que ele também quer morrer, e o desejo que ele quer ver a sua amada. Finalmente, o sujeito poético não se esqueceu de relembrar outra vez a insatisfação que sente pelo facto de o destino ter levado a vida da sua amada demasiado depressa. “Meus olhos” é uma sinédoque, “olhos” é apenas uma parte do corpo mas está a representar o corpo todo, os olhos não podem ver a sua amada é mesma coisa de estar separada dela. Neste verso também o advérbio “cedo” que se está a referir à morte da sua amada, este “cedo”, juntamente com o do verso anterior, formam uma epanalepse. Por fim, a utilização de vários pronomes de segunda pessoa “te” ao longo do poema faz-nos pensar que no pensamento do sujeito poético, no mundo só existia ele e a sua amada.

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Escreverei...

Eu vou escrever
Como se eu fosse um poeta,
vou dar asas à liberdade e,
escrever sobre o que guardo no coração...

Sentimentos contraditórios ,
ora elevam minh'alma às alturas,
ora me afundam num mar de desespero...

Situações angustiantes que parecem não ter fim,
machucam e magoam bem profundo,
levam-me à descrença total no momento...

Outras ocasiões alegres e festivas,vão pipocando
aqui e ali...ajudam-me a levar a vida adiante,
e admitir que vale a pena a minha existência...

Ora se vale!
Às vezes brigo com meu próprio coração,
chamo-lhe a atenção para que não seja tão sensível,
que não se magoe tão fácil com o semelhante,
que perdoe as fraquezas e as traições...

Bem mais a frente, estão coisas lindas de viver,
um amor novo substitui o que ficou para trás,
palavras de incentivo superam a inveja,
elogios sinceros ofuscam as criticas destrutivas,
o calor humano mostra que a vida pode ser bela...

Como se eu fosse um poeta,
gostaria de dizer que o amor,
é a minha arma de defesa...
Ele é o escudo contra as tristezas,
é a força capaz de resgatar meu romantismo.

Se um poeta estivesse aqui no meu lugar,
talvez deixasse registrado,
que cada um deve viver bem a sua vida,
deixando que o outro viva
a sua como bem lhe aprouver...

E se alguém quiser me criticar,
basta apenas um poema escrever...
Como se eu fosse um poeta direi apenas:
Escreve poeta...

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Dois caminhos

Existem em mim somente dois caminhos. O caminho para dentro e o caminho para ti.
Nenhum me leva para fora, porque tu estás dentro de mim, num pedaço sagrado e beijado somente pelas asas dos anjos alados e invisíveis.
Penso que aprendi a trilhar ambos os caminhos ao mesmo tempo. No fundo, levam-me a um mesmo sítio.
A mim.
Porque tu vives em mim e a tua imagem alimenta-me a sede de amar.
Ainda assim queria encontrar o caminho para fora. Sabes, é que o meu íntimo sufoca-me.
Funciona como uma gruta medonha que tenho medo de explorar. Quanto mais me aventuro, mais úmido e sombrio se torna.
Por vezes lembro-me que se um dia encontrar o caminho para fora, serei cegado pela luz ofuscante da Verdade. Os meus olhos nada mais lembram que não este negrume peganhoso.
Sinto-te nas paredes do meu íntimo. Estás gravado nelas, como se fosses delineado a carvão na alvura do lençol.

Percorro o caminho, tacteio a entrada que é simultaneamente a saída das antecâmeras e becos.
Se ao menos pudesse tropeçar em algo realmente útil. Um pergaminho, uma flor, uma fotografia do Sol.
Mas não.
Aqui tudo é igual, tudo é monótono.
E tu habitas-me. És a única irregularidade na tela do meu sonho.
Como tal, fascino-me com todos os teus poros de onde emergem melodias e fios de seda.
Fascino-me e surpreendo-me com os teus mais subtis respirares.
O sopro de vida que emerge de ti para mim é o poema mais saboroso jamais escrito por deus.

O meu íntimo é uma prisão, sabias?

Quero que aprendas os caminhos que apenas eu sei percorrer.
Ensino-te uma e outra vez e ainda assim perdes-te nos meus labiríntos.
Mas amor... se olhares tudo em tua volta sou eu. Porque é em mim que habitas e foi no meu íntimo que aprendeste a voar.

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

O ato de escrever

A escrita aproxima as pessoas de uma forma quase assustadora.
É como identificar, nos outros, parcelas de nós mesmos.
Ler nas palavras perdidas em blogs, livros, crônicas, as nossas loucuras, os nossos mais inconfessados anseios.
Os laços que se criam entre duas pessoas apaixonadas pela escrita faz com que se apaixonem entre si e, partilhem, silenciosamente, rasgos mentais.
Um espelho por vezes algo grotesco em que vemos o nosso íntimo no íntimo do outro, o nosso sorrir no sorriso do outro.
E a dor na dor do outro.
Duas pessoas que partilham dor nunca mais poderão ser indiferentes aos vultos dos seus corpos.
Quantos desses encontros fugazes com as nossas metades perdidas no mundo, soltas a voar no espaço da criação?
Quantas palavras ficam por ser ditas nessa mútua compreensão amargamente doce.
Quantas sensibilidades iguais, atrações criadas e recriadas nesse espaço-tempo criativo e sensual?
A escrita é espaço de tentação. De tensões que aproximam e a afastam os possuídos.
Só outro possuído para compreender a possessão.
E não é isso que todo o ser humano procura? Compreensão?
Essa identificação serena e ao mesmo tempo revoltada em que queremos ser o alvo do poema, queremos ser o amor e o amado, queremos ser o destinatário dessas palavras, dessas teias invisíveis e, no entanto, tantas vezes palpáveis.
Sim, a escrita, é um ato sensual.
Uma veste que nos torna tão deslumbrantes aos olhos dos outros... dos que nos desnudam devagar, com profundo deleite.
Talvez tudo se resuma a isso... A um amor imenso que nos assoma e nos entrega nas mãos que seguram a caneta. Nos dedos que batem no teclado.
Sendo dos meus leitores, não sou, porém, de ninguém. E isso torna-me muito mais apetecível.
Muito mais... etéreo e majestoso.
Por isso me escondo. Me resguardo. Para que possam sempre sonhar com o deus que gostam de idealizar.
E que, infelizmente, é tão humano. Tão imperfeito e estupidamente humano.
Visto-me de escrita e danço para vós. Desnudam-me devagar e eu deleito-me, num orgasmo literário, numa sensualidade crescente e viciante.
Quando saio do palco volto apenas a ser eu... Coloco suavemente as minhas vestes num armário enorme e suspiro.
Aqui nos bastidores fico sozinho. E mesmo assim cheio de outras personagens que leio e releio pelos dedos dos que amo ler. Inebriado de criatividade.
E amo... amo a escrita... amo os escritores e as suas palavras.
Mesmo quando estou sozinho... E preenchido de ti.

Foto de augusto cedric

UMA LEMBRANÇA DE AMOR

Hoje,
Lembrei de nossas aventuras, loucuras aqual cometi em nome do amor que lhe tenho fiel.
Lembrei do dia dos namorados quando subi na quele pé de coração-de-nego,
E fique assenando com um buque de rosas na mão,e todos me achavam louco..., ou no dia que enterrompi uma banda que tocava, para te ler o poema aqual declarei o amor que nascia em mim.
Também pensei em nosso primeiro beijo,
na escola de musica,
Você me perguntano por que eu estava tremendo, e eu lhe dizia; é a cadeira que esta em falso..., nossa você sorria tanto de mim.
Mas, para mim o melhor foi ter parado o discurso do padre, para lhe dizer TE AMO! diante de aproximadamente mil e quinhentas pessoas, nossa, as pessoas não entendia o que estava acontecendo, o padre até que tentou explicar a todos o ocorrido, porém foi como eu falei; NADA DO CORAÇÃO SE EXPLICA EM PALAVRAS.
No entanto ainda lembro do dia em que gravei uma declaração de amor que fiz, para que você se recordaci dos bons momentos juntos,
De como a melhor coisa foi estar com tigo, de que a vida tinha tomado um caminho mais do que certo...
Pois agora você estaria ao meu lado e eu do seu, e lembre-se de que eu estarei com você sempre nas pequeninas coisas...
Por que descobri ao seu lado de como a vida é maravilhosa agora que você esta no meu mundo.

Foto de Jaque_m

O poeta

Qual poeta enlouquecido
Numa noite iluminada
Ousa ser o meu bandido
E faz do meu riso uma toada

Não posso ver seu rosto
Mas pelo que escreveu
Chego a sentir seu gosto
E esse cheiro que me acendeu

Leio você e imagino seu semblante
É sereno tal qual um querubim
Quem dera fosse sua amante
E tivesse você ao som do bandolim

Penso no quanto deve ser belo
Pois alguém com tanta sensibilidade
Dono de um poema tão lindo e singelo
Deve ter um rosto de bondade

E é essa bondade interna
Que lhe faz assim perfeito
Essa perfeição é eterna
Nunca perde o seu efeito

Foto de Somebody

Rosa

Esse poema eu dedico à uma Rosa cujos espinhos venenos são capazes de levar qualquer um à loucura.Teu cheiro,entretanto,acalma qualquer louco.
Rosa de Hiroshima.Rosa q mata.Rosa navalha q corta minh'alma.Sinti teu cheiro,provei do teu néctar,os demônios me tentaram,quiz colhê-la.Mas não posso cometer esse pecado.
Rosa proibida.Não é certo tirá-la de seu solo.Ela não me pertence.Tenho q deixá-la viver e crescer em paz.A fina chuva q cai sobre suas pétálas exprime as lágrimas q escorrem dos meus olhos.Penso q,talvez,nunca mais a verei.
Luz,escuridão,trevas.Nisso a solidão me envolve.Tua alma se afasta da minha.Sinto frio ao meu redor.
Q este frio congele minhas mãos para nunca mais tocá-la.
Q o calor queime minha língua para nunca mais dizer o quanto és linda.
Q o ar destrua meu olfato para não mais sentir teu cheiro.
Q a noite cegue meus olhos para não poder mais vê-la.
Mesmo assim,só a morte é capaz de apagar as lembranças q nos restam.Sou akele q não mais está em seus beijos eternos.
Ah, Rosa , se tu fosses Humana!!!

PS.: Quem ler e gostar comente oks..obrigado.vlw pessoal

Foto de José Oliveira de araújo

Sobre o poema Sou Feio

Sobre o Poema Sou Feio

Não estás só na tua desolação,
Pois sou feio, e avançado de idade,
Até já perdi o prazo de validade,
Apaixonei-me por uma rosa botão.

Ela é linda como um desabrochar de flores,
Meus lábios anseiam seus sabores,
Seu olhar brilha como ouro polido,
O sorriso dela deixou-me embevecido.

Ela vive a fase primaveril da vida,
Eu já estou no outono, a estação decaída,
O que posso oferecê-la como atrativo?
A não ser o meu amor redivivo?

Por isso amigo, não se sinta só na tristeza,
Posso afirmar-lhe com toda certeza,
Para cada amor que vemos, realizado!
Existe pelo menos, outro desencontrado.

Foto de Rafael pereira de souza

Meu grande amor nunca esquecido!!!

Sempre soube terminar os poemas que falam de saudade, de amores finitos, mas nunca começá-los, pois o início  tem gosto de ausência, tem cheiro de perda, tem peso de outrora. Amores passados, perdidos, partidos, apenas convidam ao silêncio, e a confissão, e a solidão, florescem implacáveis na ponta da língua, como brados, como adagas, e então, ao pretender o afago, apenas desenho um lamento profundo, e ao tentar esquecer o inesquecível implanto as lembranças na retina da memória, que dói como se fosse o dia da partida e não a hora das reminiscências.
Mas, sim: aprendi a dizer que não te esqueço; que o eco dos teus pés - que já foram o meu chão - retumba a cada passo que caminho nesta doce amargura escandinava, escondido entre ruivissímos cabelos e branquíssimas mentiras.
Revejo os instantes e vejo que o tempo, a destempo, ensina a dizer que te amo, que te lembro quando é tarde, quando a noite do tempo deitou-se para sempre entre nós, como  água sem barco, como  margens sem rio como um dia sem horas.
Difícil começar a dizer da saudade que sofro, da angústia que vivo, da dor que me ataca, da culpa que sinto, que não é vã, mas justa: mea culpa, mea máxima culpa.
E os minutos, esses que teimam em ficar horas a lembrar-te; e as horas, que ficam dias teimando em reviver os instantes que não voltam, apenas desamarram as palavras que impunes e sem medo se escrevem letra a letra lapidando um pedido de socorro, rabiscando um retorno ao passado, esculpindo um desejo de futuro, conquistando uma chance de ventura.
Sim, não nego: quis construir uma ponte de amor, um dizer de saudade, um grito de esperança, um pedido de clemência.
Nem mais, nem menos, nem muito ou pouco, nem tarde ou nunca: um tudo ou nada.
Sim, um poema de amor manchado de saudade, pintado em cor remorso, é o que tento iniciar e não consigo,
pois dizendo que sim, que te amo e não te esqueço, não começo, mas termino.
E isso faço, começo terminando com um resto de esperança, que é o fim de todos os princípios, e repito, como um disco, que te amo, que te amo, e que deixar-te foi tão duro como te saber distante. E termino começando, pronunciando o teu nome, o que até agora apenas me atrevia: vivendo de amor, e não morrendo, suando de ternura e não de angústia gritando de esperança e não de raiva, é como digo que te amo, minha Kleice nunca esquecida!

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