Qual poeta enlouquecido
Numa noite iluminada
Ousa ser o meu bandido
E faz do meu riso uma toada
Não posso ver seu rosto
Mas pelo que escreveu
Chego a sentir seu gosto
E esse cheiro que me acendeu
Leio você e imagino seu semblante
É sereno tal qual um querubim
Quem dera fosse sua amante
E tivesse você ao som do bandolim
Penso no quanto deve ser belo
Pois alguém com tanta sensibilidade
Dono de um poema tão lindo e singelo
Deve ter um rosto de bondade
E é essa bondade interna
Que lhe faz assim perfeito
Essa perfeição é eterna
Nunca perde o seu efeito