Pele

Foto de Lorenzo

Nóis é pobre e nós somos "ricos"

Comu teim genti bura
Resorveno os póbrema
Enquanto, nós poetas
Enfrentamos nossos dilemas

Nossas criança se mata di estudá
Dimanhã iscola, di tardi trabalhá
Nós na faculdade nos instruindo
Para mais tarde a esses explorar

As pele tem manxa, os dente tem cári
U cabelo é cri-cri e o corti custa um vaule
Nossas mulheres com perfumes importados
E os seus filhos fazendo pegas de carro

Eles falu tudu errado
Iscrevi ainda pió
Você ri da ignorância deles
Por que você seria melhor?

As rôpa é di mal gostu, pele preta e o cabelo lôro
Os pescoço vive enfeitado, cheio de folhado de ôro
Nós temos montblanc, rolex e armani, tudo do mais caro
E gastamos numa noite o que lhes leva um mês de salário

Eles xama baiano, paraíba, cabeção
Xinga eles que eles num liga não
Nós somos superiores então?
Só porque tivemos mais "educação"

Eles são pobre, burro não sabe se arrumá
Mas eles aprende no barraco que se deve respeitá
Enquanto nossas crianças lá no play a brincar
De como se faz o filho de uma empregada chorar

Nóis é simples, não tem curtura e nem foi letrado
A gente quer oportunidadi di sê bem tratado
Nós queremos ser mais que eles, humilhá-los
Cultos tem de ser os bons. Pobres: jamais educa-los!

E nóis paga tanto imposto que nóis nem sabe de onde é
E bota a cupa nu guverno, o feijão tá caro púquê eles qué
Nós rimos fazendo riqueza com o suor de seus rostos
Sonegando do governo o que eles pagam em dobro

Meu filho pidiu um sapato de natal, mas tá caru dimaís
Num vô dá não, foi assim que meu pai mi tratô
O meu quer um novo computador, que droga!
Nem tem aqui, mas pelo e-bay vem do exterior

As palavra eu num sei como arruma pra ficarem bunita
Mas eu digo que amo minha nêga lá em casa
Meu vocabulário é perfeito, tenho perfeição na gramática
Mas só trato minha mulher na base da pancada

Ganho pôco, mas pago tudim o qui eu devo
Até devôvi a cartêra dum dotô que incontrei
Eu passo a perna em quem posso
Achado não é roubado e eu achei

No meu verório têvi muita gente choranu em vôta do caxão
Imagina como fico]ô meus filho qui amo di coração?
No meu enterro lápide de granito, letras em ouro na oração
Mas pra se despedir do corpo, só o coveiro, porque é sua profissão.

Lorenzo Petillo.

Foto de betimartins

O jovem lenhador e o ancião

O jovem lenhador e o ancião

Durante meses e farto de maus tratos um filho de um lenhador ainda novo, resolveu sair de casa e caminhar pelo mundo fora. Era um rapaz robusto, forte, sempre gentil e educado, apenas com uma muda de roupa, um velho cobertor, um prato de barro, dois talheres, uma panela pequena, e um copo de lata já tão torto que nem se reconhecia.
Tudo isso eram as suas posses, dinheiro ele não tinha, mas pensava que seus dois braços eram fortes e sua vontade de trabalhar era grande também.
Logo ele caminhou por caminhos nunca antes vistos por ele, tudo era completamente novo e até a saudade dos irmãos ficava para trás, apenas lembrava-se de sua mãe cansada e desgastada e sentia compaixão de ter a deixado, respirando fundo desviou os seus pensamentos e seguiu em frente. Sorrindo sempre, ele ia lembrando-se dos bons momentos passados e parecia que estava também se despedindo deles também. Por momentos a dor dos maus tratos do seu pai veio à mente e apertou seu coração, era melhor ter vindo embora que lhe faltar ao respeito.
Tudo que sua vista visualizava era algo que ele nem podia descrever, a paisagem estava mudando, logo estaria perto de uma cidade coisa que ele nunca viu na sua vida apenas numa folha de um jornal velho que achou pelo bosque e que teve que esconder, pois seu pai proibia tudo que fosse livros ou algo ligado a eles, dizia que era coisa do diabo e das tentações.
Passados dias de caminhar, dormir em locais variados, comer o que dava a natureza ele sentia um homem feliz e liberto da escravidão, tudo valia a pena por novos horizontes afinal ele tinha sonhos e o seu maior sonho era aprender a ler. Aquele bocado de jornal sempre o deixava ansioso, que queria dizer todas aquelas letras se ele nem o seu próprio nome saberiam escrever.
Apenas sabia que se chamava João Rodrigues, era o nome do seu avô que morreu muito novo era ele ainda um menino com tuberculose apenas lembrasse-se da tosse compulsiva nada mais.
Ele sabia o que queria e logo chegou à cidade, cheio de esperança, ele procurou trabalho e logo achou numa estalagem que veio mesmo a cair bem, os donos o deixavam dormir nos estábulos dos cavalos. Não era muito pior que sua casa, ele aprendeu a trabalhar com ferro, o velho da estalagem ensinou a tratar dos cavalos, ver e reparar as ferraduras e fazer novas também.
Como ele era educado e gentil depressa aprendeu o novo oficio logo todos gostaram dele até a filha mais nova dos donos da estalagem, logo ele descobriu os encantos do amor, entregando-se aos desejos da luxuria e depois conheceu o ciúme e afagou suas dores em copos de vinho retardado e azedo. Deixou-se afundar por mais de cinco anos, entre bebedeiras, brigas, até seu trato com as pessoas piorou ao ponto de ser despedido.
De novo ele pegou nas suas coisas que eram ainda mais leves, pois perdeu tudo e até a sua dignidade e voltou a caminhar pelo mundo fora.
O ar frio, do inverno gelava suas veias, as poucas vestes pareciam colar em seu corpo magro e maltratado pelo álcool e má nutrição. A sede secava sua boca e a fome era pouca, apenas queria um copo que aquecesse a alma e fizesse esquecer a vida sofrida.
Caminhou por montanhas, pensando na sua vida, nunca parava, aprendeu a comer o que a natureza dava, seja o pouco que para ele, era muito.
Cansado de mais um dia a caminhar, a tarde estava indo embora e ele tinha que arranjar lenha e um lugar abrigado para ficar. Estava no alto de uma grande montanha, não resistiu e sentou-se bem no pico ela, olhando para o horizonte.
Por instantes ele pareceu ver sua família, por instantes ele parecia ter saudades dos maus tratos do seu pai, era tudo tão estranho, parecia que estava sonhando, caiu uma lágrima pelo rosto e chorando ele sabia que tinha perdido tantos anos sem alcançar seu sonho.
Adormeceu ali, quase que poderia cair, bastava ele desequilibrar, sentiu uma mão quente em seu ombro abanando-o suavemente, uma voz doce e segura seria que estava a sonhar.
Depressa abre seus olhos inchados, assustado, olhando-o o homem que ali estava, era estranho, tinha umas vestes estranhas um pano enrolado no seu corpo e que deixando entrar frio. Lentamente saiu do lugar com muita calma para não cair, escuta a voz do homem estranho:
- Vamos para minha caverna que lá estará quentinho e mais confortável.
Acenando com a cabeça se deixa conduzir, mas seu corpo estava cansado, muito cansado e sua alma doente e triste.
Calado apenas observava o velho que estava a sua frente, magro de cabeça rapada, seus olhos grandes e um sorriso amplo. Observou a caverna, ampla, cheia de pedra, tinha uns desenhos estranhos tipo sinais, ele não compreendia era tudo estranho.
O velho ancião leva-lhe um pouco de sopa quente, era uma magra sopa, mas quente confortava a alma e suas energias. Tudo estava no mais repleto silencio apenas se escutava o crepitar da lenha e olhava para suas chamas, logo o sono fazia suas pálpebras fecharem contra a sua vontade.
Entendendo tudo isso o velho ancião ajuda-o a levantar e leva-o para um canto que estava repleto de folhas secas e dá ordem que se deite ali. Já há muito que não se sentia tão bem tratado e adormeceu.
A noite foi estranha, sonhos e sonhos, sonhava com seus pais e irmão sonhava com a vida que teve na estalagem, parecia que tudo estava a flor da pele, assustado ele voltou a sonhar, mas ai viu a sua mãe morta num caixão, acordou a gritar.
O velho ancião tranqüilizou dizendo que era só um pesadelo que estava com muita febre, dando de beber e colocando compressas frias da única camisa que ele tinha ganhado com o seu suor.
Ali ele travou a sua luta entre a vida e morte, sabia-o, ele sentia que era tudo estranho muito estranho, apenas pedia desculpa pelos seus erros, o velho ancião sorria e dizia, teremos tempo para falar de tudo isso com calma, agora vês se dormes e sossegas.
Logo se recuperou, agradecendo ao ancião a sua ajuda, pensando voltar a colocar a caminho para novo rumo.
O velho ancião o chamou e pelo seu nome João, pedindo-lhe que o escutasse por momentos:
- João na vida não existe acasos, não te encontrei por acaso, tu foste enviado por Deus para que fosses preparado, educado e aprendesses o que eu sei. Sei que teu sonho é aprender a ler e vais aprender a ler e escrever, deixar que tu aprendas tudo o que eu aprendi e assim estarei pronto a partir daqui em breve.
João por momentos ficou quieto, pasmo, sem saber que falar que pensar, ele tanto queria aprender, mas que seria que aquele velho poderia ensinar. Olha para o céu furtivamente afinal ele queria saber mais da vida e porque não arriscar afinal ele se importou com ele ali quase morrendo. Pensou será a minha forma de agradecer o que ele fez por mim.
O velho ancião leu seu pensamento e olhando em seus olhos e em voz forma exclama:
- João se for assim por agradecimento parte e vai embora. Apenas te quero aqui por vontade própria, para que possas receber os meus ensinamentos.
De repente algo acontece, parecia um sonho o João teve uma visão, clara como água cristalina, viu a sua mãe, orando ajoelhada nos pés de sua antiga cama, pedindo pelo seu filho, com as lagrimas caindo de seu rosto. Ele viu que era ali que deviria ficar Deus a ouviu e o conduziu até ali o salvando dos pecados mundanos.
Agradeceu ao seu ancião ajoelhando-se e beijando suas mãos com sinal de respeito e amor.
Assim João aprendeu a escrever e rapidamente assimilou todos os conhecimentos do seu amigo ancião. Tornando-se um conhecedor da natureza e aprendendo a ligar-se com seu maior mestre Deus.Aprendendo que agradecer é a maior maravilha do homem terreno.

Foto de Edigar Da Cruz

Amo Demais

Amo Você Demais
. Amor vem ficar aqui comigo!..junto ao meu cantinho
que é seu cantinho de amor bem quentinho..
Acelerado e batendo forte te espera para cuidar de você
Nessa Madrugada de FRIA Como nunca te sentir; forte
..Presente dentro mim...pedindo para sempre dizer..
que alguém ai..e precisa de amor e carinho..

A VIDA fica vazia sem está a sentir a você
..batendo forte; desconsertante ...querendo sentir ao seu amor
seu jeito seu doce louco calor...
Amor vem ..para nossa cama ..nosso ninho de paixão
vem me abraça ..
Nessa Madruga triste vazia ,,,a frente de um computador..
. Digitando ao amor ..que sinto por você..
onde está nesse momento!..onde se encontra amor..

Como nunca!!!! pensei dobrei meus pensamentos em você..
..Sempre forte de um quero, mais e sempre..
Te Quero..Te Quero ,..Te Quero ..meu amor lindo
de pele morena
de olhos de cor mel..
de sorriso de encanto..
o mesmo que me conquistou..
. Com palavras amigas ...e um amor verdadeiro
Afloro ..um sentimento real verdadeiro de amor pleno..
. Quero sentir o calor do deleite de sua pele ..
fazer caricias de amor..
e dar muito carinho que precisa ..
Nessa madrugada me encontro em casa..
Sozinho a espera de você de frente a um computador ..
A ESPERA de um amor eterno
CHAMADO VOCÊ..MEU MEL DE AMOR
amor lindo e verdadeiro como qual ao seu
Junto ao meu de paixão

Autor: Edgar
Direitos Reservados

Foto de Edigar Da Cruz

BEIJA-ME

Beije - ME
Beije meus lábios mesmo que de mansinho
Beije minha nuca ... minha orelha
Beijo suas mãos em sã consciência
Beije meu pescoço
Morda com carinho
Sinto o seu aroma delicioso
Seu beijo sempre tão gostoso
Então entrelace seus braços em meu abraço
Se acolha em meu amasso
Deite-se
Deleite-se
Beijo seus pés com ternura
Suas pernas
Quanto doçura
Minhas coxas em suas coxas
Querendo
Envolvendo
Hormônios em combustão
Com euforia e muita emoção
Nossa pele arrepiada
Suada
Desejada
Me faz mergulhar
E nestas curvas avassaladoras deslizar
Por fim juntos
Dançar
Esta linda coreografia
De dois loucos amantes
Loucos em plena harmonia

Foto de Arnault L. D.

De todas as formas

Eu a amo, de toda forma.
Desde compara-la a estrelas e flor,
ao silêncio e a mais bela música...
Não existe ao certo uma norma,
que comporte o quanto é o amor.
Uma coisa só não o explica.
Tudo, é assim, mais o que for...

Amo, com o calor da fogueira,
da sua pele quero o transpirar.
Ou trazer o vento, o arrepio frio.
De todo modo, toda maneira,
quero este amor, fazer, a amar.
Até do suor trazer o estio...
Êxtase em prazer, fazer chegar.

Amo você, de forma incerta...
Como se ama uma mulher,
Que tem as fases da maré e da Lua.
Faz maior o mar quando mais perto
e longe ainda o move, por mister.
Minhas vida é tal estivesse nua,
sem o vestido do seu ser.

Foto de gladiadorcorinthiano

"Inspiração"

" Ver o Mundo em um grão de areia e a sua extrema beleza na flor selvagem;
Sua pele me encendeia e do meu horizonte tu és a mais bela imagem...
A fonte jorra água cristalina e o meu louco coração o mais puro amor;
Tu és a jóia de toda a minha cina e o limite do meu calor!
A saudade encontra as ondas em um vento a bailar;
A ilusão castelo monta, mas de areia evaporar;
Solidão demais da conta a maré irá levar;
E com carinho e ternura a brisa irá pronunciar:
- Que eu queria ser uma orquídea pra sua praia perfumar, e o perfume dessa vida em sua vida perdurar...
Pois todos os meus sentimentos são puros como as águas cristalinas que caem dos céus...
Que com pingos e em gotas de orvalho demonstram o precioso valor de toda a nossa existência...
Assim como o céu e o mar que através de raios de luzes e na profusão de cores revelam a mais pura essência da beleza da imagem um do outro!
EU AMO VOCÊ! "

Foto de PFS

DESCOBRINDO O AMOR

Eu precisava dizer que eu sempre sonhará em ter um amor a primeira vista, e
você foi!
Eu queria ouvir musica enquanto eu beijasse alguém,
e com você eu ouvi!
Eu queria sentir um desejo tao forte que quando tocasse na pele dele ele também pudesse sentir,
e você sentiu!
Eu queria olhar nos olhos de alguém e me ver neles,
eu me vi com você!
Eu queria alguém que me fizesse vaidosa,
e você me fez!
Que por essa pessoa eu enfrentasse o mundo, brigasse comigo mesma, mesmo quando eu me sentisse insegura e desanimada eu olhasse pra ele , e me sentisse forte!
Eu queria sentir sensações como coração disparado, mãos geladas, frio na barriga, insegurança, medo, enjoou, encantamento,
eu senti por você!
Descobri que realmente eu amei, amei todos os dias desde que o conheci, só nao queria ver, a vida é mesmo uma caixinha de surpresas, eu tive q me perder pra me achar, tive que sofrer pra aprender o que é amor,
e que talvez apenas eu ame uma unica vez, mais mesmo assim me sinto aliviada porque sei q amei.
Desculpa, é que acabei descobrir esse sentimento e me assustei!

Foto de Carmen Lúcia

Saber viver

Quero ver o sol sorrindo
abrir-se em raios amarelo-ouro
a circundar-me a luz de sua auréola
acariciando a alma, me aquecendo a pele.

Quero ver de perto a primavera
após a despedida do frio do inverno,
pra avaliar e apreciar o belo
e com ele, estabelecer um elo.

Quero banhos de cachoeira
sentindo o impacto de suas águas brancas
a energizar meu corpo, fazê-lo de remanso
e da mansidão da paz, eterna companheira.

Ver nas tardes lânguidas de outono,
folhas caindo; alimentar meus sonhos
de imagens ricas que vão se formando
e quando concretizados, pensar que estou sonhando.

Quero andar de bem com a vida,
em harmonia com o ontem, hoje e amanhã...
fazer da dor uma aliada, não uma vilã;
despir-me de rancores, vestir todos amores.

_Carmen Lúcia_

Foto de Lefurias

O amor de Ela e Eu

Pálida ali estava quando a conheci,
Tinha brilho em seu olhar, eu logo percebi,
Sua pele embelezada como o Jasmim,
Como flor que se destaca em qualquer jardim.

Sua cor morena e um belo de um sorriso,
Muito me encantava e a sua simpatia,
Não sabia, mas estava em meio ao Paraíso,
Em pouco tempo descobri que era a sua companhia.

Pistas ela me deixava em todos os cantos,
Percebia em meu olhar todo o meu encanto,
Eu com medo de errar, estar me enganando,
Não reparei que ela estava se apaixonando.

Mas chegou o dia e a tal hora marcada,
Uma peça, o futuro logo nos pregava,
E no momento certo, o destino juntava,
Duas almas descobrindo o amor que lá jorrava!

Foto de MilEumaNoites

Dor e frio

Tentei tirar o véu que cobre teu rosto
E me impede de mergulhar no teu olhar,
Quis sentir a maciez da tua pele contra a minha.
Desejei que meu sangue se perdesse nas tuas veias
E só voltasse a me encontrar na tua boca.

Mas tudo que consegui foi frio e dor.
Frio da tua voz, que congelou meu coração ainda em chamas,
Frio dos teus lábios, que me repudiam sem hesitar.
Dor... dor de saber que não posso te tocar,
Dor maior de saber que desejas o toque de quem não te merece.

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