Poder

Foto de Paulo Master

Tarde Gris

Em solidão, devaneio a escrita como uma bela dama a bailar ao ritmo da emoção, as letras se agitam sibilantes, com o suave e envolvente ritmo do meu coração. Em júbilo, a magia das palavras se mostra com capricho, num brilho fulgurante. Vejo-me seduzido pelo amor e seu poder inebriante.
Um coração emotivo, de rimas suaves e poetizadas. Sigo falando de flores, amores, solidão e dor, saudade e desejo, afeto e amor. Já falei da noite fria, da aurora mostrei a magia. Suspirei com na tarde gris, do formoso céu, comtemplei o anis.
Desejo alçar um novo voo, quem sabe, suplantar o amor, a liberdade, e pousar naturalmente nos seios da felicidade.

Foto de Sandro Gusmão

Imortal é o que quero...

Co-existe uma projeção,
do tanto de um querer,
estrambola energia, atrai atração,
atrai o ato do poder,
poder de criar formação,
formar o que tanto quero ver,
ver, e com grande exaustão,
projetar-me até você.

De matéria a equação,
calcular o meu temer,
vejo em ti a reação,
da química que nos faz prôver,
com movimento, com reação,
fisicamente vejo teu ser,
do meu amor e sua imortalização,
imortal é o meu querer,
te querer!

Foto de Allan Sobral

Pai, afaste de mim este cálice

Os últimos acontecimentos, e os atos de repressão que tem ocorrido, nos mais diversos pontos do nosso país, faz com que se levante das cinzas o monstro que sempre combateu o espírito jovem revolucionário brasileiro, pois é como se os tempos do cativeiro, da autocracia brasileira, a ditadura militar, mostrasse aos poucos suas garras, sufocando qualquer ar de liberdade que conquistaram nossos heróis. Como se o velho tempo do “cálice de vinho tinto e sangue” ressurgisse, ou ao menos se faça em memória.
Já há muito tempo que nossa sociedade se estagnou, por uma falsa estabilidade econômica e moral, acorrentando-se a um laço servil regido por uma minoria, como diria Marx, a burguesia; minoria esta que se manteve no trono por possuir supostamente o controle das riquezas universais, podendo assim obrigar grande parte de nossa população a submeter-se a suas vontades, e trocar suas vidas pela miserável parte de seu capital, suficiente apenas para manter-se em vida.
Com o avanço tecnológico, esta mesma parcela controladora da sociedade, expandiu seus ideais escravistas a um horizonte antes impenetrável, chegaram ao ponto maximo de domínio, controlar pensamentos, com o poder de formar opinião e distorcer a realidade, poder fornecido pela mais poderosa ferramenta de coerção, a mídia. Atributos que caberiam a população, ou a cada ser em sua particularidade, hoje são supostamente digeridos pela partícula dominante, e vomitada sobre nós, classe trabalhadora, operaria e estudante. Ditam os pensamentos padrões, roupas padrões, empregos padrões, atitudes padrões, e tacham esta padronização como normalidade, traçando um perímetro, onde qualquer que se opor ou se afastar de tal ideal é tido como louco, ou rebelde, baderneiro, ou até mesmo como maconheiro (como foi o caso recente dos estudantes da USP).
Simplesmente somos tachados como estúpidos, pois a tal “ditadura militar” apenas mudou de nome, agora a conhecemos como Republica Federativa do Brasil, o DOPS agora não tem mais grades e não tortura fisicamente quem se opõe as regras, agora ele manipula a sociedade para que se volte contra os que a querem libertar, os militares já não andam mais fardados de verde ou cinza, agora obrigam a população a vestir um terno ou um uniforme operário, assinar um contrato de trabalho, e lutar o quanto puder, em busca de sua carta de alforria, ou como preferem, sua suposta aposentadoria. Fazendo que a sociedade acredite que a liberdade é um favor, e que a sua remuneração mensal, é justamente recompensada a medida de seu esforço. Como os adultos fazem com crianças, para que não os chateei, dão passatempos, para que não desviem sua atenção, nos é imposto a distração, como a novela o futebol e outros supérfluos, para não chatearmos quem se beneficia com tal estabilidade.
Basicamente, a ditadura não acabou da mesma forma que não acabaram os revolucionários, pois não deixaremos de lutar em busca de nossa liberdade, pois o sistemas sempre deixa brechas (nós), que podem se tornar rachaduras, que ruminarão as muralhas da imposição fascista, e porá em ruínas as ideologias ditatoriais, pois só lutando poremos fim nas corrente que nos prendem para termos paz, pois como disse Malcom X “...Não se pode separar paz de liberdade porque ninguém consegue estar em paz a menos que tenha sua liberdade”.

Allan Sobral

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 7

Essa noite eu tive um sonho estranho. E esse sonho, por assim se dizer, foi muito complicado de se decifrar. Nele, os absurdos imperaram. Os seres, sem serem claramente separados como na nossa realidade, lutavam entre si. E os fracos subjugavam os fortes, os devoravam, sem que lhes sobrassem sequer os cadarços. Tremulavam estranhas bandeiras, de estranhas causas, e estranhos países. Crianças mandavam em adultos, que as obedeciam. Outros homens, rendidos, suicidavam-se, alegando merecer o falecimento. Hinos desconexos ecoavam nas paredes pelas ruas tumultuadas. Senti, se é que é possível sentir algo com um sonho, um desejo por uma inquieta tranqüilidade, uma tranqüilidade quase que inviável diante da necessidade das evoluções e modificações. Houve uma voz que conclamava, chamava os santos adormecidos para a fúria das incertezas e das discórdias. Carros aceleravam, carros indomáveis aceleravam com um sorriso irônico em sua parte dianteira. Ouviam-se sirenes, buzinas, caos. Não assimilei bem o que o sonho me passou. Também, não deve ser algo importante...
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O tempo se seguiu.

- A dona Clarisse é boa! A dona Clarisse passou para o nosso lado!

O burburinho tinha razão de o ser. Comentava-se, à boca pequena, que o nosso líder estava mancomunado com os seres dominantes. E o nosso líder não deixava por menos. Ele estava bem mais contido nos discursos de contrariedade aos nossos inimigos. Diferentemente da dona Clarisse. Ela, segura de si apesar das provações que lhe ocorreram, se colocava cada vez mais como uma liderança para toda a comunidade, e com o ponto positivo de se impor de maneira pacífica na resolução dos problemas do gueto em geral. Sendo mais específico, ela era a ponte entre a comunidade e o nosso líder. E esse, cada vez mais distante das necessidades, vinha perdendo a sensibilidade que o levou a ascender à branda influência que exercia aos seres de sangue quente.

- A dona Clarisse é a nossa esperança de vitória!

Tomava corpo uma nova representante do existir do gueto.
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A torta me olhava.

- Dimas...

Era a única que me chamava pelo nome.

- Dimas...

Novamente a ignorei.

- Dimas...

Eu me recolhi. Tinha nojo da torta. Engraçado sentir isso dela. O normal é os outros se enojarem comigo.

- Dimas, você pode até me ignorar, mas saiba que eu te amo e isso é uma verdade.

Senti muito medo de ela estar sempre comigo, em todos os momentos que eu precisasse.
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Parece que tudo me é mais sofrido.

- Inúteis! Ou trabalham direito ou não vão poder comer!

Os mais fracos no gueto são os responsáveis pela produção e preparação dos alimentos, pela limpeza de vias e aposentos, pelos reparos gerais e pelos afazeres menos aceitáveis. Já os mais fortes, por sua vez, garantem a segurança e a fiscalização do cumprimento das regras na comunidade, sendo sustentados para tal, e mantendo o equilíbrio da nossa calma convivência comparada ao tormento horrível da subjugação aos seres de sangue frio.

- Trabalhem seus inúteis, trabalhem!

Até eu subir de vida, será assim.
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- Justo, venha.

A voz de Clarisse era doce e acalentadora.

- Justo, beba.

Clarisse poderia seduzir qualquer homem que bem quisesse. Era uma bela mulher. Poderia seduzir apenas com o nome, que de tão belo fazia jus ao seu significado, de clareza, em meio à escuridão do nosso mundo, rochoso, opaco. E Clarisse, uma pessoa de bem, uma figura moldada para conseguir o melhor e sempre o melhor, não simplesmente seduzia ao homem que bem entendesse. Clarisse, ao invés disso, seduzia o homem do qual precisasse.

- Justo, dorme, dorme...

Ele obedeceu, como em poucas vezes em sua vida.

- Morre... Isto... Morre...!

E com presteza nosso líder foi a óbito.

Foto de Fabio rude boy

Rainha do meu mundo

Ela foi embora mais eu a reencontrarei
Quando o pai me chamar para ficar ao lado dele também
Mais por enquanto aqui na terra
Porei em prática os teus ensinamentos
Enquanto há caos na atmosfera
Aí há um enorme sossego.
Onde não há dor e do sofrimento
Não se houve falar, onde reina o amor
E as pessoas aqui embaixo abençoar.
Dei muitas falhas e fiz chorar
Alguém que eu só queria ver sorrir
Ela é a rainha do meu mundo
Onde a lei é não desistir.
Não parar no meio do caminho
E não ter medo de vencer
Acreditar naquele que nos criou e no seu poder
Que crendo nele terá a salvação
Eu nunca duvidei da sua fé, pois ela nunca foi em vão.
Enfrentou o sofrimento e agonia
Que a enfermidade lhe trouxe para que desistisse da vida
Mas como uma grande guerreira que você era
Enfrentou várias batalhas,
Buscando força nas alturas com o joelho em terra
Mereceu ser condecorada.
Ensinou que através da oração nós poderíamos
Falar que chegariam aos ouvidos do altíssimo
Nossos desejos e nossos clamores
Para dar fim a todas nossas dores.
Sabia o valor do casamento
Sempre foi fiel a todo momento
Com sua prole se preocupava mais que tudo
Se pudesse ela nos dava um mundo
Um mundo onde a paz reinasse eternamente
E ao abrir a janela ver o sol contente
Brilhando para nós com uma intensidade
Cegando aqueles que nos fazer mal é sua prioridade.
Eu só poderei ver o seu rosto sorridente através de uma moldura
você foi resistente adiando o término da luta,
Mas quando eu olhar para o céu escuro
E ver a estrela mais brilhante
Saberei que está olhando por nós
Os seus semelhantes.

Foto de JORMAR

Palavras

É tão solitário acordar sem tuas palavras
são elas que me trazem o prazer de acordar
com elas passo o dia a te lembrar
e pensar o quanto significo pra ti
a cada momento de tristeza e a elas que recorro
e tudo o que me dizes é que me faz sorrir
agora sem elas, acordo desnorteada
é como se o dia não fosse nada
como vou poder ti sentir?
então me liga depressa
me diz as palavras que querias escrever
para para que eu sinta novamente...
a alegria te te ter.

Foto de josimar-almeida

Preciso lhe falar

Preciso lhe falar
Da situação da minha nação
Desta vida indigna e sem justiça
Do povo que sofre com tanta humilhação.

Nossas crianças passam fome
Pais de famílias estão desempregados
Calúnias e mentiras vemos todos os dias
Violência e criminalidade andam lado a lado.

Nossa natureza está cada vez mais escassa
O verde está acabando junto com a esperança
Cada vez mais o cinza toma espaço no céu
Em vez do azul anil que a beleza trança.

Políticos estão descontrolados pelo poder
Preciso lhe falar
Ensina-os os valores de um ser
Necessitamos de pessoas que saibam respeitar e amar.

Conturbado com todos estes fatores
E pensando no bem estar de minha nação
Ajoelhei-me, fechei os olhos e abri meu coração
Imploro, suplico-te
A paz mundial e mais compaixão
Sei que Tu fazes tudo para um ao outro amar
Resta-nos sermos servos fieis e, rezo-te
Deus, preciso lhe falar.

Foto de Carmen Lúcia

Lamento

Lamento pelo inconcebível,
pelo incabível,
pelo que poderia ser e não foi...
pelo que foi e não se pôde mudar...
Pelo desamor,
pelo botão de flor,
pelo não desabrochar...

Lamento a inocência perdida,
imagem denegrida
arremessada, distorcida,
cotidiano da vida...
Lamento pelo vandalismo,
pelo desprezível e insano
cenário de desafeto humano.

Lamento pela fome doída,
pegadas de idas e vindas
buscando um lugar ao sol...
Pelas palavras prometidas,
mal ditas, não cumpridas,
perdendo-se pelo arrebol.

Lamento a alma desprovida,
o descaso pela vida
e todo poder abusivo.
Lamento a lágrima rolada
e o coração corroído
da mãe pelo filho querido...
Lamento o filho nas mãos do bandido.

Lamento a existência atribulada,
o amanhã dilacerado,
o nascer inopinado,
o querer e nada ser ...
A indiferença no olhar, que jaz,
o curvar-se ao onipotente...
Viver ou morrer?Tanto faz!

Lamento minha impotência,
procedimento estático
de nada poder transformar...
E em linhas mal traçadas
esboço, derrotada,
meu triste lamentar...

_Carmen Lúcia_

Foto de cnicolau

Ahh como queria

Ahh como eu queria

Estar longe
Estar correndo
Pisando na grama
Sentindo desejo...

Ahh como eu queria

Olhar para o céu e não ter o que pedir
Não ter o que desejar
Não ter o que sucumbir
Somente agradecer...

Ahh como eu queria

Poder olhar as pessoas sem medo
Sem pensar duas vezes
Sem tentar corrigi-las
ou até mesmo ignora-las...

Ahh como eu queria

Viajar sem ter a sensação de que esqueci!!!
Algo que deixei pra traz
Talvez que não tenha lembrado...
Apenas, levar a cabeça comigo...

Ahh como eu queria

Talvez voltar
Talvez dar um passo a frente
Talvez ficar
Nem mesmo isso, eu consigo driblar...

Ahh como eu queria

Não ter que conviver com isso
Essa dor enfadonha
Mascarada com falsos sorrisos
Que por vez me envergonha...

Ahh como queria

Sentir a brisa do ar
Tocar a natureza
Ladear um lago por horas
Sem essa imensa tristeza...

Ahh como queria

Estimular as vitórias
Prover a caridade
Comentar as derrotas
Deixar a morosidade...

Ahh como eu queria

Tirar a máscara da mágoa
Compartilhar a alegria
Deixar de fora a saudade
E viver a revelia...

Ahh como eu queria

Deixar o sufoco
Deixar a falta de ar
Abraçar um amigo logo cedo
Antes mesmo de me levantar...

Ahh como eu queria

Sentir
Poder
Tocar
Viver

Ahh como eu queria

Simplesmente encontrar
O que tanto busco
Nessa vida de provações
Nesta lida de situações
Que realmente estou aprendendo como se faz
Para enfim, mesmo que com o tempo
Abraçar e viver com
PAZ...

Cleverson Luiz Nicolau
10/11/2011

Foto de Lefurias

Meu coração

Meu coração bate mais forte
Quando sinto o seu doce
Tocando os meus lábios...

E o frescor do teu perfume
No pescoço é tão suave,
Você é mesma agradável...

Em todos os momentos meus,
De tristeza ou de alegria,
Você sempre está aqui
Pra me fazer ganhar o dia!

É, você minha querida,
É minha amada, minha vida,
Sempre me tira do chão
E faz o meu coração
Nunca parar
Pra sempre eu poder te amar.

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