Perigo

Foto de Ivanifs

Os anjos

Ouvi dizer...
que os anjos ficam de prontidão
Observando o mundo visivel ...
por seu mundo invisivel

Eles olham olham...
Mas não se atrevem a tomar decisão
Precisam de autorização
Que vem de um terceiro céu

Eles choram e choram muito
Por não poder fazer nada
Se esquivam dos anjos maus
E continuam a olhar e a olhar

Cobrem-nos com suas asas
mas não podem nos tocar
Em seus cabelos alvos
Tem coroa de ouro
a brilhar e brilhar

Eles correm pelas ruas
Sobem pelas arvores
Sentam nos portões das casas
E entram pelas janelas

Eles também nos fazem
Sentir sua presença ...
Mesmo que invisiveis estejam

Na hora do perigo eminente
Estão de prontidão
Na hora que vem a decepção
Consolam nosso coração

Bem aventurados sejamos nós
Pobres mortais que um dia
desfrutamos dessa companhia

Bem aventurados seremos
Se conseguirmos alcançar a pureza plena
E num deles nos transformar...

Foto de Fernanda Queiroz

Pedaços de infância

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.

Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.

Meu pai me aconselhou a planta-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.

Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, primaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.

Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de "dentinhos, arrebitadinhos".

Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.

O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.

A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.

Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontra-las.

Papai quieto assistia meu marasmo em deposita-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.

Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escudeiras dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.

Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.

Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na sequência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.

Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.

Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.

Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.

Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.

Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Resernados

Foto de Cabral Compositor

Sem Chance

A rede Globo de televisão no Jornal da manhã
divulgou nessa terça, uma noticia, referente as fortes chuvas em todo Brasil
E os estragos causados, etc...

Disseram ainda sobre as inúmeras arvores que caíram e danificaram casas, carros
e ainda acertou a cabeça de um rapaz, que praticava uma corrida na calçada, alias, esse mesmo rapaz, está em coma, não sei de qual estado ele é
Pô, fiquei assustado, com tanta agua que caiu, e tanta arvore que tombou...

Aí, vem lá um repórter e diz:
-As arvores estão causando um grande perigo a população do nosso país, elas estão caindo
em cima das pessoas e em cima dos carros e das casas, etc...

Que sacanagem, logo as arvores
Acho, que talvez, as arvores também são culpa-das por outros danos no país

Quem sabe, aquela roubalheira em Brasília talvez...
O craque que anda mutilando essa garotada por todos os becos, praças e ruas das grandes cidades
Quem sabe, talvez, as arvores também são culpa-das pelas brigas do Adriano e sua noiva
Dos amigos lá da Rocinha, do Wagner Love

Sei lá, quem sabe as arvores são culpa-das pelo beneficiamento de Urânio lá no Irã
Dos desastres tão atuais no Chile e no Haiti

As arvores, as arvores, coitadas tão urinadas nas madrugadas, tão dilaceradas logo na infância
As arvores, que nos dão alguma sombra nesse calor infernal por questões do aquecimento global

Eu, que na infância subi em tantas arvores, hoje relembro com certo pesar, pois essa nova geração de arvores está aprontando tanto

Sei lá, sem chance, fico na duvida se elas são realmente culpadas...

Foto de BIENVENUTI

DILEMA...

*
*
*
*
*
CHEGO A TI PRA TE FALAR,
ME ABRIR, CONFESSAR...
PODE ALGUEM EM TERRA FIRME,
NÃO CESSAR DO MAR ADMIRAR?
MESMO ESTANDO EM SEGURANÇA,
DESEJAR O PERIGO, DESCONHECIDO,
PROFUNDIDADE DESCONHECIDA,
ONDAS ENFURECIDAS...?
MESMO ESTANDO BEM FIRMADO,
NÃO DEIXA DE CONTEMPLAR,
ESSA TUA IMENSIDÃO,
NÃO SEI SE É DESEJO,
NÃO SEI SE É PAIXÃO...
SÓ SEI QUE DE TI, NASCE TODA INSPIRAÇÃO...
SUAS ÁGUAS RELUZENTES,
TEM UM BRILHO DIFERENTE,
QUE CAUSA TODA CONSTERNAÇÃO...
ESPERO QUE NÃO VENHAS A JULGAR,
EM SEGUIDA ME CONDENAR...
PELA MINHA AFIRMAÇÃO,
QUE EM TI HÁ BELEZA,
QUE EM TI HÁ REALEZA,
DIGNO DE ADORAÇÃO...

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MONÓLOGO DO VELHO MOTOQUEIRO" " DE CARA PRO VENTO"

“MONÓLOGO DO VELHO MOTOQUEIRO”
“DE CARA PRO VENTO”

Cento e cinqüenta no velocímetro...
Tenho pressa...
Minha idade é meu termômetro...
Atropela-me!!!

Quase sessenta na certidão...
Ainda dá tempo...
Vou correr da solidão...
Vou acelerar meus sentimentos!!!

Vou atrás do meu eu...
Vou encontrar comigo...
Vou de encontro ao que é meu...
Não tenho medo do perigo!!!

O vento bate mais forte...
Já é hora de abastecer...
Estou rumando pro meu norte...
Quero meu limite conhecer!!!

Cento e cinqüenta no velocímetro...
Que maravilha...
A velocidade é meu delírio...
Estou de volta na trilha!!!

Vou conhecer o jovem...
Que há muito deixei de ser...
Estou reunindo coragem...
Para a morte entender!!!

Que esta reluzente companheira...
Me leve através do caminho...
Um caminho que me de a certeza...
De encontrar meu destino!!!

Cento e cinqüenta no velocímetro...
Estou chegando...
Já reconheço eu menino...
Estou chorando!!!

Chorando de alegria...
Ou talvez de saudade...
A vida me deu uma anistia...
Para entender o que é idade!!!

Dento e cinqüenta por hora...
É pouco...
Não tenho mais medo do agora...
Estou louco!!!

Estou indo atrás da juventude...
Que teima em escorregar por entre os dedos...
Vou viver na plenitude...
Sou o carrasco dos meus medos!!!

Vou enrolar o cabo...
Vou engolir asfalto...
Vou ver a vida de fato...
Vou viver lá no alto!!!

Cento e cinqüenta no velocímetro...
Já é hora de acelerar mais...
O caminho esta tão lindo...
Desistir, jamais!!!

Foto de Graciele Gessner

A Hora da Verdade. (Graciele_Gessner)


... O amanhecer do outro dia chegou, ela mais uma vez me esperava na janela. A ausência do seu felino me deixou mais a vontade, pois não estava ali para me observar contemplando a sua dona. Sim, ela estava mais uma vez nua e provocante. Ela não me cumprimentou, tinha uma rosa vermelha na sua mão esquerda. Estava se acariciando com a rosa, quando percebi meu corpo estremeceu, um arrepio atravessou as minhas costas.

Ao passar defronte à porta de sua casa, não hesitei, atravessei o caminho do jardim. Bati na porta. Ela atendeu apenas vestida com uma calcinha com sua rosa e outro detalhe, ela tinha um piercing no umbigo. Nunca tinha visto este detalhe, mas hoje, vi! Como não ver?! Aquela sedutora pele, tão morena e cuidada... Tão macia... Perdi a noção do perigo, apenas agarrei-a e beijei. Aquela rosa voou longe.

Senti que o meu corpo, os nossos corpos não tinham mais tempo para perder. Simplesmente, tinha que ser, e foi. Ela não negou, e confirmou a minha suspeita: ela é a pura tentação do inferno. Desta vez, não controlei as minhas vontades, manifestei todas as minhas insanidades e explodi os meus desejos reprimidos do dia anterior. Todos os desejos da tentação expostos e revelados.

... É ela a minha loucura, a minha resposta dos fatos. É ela que me provocou na hora errada. Sou eu que não me controlei e avancei. Mas foi ela que não se comportou. Um dia pode passar, mas o segundo dia requer uma postura, uma reação de homem. Esta é a verdade dos fatos. Uma mulher perigosa na janela... disposta a se deitar com aquele que ela escolher.


23.01.2010

Escrito por Graciele Gessner.


*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

Foto de Fernando Vieira

Um sonho muito feio

Nem tudo faz sentido
Nessa vida inconstante
Sei que corro perigo
Se o amor se faz distante

Confusão de pensamentos
Um sonho atorduante
Manifesto o desepero
Sou um ser agonizante

Pensamentos, devaneios
Um pesadelo horripilante
Eu tive um sonho muito feio
Que me fez morrer por um instante

Foto de layellen

Permita

Que um olhar te conquiste.
Que um sorriso ilumine o seu dia.
Que as palavras toquem seu coração.
Que alguém o livre do perigo.
Que apenas um toque faça todo o seu corpo estremecer.
Que te façam elogios e críticas também.
Que o inesperado aconteça.
Que um pensamento o faça voar.

Não permita.
Que a raiva te domine.
Que seus sonhos sejam apenas sonhos.
Que seu dia passe rápido demais para que você o note.
Que a mágoa o envenene.
Que a rotina o canse.
Que a impaciência seja predominante.

Sinta a noite,deslumbre o sol.
Siga as estrelas.
Mergulhe no mar alto das paixões.
Ouça a natureza,ela tem muito a lhe dizer.
Deixe que o vento te leve.
Traga mais flores ao seu jardim.
Cante a canção do seu coração,no seu ritmo.
Depois da tempestade,contemple o arco-íris.
Suba no alto das montanhas,mas não se esqueça de descer.
A coisa mais bela do mundo está em você,o amor.
Manifeste-o.
Não o deixe morrer em ti.
Ele precisa escapar,correr por todos os lados.
Andar entre as multidões,sem medo.
Ele deseja que você o sinta,mesmo que não possa entender.
Nada é impossível no seu mundo,tudo é real e grandioso,tão grande que o mundo não é o bastante para abrigá-lo.
Ele é quente demais,para que você o segure.
Forte demais,para ser empedido.
Ele não precisa de permições,nem mesmo regras.
A única lei que segue é a lei de Deus,que é perfeita,justa e simples como o teu coração."

Foto de Arnault L. D.

Para sempre

Vagando a dias perdido
sem água, mapa ou comida
Sol e areia escaldante
aos poucos a ser consumido
lentamente a perder a vida
deserto, o "Inferno de Dante"
O desista a sussurrar ao olvido

Se arrasta a buscar abrigo
enquanto o tempo se esgota
enquanto a pele se queima
o horizonte tremula qual trigo
aos poucos a mente lhe embota
descansar é por perigo

Foi quando ao longe avistou
ao seu socorro correndo
aquela que desejava encontrar
oasis, e seu coração chorou
e tanta água bebendo
escorrendo, a carne a esfriar
e para sempre ali ficou

Lua minguante, nova e cheia
se passaram a encontrar
um corpo esquecida à paisagem
seco, só, sem vida na veia
Mas, no rosto um sorriso a guardar
para sempre, enfim pela miragem
Feliz, sem fim, ali na areia

Foto de Felipe Ricardo

Definição I - Para Uma Menina Que Amo -

Então aqui me mostro o pensante Silfo
Que assim me entrega sua vida em palavras
Mas lhe falo que sou perigosa e cruel, pois se
Me enganeres te mostrarei toda a escuridão
Da lua, já que dela tiro meu sorriso que te atrai
Ao meu precipio que voce chama de coração

"Então me digas o que tanto quer comigo, diga
Logo, pois se eu quiser contigo faço, mas se não
Logo com voce brinco de te devora aos poucos"

Mas não se espante... Não tenhas medo de meu
Sorriso e nem de meu olhar, pois sei que deles faço
Tua morte e vida, mas te digo oh carinhoso silfo
Meu perigo é apenas minha forma de me proteger
Já que tanto fui machucada e não quero mais tristeza
Apenas desejo me ver livre desta musica me minha vida fez [...]

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