Orvalho

Foto de SATURNNO

Linda Rosa (Rosa Bela)

Primeira gota de orvalho
Está na folha a escorrer
Primeira flor do meu jardim
Já é quase amanhecer

Vera rosa verdadeira
Do amor és hospedeira
Te avisto de maneira
A olhar o quanto és bela

Meia noite na janela
(Rosa bela)
Misteriosa era
(Rosa bela)
Audaciosa era
(Rosa bela)
É sol
É brisa
É mar
(Rosa bela)
É noite de luar
(Rosa bela)
É lua a brilhar
(Rosa bela)
Resplandece junto a ela
(Rosa bela)
Rosa da primavera
(Rosa bela)
Não respeita a estação
(Rosa bela)
Quente como um caldeirão
(Rosa bela)
Subverte a razão
(Rosa bela)
Linda rosa da paixão
(Rosa bela)
Um espinho do teu caule
(Rosa bela)
Machucou meu coração

João F..R. 15/11/2014

Foto de Rosamares da Maia

EU QUERO O MUNDO E IR ALÉM

EU QUERO O MUNDO E... IR ALÉM

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar.
E ir além.
Eu quero ser homem e mulher,
Não mais homem ou mulher,
Mas, Homem medida perfeita do Universo.
Homem - Humanidade,
Cidadão da vastidão do Mundo.

Quero o sopro da vida na narina de barro,
E depois o pó soprado pelo vento,
Espargido pela terra e elevado às montanhas.
Do pó ao pólen das flores seus frutos e folhas,
Ciclo que retorna ao chão.
Eu quero a Terra e a ela consagrar o meu corpo,
Entregar-lhe tudo o que nele há,
Até que a ela retorne na forma do pó,
E que a nossa união seja perfeita.

Quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Terra, pedras, mar e ondas, céu e azul,
Ar e todos os seus ventos, zéfiros e vendavais.
O sol tostando a minha pele, e mais vento,
Desfazendo o meu cabelo, levantando as saias.
Quero o fogo até a brasa fria
E retornar como Fênix.
E a água refrescante da chuva, seiva da vida.
Quero beber e matar a minha sede.

Eu quero cobrir os olhos com as mãos em concha,
Para aliviar a intensidade da luz.
Quero toda a luz que a minha retina puder filtrar.
O frio da noite com todo o medo da escuridão,
Todos os sustos e fantasmas que ela me trouxer.
Uma cama quentinha e um cobertor,
Para esconder a cabeça.
O branco da neve eu quero, com urso polar,
Com pinguins e pinheiros de Natal.

Quero a primavera com flores e cores,
Com todos os seus matizes,
Ver a paisagem transformada de forma natural.
Sentir a areia a água e o sal.
Quero o sal estalando na língua,
Com a suavidade de ressaltar o paladar.
E o doce mel das abelhas,
Do açúcar da cana e o amargo do café.

Quero ser um astronauta, um passeio no espaço,
Cumprimentar estrelas e bordar mais uma,
Bordar a manta da noite e acordar as manhãs,
Deslizar no orvalho que embeleza a flores,
E quero ser a rosa vaidosa, perfumando campos,
Como rosa quero esta no buquê das noivas,
Dançar a valsa nos salões de baile.

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Eu quero amar, os risos e lagrimas do amor,
Eu quero os filhos dos meus amores,
Os produtos da Terra, parir todos,
De todas as raças e cores,
De todas as formas, falando todas as línguas,
A verdadeira Torre de Babel.

As crianças eu quero, com todos os seus sorrisos,
Artes, birras e choros.
Quero o afago das mães,
Quero ser a mães das crianças abandonadas,
Das crianças mal cuidadas, torturadas,
Quero sabedoria para sarar suas feridas,
E fazer esquecer, para não reproduzir a dor.

Quero a sabedoria do velho, o peso nos ombros,
E a leveza da sua ausência de razão.
Eu quero o Mundo, virtudes e defeitos,
Força que repele e atrai.
O amor cuidado, desejado e planejado,
E a insanidade do amor sem razão

Eu quero o mundo até não poder mais respirar
E ir além.
Eu quero estar dentro do Mundo e Ele dentro de mim.
Eu quero tudo o que eu puder e aguentar sonhar.
Quero ser Deus, pois Deus está em mim.
Não Deus! Perdão. Não é ambição ou pretensão.
Também não por insanidade. Talvez um pouco.

Quero por que tenho medo e coragem de pedir.
Medo de não desfrutar de todo o seu legado.
Medo de constatação da Vossa grandiosidade,
Que contrasta com o meu pouco tempo.
Porque eu quero a vida até a última gota
E ir além,
Até o último minuto da prorrogação
De tudo o que me concederes de vida para gastar.

Rosamares da Maia – 02 de maio de 2014.

Foto de Albino Santos

DESEJO

Há um silêncio pervertido que grita na minha boca
intenso e quente, incendiando a tua pele.
Ouso beijar-te na perfeita embriaguez libertina
da flor aveludada que graceja entre gotas de orvalho
onde colocarei a semente que germinará
quando os teus gemidos escorrerem em êxtase na minha saliva.
Sentirás então que exalo a fragrância de duas bocas que copulam
no braseiro dos mais insanos prazeres, no mais perfeito beijo
onde escorrem todas as delicias resgatando o teu fulgor,
o teu prazer, na vertigem incontrolável do mais intenso orgasmo!

Foto de Alexandre Montalvan

Borboleta Donzela

Eu quero o silencio para ouvir-te
Movida silenciosamente pelo vento
Nas dunas desamparadas e desertas
Sem fome. . . sem medo. . . sem tempo

Eu quero acompanhar-te da janela
Em mares que rugem de forma incerta
Sem freios. . . sem certezas. . . sem razão
Eu quero o silencio do deserto
Para ouvir-te como a uma oração

Eu quero o silencio e a solidão
Da pupa,que a borboleta é liberta
Ao romper-se todos os grilhões
Encontra no seu voo a liberdade
E deixa no casulo. . . solidão

Eu quero acompanhar-te na distancia
Nas flores que compõem a aquarela
Nas gotas de orvalho das manhas
No voo de borboleta ainda donzela

Alexandre

Foto de Carmen Vervloet

Deleite

Vaga a noite vagabunda,
a lua renasce nua,
tão minha, tão sua,
a rosa transpira orvalho, sua...
As estrelas quais pirilampos
deixam o céu a meia-luz
enquanto faço o pontilhado
marcando o ritmo
no balanço do corpo sensual,
sangue fervente,
alma fluente,
pele ardente,
mente imprudente,
delírios e beijos,
a boca consente,
sempre ao som
de Vinícius e Tom,
pródiga de carícias!
No rito da luxúria
a pena empena,
no desejo dos corpos,
canto e sussurro,
pomar de delícias!
Lençóis amassados,
meu corpo tão leve
que até seu suspiro me levanta!

Foto de raziasantos

Saudade do Meus Tempo de Menina!

Saudade do meu tempo de menina.
Onde eu corria entre as montanhas...
Subia no alto da colina para enterrar meus segredos, colecionava sonhos na certeza que todos iriam se realizar.
Saudade do meu tempo de menina onde jogava amarelinha
Caminhava sozinha sem medo de o lobo mau me pegar...
Corria entre os cafezais, nadava nua no rio, ouvia os cânticos dos pássaros, sempre a festejar!
Quando o sol ia se pondo ao longe ouvia o berrante tocar.
Anunciando que a noite seria de cantoria e modinha pra dançar.
Saudade da menina, de pés descalço dançando no brilho do luar.
Entre o verde colorido bailava inocente sem medo de a noite chegar.
Ao cheiro do agreste a terra molhada pelo orvalho de mais uma noite de luar.
As estrelas sorridentes aplaudem a menina pequenina que sorrir sem parar.
Dança inocente menina...
Ouça o canto da sábia, corram entre aos campos verdes coloridos!
“Amanhã você vai crescer e tudo ficará para trás”...
Saudade do meu tempo de menina onde os sonhos eu podia embalar.
E a noite não me trazia medo, pois sabia que ao amanhecerem os pássaros iriam me acordar.
E ao cheiro da terra molhada, o vento como caricia espalharia o perfume das flores no ar.
E um novo dia iria recomeçaria sem medo dos vilões que viriam para meu mundo verde destruírem...
Saudade do meu tempo de menina de ouvir novamente o canto da sábia!

Foto de Carmen Lúcia

Reconstruindo a vida

Venho

lá do fim do mundo
onde manhãs são estrelas
riscando o céu de dia,
luzindo sobre o orvalho e a neblina
onde a lua redonda se declina
e lança o seu brilho mais profundo.

Onde o sol da meia noite
é rei vestido de ouro,
silvo do açoite que arrebata
e desvenda o tesouro,
deus irreal, imortal,
luz que nunca se acaba
dourando a Terra adormecida
que a seus pés se deita, vencida
e a paz do infinito surge de um portal.

Venho
dos prados mais distantes,
campinas e flores exuberantes,
matizes, cores em gradações
que encantam olhos já pesados,
acariciam a relva e os pés cansados,
as caminhadas e tribulações.

Venho
e trago a paisagem mais bela
mesclada com tons d’ aquarela
ceifando rancores, mazelas
sobre o andor da devoção
regado à imensa emoção...

Onde o profano desfia o rosário,
o cético se ajoelha ao sacrário
e o sagrado é mais que uma oração.
É um pedido proclamado em homilia,
é a vontade de gritar que ainda é dia,
que hoje e sempre é dia de reconstrução.

(Carmen Lúcia)

Foto de Joice Lagos

Meu amor...Meu sonho bom

Por mais que eu me esforce ao tentar provar meu amor por você, não encontro em toda extenção do dicionário, palavras que possam explimir com fidelidade o que eu sinto.
Não sei falar de amor, sei apenas me deixar guiar pelas minhas mãos, e escrever o que a minha boca cala e não diz.
Através do papel, ou do teclado de um computador, eu deixo fluir as minhas emoções, tudo o que sinto de mais forte e mais intenso.
Em cada linha eu deixo tranparecer que você é o meu sonho bom, é o orvalho da manhã que faz crescer o meu jardim de sonhos.
Você é o vento que refresca, e me faz sorrir quando o sol se esconde entre as nuvens.
É a estrela mais brilhante, aquela na qual fixo o meu olhar, meus pensamentos. A estrela que me guia, que me fascina.
Você é o meu mar...suas ondas me levam a caminhos nunca antes percorridos, e me trazem o alento nos meus dias sombrios, e nesse mar seus braços são meu porto seguro, onde eu ancoro meu barco.
Você é a chuva que molha o meu corpo, e me faz delirar, flutuar nas nuvens de uma emoção sem fim.
Enfim você me faz segura, me traz paz e carinho.
Você me encontrou, me trouxe de volta à vida e me ensinou a ser feliz.
E pensando na melhor forma de lhe explimir o que sinto, não consigo a originalidade, tenho que usar as mesmas palavras que todas as pessoas apaixonadas usam...dizendo apenas que eu te amo.

Foto de Joice Lagos

Chove dentro de mim

Ta chovendo, sinto o cheiro e as gotas em minha janela.
O céu escureceu, e a noite fria, traz a saudade.
De repente chove aqui dentro de mim, os cheiros se misturam e as gotas que sinto são as lágrimas que rolam.
Chove lá fora, chove dentro do peito.
A escuridão da minha alma é maior que a noite chuvosa.
O frio da saudade é bem mais congelante.
A única luz que encontro é a tua face, que surge sem querer em minha memória...
...E por instantes aquece o frio do meu coração.
Chove lá fora, mas a tua lembrança traz o orvalho em uma manhã de sol.

Foto de Carmen Lúcia

Tributo à Vida

Vida, grata por manter-me viva.
Ver o sol nascer devagarinho,
aquecer o mundo e num toque de carinho
derreter geleiras de corações truncados,
olhares vazios, janelas emperradas.
De almas aflitas que anseiam ser tocadas.

Vida, grata por manter-me viva.
E poder ver o vaivém do mar...
O festival de barcos e velas içadas
Indo e vindo em ondulações e emoções
no verde-azul das águas...
Caminho de sonhos, partidas e chegadas.

Vida, grata por manter-me viva.
Andar pela relva ainda molhada
de orvalho suave da madrugada
a refrescar meus pés durante a caminhada
numa estrada salpicada de dor e muita flor,
onde o espinho não penetra tanto quanto o amor.

Vida, grata por manter-me viva.
E me ter guardado boas lembranças do passado.
Hoje tenho o presente em minhas mãos.
É nele que me situo e meu viver é compactuado.
O amanhã é penumbra que o tempo engole,
é rédea fora de meu controle.

Vida, grata por manter-me viva.
E ter o privilégio de confabular com o universo
tentando entender toda a dimensão de seu mistério,
pedindo estrelas para enfeitar meu verso
e à lua, nova fase para que eu sempre recomece
crescente, cheia de vida, da alegria que permanece.

_Carmen Lúcia_

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