Quem sabe
Quem sabe por onde anda meu amor, quem sabe se voltará;
Quem perdeu sabe, que minha cicatriz, vai demorar a sarar;
Vem força obscura de solidão, corre, te apossas de meus dias e minhas entranhas, e alimenta-te dessa dor demasiada que assola meu peito.
Vem, não tenha piedade, enlouquece-me com tua penúria, dispõe-me a todos os vírus que estão a me atordoar, por causa desse pesar antagônico,
O qual me coroe e afoga-me, dentro deste mar de ilusões e desesperança,
Meu coração se nega a querer pulsar feliz.
Quem sabe o que será de mim, só sabe quem já viveu, algo assim,
Muitos me aconselharam que não era, prudente viver esse amor enlouquecido assim,
Mas quem nunca amou que atire a primeira pedra,
Nós seres humanos sempre tentamos nos resguardar, sermos racionais,
Mas quando se apaixona, é complicado escutar, quem aparentemente parece ter razão,
Pensamentos medonhos, revoltosos vêm em nossas mentes,
e nos deixa cada vez mais doente de amor e de paixão;
Não sei, mas quem sabe, onde andará esse amor insano e inconseqüente,
Que não teve dó de mim, muito menos deixou,
o antídoto da cura desse “mal” chamado de amor;
Quem sabe, um dia encontro a cura dessa solidão,
que a cada dia coroe em minha alma como elemento inexplicável.
Quem sabe, o que é não ter, e querer, e, querer nem sempre é poder,
Mas o amor, o carinho a companhia, a compreensão, com certeza será a cura para esse meu mal chamado solidão,
Quem sabe o que sinto agora...
Jonas Melo