Paraíso

Foto de Cecília Santos

FELIZ DE VOCÊ

FELIZ DE VOCÊ
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Feliz de você, que hoje, pode ver o sol.
Que pode olhar o infinito, admirando as suas maravilhas.
Que encontrou no vento, uma maneira de ser feliz.
Que fez de seu pranto, as águas dos rios.
Que fez do seu dia, um eterno paraíso.
Que fez da relva, sua cama macia.
Que fez do silêncio, a mais bela melodia.
Feliz de você, que viu a manhã acordando.
Que viu o céu se colorindo, por pincéis invisíveis.
Que se encantou, com o despertar dos passarinhos.
Que juntou seu assovio, a canção da manhã.
Que viu as flores se abrindo.
Que viu as abelhas colhendo o néctar.
Que bailou à exaustão, com o beija-flor.
Que se encantou com as borboletas.
Feliz de você, que observou as nuvens.
Descobriu desenhos no céu.
Esqueceu que era adulto, brincou feito menino.
Esqueceu os temperes da vida.
Jogou sorrisos ao vento.
Colheu ramalhetes perfumados,
vindos juntamente com a brisa.
Feliz de você, que tem motivos pra sorrir.
Que tem lembranças pra recordar.
Que tem lágrimas pra chorar.
Que tem amor pra dar.
Que tem alguém especial pra amar.
Feliz de você, que pelo menos hoje,
se encantou com a vida...

Cecília-SP/10/2010*

Foto de Nailde Barreto

"DA COR DO PECADO"

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Assim de branco me fascina;
com esse jeito angelical
oh, doce menina...

Assim de preto é o paraíso;
com esse seu sorriso
oh, doce castigo...

Assim de vermelho é tentação;
com esse jeito de vulcão
oh, doce tesão...

Assim, de qualquer cor, me chame;
me ame...me ame...me ame...
quero te fazer cansar, delirar...

E quando tu adormecer em meus braços
ficarei atento, apaixonado a espiá-la;
imaginando de que tantas outras cores e laços
ainda irei despí-la.

Nailde Barreto
02/12/10 às 22:45 hr

Foto de jessebarbosadeoliveira27

ELEGIA DE UM NÃO-PINTOR

Talvez eu fosse aquarela,
Mas sou apenas um tosco poeta.

Talvez estivesse em Guernica,
Mas testemunho --- todos os dias ---
Florescerem vítimas de banalizadas chacinas
No gigantesco tropical Paraíso do Pré-Sal
E das commodities agrícolas.

Talvez presenciasse
As pinceladas catárticas de Frida,
Mas meu ser se limita
A derramar copiosas lágrimas das vistas.

Talvez vivesse como um viçoso ébano
Que pisasse em sementes de café nos anos vinte ou quarenta
Do evo passado,
Mas me descubro um preto de pés pneumáticos
O qual --- no século XXI --- engendra
Versos natimortos na sua cabeça de asno.

Talvez pudesse dizer a Van Gogh
O quão cultuada e lucrativa
Tornou-se a sua Pintura Impressionista,
Mas somente consigo escrever
--- sobre a folha do caderno Tilibra ---
Letras de aparência carrancuda,
Abjeta: dantesca grafia!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Carmen Lúcia

E o paraíso?

♥♥

V ejo o dia amanhecer, esplendente
I nconformado com as dores, complacente,
V ejo a noite acontecer, o luar aparecer
E strelas a iluminar, resplandecentes,
R emanescentes de um mundo decadente.

N inguém percebe o sol incandescente
O espetáculo do nascer e do poente

P erdidos num universo indiferente
A mbicionados seguem em busca de ilusão
R ostos sombrios, não percebem o seu redor
A lmas trancadas, condenadas a exaustão
I natingíveis, vedam o céu, só vêem o chão
S ó valorizam o supérfluo, a ambição
O paraíso é excluído...existe em vão.

_Carmen Lúcia_

(2007)

Foto de matheus.caem

Carinho

Perfume de um querer... abraço.
De olhos puxados... amanhecer.
Deitado e desnudo... cansaço.
Antigo TERREIRO... um passo.

Doce chamego ergue o meu ser.
Carinho gostoso... renascer.
Acordado aos sonhos... paranóia.
Primeiro toque... JÓIA.

Navego em dias sem vento,
E avistar-te é temporal.
Brasa... acalento.
Que queime mais... FEDERAL.

Descalço sou capoeira,
Gingo e canto a ti
Versus de um querubim.
Paraíso... Boi Peba... Cueira.

Em várias, você, eu vejo
E em ti só singularidade.
Poderes sinestésicos, em verdade,
Fazem transcender o desejo.

Foto de Glayson

Seus Mistérios

Que mistérios tens
Que aguças meus sentidos?
És perfume, sabor
Música pra meus ouvidos
Tens ternura
Aroma da Paixão
Toque de beleza pura
Poder de sedução
Que feitiços, encantos
És capaz de irradiar
Beijos e afagos
Me aprisionam sem cessar
Momentos acariciantes
Que arrebatam-me o juízo
Preciosos diamantes
Delícias do paraíso
Amar-te é me perder
Nos confins do pensamento
Nesse horizonte lindo
Navego ao sabor do vento
Saboreio a brisa
De tua presença
Me entrego completamente
Noite, dia e madrugada
Continuemos, amor
Apaixonados
Amanhã mais que agora
Enlacemos nossas vidas
Corpos e corações
Degustando eternamente
Saborosas tentações...

Foto de Drica Chaves

Pauta de Amor

Toca-me como uma pauta
Docemente...
Ascendente,
E resolve acordar-me em teu êxtase
melódico, sem relógio
Sem tempo...
E assim "acordes" em sussurros lentos
Faça-me vibrar aquecendo-te
Expressa-te em firmamento
Momento valsado de amar
Ah! Tenta-me ao teu sucesso
Rebento de cifras a bailar
Dedilha-me a encontrar
A face mais simples e...
Cora
O misterioso reino do sorriso
Um paraíso
Canções, versos, estribilhos
Nós sonoros desatados
Em rimas de brilhos altos
Perpetua-me em vibração
Ponha-me em elevação
Natural de teus tons
Semitons, incisões
De arcos e sons
Invade-me em escalas salteadas
E orquestra-te em perfeições
Nas planetárias imensidões...

(Drica Chaves)

*Direitos autorais reservados.

Foto de Arnault L. D.

Reencontro

Quando vi seu rosto
o tempo estancou de sangrar
você não é mais igual
e eu tao diferente, aposto...
Mas, dentro do peito a morar
pulsou o eterno, o atemporal

Inda sei porque a amo
motivos insondáveis, não distantes
Que o tempo em nada alteraram
o que vejo inda és o que amo
indiferente de agora e dantes
meus pedaços em ti se juntaram

Acontece que sei que você
foi o mais perto do paraíso
foi o que conheci do amor
mesmo sendo este o que fenece
em olhar-la inda visualizo
em meio a dor... rimar o amor

Foto de Miguel Vieira

Poemas diários

Miguel Vieira

“Traz no peito a tristeza mórbida dos poetas malditos e lança a última maldição: O suicídio irreal que é a vida na sua mais absoluta crueldade”.

VÍCIUS*

Sonhei desertos dos sorrisos fáceis
Majestosamente pus minha solidão
No espelho do quarto escuro
Reluzia um espírito triste

Avesso a afetos e alegrias
Subitamente e, de estranho fato
Aproximei-me da luz de cores claras
Igual a mim, antes do contágio pela cor!

Fiz-me inerme, soluços e desejos
De quem procura mesmo que na memória
Fragmentos de uma alegria para sempre

Dispersa em sombras, desfiz os sonhos
Para não acordar ao pasmoso destino próprio
Dos que sofrem misteriosa dor.

*em homenagem a Vinícius de Moraes

Miguel Vieira

SOL NEGRO

Um dia eu tenho que pagar por tudo que devo
O dinheiro, o amor, a dor, o tédio e a solidão
A loucura, a depressão...
Os dias de sol negro e a angustia dos que vivem
A verdade e o medo da mediocridade
Os sonhos e a total falta de esperança
A lascívia de quem já passou em minha cama
A morte e a escuridão da vida
A fé e toda a idéia maldita
O poder e a necessidade de nos tornarmos livres
Ser mesmo que invisivelmente forte, colher cada
Pedaço de carne de nossos próprios corpos que
Talvez sobre, voar mesmo que tarde , gritar
Seu nome quem sabe um dia se pode
Criar versos na miséria que nos cobre
Ejacular nas suas vísceras apodrecidas
Toda maldição que você suporte
Dizer que sou livre e estou farto de pedir
O pão, compaixão e seu perdão.

Miguel Vieira

TRUST ME II

Estou tão triste, baby.
Que chego a pensar,
Em tudo que já passou,
E na memória um grito de amor,
Simbolicamente delírio em paixão,
Loucuras e saudades
De um eterno abandono
Isso é o meu amor
Você nem imagina, baby.
Toda essa dor no peito,
Ontem, chorei...
Pedindo socorro,
Beija-me, baby,
Salva-me...
Não suporto mais os dias,
Por favor, resgate-me!
Mostre o lado claro da vida,
Com seu amor é possível, baby.
Só seu amor é capaz,
De curar minhas chagas
Nesse longo dia há um paraíso distante,
Feito para nós, baby.
As flores têm seu cheiro,
E cada amanhecer é de puro amor.
Sou louco por seus olhos
Agora eu tenho paz
Ajude-me
Ame-me, baby.

Miguel Vieira

FULGAZ

O que sou afinal?
Sou apenas
Vestígios!
De toda
Afirmação humana
Choro
E morro
Ao entardecer...
Se toda minha poesia
Coubesse em meu
Sofrimento
Talvez de fato
Seria poeta
E, não essa carne
Podre
Que insiste
em estar
de pé.
Gostaria de sorrir
Mas a dor é maior
Maior angústia
Maior que o amor!!!
Pois sendo assim
Não cabe a mim
A alegria,
Mas a demasia
De ser infeliz.

Miguel Vieira

ATRIZ DE FILME PORNÔ

Minha alma é negra
Como é negro o meu olhar
Como são negros
Os meus sentimentos.
Já que não tenho coragem
De botar uma bala
Na minha cabeça...
Deixe o colesterol
Tomar toda artéria!!!
Sou suicida indeciso
Poeta maldito...
Homem frustrado!
Praguejei à vida
Sorri para à morte
Abracei o tédio
E, cuspi na sorte!!!

Miguel Vieira

DEMÔNIO DA TANZÂNIA

Lágrimas de cicatrização
Em conteúdo utópico, ilusório
Quase... solidão
Procuro o êxtase
Dos dias mais brilhantes
Talvez, seja algo de incorreto
Do cérebro
O meu coração
É apenas uma bomba
De sangue sem valor
Vivo toda essa dor!!!
Sinto frio
Saudades dos dias de sol
O que devo encontrar
Arco-íris?
Ou sombras
De presente cruel?
Gosto de estar só.
Sozinho, solitário, solidão!
Que minha doença mental
Não progrida
Já basta pensar
Ser... poeta!

Miguel Vieira

SUAVE MOMENTO

Imagino eu,
Em nova orleans
Pairando em cada casa,
O seu canto!
Até parece que já estive lá,
Será que eu pertenço a esse tempo,
Talvez seja apenas um sobrevivente
Que não sente mais o tempo passar
Estou aqui repetindo todas essas retóricas
Lembrando do passado e fico triste
Com esse som que inunda a alma e a vida.
Frases soltas de um louco suicida
Que quer apenas mais um dia
Ame-me com furor
Capaz de derreter o sol
Com força e suavidade
Dos que vêem na sua própria retina
Toda maravilha que senti
E não importa as lágrimas
Também sou parte e criador
De todos esses mistérios.

Miguel Vieira

NOSSA LINGUA

Não acredito mais no amor
Ou é não creio?
Não sei
Só sei que ignorei
Regras simples do saber amar
Não só dizer do amor
Mas do sentir
Sentir cor, dor e calor
Sentir seus beijos
E ainda assim não sentir
Disfarçando o sentimento
Que seu ser representa
Uma fortaleza...
Na imensidão do mar vazio que sou.
Ouço os pássaros á cantar
Igual aos versos portugueses
Que sua boca pronuncia
De amores e solidão.
Canto os versos de nossa mãe: A língua!
Único elo do amor desconhecido
Não só por mim
Sangro, sangue liso
por que é de mim a essência
e de ti esse amor.

Miguel Vieira

ABRIU-SE

Primeiras horas do outono
Planto milho ao cair chuva,
Na ilusão da colheita,
Nesse desafio constante pela vida,
Pensamentos e sonhos,
Chocam-se em minha mente,
Já não sei se é calor ou frio? !
Se é censura ou punição?!
Sei que é estação do mês de abril!
Uma voz canta dentro de mim,
Melodias já ouvidas,
Sentidas em todas partes,
Mesmo em caminhos distantes,
Camuflam cores e vícios
Sons e saudades em pleno mês de abril!
Sinto o verde do mato
Enxergo o cheiro da terra
Bebo o doce do mar
Choro as lagrimas do vento
Sim, faz calor no mês de abril!
Canto estradas errantes,
De destino próprio das causas perdidas.
O mar evapora gotas de azul anil
O rio recebe gotas de amarelos cintilantes.
E, eu? Contemplo tudo isso
Nos meus poucos meses de abril!!!

Miguel Vieira

TIME OF DAY

A incerteza...
Mãe de todos os medos!
Senhora das dúvidas,
Irmã do sofrimento;
Capaz de chorar
O mais forte dos homens
E lamentar o covarde em soluços...
Diante de ti,
O limite transforma-se em sonhos,
Em ecos...
Sombras do passado,
Reprise do presente,
Incapaz este de viver plenamente,
O mais simples dos dias.
Grita bem baixinho,
Seu lamento,
Não desperte as ninfas do impossível,
Não seria bom,
Acorda nas frustrações do desejo,
Melhor caminhar,
Tranqüilamente pelo vento,
Abrindo as asas lindamente,
Bebendo silenciosamente os seus beijos,
Disfarçando misteriosamente com o tempo...

Miguel Vieira

RUA ÁGUAS BELAS, 12

Andei pelas ruas
De minha infância
O sentimento de solidão
E abandono voltou
Em saber que antes pisei
O chão de terra da época
De inocência
E hoje, velho
Relembro o passado e o
Presente
Procurei nos rostos o
Reconhecimento, só havia
Estranhos, separados de
Mim pelo tempo.

Miguel Vieira

A BELEZA

Ao poetas sonham
E em seus sonhos
Buscam enigmas
Que antes acreditavam
Ser pesadelos.
Alimento pequenas ilusões
Pois é necessário tê-las,
Antes do homem
Sonhar com o universo...
Pensou primeiro em
Sua mediocridade
E para compensar
Suas frustrações
Imaginou ser grande!
Ser belo.

Miguel Vieira

Poeta : Miguel Vieira
E-mail: mvsprofessor@hotmail.com

Foto de leandro landim

A razão de te amar

Eu sei o que você tem
Sei o que você quer
De onde você vem
E quem você é;

Eu conheço o seu sorriso
E o que pede o seu olhar
Prometendo o paraíso
Numa noite de luar;

Eu leio as suas expressões
Descrevo os seus medos
Mas as suas afirmações
Não falam de segredos;

Eu esperava por alguém
Quando vi você chegar
E decidir ir mais além
Sem saber quando parar;
Descobri durante a caminhada
Uma nova e florida estrada
A razão de te amar.

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