Peito

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

ESTAÇÃO ESPERANÇA.

ESTAÇÃO ESPERANÇA.

PASSAVA UM POUCO DAS SEIS...
QUANDO O TREM QUE ESPEREI PASSOU...
NÃO TROUXE QUEM EU ESPERAVA...
E NEM COMIGO SE PREOCUPOU !!!

FIQUEI SENTADO ALI OLHANDO...
SEM ENTENDER O QUE ACONTECEU...
O TREM DEVAGAR PARTINDO...
E MINHA VIDA ELE ESCURECEU !!!

É TRISTE FICAR AQUI SENTADO...
ESPERANDO UM TREM QUE NÃO VAI CHEGAR...
MELHOR SAIR POR AI ANDANDO...
PARA QUE A VIDA POSSA ME ACHAR !!!

PAREI NA OUTRA ESTAÇÃO...
COM A ESPERANÇA DE ME REENCONTRAR...
MAS ELA ESTAVA VAZIA...
E MEU AMOR NÃO ESTAVA LÁ !!!

SENTEI POR ALI CANSADO...
ESTAVA TRISTE E NÃO AGUENTAVA ANDAR...
O TREM LEVOU AS ESPERANÇAS...
DE UM CORAÇÃO QUE SÓ SABIA AMAR !!!

ENQUANTO ENXUGAVA O ROSTO...
O TEMPO RAPIDO E CRUEL PASSOU...
NÃO VI NEM OLHEI PRO RELOGIO...
E NEM A NOITE ME AVISOU !!!

JÁ DIA E TODO AMASSADO...
MEU PEITO QUASE QUE EXPLODIU...
DE UM BÉLO TREM ALI PARADO...
MEU GRANDE AMOR DO VAGÃO SAIU !!!

CHORAMOS NA PLATAFORMA...
ABRAÇADOS COM MUITO AMOR...
AQUI NINGUEM NOS INFORMA...
QUE OS ATRAZOS SÓ CAUSAM DOR !!!

AGORA FELIZ PRA SEMPRE...
QUALQUER TREM EU POSSO PEGAR...
POIS TENHO AQUI DO LADO...
MEU GRANDE AMOR PRA ME ACOMPANHAR !!!

Foto de Cecília Santos

E POR FALAR EM SAUDADE

E POR FALAR EM SAUDADE
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Quando a noite chega, me recolho.
Recolho minha vida, meu mundo, meu coração.
Aconchego tudo, em meu peito.
Onde outrora, aconchegava você!
Peito que cantava alto, pra te alegrar.
Que embalava seu sono, seu descansar.
Hoje chora baixinho, pra não te acordar.
Do sono profundo, que estás a dormir.
Seu riso cristalino ecoa, em meu ser.
Como uma doce magia, ou uma louca ilusão.
Que as vezes, me entorpece a alma,
e turva a minha visão.
Já não sei distinguir o real, da ilusão.
Te sinto presença, no meu presente.
Sinto seu perfume, sua doce voz a me chamar.

Quando a manhã chega, desfaço meu abraço.
Desfaço meus laços, te dou a liberdade!
Te deixo ir nas asas dos anjos, pra sua morada.
Morada distante, que não encontro o caminho.
Caminho de luz, que te conduz ao paraíso.
Pois anjo feito você, só pode lá morar.
Meu paraíso se resume, em meus sonhos.
Pois é através deles, que encontro você.
Enquanto não sonho, meu mundo e vazio.
Não tenho você, não tenho sua alegria.
Minhas lágrimas por você, são de saudades.
Meu riso, já não sei se existe.
Você era a calmaria, depois do vendaval...!
Meu caminho, minha luz, meu anjo terrestre...!
Acho que em outra vida, eu já te conhecia...!
Quando você nasceu, eu te reencontrei...!

P/ Fê com saudades

Direitos reservados*
Cecília-SP/09/007*

Foto de Sirlei Passolongo

Reticências

Rasgo-me em versos
incompletos
Marcados por reticências
nelas...
Os sonhos secretos...

Incertezas,
saudades...
Demências.

A alma sangra entreaberta
Exclama!
em grito mudo...

A dor do peito que aperta
Em versos silenciosos,
tem seu escudo.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de JGMOREIRA

CREIO, MEU AMOR

CREIO, MEU AMOR

CREIO, meu amor, que passarei
Como os vendavais
Os temporais, as marés, o verão
O inverno, céu e inferno
Os anos vitais

Passarei como passa a brisa
Entre os bambuzais

Creia-me,meu doce e inocente amor
Passarei queimando tuas entranhas
Como bebida forte e estranha
Cicatrizando teu peito ferido
Apagando, em ti, depois
Minha mais linda lembrança

Me esquecerás como esquecestes
As brincadeiras da tua infância

Foto de JGMOREIRA

CARÍCIA

CARÍCIA
p/SXCF

Ponha tua mão
sobre o meu coração
sinta como me dispara
essa paixão
Ponha tua língua
no céu da minha boca
Percebe o deflagrar
de todas as pólvoras
que puderem os chineses inventar

Seja minha dona inglesa
me destrate de vez
Me colonize e me plante
novamente a tua semente
que saberei frutificar
todas as malícias
de fazer sonhar

Ponha tua mão sobre meu peito
Sinta que já perdi o jeito
Esquece todos os outros cavalheiros
Seja sempre minha primeira mulher
Levarei teu cio nas minhas costas
o teu desejo nessa emoção
que dispara
quando descansas a mão
sobre meu coração.

Foto de JGMOREIRA

ANJOS TRISTES

ANJOS TRISTES
(Com Anna Müller)

"Vou libertar-me de mim....deixar as asas no chão.
atirar-me nessas ondas de vento. Libertação.
plainar sobre o denso vazio na quietude do nada
anjo rebelde a revoar sobre tua sombra pasmada

tirar da garganta o pio das amarras,
atirar-me nessas ondas de vento. Libertação.
plainar sobre o denso vazio na quietude do nada

Sentir o eco de liberdade
Escorraçando Deus no ruflar das asas
de dor, pesadas

Lutando contra a tua divindade
Voando alto, para longe do teu amor
deixando-me assim... longe de ti...asas no chão.
E aqui, neste frio, padeço a tua saudade.

Asas cansadas, largadas em vão.
Retorno a ser homem, andando por onde passavas
Recostado no medo o coração
Medo de que me surjas à frente
e assim, apenas na doce lembrança do vôo,
guardo apertado no peito.

Medo do reencontro.
quando Deus se afasta dos anjos
fazendo carne o que fora sonho

Quisás meu anjo viesse
dele tivesse o abraço.
tornasse meu sonho real...
Água cristalina em manso regato
Pudesse eu matar a sede nas águas dividas
afastando essa dor
essa tristeza, da alma o mal
limpando minh'alma da dor que me causastes.
Pensando ser amor o mal que me atirastes

roubando das asas o ruflar
do coração, o sonhar
do meu corpo, o dom de amar

Desse amor que me fizestes voar sem asas
Voar o sonho do corpo ao coração...
E simplesmente amar
como voam os anjos, sem pretensão
Amar sem distinção
livre da tua marca, tua cara
Amar por destinação

Vagar á procurar o anjo que me fez amar
Que hoje rotula saudade essa dor infinda
Destinada na morte de uma alma de asas no chão.
Esquecida de que um dia tivera um anjo
onde, agora, estático, terreno, agonia o coração

A alma caída e um anjo ferido.
Sentir o eco de liberdade
Escorraçando Deus ruflando as asas
pesadas de dor
Lutando contra a tua divindade
voando alto, para longe do teu amor

Foto de JGMOREIRA

ABRAÇOS

ABRAÇOS
CB: teu abraço viajava

Ver-me na Índia
N’África
Ver-me verde
Adormecendo sobre disparates
Acreditando.

Londres, Istambul
Vietnã
Paranaguá
Verte a ampulheta
Derrama-me

Sobre Haiti, Afeganistão
Dakar, Romênia, Pará
Terra que não há.
Amores risíveis
Aventuras frouxas

Em Paris
Havaí, Natal, Grécia
Japão, Egito
A mala, passaporte carimbado
Eu, morrendo ás sextas

Acreditando que viveria os
Sábados, emocionar-me-ia
Stalingrado, Suécia, Síria, Bahia:
Trancoso; Angola, Suíça,
Outros ares, lugares, olhares

Rodopiando minguante
No céu, em itálico.
Chile, Manágua, Nicarágua
Cuba
Cavalgando Pegásus em Pasargada

Refletido nos espelhos cristalinos
Em Honolulu, faiscante em Viena
Ucrânia, Mesopotâmia, Athenas
Atlântida, apenas semântica
Rios transbordando, secas no sertão.

Ver, ver-te, verter-te
Nos cálices do meu desejo
Abraçar tua pele, selenita
Jamaicana, leva-me para lá
Deita-me em tua cama

Rompa a crosta de hialita
Que reveste meu peito arenoso
Descortina o pôr-do-sol oculto
No oposto do meu rosto
Arábica, anárquica, resuma-me

A um homem
Dentro do teu quarto
Viajando pelas galáxias
Maravilhado com o brilho
Dos mil centauros que te compõem

Que gerarão as estrelas dos nossos filhos
Em Arcádia.

Foto de JGMOREIRA

À PRIMEIRA VISTA

À PRIMEIRA VISTA

Quando tu me viste
Eu já sabia
Que me comerias
Que me beberias
Que te deliciarias em meus cheiros
Líquidos, vasos cheios
Nas noites quentes.

Quando puseste teus olhos
No meu peito, pernas
Eu já sabia que seria tua
Que dançaria na tua estranheza
Que derrubaria o que à mesa
Que te apunhalaria dezenas
Mas, mesmo assim, tu me terias
Enquanto rodopiasse a pena.

Quando me deparei com teus olhos
Acarinhando meus cabelos confusos
Observando meu rosto difuso
Fotografando minhas linhas
Algo me mordeu por dentro
Delatando-me tua tristeza
Tua venida incontida
Que minha vontade queria

Quando me viste, eu sabia
Tu já sabias que me comerias
Que eu não resistiria.
Quando é à primeira vista
Não existe valentia

Foto de Sirlei Passolongo

Inseto Noturno

.
.
.
O céu se veste de luar... Agonizo
a falta do seu sorriso,
O peito se perde em mágoa
Os olhos se fecham rasos d’água.

O luar branco como a neve
entre as estrelas, tão leve,
assiste a minha dor
e sorrir, às vezes, parece.
A solidão me endoidece.

Oh! Noite escura, maldita!

Faz-me da tua beleza, um réu
Abre-se como uma renda
a cobrir o céu com seu véu,
eu a sangrar amargura
em tristes versos de fel.

De sofrer, minh’alma grita

Conto cada estrela que desce
O sol já está por perto
da lua então me despeço
agonizando esses versos
feito um noturno inseto
que não voa... Se rasteja
até que o dia amanhece.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Marta Peres

Espero o Sol

Não é o sol que faz queimar o corpo
mas ainda é o sol, tímido, frio,
um claro escurecido, escondido
no meio de nuvens, o sol que veio aqui.
Um vento frio e calmo sopra,
anuncia que o agosto se aproxima.
Eu, daqui de minha janela tudo observo
lá em baixo, nas ruas e avenidas,
todas que meus olhos conseguem ver.
Pessoas caminham a passos lentos
outras apressadas,
sei que em algum ponto querm chegar.
Ainda aqui, espero o sol,
sei que virá e aquecerá min'alma
e alivirá minha dor, arrancará do peito
esta tristeza que teima instalar.
Quero sorver cada raio do sol que chegar!!!!

Marta Peres

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