Piedade

Foto de NiKKo

Erros, fracassos e amor.

Sinto a angustia verter pelos meus poros
Meu sangue ferve em minhas veias
A angustia toma conta de minhas entranhas
Mas não quero a piedade de carinhos vazios
Nem quero rezar pedindo clemência para meus erros.
Porque eu amei.
Pouco importa se as flores continuam a perfumar
Se ainda há poetas que loucos sonham com um grande amor
Do que me vale a palavras sussurradas no calor do momento
Se depois o que resta é a solidão?
Não quero mais olhar a vida acreditando na ilusão
Chega de guardar em mim sonhos que não posso concretizar.
Pouco me importa se há o amanha cheio de luz e calor
Se porque eu amei, só me restou a desilusão.

Fiz na vida a estrada que sem temer eu percorri
É, os erros foram meus, eu aceito.
Mas não me imponha à derrota
a solidão é minha, eu sei,
mas eu não fracassei,
pois eu amei.

Foto de NiKKo

Plantador de sonhos

Meu Coração na vida já foi plantador de sonhos perdidos.
Jardineiro que com lagrimas de ternura regou ilusões.
Catador de esperanças em formas de afagos demorados.
Vendedor de quimeras, sorrisos e canções.

Meu Coração já foi bravo Guerreiro na guerra da saudade.
Gladiador da tristeza que venceu a vontade de morrer.
Já lutou como Samurai entre espinhos do desespero
e como Fênix solitária aprendeu sempre a renascer.

Meu Coração já foi andarilho e chamado de insano
para aqueles que o conheceram, serviu de riso e zombaria.
Foi tido como demente, ingênuo, romântico e tolo.
Entregava-se de corpo e alma e depois ficava só e sem alegria.

Meu Coração já foi pássaro vadio, sem teto e sem coração
e na ânsia de ser feliz muitas vezes a outro coração se entregou.
E por ter por horas, noites ou dias apenas, um pouco de carinho
embriagado pela solidão, que era feliz, ingênuo, até acreditou.

Meu Coração já foi dilacerado tantas vezes e sem piedade.
Em outras tantas vezes, se refez pela esperança de ter alegria.
até que um dia já descrente e muito calejado pela dor,
viu-se preso pelos olhos de uma linda e doce fantasia.

E meu coração que pela tristeza havia se endurecido
de guerreiro ferido que era, voltou a ser um plantador de ilusão.
Trocou as armas da solidão e do desespero, por um simples sorriso
abrindo suas asas para o amor, entoou uma nova canção.

Assim meu Coração que estava arredio e desgostoso
hoje canta versos de esperança, alegria e amor.
E faz da minha poesia um hino para a esperança
Igual a Fênix que ressurge das cinzas, enaltecendo a própria dor.

Foto de NiKKo

Prece no amanhecer

Procurei seus olhos e encontrei seu sorriso,
guardado em minhas lembranças como uma ilusão proibida.
Em vão busquei na memória pensamentos tranqüilos,
mas o som do vento reabriu uma velha ferida.

Uma gota de lagrima viajou pelo rosto parando em meus lábios
que ao sentir seu gosto amargo, fez meus olhos se fechar.
Vi que o tempo que passa sem dó ou piedade
pesando sobre minhas penas, querendo me impedir de voar.

Assim o tic tac do relógio marcando o compasso
concretiza no tempo a amargura que está viva em mim.
Olho a lagrima que reflete em minha alma o vazio que me diz:
sem este amor ao seu lado, sua vida pode ter fim.

Mas caminho mesmo assim rumo ao infinito azul,
e acho forças no amargor da água que dos meus olhos cai.
Embora ela me traga o sabor de meu coração ferido,
é ela que me agiganta e minhas asas não retrai.

Alço meu vôo mesmo com a dor estampada em meu rosto
e no meu céu noturno deixo que meu coração dite o tom.
Meu canto reflete as mágoas das almas aflitas pela saudade
que em coro com os apaixonados cria seu próprio som.

E com essa melodia suave sendo levada pelo vento
o mundo em silencio entoa uma prece no amanhecer.
Pedindo ao deus dos corações aflitos e apaixonados
Que permita que em sonhos meu amor vá me ver.

E assim minhas noites se transformam em festa iluminadas
com estrelas radiantes que transformam minha dor em alegria.
Acordo com o gosto das lagrimas ainda em meus lábios
sentindo em mim a esperança de encontrar meu amor no meu dia a dia.

Foto de Jonas Melo

Quem Sabe...

Quem sabe

Quem sabe por onde anda meu amor, quem sabe se voltará;
Quem perdeu sabe, que minha cicatriz, vai demorar a sarar;
Vem força obscura de solidão, corre, te apossas de meus dias e minhas entranhas, e alimenta-te dessa dor demasiada que assola meu peito.

Vem, não tenha piedade, enlouquece-me com tua penúria, dispõe-me a todos os vírus que estão a me atordoar, por causa desse pesar antagônico,
O qual me coroe e afoga-me, dentro deste mar de ilusões e desesperança,
Meu coração se nega a querer pulsar feliz.

Quem sabe o que será de mim, só sabe quem já viveu, algo assim,
Muitos me aconselharam que não era, prudente viver esse amor enlouquecido assim,
Mas quem nunca amou que atire a primeira pedra,

Nós seres humanos sempre tentamos nos resguardar, sermos racionais,
Mas quando se apaixona, é complicado escutar, quem aparentemente parece ter razão,
Pensamentos medonhos, revoltosos vêm em nossas mentes,
e nos deixa cada vez mais doente de amor e de paixão;

Não sei, mas quem sabe, onde andará esse amor insano e inconseqüente,
Que não teve dó de mim, muito menos deixou,
o antídoto da cura desse “mal” chamado de amor;

Quem sabe, um dia encontro a cura dessa solidão,
que a cada dia coroe em minha alma como elemento inexplicável.
Quem sabe, o que é não ter, e querer, e, querer nem sempre é poder,
Mas o amor, o carinho a companhia, a compreensão, com certeza será a cura para esse meu mal chamado solidão,

Quem sabe o que sinto agora...

Jonas Melo

Foto de Carmen Lúcia

Fim de tarde

Fim de tarde...
Infinitamente tarde.
Que faço do amor
que não se finda
com a tarde...
Como a tarde.
Dos sonhos que não se acabam
embrenhados na tarde que se vai,
sem alarde.
Sem piedade, sem aviso, ela sai
e a nostalgia que fere, cai.
Como fino punhal
trazendo o final.

Por toda parte
o amor invade...
Sem saber que já é tarde,
sem saber o quanto arde
quando é infinitamente tarde.
E a tarde finita e fria
se alastra pela noite
sem sonhos, sem poesia
e acaba vazia.

E pelos cantos o amor se anuncia
pensando que ainda é cedo,
que ainda é dia...
que ainda cabe no curto espaço de tempo,
que cabe à tarde
que se finda,
levando toda magia...

Carmen Lúcia

Foto de Dennel

Decifra-me! Se não te devoro

Como decifrar o que é um mistério?
Como decifrar o que é segredo?
Se presente no amor doce desidério
Enfrento o mundo, vencendo o medo

Triste dilema sem fim
Coitado! Piedade de mim
Sou ameaçado por causa de um segredo
Cuja revelação me impõe medo
Cujo conteúdo não posso revelar
Guardado comigo há de ficar

Decifra-me! Se não te devoro
Corro, escapulo, não demoro
Pois decifrar não consigo
Já percebo, sinto perto o perigo

Vou ser devorado. É a minha sentença
Nada há de pagar minha penitência
De ser devorado por seus lábios carnudos
De ter em meu rosto teus seios desnudos

Corpos suados, nus enlaçados
Na colcha macia estão despojados
Nos poros suores de alegria
Beijos ardentes, corpos em sintonia

A mão no sexo cheiroso queimando
Lava escorrendo, fogoso vulcão
Um rugido de amor vou escutando
Instante mágico do meu coração

No peito rasgado de amor e paixão
Carrego o sinal do teu arranhão
Ferida que não quer nunca cicatrizar
Assim eu quero! Nunca deixe de me amar

O sussurro gostoso no pé-do-ouvido
Vou tremer, confessar não consigo
Amor me mata de forma singela
Castigo imposto por minha donzela

Descendo suavemente por suas entranhas
Sentindo o aroma de doces fragrâncias
Buscando no céu feliz juramento
Não acabe este dia, precioso momento

Decifra-me! Se não te devoro
Que seja agora, assim eu imploro
Que não haja demora em cumprir a sentença
Estou pronto! Tem a minha anuência

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2009 All Rights Reserved

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" TRAIÇÃO"





Dor que não tem fim;
Sufoca arde ataca um grande estopim.
Uma serpente nada inocente.
Que machuca o ego da gente.
Uma sensação de fragilidade.
Maltrata sem piedade.
Veneno que mata aos poucos.
Tira-nos esperança coisa de louco.
Sentimento que procuramos esquecer.
Mas ela sempre faz questão de aparecer.
Sentimento de inferioridade.
Ataca homens e mulheres de qualquer idade.
Egoísta e calculista tira qualquer um da pista.
Traição, sinônimo de covardia.
Atinge os fracos exibindo hipocrisia
E massacrando corações que um dia viveu em alegria.
Traição é uma palavra venenosa.
Que pode nos levar a situações perigosas.
Traição sentimento que nos leva a decepção.
Mas que também nos força tomar uma decisão.
Mesmo que superada sempre será lembrada.
Traição é como erva daninha, seca até a morte.
O traidor trai a si mesmo ele próprio se engana.
Pois perde a pessoa que o ama.

*-* A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Wellington Romão dos Santos

Desnorteado...

Sinto um vazio enorme dentro do peito, não sei explicar;
Machuca, dói , um aperto sem comparação;
Tudo começa a não ter mais sentido, pessoas , planos , objetivos;
O vazio se encarrega de substituir isso tudo por um único sentimento;
O sentimento de solidão;
Busco distração em coisas novas , em momentos novos;
Mas não obtenho um bom resultado, sinto-me como um belo e verdadeiro fracassado;
Ás vezes penso que a loucura esta por vir e que de uma hora para outra vou perder as forças;
Luto, contra todo esse sentimento que encurrala meus pensamentos;
Mas quanto mais luto mais fica difícil chegar à vitória, questiono até aos Céus se não mereço ser feliz;
Isso vem me destruindo aos poucos , e juro não saber o que fazer;
Deixo o destino guiar meus passos , e que Deus tenha piedade do meu pobre coração;

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

A História de um Andarilho e a Solidão!





As nuvens ficam escuras
Levando nossa ternura.
O sol fica sombrio perde o brilho.
A lua se torna negra.
Manchando a noite de solidão.
O caminho não tem volta.
Não tem fim...
Nas lutas as derrotas.
A tristeza da alma esfria a carne.
Trazendo riscos de morte
E não contar com a sorte.
Ecos e gritos soam pela escuridão.
Querendo encontrar paz no coração.
Embebendo de planto.
Rastejando pelos cantos.
Ah! Como era bom o tempo de autrora.
Onde havia alegria era minha história.
Como era bom o tempo que reluzia,
Onde eu era feliz e não sabia!
Hoje estou feito objeto rasgado.
Sentindo a solidão para todos os lados.
Ah! Como sinto falta do que vive.
Mas infelizmente são as conseqüências
Do caminho errado que segui.
“Quem planta colhe”.
Sou um mero ser na solidão,
Querendo se colocar de volta a vida,
A vida que habitava antes!
Hoje por conseqüência
Habito nas portas de lojas e residências.
Dependendo da carência,
Dos que podem matar minha fome por caridade.
Sou um moribundo vestido de piedade.
Tudo isso por ser marrento na minha mocidade.
Hoje dependo de caridade.
E me sinto só nesta vasta cidade.
Onde dependo de restos para viver.
Se é que pode dizer que assim alguém pode viver!
Garanto que essa, ninguém paga pra ver!!!

*-* A FLOR DE LIS.

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http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Obs: Basiado em fatos reais, sobre a vida dos mendigos que sofrem preconceito e descaso da sociedade e sofre o abandono dos politicos que só querem poder.
Onde isso vai parar?!

Foto de Falcão SR

Feliz Ano Novo Meu Amor !

Lendo a última folha de meu calendário
Surpreendo-me ao ver que o ano findou
Renovo a esperança de um novo cenário
Onde reine soberano o supremo amor.

Faço um balanço do tempo passado
Recordando promessas que acreditei
Fito no espelho meu rosto cansado
E os cabelos brancos que conquistei.

Olhar perdido na linha do horizonte
Fico meditando sobre o que passou
Penso na alegria que ficou tão longe
Fogos de artifício que o vento levou.

Viajando em versos cheios de carinho
Nem sei agora onde está meu coração
Pode ser uma flor ao longo do caminho
Talvez o pecado que não tem perdão.

Corrente de confraternização mundial
Almas unidas em preces fervorosas
Alegria contagiante que não tem igual
Mar homenageado por perfume e rosas.

Que os anjos elevem ao céu as súplicas
Para a tristeza não habitar em mais ninguém
Que sobre o amor não paire mais dúvidas
E o Divino Criador nos perdoe e diga Amém!

Agradeço sensibilizado e com emoção
As mensagens que com carinho recebi
Poesias que alegram e confortam o coração
Os belos momentos que vivi e aprendi.

Adeus fronteiras que separam irmãos
Ambição, mãe do flagelo da humanidade
Religião e crenças em rota de colisão
Egoísmo que ignora a miséria sem piedade.

Adeus prepotência, vaidade e covardia
Violência, crueldade, ódio e tormento
Vamos renovar a esperança e alegria
Ser felizes ao menos por um momento.

Quando o último champanhe esvaziar
E no ar houver apenas nuvens de fumaça
Voltaremos novamente a enfrentar
A realidade que nos cerca e ameaça.

Somos de Deus imagem e semelhança
Dispostos a morrer pela liberdade se preciso
Às vezes apenas um bando de crianças
Que vive sonhando com o eterno paraíso.

Finalmente a contagem regressiva começou
Vou dar um jeito de perto dela ficar
Exclamando: - Feliz Ano Novo Meu Amor !
Beijarei sua boca sem que ela possa reclamar.

Direitos autorais protegidos por lei.
Site do autor
www.LuzdaPoesia.com

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