Paz

Foto de HELDER-DUARTE

Longes terras

Quem sou eu afinal,
Já que vós vos interrogais, se não serei filho do mal?!!
Eis aqui vos digo, quem sou,
E quem a vós me enviou.
Meu nome é filho do vento,
E também do tempo.
Ficai sabendo, vós gentes do alto,
Que por ambos a vós fui enviado!
De longes terras vim,
Em altas e baixas, nasci.
Depois me levaram para outras mais perto,
Era pequeno, mal me lembro.

Agora uma coisa sei,
Numas e noutras infeliz fui, até que o vento encontrei,
E ele me disse:
Posso te dar a felicidade,
Ao soprar, te darei a liberdade e a verdade.
De filho do tempo,
Passei a ser também filho do vento.
Nessas terras ainda soube o que era a paz,
Nos tempos finais, achei-me então capaz.
Pois no meu interior, do além sinais foram gravados,
Depois por tempo e vento, por ambos,
Fui ao alto subindo
E até vós fui vindo!
Fui mais dirigido pelo vento,
Do que pelo tempo.
Pois pelo poder do primeiro,
Alcancei, terras mais altas, que as vossas, por inteiro!
Ficai pois, vós humana gente, sabendo,
Que ests Terras, estão no além então,
Para mui longe das vossas terras e da vossa razão,
Mais para além, de vós, do espaço e do tempo!!!

HELDER DUARTE

Foto de Logan Apaixonado

Flor do campo

Sinto que existe
Um ser radiante
De um jeito elegante
Seduz-me alegremente
Envolvido na sutileza
De gestos tão evidentes
Sinto presente
O sentimento perfeito
Capaz de colorir
As sombras da noite
No breu da madrugada
Exala-se um aroma
Inebriante perfume
Tão doce e envolvente
Flor do campo
És tu, sentimento
Paira no ar
Envolve-me por completo
Testa meus sentidos
Atiça meu olfato
Com delicados atos
Demonstra claramente
Que sentes pulsando
Seu coração machucado
Agora curado
Pode sentir
Com toda plenitude
Que existe e é real
Um sentimento tão belo
Sereno e sincero
Que emana da alma
E sempre te acalma
Pois é paz ressurgida
E hoje vivida
Por nós alegremente
Amor evidente
Tão claro e transparente
Presente em minha mente
Espero sorridente
O eterno momento
De encontra-la novamente...

Foto de Sonia Delsin

UM PRESENTE

UM PRESENTE

A vida me diz que dorme o sonho no ventre da noite.
A vida me diz que devo sossegar o corpo, a alma.
Que devo descansar.
Que devo o coração apaziguar.
Eu obedeço.
Deixo tudo serenar.
Limpas estão todas as vidraças.
Limpas, translúcidas...
E eu aqui assistindo o passar do tempo...
Aqui contando estrelas...
Admirando a lua.
Envolvida pelo feitiço da noite calma.
Eu aqui contente com o pequeno presente que em minha mão foi depositado.
Eu aqui, em paz, sem lembranças do passado.

Foto de Claudio Ferreira Borges

Torturas do amor...

Um olhar,
Um sentimento proibido.
Um amor,
Um amor perdido.

Lembro do tempo de infância...
Lembro do que fiz.
Tentei te entregar para outro só para saber se era a mim que você queria.
Fiquei feliz, contente, sorridente,
Sabendo que era você minha pretendente.

O primeiro beijo parecia um sonho, um sentimento tão forte tomou meu coração,
Guardo na lembrança aquele dia de criança,
O dia mais lindo de minha infância.

Mas nem tudo é alegria,
Enquanto no quartel eu servia,
Você se distraia.
O destino preparava uma armadilha,
Quando percebi você não era mais minha.
E o pior aconteceu,
Quando percebi que seu amor não era mais meu.

Cegaram-me,
Fui ferido,
Por terem o meu amor escondido.
Para onde ela foi?
Só descobri depois.
Foi rápido demais,
Descobri que estava com outro rapaz,
De boa família,
De boa situação,
Foi o suficiente para a sua união.

Enquanto eu bebia em um bar,
Ouvia na Igreja o festejar,
Bebi calado pensando,
O meu amor está se casando.

Como se não fosse suficiente,
Levou ela para longe para sempre.

Foi aí que minha vida se transformou,
Tive várias mulheres,
Mas nenhuma me completou.
Andei perdido,
Andei pensando...

Só lembranças,
Tenho no coração,
Esperança...
Tarde demais.

Olho para o céu e percebo que podes estar vendo o mesmo céu,
Combustível para minha vida,
Respirando o mesmo ar que eu respiro,
Vendo as estrelas que vejo,
Prazer em saber que ela vive,
Mesmo sem ser ao meu lado.

Uma surpresa,
Uma emoção,
Quando ela voltou e me fez uma confissão.
Acreditei e alegre fiquei,
Em saber que era meu o coração da mulher que me apaixonei.

Ela foi embora,
Eu na esperança,
O tempo passando,
E ela teve uma criança.

Ela voltou e afirmou,
Que de saudades de mim ficou.
Eu acreditei,
Sonhando sozinho,
E ela partiu,
E teve um menino.

Tanta facada no meu coração,
Com tanta esta dor não agüento mais não.
O amor é forte,
Supera a mágoa,
E mais uma vês eu a esperava.

Ela voltou e me confessou,
Que eu era a pessoa que sempre amou.
Eu estava confuso,
Não sabia mais se acreditava,
Mas o amor que eu sinto logo me cegou.
Acreditei,
Fiquei pensando,
Naquela mulher que estava amando.

Foi quando percebi que o tempo passara,
Que meu amor só me magoava.
Envelhecer sozinho por causa de um amor...
Já tomei uma decisão,
Vou tocar minha vida sem meu coração,
Não vou mais viver de ilusão,
Esperar por alguém que brinca comigo como num parque de diversão.
Vou viver com essa dor dentro do meu peito,
Encontrar uma pessoa que por mim tenha respeito,
Que esteja comigo quando eu quiser,
Esteja do meu lado,
Seja a minha mulher.

Ter os meus filhos,
Vê-los brincar,
Dar a eles muito amor e muito carinho,
Dar a minha mãe uns netinhos...

Estou cansado,
O tempo passa rápido e agente não vê,
Se bobear nem vejo meu filho crescer.

Vou levar minha vida,
Tentar encontrar,
Uma pessoa para ser parte do meu lar.

Não posso mais viver acreditando,
Em promessas,
Em palavras.
Só sei o que eu sinto,
Não sei de você,
Uma pessoa que só me faz sofrer.
Eu sei que tivemos muitos momentos bons,
Mas isso ficará guardado em nossos corações,
Ou no meu,
Não sei,
Parei,
Acordei,
Vou viver.

Aproveite sua vida a cada segundo,
Ela passa rápido demais.
Seja feliz,
Viva em paz.

Eu vou viver minha vida nessa ilusão,
Queria ter nascido se coração.

Foto de JGMOREIRA

AGULHINHA, TALVEZ

AGULHINHA, TALVEZ

Arroz
Arroz do bom
Solto e branco
Navio solitário
sem marinheiros
Arroz de tacho
preto no fogão de lenha
que estalava
que exalava
cheiro d'alho
misturado com linguiça
toicinho e chouriço
que defumavam

No tacho preto e enorme
de D. Olívia
ficavam imersos pedaços
de carne que pegavam
gosto na borra da gordura de côco
Lata bonita
pintada de coqueiros
Dali emergiam costelas
peitos de frango
bifes de tresontem
amaciados
Que delícia!

Angú bonito, espirrante
com taiobas do quintal

Feijao

E arroz, agulhinha
se me lembro bem
Branco. Branco como
a pomba No livro de Tostói
como a bandeira branca da paz...

E solto!

Foto de docepimentinha

Quando eu era uma garotinha..

Quando era uma garotinha
Sonhava com um amor
Que fosse meu herói destemido
Que um dia me levasse a um castelo no céu
E afastasse meus dragões para bem longe,
Ele viria cavalgando
Em um lindo cavalo branco
E me traria o amor que eu vinha esperando...
E me traria alegria
E paz infinita
E em um lindo cavalo branco
Me levaria com ele...

Foto de Cecília Santos

CORAÇÕES SOLITÁRIOS

CORAÇÕES SOLITÁRIOS
#
#
#
Quantas pessoas solitárias,
andam a vagar.
A procura de alguém,
com quem conversar.
Dividir suas tristezas,
seus desencantos.
Desencantos, que são como ímãs.
Atraindo todas as magoas do mundo.
Mundo confuso, e paradoxal.
Quantos corações solitários.
Quantos rostos, marcados por
diferentes histórias.
Quantas almas, procurando alento,
no abraço de alguém.
Num aperto de mão, ou até mesmo
num simples sorriso.
E a noite quando a solidão aumenta.
Os corações solitários, saem
a vagar noite à dentro.
Guiados somente pelos vaga-lumes,
única luz a clarear os caminhos.
Ouvindo o farfalhar do vento.
Seguem procurando paz,
na noite longa e escura.

Direitos reservados*
Cecília-SP/05/2007

Foto de Joaninhavoa

Estrela feliz!

Sou uma estrela brilhante!..
Que vos brinda lá dos céus
Vós pensais que sou marcante
Por sorrir com os troféus!..

Eu não brilho a toda a gente
Que me quer ver por um triz
Eu sou doce eu sou semente,
Cálice patente! Eu sou feliz!

Venham ventos...venham manhas...
mais a lua ensolarada...
Serei sempre espírito alegre e destemido!..
Como as manhãs d`uma alvorada!..

Decifrando espedachins em lutas assolapadas,..
Farei sempre apelo à Paz e ao Mundo
gritarei serena,
"O caminho é por aqui!".

JoaninhaVoa,
em 16 de Setembro de 2007

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"PARTO ETEREO"

PARTO ETEREO

Na paz do espaço cósmico...
Viajei com meus irmãos...
Cheguei a um lugar tranquilo...
Aonde havia anfitriões!!!

Belas mulheres com roupas claras...
Receberam-me com satisfação...
Fiquei quieto quase sem falas...
Com a majestosa recepção!!!

Senhores idosos solícitos...
Levaram-me a conhecer...
Um lugarejo calmo e simpático...
Aonde deveria me recolher!!!

Meio assustado e confuso...
Perguntei o que aconteceu...
E um velho senhor muito convicto...
Disse-me não se assuste; você morreu!!!

Foto de amarvtd1

O crepúsculo visto da janela do coração.

Matizes do amarelo atrás das montanhas.
Os Dois Irmãos espreitam mudos o solenes.
É o dia que finda, levando embora a luz do sol e trazendo a noite fria e solitária de Ipanema.
A solidão nem sempre é má. Às vezes nos reaproxima de nós mesmos. Vemos dentro.
Reflexão. Paz. Silêncio...
(E a luz se esvaindo...)

Num canto qualquer, crianças gritam,
No céu, pássaros ainda voam
E na cabeça, pensamentos correm, saltam, e pairam. Estagnados até tornarem-se certezas.
Frivolidades ou decisões vitais: Todos juntos ao som da música que não pára de se repetir, hora perceptível, noutra não mais, até se fazer ouvir novamente.

Nuvens riscam o céu, trazidas pelo vento da noite, mas ainda refletindo os resquícios daqueles matizes que, suavemente, ao longe, se vão apagando...

Nada substitui a luz do sol, que clareia pensamentos e caminhos.
Nada substitui a companhia de nós mesmos. Interlocutores da alma.
Os mais sinceros.

É noite.

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