Orgulho

Foto de marylife

APANÁGIO...

Sua pobreza é simples apanágio da sua arrogância que refugia desassisado
Na furna do seu orgulho sua alma assemelha-se a um fantasma de angustia
penúria e lamentações. Cerra no próprio peito o túnel intransferível da sua avareza
Comporta seu cérebro que brilha ofusca toda sua maldade possui uma mente fria
Insensível não se arrepende nem compadece quando lança sua tirania .
Seus pedidos de desculpas é apenas o espelho que reflete a você todas as suas manchas crosta na sua face por sofrer o peso da sua própria culpa. Sua plantação feita em terra escura arrojou precipícios da sua revolta da sua incompreensão que carrega martirizando
sua consciência pretrifacto possuindo um desapreço da sua injuria. Gabola! Acha-se sempre
altivez sempre se auto elogiando mas... Não admite e nem percebe que sendo assim não passa de um gajo que na sua elevação pega tudo para si tornando assim galgado não importando
A quem vai derrubar apenas derruba.
marylife

Foto de Flávia Simplicio

Arte de Viver

Arte de Viver

Isso é o que vocês chamam de arte?
Crianças mortas por toda parte.
Isso que vocês chamam de arte?
O orgulho de um massacre,
estampado em um estandarte.
Isso que vocês chamam de arte?
Políticos e a polícia,
dizem que isso faz parte,
e com isso, ganham contraste,
não ligam para o desastre,
onde esta a arte...
Gritos ocultos,
ouvidos camuflados
o silencio é um insulto
de um País desgovernado.
E ainda chamam viver uma arte...

Flávia Simplício Rodrigues
Todos direitos Reservados

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"PARATY"

“PARATY”

Dos casarios centenários...
Das igrejas a beira mar...
Do piso em mosaicos...
Obriga-nos a recordar!!!

Recordar de algo que não vimos...
Mas que gostaríamos de acompanhar...
Historias que nos contam os antigos...
Que começam e terminam além-mar!!!

O ouro que passou por seu porto...
A cultura que insistiu em ficar...
Os homens que tombaram mortos...
Tentando riqueza conquistar!!!

Paraty de muitas lendas...
Muitas dão orgulho de escutar...
As tropas descendo a serra por suas fendas...
Nossa riqueza dando adeus a este lugar!!!

Hoje o mundo te visita...
Através de turistas de muitos lugares...
Trazem de volta tuas divisas...
Tentando tua riqueza restaurar!!!

Paraty terra querida...
Teu lugar jamais será tomado...
Teus herdeiros defendem tuas fronteiras...
Reconquistando todo teu ouro roubado!!!

Foto de jessebarbosadeoliveira27

EU DESEJO UMA VIAGEM SERENA Á MINHA AVÓ

(EM MEMÓRIA DE BEATRIZ BARBOSA MENEZES,
MINHA AVÓ BEATA)

Caso haja chegado o momento,
Eu desejo que a senhora parta serena e sem padecimento:
Impiedosa, a vida já lhe impôs
Muitos flagelos e descontentamentos.

Como fora abnegada:
Privava-se dos alimentos
Para que a seus filhos
Não faltasse nada.

Como fora abnegada:
Com a muralha do pesar
Sobre suas costas,
Por ter perdido sua primogênita
Princesa de Ébano,
Ajudara a cuidar da prole desta,
Recebendo como recompensa
A rosa da ingratidão
Mais seca, mais perniciosa e mais pérfida!

Amara hermeticamente
Habitantes do planeta dos vórtices violentos:
Um prisioneiro da bebida
E um escravo do ígneo temperamento;
Perdera-os para seus destinos turbulentos.

Sempre tivera de trilhar a alameda de Caetana:
Testmunhara o crepuscular da luz dos pais;
O crepuscular da luz dos seus irmãos;
O crepuscular da luz da sua primeira filha;
Encontrando na mais nova
A estrada para uma existência,
Apesar das dolências emocional e física,
Um pouco mais duradoura, leniente, tranqüila!

Aqui, sentado sobre o divã dos meus pensamentos,
Contemplo a constelação das estrelas
Da glória, da imponência, da grandeza e do orgulho
Pairarem sobre o seu firmamento de sentinela da labuta:
A quituteira, a lavadeira, a engomadeira,
A fibrosa e teimosa mulher guerreira,
Todas a formar o mais majestoso sol da decência.

Caso haja chegado o momento,
Vá serena e em paz,
Filha da nação dos bantos.
Vá em paz e serena,
Minha Jóia Pequena!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
http://www.myspace.com/nirvanapoetico
• http://twitter.com/jessebarbosa27

Foto de Metrílica

Fragmentos da "Loucura"

#
(inspirado no livro "Elogios da Loucura" de Erasmo de Rotterdam_1509*);

De quem se trata este ser?!!!
Que ganhou vida, personalidade e alma,
Que ganhou destaque em terceira pessoa!
Que o diga “Erasmo de Rotterdam"!!!
A "Loucura"! viva, presente e necessária "Loucura"!

Fragmentos da “Loucura”

A “Loucura” nasceu,
Cresceu, tornou-se criança levada,
Conheceu a luz, a terra, a chuva, a água
Conheceu a vida, o calor do dia, o mornar da tarde,
Conheceu o mistério da noite e o frio da madrugada,

Quando criança,
Só pensava nas cirandas...cantigas de roda,
Não conhecia o que é o medo, a moral, não conhecia a hipocrisia,
Inocência, Liberdade, bem estar, leveza,
Doçura, encanto, descobertas e alegria,
Faziam parte do seu dia a dia,

“Loucura”! inocente, doce e levada “Loucura”,

A "Loucura" se desenvolveu, descobriu o mundo,
Tornou-se jovem, adolescente, homem, mulher,
Descobriu na luz do dia, o riso, a alegria, o brio, o orgulho, a poesia,
Descobriu na escuridão noturna, o perfume, o carnal!
Descobriu a luxuria, a libido, a liberdade dos sentidos!

Quando jovem, adolescente,
A “Loucura” se rebelou!
Satisfez todas as suas vontades, matou todas as suas curiosidades,
Riu, chorou de alegrias, chorou de tristeza! Mas viveu plenamente!
Livre!
Liberta, expressou-se das mais variadas formas,
Satisfez-se para que não lhe sobrasse uma emoção sequer que não tivesse sentido,
Amou, Amou, Matou e Enlouqueceu!!!

“Loucura”, jovem, apaixonada, extasiada, louca “Loucura”

A "Loucura" envelheceu,
encontrou sua essência,
Tornou-se idosa, velha, obsoleta, caduca!
Tornou-se “Louca”,
Concluiu que dessa vida nada se leva!
Concluiu que “o que mais vale é viver plenamente”,
Mesmo que isso seja contrário ao que se prega como: “bons costumes”!
Concluiu, que "o que vale são suas idéias, seus ideais e nada mais!”

A louca e insana “Loucura”!

Tornou-se um ser vivente,
Louca mas coerente,
Nasceu, viveu, envelheceu,
Invadiu as mentes dos poetas,
Induziu as vontades dos Deuses, dos Loucos procrastinados!
Povoando suas mentes, regendo com maestria suas vontades!
Dando-lhes vida e personalidade!
Embriagando-os de idéias, das mais belas às mais toscas, cruéis e “loucas”!

A “Loucura”!

Insana, insensata, amada,
Livre, sem escrúpulos, preguiçosa, corrupta!
Destemperada, sem reservas, sem pudor algum!
Alegre, pura, limpa, branca, branda,
Poética,
Linda, leve e doce,

Aquela, que alimentou o sonho de inocentes crianças,
Aquela, que invadiu pensamentos de mulheres rechaçadas,
Aquela, que embriagou de desejo e sentimentos os homens, os poetas,
Aquela, que fez ferver nas veias o sangue dos idealistas,
Aquela, que regeu a vontade de homens poderosos e corruptos,
Aquela, que levou consigo muitos por ela infectados!
Aquela, que abraçou docemente a velhice, que abraçou e a morte!
Aquela...Eclética, Prazerosa, Incansável, Extasiante, Excitante,
Contraditória mas Necessária,

A “LOUCURA”!

By Metrílica ;-* _dezembro de 2009.

(inspirado no livro "Elogios da Loucura" de Erasmo de Rotterdam_1509*);

* http://es.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Rotterdam

Foto de Recrucify

Caixão lacrado

O melhor momento da minha vida, e você lacrou
Destruiu minhas esperança, meu mundo acabou

Só o que eu queria, era um caixão destampado
Mas no velório você me pôs, num caixão lacrado

Meu único orgulho nessa vida, se resumia a um momento
Em que eu alimentava os vermes, com minha carne apodrecendo

Me devolver à natureza, era algo que eu esperava
Só desejava que os outros vissem, a única coisa de que me orgulhava

Em que as pessoas pudessem acompanhar meu retorno à natureza
Minha matéria a se espalhar, com os vermes dançando em minha cabeça

Nunca tive vitórias, a humanidade de mim sempre teve nojo
Minha única vontade, era ter este momento glorioso

Mas como tudo nessa vida, termina com uma decepção
Você olhou para meu corpo, e lacrou o meu caixão

Agora morto, estarei presente do seu lado
Rindo de suas agonias, tornei-me um espírito atormentado

Durante toda sua vida, estarei a te amaldiçoar
E nunca o seu corpo, eu vou deixar de encarar

Por ter lacrado meu caixão, impediu que todos pudessem ver
Meu corpo apodrecendo e a pele a se desfazer

Te perseguirei de hoje para sempre
Suas lágrimas serão o alívio da minha mente

Do seu terror me fiz crente, nesse momento deprimente
De ódio e tormento, com um horror resplandecente

*Este poema é uma analogia a uma pessoa que acabou com meus sonhos. Eu punha fé num momento, que pra mim era tudo, troquei tudo que tinha por ele, apostei todas as fichas, e essa pessoa definhou meu sonho, minha vida, minha esperança. Agora vago vazio, vazio... Tudo que me restam são as drogas a me dopar, minha vida é perdeu o sentido!

Foto de Marsoalex

DUALIDADE

Há em mim duas de mim. Uma é de você.
E essa, por viver situações diversas das que vivo, parece ser muito diferente de mim, mas sabe me ser muito mais do que eu me seria. Usa com muito mais vigor a minha coragem; com muito mais garra a minha determinação; com muito mais firmeza a minha persistência; com muito mais impetuosidade as minhas emoções; com muito mais sinceridade os meus sentimentos. Enfim, ela é a minha maior expressão de autenticidade por ter se constituído a partir da verdade de um amor, e com ele ter se identificado, crescido e vivido sem questioná-lo ou colocá-lo à prova, só amando, pois sabe que através desse amor ela vive sem garantias, mas realiza o irrealizável vivendo o significado dela, do mundo e de você.
E ela vive assim: sem orgulho, sem meias verdades, sem falsos pudores, sem preconceitos, sem exigência de troca do amor que oferece, sem medo de ferir-se por sua doação, sem temer a distância, as mudanças, o tempo.
Nem o tempo nem a distância a impediram de estar sempre perto, ou de te sentir, de te viver, de te ser. Ou seja, em sua forma simples de amar, você é uma extensão daquilo que ela é, portanto, há distância e não separação. Ela até acha que o destino, por ser sábio, nos colocou em vidas diferentes para preservar um amor que, de tão grande, precisava de mais espaço do que o espaço que uma vida a dois comporta. Se o destino nos separou fisicamente, foi simplesmente para nos unir para sempre pelo coração. E com a certeza dessa verdade, ela se fez inteira com esse amor sem ser infeliz pela falta de tua presença física.
Mas, não ser infeliz não quer dizer que não exista a saudade, o desejo de estar contigo, de abraçar-te, de beijar-te, ou de simplesmente olhar-te nos olhos, para ver refletido neles a confirmação da verdade que ela acredita, porque só através dessa verdade, ela pode sobreviver.
E ela sempre soube onde e como te encontrar quando a necessidade de ver-te sobrepunha-se a realidade da minha vida. Porque existe em seu caminho um desvio cheio de pegadas que a leva ao teu encontro cada vez que essa necessidade a faz emergir de mim, de uma forma incontrolável, me mostrando que eu não posso fugir dessa transcendência de mim, ou da forma mais sublime de eu me ser.
E ela faz esse amor se personificar, ganhar forma e ser presente mesmo fora do espaço e do tempo, porque consegue, através dele, dar um sentindo maior a minha vida.

Há dois de você, em você. E, um de você, é dessa que há em mim, que é de você...
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Foto de Marsoalex

EU

EU
Eu sou como sou,
Não tenho fronteiras,
Não tenho limites,
Eu amo me ser.
Me vivo, me aceito,
Me orgulho de mim,
Por ter aprendido
A me conhecer.

Perco-me, às vezes,
Nos meus desencantos,
Nas minhas incertezas,
Nos meus medos vãos.
Mas quando me busco,
Me encontro inteira
Lá no meu passado,
Aqui no presente,
Ou nos amanhãs.

Sorrindo ou chorando,
Estou sempre comigo
Entrego-me a tristeza,
Entrego-me a alegria.
Entrego-me a vida
Sem medo dos sonhos,
Sem medo do amor
Ou da fantasia.

E deixo que a vida
Leve-me em seu curso,
Sem perguntar-me
Quando vou morrer.
Eu tenho passado,
Eu tenho presente,
Eu tenho futuro
E isto é viver!

MARSOALEX

Foto de Graciele Gessner

Reflexão. (8) (Graciele_Gessner)

"Ninguém é santo o bastante enquanto estiver vivo. Ainda assim, têm aqueles que se acham superiores para julgar-nos. Coitados, porque não sabem o quanto ainda vão deslizar e quebrar a cara com esse orgulho repugnante."

21.11.2009

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

Foto de Gonzaga de Carvalho

Águas Turvas

O cristalino fluxo
Que rolou da serra e avolumou-se
Até se converter em rio,
É hoje asquerosa correnteza
Onde se despejam as vergonhas
Da Vaidade, do Orgulho, do Egoísmo.

Coitado do rio,
Que já não tem a alegria
De meninos nus em seus mergulhos,
Nem as poesias das lavadeiras
Colorindo com roupas a paisagem.

Que pena do rio,
Saudoso de quando espelhava
Nuvens, florestas e vilas,
Matando sedes, regando hortas,
Ofertando peixes!
(Hoje, oferece "cardume" é de moléstias.)

Pobrezinho do rio
Que se imolou por cidades,
Para que parecessem civilizadas!

E quantas pessoas se poluem
Como este rio,
Para que outras se considerem limpas
E até desprezem aquelas "sujas"!

Vários tipos de águas turvas,
No leito da vida rolam ao seu destino!

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