Pássaros

Foto de Teresa Cordioli

NA ESTRADA DA VIDA...

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NA ESTRADA DA VIDA
Teresa Cordioli...
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Corri por entre Ruas e Alamedas
Cruzei esquinas, fugindo do teu olhar perturbador...
E me perdi nas veredas das emoções
Deixando para traz:
Teus carinhos, teus abraços
Tuas palavras...

E na corrida da estrada da vida,
Perdi meus passos e não vi meus rastros...
Fiquei só, chorei e sorri!
Atravessei pontes,
Cruzei fronteira, pulei em precipícios.
Fechei os olhos diante do perigo
Estava eu lá tão só...

Só o vento batia em meus cabelos
Que se molhavam com a chuva de minhas lágrimas.
Minha única companhia, eram os pássaros,
Que em seus vôos perdiam suas penas ao vento.
E cantavam enquanto eu chorava.
Parei para pensar, porque eu ali estava...
Tão só....

Lembrei do teu olhar....Ah! teu olhar
Teus beijos, Teu cheiro, tudo ficou lá ..
Ficaran lá na esquina...
O teu olhar....Ah! Ele desnudava meu corpo
Que pedia socorro!
Mas ninguém o ouvia...
Meu grito se perdia num grande eco.....

Adormeci e nos meus sonhos,
Derramei nas folhas secas, a minha saudade...
Foi uma espera de muita dor...
Porque se eu voltasse, saberia que não estaria,
A me esperar

Pássaro cante, cante, cante para eu te ouvir.
Quero ouvir teu canto,
Nesta espera do nada..
Pássaro voe, voe, voe bem alto e diga a ele:
“Ela ainda te ama”

10/09/99 Foi o primeiro poema que coloquei na net...

Foto de Wilson Madrid

CONSENTIMENTO

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* ACRÓSTICO
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CONSENTIMENTO

C olorir a vida com alegria
O uvir os pássaros ao raiar do dia
N avegar pela ternura e sua alquimia
S entir e inebriar-se com os perfumes das flores
E ternizar, reverenciar, vivenciar e poetizar amores...
N amorar a vida a cada segundo
T ransmitir afeto para todo mundo
I maginar a paz reinando no universo
M aravilhar-se com a beleza da natureza
E ncontrar e rimar o avesso de toda tristeza...
N utrir o amor e compô-lo em verso
T raduzir o sentimento em atitude e ação
O bservando o vital consentimento do coração...

Foto de Sandra Ferreira

Momento…

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Campo verde,

Meu lar neste momento,

Sem rumo, caminho sobre ele,

Cabisbaixa, pensativa

Perdida em sofrimento…

Com as gotas da chuva

As ervas daninhas resplandecem,

Insensíveis, atrevidas

Selvagens e frias,

Impedem a minha passagem

Enroscando se nas minhas pernas

Molhando-as, ferindo-as…

O telhado do meu lar

Cinzento e nublado,

O orvalho que mansamente

Se aloja nas minhas pestanas

Dificulta me a visão

Já cansada e marejada…

Paro por momentos e o silencio é total,

A ausência dos pássaros

Do som das cigarras, do uivo do vento

E sinto me só, muito só neste momento…

Foto de Carmen Lúcia

Se tu queres...

Se queres saber como estou
pergunta ao vento...
Que espalha no tempo
um triste lamento
saído dos lábios meus...

Se queres saber de mim
pergunta às flores...
Que já não encantam jardins...
Aos pássaros que já não gorjeiam
e choram baixinho o pranto que é meu...

Se queres saber onde estou
pergunta às estrelas,
que teimo em não vê-las
escondida em meu labirinto...
Guardando tudo o que sinto...
Elas sabem da dor longe dos olhos teus...

Se queres saber onde vou
pergunta à noite, aos becos, esquinas...
Por onde passa a sombra daquela que fui,
a vaguear em busca do que perdeu,
a implorar carinhos que já foram seus...

Se queres saber se morri
pergunta ao meu coração...
Que não mais corresponde
aos sonhos que um dia já cri...
Aos apelos da alma que clamam por ti...
E só ele responde
o que já não sei...
O que não vivi...

(Carmen Lúcia)

Foto de cezarcsantos

A Poesia é Eterna

A poesia não morrerá, porque do amor
ela trata,
e o amor é eterno.

A poesia canta o desabrochar das flores,
harmoniza a melodia dos pássaros,
capta a felicidade dos peixes que
silentemente deslizam sob rios e mares,
e, graciosamente, traça
o vôo singelo e altaneiro das águias.

A poesia ensina com a dor
suscita o choro,
enxuga lágrimas, sofre a saudade,
sonda o infinito, rompe as raias da alma,
ri com alegria e acha graça do sorriso.

A poesia descobre-se na busca,
preenche vazios, exalta a vida,
fala do homem, excogita o ser,
moteja da morte e é solitária.

Indulgente, curva-se e abre-se para os
que a amam,
acolhendo, reanimando, aconselhando,
espargindo sabedoria.

Vaticinou o poeta sacro:
“Ora o mundo passa...”
Assim, o futuro olha, e não vê o
passado.

As flores secarão,
os pássaros emudecerão,
os peixes espraiarão inertes ao sabor das
ondas e as águias alçarão seus últimos vôos.

Entretanto, a poesia permanecerá
exaltando a vida.
Um dia – e que dia! – não haverá mais
dor.
Todas as lágrimas serão enxutas.
A tristeza jazerá olvidada na sombra da
peregrinação
humana, e a poesia testemunhará a
vitória da vida.

Quando o Amor se manifestar e a Morte
morrer,
e o Valente submergir nas
profundezas do Abismo,
haverá cânticos de gozo e alegria, e a
poesia terá sua parte
nesta exaltação transcendente.

Deus é amor, Deus é Eterno.
O amor é eterno, a poesia é eterna,
porque do amor ela sobrevive.

Foto de Sirlei Passolongo

Retirante do Progresso

Na beira de uma estrada
Uma casinha de madeira
Lá vive um peão boiadeiro
Ali não se vê mais bois,
Não se vê pasto ou invernada.
Não se ouve mais o som do berrante
Que era a canção das madrugadas...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora...

A poucos metros da velha casa
Um sarilho velho abandonado,
Uma paineira centenária
E um gasto arreio de gado;
Nos olhos do peão...
As marcas da sua história...
E de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

Ele relembra com saudades
Do quanto era puro o lugar,
A única fumaça que havia
Era da chaminé a assoprar
Avisando que era hora
De o rebanho ajuntar...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

Ali não havia outros ruídos
Além dos pássaros cantadores
Não lhe faltava na mesa
O pão e o frango ao molho
Domingo ia à missa
Na Igreja do Nosso Senhor...
E agradecido sorria
As crias do gado reprodutor.

Mas longe se foram seus filhos
Na ilusão do progresso,
Depois foram os amigos
Atrás de um futuro incerto...
E a velha igrejinha, hoje está vazia
O asfalto corta a velha estrada...
O canavial queima à beira da casa,
E o som do berrante
Ele ouve apenas na memória...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Poesia inspirada no poema Mulher de Retirante.
Dedicado aos sertanejos do Sul.

Foto de LuzCintilante

AS MELODIAS

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Melodias cheias de doces lembranças
Enchendo o coração de esperanças
Da pureza do tempo de criança
Da época de muita festança

Melodia que tranquiliza
Que a dor ameniza
As vezes finaliza

Melodia de eterno amor
Colorindo a linda flor
Vivendo a emoção
Cheio de paixão

Melodia de alegria
Que a todos contagia
Fugindo da nostalgia
Com a doce companhia

Melodia da natureza
É a própria fortaleza
O canto dos pássaros
Alegrando o coração

O canto dos ventos
Carregando as tristezas
O canto da vegetação
Cheio de fascinação

O canto da chuva
Que lava a alma
A paz que acalma

Foto de Sirlei Passolongo

As Fadas

Hoje, convidei as fadas
para alegrar você.

Ah! Fadas existem
Vivem a nos presentear.

Nas manhãs,
tocam os botões
que perfumam os jardins.

Fazem as ondas no mar dançar
e tingem o céu de anil.

Nas tardes, conduzem
os pássaros que
voam rumo ao ninho.

Nas noites...
Pincelam o céu de estrelas
pra ver a lua sorrindo.

E voam ao seu redor...
Cobrem de luz o seu cantinho...

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Graciele Gessner

Ser Amada. (Graciele_Gessner)

Eu sei que você não me ama.
Não me ama da maneira que sonhei;
Não na mesma intensidade,
Não como sonhei amar e amo-te.
Dificilmente serei correspondida...
É como correr atrás de um pássaro
E o mesmo levantar voo para o infinito.
Prefiro seguir a vida e esperar o verdadeiro amor,
E ter a certeza de ser realmente amada!
Ficarei apreciando os pássaros,
Até que se encante com minha beleza
E venha galantear a sua deusa.

17.09.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Sonia Delsin

LEVEZA D’ALMA

LEVEZA D’ALMA

Sinto uma paz, uma calma.
Uma leveza d’alma.
Caminho.
Reparo as flores.
Todas.
Se existem espinhos?
Existem.
Fazem parte do caminhar.
Reparo nos pássaros.
Tão felizes a voar.
Reparo no ar.
Existe um perfume que chega a me embriagar.
Abro os braços.
Rodopio.
Sinto um arrepio.
É tua presença que sinto.
Que pressinto.
Pai, eu vivo hoje em dia uma vida tão outra.
Eu vivo esta minha liberdade.
Esqueço de tudo.
Até de minha idade.
E danço em plena rua.
Fico fascinada com a lua.
Se sempre fui poeta agora eu não mais me seguro.
Encontrei meu porto seguro.
Nos braços do infinito.
Nos braços do tempo.
Nos braços deste ser que sou.
Não importa o que vem, o que já passou.
Sinto uma leveza d’alma. Estou calma... estou.

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