Peito

Trago uma rosa vermelha
Aberta dentro do peito
E já nem sei se é comigo
Se é contigo que eu me deito

A minha rosa vermelha
Mais parece uma romã
Pois quando aberta de noite
Não se fecha de manhã
Trago uma rosa vermelha
Na minha boca encarnada
Quem me dera ser abelha
De tua boca fechada
Trago uma rosa vermelha
Não preciso de mais nada

Pus uma rosa vermelha
Na fogueira do teu rosto
Mereço ser condenada
Por crime de fogo posto.

Trago uma rosa vermelha
Que é minha condenação
Condenada a vida inteira
À fogueira da paixão
Trago uma rosa vermelha
Atrevida e perfumada
É uma rosa vaidosa
A minha rosa encarnada
Trago uma rosa vermelha
Não preciso de mais nada

Antes de te conhecer
Nada existia pra mim
Depois que te conheci
Tudo se tornou mais claro
O amor ficou visível pra mim

Antes de te conhecer
O amor pra mim era oculto
Nem mesmo eu podia vê-lo
Nem sequer podia senti-lo
Mas agora é diferente
O tenho em meu coração

Antes de te conhecer
Eu não sabia o que era dor
Agora que te conheço
A dor mora em meu peito
Mas não é uma dor terrível
E sim suportável
É apenas a dor da saudade
De quando não esta comigo

Antes de te conhecer
Tudo era mais fácil
Depois que te conheci
Tudo ficou complicado
O amor agora mora em mim
E não é fácil lidar com ele
Mas por você
Eu crio e cultivo este amor
Porque agora que o tenho
Não quero perde-lo

Poema as Bruxas

Vou fazer um patê
com o meu coração
para passar no pão
e depois comer

Vou mastigar bem devagar
para apreciar o gosto
e se verá no meu rosto
o quanto é amargo

Para acompanhar
um grande copo de cachaça
da pior que se acha
que irá bem combinar
e se quiser grelhar
vou untar com graxa
pra melhor temperar

Mas antes preciso arrancar
do peito o coração;
e esmagar com os pés,
socar e chutar pelo chão

E do sangue que vazar
um molho: Areia e vinagre, bater
E no vácuo será o oco que habite.
E mesmo me envenenando comer
e irei dizer: Bom apetite

Preciso entregar-me aos lençóis
Esquecida de mim hoje preciso
Não quero jantar não quero banho
Não quero nada!
Esqueço o relógio não vou querer acordar,
Apenas deitar e novamente contigo sonhar
Nessa realidade vã
Porque aí sei que não vou chorar,
Que esta saudade no peito não vai existir
Simplesmente ser feliz
Felicidade no sonho no dia entristecida,
Recuso-me a chorar mas não consigo em ti não pensar,
São voltas e mais voltas
Não conheço o presente estás tão ausente
Preciso de te encontrar em sonho ser feliz e me realizar,
Sentir-me amada e renovada são noites sem fim
Que esqueço nas longas horas do dia,
A esperança ainda vive, não sei como mas vive
Cada dia que passa acredito não mais te encontrar,
Que vontade de te ligar, ouvir tua voz mas não chorar
Mas o medo faz-me esquecer, ignorada como antes não mais
Obrigado!
Doces delicias que canto para o mar,
Um canto e recanto que recuso esquecer,
Sempre vou lá vaguear,
Lembrança de felicidade que dói no peito,
Fico sem jeito tantas palavras que…