Não sei mais o que falar
Não sei mais como agir
Eu não posso te amar
Deixei o inferno me iludir
Minha alma não agüenta
Por mil demônios possuída
A força deles me despenca
E te elevam, estás mais linda
Seu sangue frio me desespera
Tenho esperança, acredite!
Nesse inferno me enterra
Mas és bela como Afrodite
Suas formas são de anjo
Meu coração nunca resiste
Mais bela que um arcanjo
Mas de um mal que não existe
Queria estar ao seu lado
No perfeito paraíso
Não ficar despedaçado
Em chamas num abismo
Sabe que um dia eu te amei
Saberás do que irei falar
Dessa ilusão acordei
Vá para o inferno descansar
Vá, tente alcançar
Novas almas para iludir
Vá impedi-las de brilhar
Vá impedi-las de sorrir
Aqui se faz, também se paga
É sua hora de cair
Onde seu brilho se apaga
Pro teu inferno a consumir
(autor: Enzo Bicalho, Cosmissismo)