Pernas

Foto de Arnault L. D.

Fascinação

Olhar seu corpo me fascina
a silhueta, generosa,
que a fez assim, felina,
tão linda, mulher, formosa.

Pernas sobem torneadas
em perfeita simetria,
sob a luz tão delicadas
a pele clara contrasta ao dia.

Tão difícil é descrever,
se faltam palavras belas.
As que sei nunca vão ter,
doçura falta em todas elas.

Distraída assim a vejo,
ao que sei dizer, a transcender.
Não importa-me o desejo,
apenas me deixo desprender.

Não há como descrever:
Seios, nádegas, sexo, em vão...
Pois, o que me traz a ver
é mais... Siderado, fascinação....

Como o bruto ao ver um anjo,
como um sapo a olhar o céu,
o que sei é desarranjo,
a fortuna aos olhos do esmoleu

O seu corpo me fascina
o seu cheiro, pele, ardor,
o que é mais do que se ensina,
não tento explicar, a ver, amor.

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

PRA QUE EU PRECISO DO AMANHA?

PRA QUE EU PRECISO DO AMANHA?
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Pra que eu preciso do amanha?
Se voce ja faz o meu hoje se tornar eterno
Ao destruir as garras do inferno
Que a tristeza de viver sozinho traz

Pra que eu preciso do amanha?
Pra procurar a esperanca que vive a se ocultar
Se o simples momento de seu olhar
A esperanca se mostra na mais infinita paz

Menina morena
Timida para este imenso mundo
Que os amores sem pudor inveja
Minha cama se faz pequena
Quando sinto o amor mais profundo
No momento que voce me beija

Pra que eu preciso do amanha?
Se voce traz o sol para a vida minha
Com o seu sorriso de verdadeira rainha
Que ao meu castelo voce contagia demais

Pra que preciso morder a maca?
Para descobrir que estou nu e atrevido
Prestes a invadir o que e merecido
E que entre as suas pernas jaz
Pra que eu preciso do amanha?
Se o hoje ja me trouxe o amor em paz
© 2011 Islo Nantes Music

Foto de fisko

Ave

Eles que te torçam o pescoço,
Que te amarrem a cadeiras sem pernas,
Que te tirem o sono,
Que te prendam os braços e as pernas.
Eles que te tapem a boca e os olhos,
Que te coíbam verdades e certezas.
Eles que façam tudo! Que te roubem a alma
E ta arranquem do corpo.
Eles que te matem se for preciso,
Mas que nunca te tirem a liberdade.
Só somos humanos se nos virmos como aves,
Livres!
Sejamos tristes ou felizes, quaisquer outras definições trocadas,
Apenas seremos humanos se formos livres.

Eles não sabem disso...

Foto de Kira

É AMOR

A gente sabe que é amor...
Quando o toque esquenta o corpo
o simples roçar de mãos
faz as pernas amolecerem
Ao aperto de mãos
O corpo treme todo
O coração esquenta tanto
Que o brilho desta chama
Incendeia a Alma e faz o brilho
nos olhos ser intenso...
Não dá para disfarçar
A voz não sai...
E o abraço é inevitável
o beijo é espontâneo
Não dá para esperar mais nada
E o amor se faz...

kira, Penha Gonçales

Foto de Edigar Da Cruz

BEIJA-ME

Beije - ME
Beije meus lábios mesmo que de mansinho
Beije minha nuca ... minha orelha
Beijo suas mãos em sã consciência
Beije meu pescoço
Morda com carinho
Sinto o seu aroma delicioso
Seu beijo sempre tão gostoso
Então entrelace seus braços em meu abraço
Se acolha em meu amasso
Deite-se
Deleite-se
Beijo seus pés com ternura
Suas pernas
Quanto doçura
Minhas coxas em suas coxas
Querendo
Envolvendo
Hormônios em combustão
Com euforia e muita emoção
Nossa pele arrepiada
Suada
Desejada
Me faz mergulhar
E nestas curvas avassaladoras deslizar
Por fim juntos
Dançar
Esta linda coreografia
De dois loucos amantes
Loucos em plena harmonia

Foto de LillyAraujo

Eu e a coca-Cola

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Ah, coca-cola que o meu corpo vem refrescar,
onde estará o teu amado, amado meu?
Eu te bebo sem dever procurando-o
mas você é dele e não ele.

Ah, amiga minha coca-cola,
cá estamos nós duas a esperar.
Eu invejo-te quando ele a cheira, a deseja
não sei por quanto tempo suportarei tal divisão.

Coca-cola que corre em tantas veias,
mas tua cor é não-rubra, e negra és, e
semelhante ao petróleo, és também
um combustível de máquinas humanas.

Combustível de mentes estressadas,
século vinte e um de pernas apressadas,
tempo escasso e mais uma coca-cola...

Fique aí, coca-cola, na tua morada refrigerada.
Ainda estás melhor que eu,
neste domingo rabugento,
tempo quente, seco, sedento,
inóspito, inócuo e cheio da ausência dele.

Ah, coca-cola!
Poderia eu em ti me afogar,
e tentar sentir o que ele sente,
quando os teus lábios vai beijar,
mas tudo vazio ainda iria continuar.

Assim ficamos nós duas.
Eu a esperar, você a esperar ficando,
torcendo para que este domingo acabe,
a segunda amanheça, e imaginando
ele para nossos braços Retornando.

© Por Lilly Araújo- Direitos Autorais Reservados.

Foto de betimartins

Fantasmas!

Fantasmas!

Caminhos por muitos sofridos, caminhos que foram de amor incompreendido
Apenas o silêncio impera na minha alma, na quietude do tempo que aflora
Escuto a madruga a chegar, entre os vultos que assombram nossa alma imortal
Apenas fico a mastigar dentro de mim, o que tanto eu fiz de errado para senti-los
E a escuridão atola meus pensamentos em grandes pânicos, quero caminhar, mas não consigo...
Abro meus olhos no negro do meu quarto, nada vejo a ser os meus fantasmas do que me perseguem do meu passado.
Tateio apenas a parede aos encontrões aos que encontro, quase que eu caio em tralhas que por ali andam ao descaso.
Quero respirar e não consigo, sinto o sufoco como asfixia só quer apenas sair dali e ligar a luz do meu quarto.
O ar está pesado e completamente abafado, caminho entre poeiras e pilhas de livros para a janela do meu quarto.
Sinto minhas pernas fraquejarem ao toque de algo quente e fofo, que arrepia grito sem saber o que posso eu fazer...
Apenas recobro a minha força para ir abrir a minha janela, abro e logo sinto o ar fresco entrar no meu quarto.
Entre a luz da lua e das estrelas eu olho para dentro e vejo aqueles olhos brilhantes, olhando-me, apenas...
Respiro de alivio, pois era meu gato que estava apenas fazendo companhia no meu quarto.
Espantei todos os meus fantasmas, desamarrando-os do meu passado, sinto apenas alivio e liberdade no momento.
Eu era livre de arrumar as minhas idéias e minha mente, apenas sorri, caminhou para a porta do meu quarto.
Acendi a luz da minha vida sem ter mais medo do meu passado, libertei as correntes que amarravam e doía na minha mente.
Enfim! Aconteceu de novo? Aquele sonho voltou da casa que não conheço e do quarto que nunca vi...
Afinal eu estava a sonhar.

Foto de SANDRA FUENTES

DESENCONTRADOS

Escrevo em tuas costas
Meus versos molhados

De

Palavras inconfessáveis
Tatuando em tuas pernas
As cores da minha boca

Nos teus olhos prossigo
Relendo os textos
E, devoro em segundos
tuas rimas desencontradas

(decoro)

E repito de forma incansável
Inconsciente
O deleite da tua doçura perversa

Escreve em mim

Tu
Agora
Teus desejos desesperados

Frente e verso

Até que eu chore
Olhando de frente
Pra tua poesia

Sandra Fuentes

Foto de Azke

"Imortal."

qual...
do que te espera?
do que te guarda?
qual...
do vento em riste,
que de ti, te insiste,
qual
te clama,
qual
te ama?
em rol...
in/versado.
por ensaio das tuas pernas. e... em chamas?
pra dançar...
pra tocar...
por um tempo. qual,
te acalma?
de ti em lava...
qual?
te faz... de ti, escrava?
a de ti?
ao teu tudo. dos teus encontros...
qual?
de ti.
te completa em turnos... decrescentes.
descrentes..
aos impérios profundos... dos teus ensejos, ao interno teu, e do teu.. ventre?
dentro...
de ti.
qual...
repara?
em vestes claras,
a tua causa?
onde...
primeiro.
te cortam... as asas?
qual te tomba?
e qual... te. vê?
qual...
de ti?
te crê?
qual...
te completa em turnos... dissidentes?
aos mistérios dos teus lados acesos, ao inferno teu, o teu, e o mais: quente?

quer... ir?
vá.

e não te deixe pra depois...

qual de Hera, por tentação ao mar concedido
qual de Artémis, em prisão por acossa... e conflito
qual de Athena, em dança nua/rubra sob o sol
qual de ti. qual de todas. e em ti. e todas. em ti... uma(e). só?

Foto de Jessik Vlinder

Chave de Prazer

Tirei minha roupa devagar
Deixando você perceber
Cada detalhe das minhas curvas
Cada caminho para o prazer

A meia luz num tom quente
Na pele morena reluzia
Transfigurava a cor do pecado
Em brasa ardente que fervia

Me encaixei em teus quadris
Pernas abertas, corpo moldado
Me puxou com mãos urgentes
Um beijo longo... Incendiado

Olhos cerrados nos teus
No balanço, corpos dementes
Meus lábios vermelhos tremiam
Volúpia e paixão ingentes!

Não resistindo mais
Sentei... e senti a tua invasão
Lentamente me desvairando
Alucinante sensação...

“Ahh...” Meu sussurro quente
Com a voz melosa, quase um gemido
Te fez descontrolar loucamente
E num golpe atroz, tudo estava incontido

Gemi alto como uma virgem
Delicioso mastro a maltratar
Minha sanidade foi perdida
Só queria gritar e a ti me entregar...

Apertava e lambia meus seios fartos
Enquanto cavalgava desesperada
Um transe arrebatava meu corpo
Como um choque a cada estocada

Gemidos másculos que me desatinaram
Pronunciaste com a tua voz grave
Te olhei como dona, dei o meu máximo
E num sentar descobri do prazer a chave

Nos deleitamos em nossos orgasmos...

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