Poder

Foto de Cecília Santos

ANTES QUE O ANO TERMINE

ANTES QUE O ANO TERMINE
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Antes que o ano termine.
Quero ser Magia, Sonho, Amor e Fantasia.
Antes que o ano termine.
Quero me vestir de Magia pra encontrar você.
Serei fada, serei anjo do céu.
Antes que ano termine.
Quero ser Sonho, entrar em seu mundo.
Desvendar seus mistérios.
Saber como é estar pertinho do céu.
Antes que o ano termine.
Quero ser Amor, poder te abraçar,
te fazer carinho.
Antes que ano termine.
Quero esquecer as dores que
esse ano passei.
Um ano inteiro sem você.
Antes que o ano termine.
Quero ser Fantasia.
Sonhar com um mundo cheio de amor,
cheio de alegria.
Onde a dor não prospera.
Onde a tristeza não impera.
Onde eu e você felizes sorriremos.
Esperando o Novo Ano que vai nascer.

Direitos reservados*
Cecília-SP/11/07*

Foto de Fernanda Queiroz

Lembrar, é poder viver de novo.

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.
Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.
Meu pai me aconselhou a plantá-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.
Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, prismaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.
Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de dentinhos, arrebitadinhos.
Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.
O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.
A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.
Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontrá-las.
Papai quieto assistia meu marasmo em depositá-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.
Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escuderias dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.
Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.
Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na seqüência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.
Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.
Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.
Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.
Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.
Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

**Texto não concorrendo.**

Foto de Sentimento sublime

Menina Rita... Osvania Souza

Menina Rita...

Menina valente.
Com sete meses do materno ventre surgiu.
Paralisia infantil...
Tuas palavras eram meigas e gentis.
Movimentos dos membros
Nunca os sentiu
Se, movimentavas...
Somente tua cadeira de rodas o viu,
Porém tu falavas
Tu sorrias
Tu cantavas
Tu ouvias.
Tens olhos negros como a noite
Que nos ferem como açoite...
Onde muitos sonhos se escondem.
Pele branca como a lua
Com sua luminosidade constante.
Que nos procura pelas ruas
Boca vermelha....
Sempre sorrindo
Com seu sorriso a nos alegrar
Menina Rita, hoje mulher.
Mas para todos, tu menina é.
Aos 32, derrame cerebral.
Sobreviveu, mulher fatal.
Menina guerreira está me ensinando
Que para viver, não é fácil não.
Hoje perdeu a fala tão somente ouve,
E tão somente vê
Mas eu bem sei o que diz o teu olhar
Que pela vida você apaixonada está.
Menina Rita...
Hoje aos 45 mal engolindo...
Porém seus olhos
E ouvidos ligados estão
Vivem seguindo a todos por onde quer que vão.
Menina Rita, muito obrigada.
Por partilhar comigo seu caminhar.
E no final dessa jornada
Quero na eternidade
Poder um dia te reencontrar.
Osvania

Foto de Osmar Fernandes

De modelo só a propaganda

Na cidade grande é assim:

O trânsito fica enlouquecido.

O guarda quase engole o apito.

O pedestre fica perdido...

É fúria na hora do pico.

É briga no engarrafamento.

É difícil prever o fim.

Ninguém respeita o acostamento.

No “ligeirinho” há sempre confusão.

Um sempre grita: – pega ladrão!

Outro: – tira essa mão boba daí!

No centro a lei obriga pagar o “Estar”.

Para o engravatado há sempre um táxi.

Nas lombadas o “pardal” está sempre acordado...

É obrigatório bater continência para o senhor Radar.

Quem é multado perde ponto... Paga caro.

No sinaleiro é comum ser assaltado.

Nas rodovias, o soberano ladrão, é o pedágio.

O motorista está sendo crucificado.

O IPVA é o cupim – o vírus do ágio...

O “DPVAT” dá nó no cérebro da democracia.

Ao povo resta-lhe o recado da sorte:

“Quem sai de casa fica à mercê da morte.”

O trânsito virou caso de polícia.

À noite a vida não demora passar.

O homem do viaduto tem sono trágico.

O bandido sai à caça para matar.

Impera a lei do poder do tráfico.

Homens-cavalos puxam suas carroças,

Limpando a cidade, sonhando em voltar pra roça.

Atraídos pelo mundo moderno que encanta,

Choram ao descobrir, que, de modelo, era só a propaganda.

Obs.: Esse texto redigi baseado no trânsito de Curitiba/PR.

Foto de Rosita

A NATUREZA

Vem... segura a minha mão
Vamos correr por esta relava encantada
Onde o vento faz que pareça ondas
Que a luz do sol faz brilhar como esmeraldas.

Vem... confia em mim
Sente a brisa suave e doce que está em todo lugar
Que vem suavemente beijar nossas faces
Envolvendo nossos sentidos de prazer e amor
E nos faz com a vida vibrar.

Vem... vamos juntos
Passear entre as mais belas flores
Sentir-nos envolver por inebriante perfume
E receber da natureza as mais belas cores
De matizes variados e perfeitos.

Vem... vamos ver o que há de mais belo
Ao olhar uma cachoeira ou um sinuoso rio
Que segue o caminho para ao mar se entregar
E quem sabe uma aliança de arco-íris poder usar.

Vem... vamos agora
Por tantas belezas infinitas agradecer
E para que um dia não desapareça
Vamos fazer por onde merecer e cuidar
A natureza que Deus nos deu e que devemos amar.

Rosita Barroso
18/10/2007

Foto de Sentimento sublime

Cansei! Osvania Souza

Cansei!

Estou cansada!
De risos, choros.
Beijos e abraços falsos
Cansei!
Como poderei viver
Em meio a este palco
Recebendo vaias e aplausos
Que me fazem padecer?
Minha alma anseia
Passear pisando na areia.
Ouvindo o velho mar dizer
Que sou capaz de vencer!
E neste momento...
Eu queria poder estar
Deitada nos braços teus
Ouvindo você dizer
Querida como amo você.
Quero ver a luz de teus olhos.
Iluminando meu caminho.
Enquanto você prepara
Com muito amor nosso ninho.
Nessa noite que vem vindo.
E no final da jornada.
Não sei se estou mais cansada.
Por tua voz sendo embalada
Dizendo-me que sou tua única amada.
Que sejam minhas últimas palavras.
Quando a morte em meu leito chegar.
Ah! Meu querido amor..
Eu nasci só para te amar!
Osvania

Foto de Carmen Lúcia

Jesus Cristo dos Shoppings

As ruas das cidades engarrafadas,
Criaturas com embrulhos, de sacolas carregadas,
Num corre-corre pra lá e pra cá, agitadas,
Surpreendem-me, exasperam-me, atropelam-me...
Será esse o espírito de natal?
Levando as pessoas, ou por bem ou por mal,
A competirem...satisfação pessoal,
Por uma vaga de estacionamento
Num Shopping Center Magistral?
Numa explosão de fúteis sentimentos,
Extirpando valores, preciosos bens sociais!
Contemplo abismada o óbvio discrepante,
Imagino formigas gigantes em escadas-rolantes,
Em zigue-zague, buscando futilidades...
Cidades modernas, viadutos arqueados,
Amplas avenidas, reluzindo nos megawatts,
Tudo reluz, tudo conduz ao desejo assoberbado
Do poder de aquisição, de exposição, de ter e nada ser.
Soam as doze badaladas!
É Natal! Jesus nasceu !(E morreu!)
O trânsito congestionado é testemunho cínico
De um povo congelado, sentimentos flagelados,
Com a comprovação de meu olhar profundo e clínico.
As lojas estão cheias e os templos vazios
(Mesmo os que habitam em nós)
De orações, de devoções, de boas intenções...
Hoje o Natal foi destituído,
Por um termo genérico substituído...
A essência que outrora comemoramos
Trocada por "Festas de Fim de Ano..."
Nada mais é como era antes,
Das vendas, Cristo é um estimulante.
E às crianças famintas(mas esperançosas),
Assustadas pela violência...O que dizer?
(Recomendo a consciência, para esclarecer)
Após a ceia farta e amigo-oculto...
Feliz Natal ou Boas Festas?
Que belo indulto!

Foto de Naja

E SURGE O AMOR

E SURGE O AMOR

Esse amor de todo dia
Que nos tráz tanta alegria
Que minha vida vazia
Com seu amor preencheu.
Esse nosso amor que me faz feliz
Que me ama; e que sempre o diz
É viver um sonho , é compreender
Que a vida alegre poder ser
E com prazer ser vivida.
É um amor presente
Um amor que num repente
Preencheu de beleza
a natureza de minha vida.
Vida bela, que agora está presente
Com esse amor inesperado
Que minha vida tansformou.
Hoje vivo a sorrir, desse sentimento sentir
Porque juntos vamos ficar
E para sempre esse amor vai durar.

naja
Publicado no Recanto das Letras em 13/11/2007
Código do texto: T735595

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Foto de Naja

AMOR SE ESQUECE

AMOR SE ESQUECE

Amizade é sentimento
que se sente por amigo
Amor é bem mais intenso
Amar é querer sem poder
Gostar sem cobrar, se doar sem
exigir, é perder-se, é desnortear.
De amor, amizade é impossivel
Nem ninguém dever pensar
Que amor nunca se esquece
Amor bem rápido acaba
Se desamor se recebe
Preocupação nem se deve ter
Se amor de longos anos se esqueceu
Como não conseguir esquecer
Um amor que nunca se viveu!
naja
Publicado no Recanto das Letras em 13/11/2007
Código do texto: T736322

Foto de Sentimento sublime

Ao Anjo que não tive! Osvania Souza

Ao Anjo que Não Tive!

A você meu anjo!
Que não tive o direito de ter.
Porque Deus não me deu.
O direito de te conceber.
Queria tanto em meus braços.
Um dia poder te embalar.
Noites de sono não perdidas.
Porque para você eu iria cantar.
Seríamos tão felizes!
Porém Deus assim O quis.
Eu longe de você.
Você perto de mim.
Sei que a meu lado.
Você sempre comigo está.
Na alegria ou na tristeza.
Por onde quer que eu vá.
Mas tenha certeza meu anjo.
Um dia vamos nos encontrar.
Em um plano maravilhoso.
Que Deus tem para nos dar.
Peço a você perdão!
Se estou a me culpar.
Por não poder um dia.
A luz de a vida lhe dar.
Mas Deus tem Seus propósitos.
Para toda a maternidade.
Deu-me uma filha adotiva na terra.
E você meu anjo na “Eternidade”.

Osvania

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