Orvalho

Foto de Marcelo Roque

Vício da Alma

Eu sou a flor
Embebida de orvalho
A inquietude
Que alimenta a serenidade
Aquele que parti
E deixa saudade
E aquele que fica
Depois da partida

Eu sou a palavra que falta
Daquilo que não têm palavras
O caminho mais curto
De uma estrada sem fim
O que há de mais doce
No sorrir de uma lágrima

Eu sou a dor
Mais nobre do querer
O silêncio absoluto
Que todos querem ouvir
A fronteira imaginária
Entre o ser e o sentir

E eu sou a doença
Disfarçada de cura
O impulso
Necessário do salto
O espaço
Preenchido entre os olhares
E o vício
Mais íntimo da Alma

Eu sou o amor ...

Foto de Paulo Gondim

Se você ficar

Se você ficar
Paulo Gondim
15/01/2008

Eu vejo nos seus olhos
Que você chora há muito tempo
E as estrelas do céu choram com você
E que suas lágrimas enchem mais o mar
E regam de orvalho o amanhecer

Mas se você ficar aqui, comigo, eu prometo
Enxugarei suas lágrimas , uma a uma
No aconchego de meu coração
E aí, não haverá mais choro
Sairá para sempre dessa desilusão

Eu vejo nos seus olhos vermelhos
A revolta da perda, a decepção
O medo da vida, o recolhimento
Como animal ferido
Na forma mais cruel do sofrimento

Mas se você ficar comigo, eu prometo
As estrelas do céu não chorarão mais
Vão brilhar nos teus olhos limpos
As lágrimas serão diamantes
E seremos dois amantes
Prontos para a vida
Abertos ao mundo
Numa paixão incontida

Foto de Civana

Série Meus Ídolos: Luz que Descortina...

O ídolo homenageado da vez é Taiguara, que ainda hoje, consegue transmitir tão lindamente tudo que sinto!

Pena que tantas coisas desagradáveis aconteceram em sua vida na época da ditadura militar, e entre censura (que chegou ao absurdo de proibir onze músicas de um mesmo disco), cancelamento de show e constantes perseguições, foi obrigado a deixar o país se exilando em vários países. Uma dessas "viagens" foi logo após seu primeiro casamento. Embarcou para Londres e só retornou um ano e meio após. Mas trouxe na bagagem mais experiência em estudos e gravações com músicos ingleses, além da maravilhosa notícia que seria pai. Com isso nasceria o disco "Imyra, Tayra, Ipy", em parceria com Hermeto Pascoal.
Imyra foi o nome que Taiguara deu a sua linda filha, uma criança doce e de personalidade.

Taiguara cantava o "amor": carnal, sensual, assim como por toda a humanidade. Com isso se via nitidamente a influência do socialismo em sua vida, onde o cantado "Cavaleiro da Esperança" era com certeza Luís Carlos Prestes.

Minha homenagem com os títulos de canções preferidas:

"Hoje" acordei com "gotas" de orvalho na pele, rolando pelo corpo, real, "carne e osso" que você tanto amou! "O velho e o novo" se confundem nas "luzes" da "Rua dos Ingleses", "gente humilde" passeia alegremente, "piano e viola" inebriam minha mente com a mesma "modinha", e na alma apenas o desejo de dançar, dançar, dançar...
E ver que "teu sonho não acabou", "que as crianças cantem livres" e o amor se transforme em paz.
Mas o ser humano falha, é humano. O "momento do amor" pode se apagar da lembrança, se transformar em dor, tocar na alma como uma "serenata do adeus".
"Amanda", "Marcela", "Helena", nomes ao vento... Poderia ser Maria, Fernanda, Joana, não importa, a dor é a mesma.
Estou "esquecendo você", fazendo uma verdadeira "viagem" pra dentro de mim, só assim eu posso esquecer que meu "universo (é) no teu corpo" e encontrar a "paz do meu amor".
"Castigo"? Não, "fim de caso"!"

(Civana)

Vejam a versão original com música no blog:
http://civana.spaceblog.com.br/85120/Luz-que-Descortina/

Foto de Civana

Doces Lembranças

Você está em cada pedaço de vida,
Na pétala da flor
No verde da folha
No pássaro que voa
No sol que brilha
No orvalho da noite
Na lua que ilumina
Na chuva que cai
Nos bosques, no mar...
Você está em toda parte,
Você amava a vida,
E nós te amamos muito!
Você jamais será esquecido,
Em cada canto, cada mínimo detalhe
Vemos você, amado irmão!

(Civana)

Poema criado em 27/07/1987, após falecimento do meu querido irmão em 02/11/1986 aos 29 anos.

Foto de brynne

MEU POEMA PREFERIDO!!!!

Sinto falta de você
Como o orvalho sente da flor
De pairar sobre suas pétalas
Sinto falta do teu amor

Sinto falta
De me enlaçar em seus braços
Me fazendo viajar por entre
As estrelas no espaço

Sinto falta do seu beijo que me completa
Do seu amor, que se encaixa perfeitamente em mim
Sinto falta do seu olhar, do seu sorriso
Dos longos carinhos sem fim

Sinto tanta, mais tanta saudade
Que não consigo me conter
Gostaria de correr contra o tempo
Porque simplesmente, sinto falta de você!

Autor ( Suzi Vieira )

Foto de Izaura N. Soares

A espera do rouxinol

A espera do rouxinol
Izaura N. Soares

Amei..., te amei quando te vi
Desde os primeiros momentos
A saudade que de ti sentir...
Envolveu meus pensamentos!

Sem nem ao menos nos tocar,
Nós dois tão pertos e sozinhos
Sem podermos nos amar...,
A esperança saiu do ninho.

A chuva molhada me faz lembrar,
O orvalho que cai de gota em gota
Lágrimas juntas a acompanhar...
Faz-me lembrar da sua linda boca!

Por tanto querer, estava te amando,
Porque nada foi como um favor,
Louca de paixão e te abraçando
Que me entreguei a este amor.

Deixei-me levar pelas tuas carícias
Sentindo meu corpo tremer ao seu,
Amando-te sem malícias...
Repouso meu amor; que é todo teu!

Minha alma que descansa nua...
Vive a espera do rouxinol...
Que bateu asas e foi pra lua
Deixando-me com o calor do Sol!

Foto de Minnie Sevla

Morte

Morri não sei o ano, nem o mês
Meu coração parou,
Minha pele empalideceu,
O sino da matriz soou

Morri junto com você
Não sei o ano , nem o mês
Só sei que morri

Morri viva, te esperei, cansei...
Estão de luto os véus de minh’alma
As flores choram tristes gotas de orvalho

Chora o palhaço, chora o poeta, chora o vagabundo
Chora rios, montanhas, cada canto do mundo
Morri pelas suas crenças e verdades mentirosas
Não sei o ano, nem o mês

Desbotei a minha clorofila, estou feiosa
Murchei, desenraizei, faltou-me água
Luz, calor, faltou-me o seu amor...

Só sei que morri...

Foto de Carmen Lúcia

O que falam as rosas...

Quem disse que as rosas não falam,

Se ao vê-las me passam a linguagem da alma?

Cantam a vida, a alegria, a dor...

Falam dos sonhos, embalam o amor...

Soluçam baixinho gotículas de orvalho

E se curvam tristonhas, debruçam em seus galhos,

Se espinhos ferem a suavidade

Com que elas enfeitam a realidade...

Conversam com os amantes

Mostram-lhes cores vibrantes

Vermelhas, púrpuras, apaixonantes,

De aromas marcantes, insinuantes.

Parece que encurtam caminhos

Dos que vagueiam, os peregrinos,

Ladeando com muito carinho

As rotas por onde transpassam sozinhos.

Sorriem ao nascer do dia,

Dançam, acenam e dizem:-Bom dia!

Depois de exalarem perfumes

Na calada da noite silenciam.

Falantes, transmitem mensagens,

De amor, amizade...multicoloridas...

E aos noivos trazem felicidade,

O buquê é o sonho que se tornou verdade.

Da morte não querem falar

Mas sensibilizadas tentam amenizar

A dor tão sofrida, afagam feridas,

E descoradas parecem chorar.

Foto de Carmen Vervloet

ROSA MAGESTOSA

ROSA MAJESTOSA

Num dia de muita inspiração,
Deus criou com perfeição,
A mais bonita das flores.
Deu-lhe pétalas anacaradas,
Com cores pinceladas
Nos mais variados tons.
Amarelo singelo,
Vermelho carmim,
Rosa chá,
Branca pura,
Rosa escura.
Deu-lhe nome de mulher
Frágil como um cristal qualquer!...
Desabrochava a rosa majestosa,
Das flores a mais formosa!...
Seu perfume era suave
Como à brisa mansa.
Suas pétalas de beleza comovente
Eram beijadas, todas as noites,
Pelas lágrimas do orvalho
Emocionado e enamorado.
Vinha pousar o seu beijo
Em suas pétalas macias.
Quando pela manhã o sol chegava
Fugiam as lágrimas em nuvem branca,
Para voltar à noite como chuva,
Beijando-a outra vez.
Mas para uma flor tão bela,
Admirada nos jardins e nas telas,
Deu-lhe Deus uma proteção.
Encheu-lhe o caule de espinhos,
Que faziam sangrar a mão,
Que dificultava o carinho,
Do mais ousado vilão.
E por isso sobrevive a rosa
Cantada em versos e prosa!...

Carmen Vervloet

Foto de NiKKo

É natural te amar.

Hoje a saudade me acordou de mansinho
Fazendo lágrimas pelo meu rosto rolar.
Ela sussurrou seu nome em meu ouvido
e me disse baixinho: ela não vai mais voltar.

O sol que nascia colorindo azul do infinito
Com pena de mim, seu brilho escondeu.
Grossas nuvens escuras se formaram no céu
e junto com meu pranto, a chuva verteu.

O vento que estava calmo e suave
vendo como era grande a minha amargura,
forçou as arvores arrancando suas folhas,
varrendo a terra, tornou a paisagem escura.

As aves que saudavam o dia que nascia alegre,
Refugiaram-se, apressadas em seus ninhos.
Guardaram sob suas asas seus filhotes e pelo medo
a aflição dava para ver em seus olhinhos.

A flor que banhada de orvalho desabrochou,
com o peso das gotas da chuva que sobre ela caiu,
deixou que suas pétalas maltratadas e feridas
fossem levadas pelo vento forte que a terra cobriu.

O dia então retratou a minha amargura
e fez que meu coração, no pranto se acalmasse.
E eu fiquei olhando a chuva que batia na janela
até que de meus olhos nenhuma lágrima restasse.

No entanto meu coração no fim se acalmou
Por reconhecer que teu amor minha vida preencheu
Ele devolveu-me a esperança que eu já não possuía
Por isso eu reconheço, viver esse amor, muito valeu.

E assim como a tempestade que se foi
Minha alma encontra a paz após tanto chorar.
Eu te amo e não me envergonho desse sentimento
e mesmo que você não volte, eu continuarei a te amar.

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