Perdão

Sob um negro céu
sentado ao luar
Fico pensando em você
ao seu lado quero estar

Olho para as estrelas
nelas vejo seu olhar
A leve brisa em minha pele
desperta a vontade de te amar

Você era minha luz
e agora estou sozinho
Não posso viver sem você
sem teu amor, sem teu carinho

Por favor, volte pra mim
tudo o que posso lhe dizer
Pois desejo seu perdão
e junto a ti quero viver

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Na escuridão do tempo bate o tempo a cem por hora
Numa cidade sem perdão sinto tristeza e solidão
De uma escuridão morta de viagem sem volta
Na cidade mórbida sem sentido e sem razão

A Lua obscura brilha no céu agora
E minha solidão opaca assola meu coração
Deixando meu sorriso pra fora
Da criança que acorda sem imaginação

Vejo-me viajar movido à droga
Sinto bater acelerado meu coração
Parece bater a mais de cem por hora
Então peço perdão à minha insólita solidão

Mais aparece o Sol impondo nova aurora
No horizonte em sentido da paixão
Brilhando, ecoando o som que toca
A harmonia da cidade com a escuridão

Dia e noite, noite e dia tanto faz a troca
De Sol à Lua de Lua à Sol o que dirão
Da metamorfose que aqui nos joga
Contra a vida e a morte a dizer sim ou não

PEQUENO INCOMODO!

Podem-me chamar arruaceira…
Manhosa e intratável…
Acrescentem, buémia e interesseira…
Pensem que tenho um devaneio incurável…

Humilhem seriamente o meu ser!
Chamem-me miserável…
Dissimulada, e deixem-me apodrecer…

Se por sensatez e convicção…
Me souberem humilhar!
Se me conseguirem assanhar…
Eu concedo-vos a razão…

Mas, se abruptamente no meio da multidão…
Existir alguém, que me peça perdão…
Aí, eu vou-me abeirar…
E, perante o vosso atrito, vou ousar!
Apiedar a vossa alma atroz…
Parte imaterial, que incomodou este animal feroz!

Inês Santos

Mais uma varredura cerébral
Imagêns no vidêo, uma foto no jornal
Morte proposital
Terror constitucional

O poder da combustão das máquinas
A intolerância de uma palavra
A morte pré julgada
Fundamentalismo destoado, desse mundo futuro

Como valeria um simples "APERTO DE MÃOS"
Mas o amargo no coração, impede tudo isso
Mais uma lágrima cai, sem perdão

O ódio, a vida sem amor, sem valor
O corpo explode de um modo sagaz
Anunciando o fim da paz...