Oração

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CASA DE DEUS"

CASA DE DEUS

Lugares de aconchego espalhados pelo mundo
Edificações cravejadas de muitas histórias
Com conteúdo rico e profundo
Templos de paz, paradas de glorias.

Refugio de todo aquele que crê
Umbigo da terra, casa do cristão.
Morada daquele que olha e vê
Igrejas, templos, casas de oração.

Não importa o nome
É o propósito que interessa
É a casa de quem criou o homem
Lá ninguém te despreza.

Alimento daquele que é forte
Arma de bravos guerreiros
Nau que singra no mar tranqüilo da sorte
Tesouro para todos nós, seus herdeiros.

Foto de Maria Goreti

A HISTÓRIA DE ANA E JOAQUIM – UM CONTO DE NATAL.

Chamavam-no “Lobo Mau”. Era sisudo, magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba desgrenhados, unhas grandes e sujas. Gostava da solidão e tinha como único companheiro um cão imundo a quem chamavam “o Pulguento”. Ninguém sabia, ao certo, onde morava. Sabia-se apenas que ele gostava de andar à noitinha, sob o clarão da lua.

Ana, uma pobre viúva, e sua filha Maria não o conheciam, mas tinham muito medo das estórias que contavam a respeito daquele homem.

Num belo dia de sol, estava Ana a lavar roupas à beira do riacho. Maria brincava com sua boneca. Eis que, de repente, ouviu-se um estrondo. O céu encobriu-se de nuvens escuras. O dia, antes claro, tornou-se negro como a noite. Raios cortavam o céu. Ana tomou Maria pela mão e correu em direção à sua casa. Maria, no entanto, fazia força para o lado oposto. Queria resgatar a boneca que ficara no chão. Tanto forçou que se soltou da mão de Ana e foi arrastada pela enxurrada para dentro do riacho. Desesperada, Ana lança-se nas águas na vã esperança de salvar a filha. Seu vestido ficara preso a um galho de árvore e ela escapara, milagrosamente, da fúria das águas. Desolada, decidiu voltar para casa, mas antes parou na igreja. Ajoelhou-se e implorou a Deus que lhe tirasse a vida, já que não teria coragem de fazê-lo, por si. Vencida pelo cansaço adormeceu e só acordou ao amanhecer. Ana olhou em derredor e viu a imagem do Cristo pregado na cruz. Logo abaixo, ao pé do altar, estava montado um presépio. Observou a representação da Sagrada Família: Maria, José e o Menino Jesus. Pensou na família que um dia tivera e que não mais existia. Olhou para o Menino no presépio e depois tornou a olhar para o Cristo crucificado. Pensou no sofrimento de Maria, Mãe de Jesus, ao ver seu filho na cruz. Ana pediu perdão a Deus e prometeu não mais chorar. Ela não estava triste, sentia-se morta. Sim, morta em vida.

Voltou à beira do riacho. Não encontrou a filha, mas a boneca estava lá, coberta de lama. Ana desenterrou-a, tomou-a em suas mãos e ali mesmo, no riacho, lavou-a. Depois seguiu para casa com a boneca na mão. Haveria de guardá-la para sempre como lembrança de sua pequena Maria.

Ao chegar em casa Ana encontrou a porta entreaberta. Na sala, deitado sobre o tapete, havia um cão. Sentado no sofá um homem magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba longos e lisos, unhas grandes. Ana assustou-se, afinal, quem era aquele homem sentado no sofá de sua sala? Como ele conseguira entrar ali?

Era um homem sério, porém simpático e falante. Foi logo se apresentando.

- Bom dia, dona Ana! Chamo-me Joaquim, mas as pessoas chamam-me “Lobo Mau”. Mas não tema. Sou apenas um homem solitário. Sou viúvo. Minha mulher, com quem tive dois filhos, Clara e Francisco, morreu há dez anos e os meninos... Seus olhos encheram-se de lágrimas. Este cão é o meu único amigo.

Ana, muito abatida, limitou-se a ouvir o que aquele homem dizia. Ele prosseguiu:

- Há muito tempo venho observando a senhora e o zelo com que cuida de sua menina.

Ao ouvir falar na filha, os olhos de Ana encheram-se de lágrimas. Lembrou-se da promessa que fizera antes de sair da igreja e não chorou; apenas abraçou a boneca com força. Joaquim continuou seu discurso:

- Ontem eu estava escondido observando-as perto do riacho, quando começou o temporal. Presenciei o ocorrido. Vi quando a senhora atirou-se na água, mas eu estava do outro lado, distante demais para detê-la. Também não sei se conseguiria. Pude sentir a presença divina naquele galho de árvore na beira do riacho. Quis segui-la, mas seria mais um a nadar contra a correnteza. Assim que cessou a tempestade vim para cá, porém não a encontrei. Queria lhe dizer o quanto estou orgulhoso da senhora e trazer-lhe o meu presente de Natal!

Ana ergueu os olhos e comentou:

- Prometi ao Senhor, meu Deus, não mais chorar. Mas o Natal... Não sei... Não gosto do Natal. Por duas vezes passei pela mesma situação. Por duas vezes perdi pessoas amadas, nesta mesma data.

Joaquim retrucou:

- Senhora, a menina está viva! Ela está lá dentro, no quarto. Estava muito assustada. Só há pouco consegui fazê-la dormir. Ela é o presente que lhe trago no dia de hoje.

Ana correu para o quarto, ajoelhou-se aos pés da cama de Maria, pôs-se em oração. Agradeceu a Deus aquele milagre de Natal. Colocou a boneca ao lado de sua filhinha e voltou para a sala. O homem não estava mais lá.

Um carro parou na porta da casa de Ana. Marta, sua irmã, chegou acompanhada de um jovem casal – Clara e Francisco, de quinze e treze anos, respectivamente. Alheios ao acontecido na véspera, traziam presentes e alguns pratos prontos para a ceia.

Ana saiu para recebê-los e viu o homem se afastando. Chamou-o pelo nome.

- Joaquim, espera. Venha cear conosco esta noite. Dá-nos mais esta alegria.

Joaquim não respondeu e se foi.

Quando veio a noite o céu estava estrelado, a lua brilhava como nunca!
Ana, Marta, Clara e Francisco foram à igreja. Ao retornarem a porta estava entreaberta. No sofá da sala um homem alto, magro, olhos negros e grandes, nariz adunco, sorridente, cabelos curtos e barba bem feita, unhas aparadas e limpas. Não gostava da solidão e trazia consigo um companheiro - um cão branquinho, limpo, chamado Noel.
Antes que Ana pudesse dizer alguma coisa ele disse:

- Aceitei o convite e vim participar da ceia e comemorar o Natal em família. Há muitos anos não sei o que é ter família.

Com os olhos marejados, Joaquim começou a contar a sua história.

- Eram 23 de dezembro. Minha mulher e eu saímos para comprar brinquedos para colocarmos aos pés da árvore de Natal. As crianças ficaram em casa. Ao voltarmos não as encontramos. Buscamos por todos os lugares. Passados dois dias meu cachorro encontrou suas roupinhas à beira do riacho. Minha mulher ficou doente. Morreu de paixão. A partir do acontecido, volto ao riacho diariamente para rezar por minhas crianças. Ontem, mais um 23 de dezembro, vi sua menina cair no riacho e, logo depois, a senhora. Fiquei desesperado. Mais uma vez meu “Pulguento” estava lá. E foi com sua ajuda que consegui tirar sua filhinha da água e trazê-la para cá.

Clara e Francisco se olharam, olharam para Marta e para Ana. Deram-se as mãos enquanto observavam o desconhecido.

- Joaquim, ouça, disse-lhe Ana. Há dez anos, meu marido e eu estávamos sentados à beira do riacho. Eu estava grávida de Maria. Eu estava com os pés dentro d’água e ele estava deitado com a cabeça em meu colo. De repente ouvimos um barulho, seguido de outro. Meu marido levantou-se e viu duas crianças sendo levadas pela correnteza. Ele conseguiu salvá-las, mas não conseguiu salvar a si. Entrei em estado de choque. Fiquei sabendo, mais tarde, do que havia acontecido por intermédio de minha irmã, que mora na cidade. Foi ela quem cuidou das crianças. Não sabíamos quem eram, nem quem eram os seus pais.

Aproximando-se, apresentou Marta e os dois jovens a Joaquim.

- Joaquim! Esta é Marta, minha irmã. Estes, Clara e Francisco.

Ana e Joaquim olharam-se profundamente. Não havia mais nada a ser dito. Seus olhos brilhavam de surpresa e contentamento.

Maria brincava com sua boneca e com seu novo amiguinho Noel. E todos cantaram a canção “Noite Feliz”, tendo como orquestra o som do riacho e o canto dos grilos e sapos.

Joaquim, Ana e Maria formaram uma nova família. Clara e Francisco voltaram com Marta para cidade por causa dos estudos, mas sempre que podiam vinham visitar o pai.
Joaquim reconquistara sua fama de homem de bem.

O povo da região nunca mais ouviu falar do “Lobo Mau” e do seu cachorro “Pulguento”.

Autor: Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 23/12/07

Foto de Carmen Vervloet

Adote A Felicidade

Adote a Felicidade

Quer um lindo Ano Novo?
Rico de alegrias, prazeroso?
Simples e gostoso
Como pão com ovo?
Brilhante como o sol...
Suave como o luar...
Sementes a germinar
Em terra fértil
Coberta por céu anil
Que chora a chuva
Que cai em gotas borbulhantes
De vinho espumante de uva?

Abra a janela
Deixe o sol entrar...
Abra seus olhos
Deixe-os enxergar o essencial...
O invisível...
No espaço sideral...
No seu corpo astral...
Respire fundo...
Abra seus braços...
Abrace o mais que puder
Do mundo...
Sorria para a vida...
Cante sem pudor
Pela avenida...
Doe-se sem medida...
E depois se aquiete... Faça silêncio...
Para que a felicidade
Que está sonolenta
Em seu coração
Ouça a sua oração
E se dê em adoção
A você
Neste Ano Novo
De luz, energia e ação...

Carmen Vervloet

Foto de HELDER-DUARTE

NATAL II

Natal! Natal! o que é pois afinal?
Para mim, acho que só o é a valer,
Quando, com o erro acabarmos e o mal.
É-o, depois que a verdade, em mim nascer.

Acabai, com os meus poemas, hipócritas,
E vem comigo, escrever um poema com obras.
Saiamos à rua e durmamos, com a gente nua.
Escrevamos um poema, no pó que dorme na rua.

Durmamos, com os que se cobrem com cartão de papelão
Não, lhe deiamos, só pão, mas façamos com eles uma oração.
Acabemos, com escritos feitos dentro de casas e portas.

Escrevamos, um poema, com, este assunto, chamado amor.
E fervor e calor. Não haja mais dor, nem desamor.
Não mais haja, falsidade, mentira. Acabemos com os hipócritas!

Foto de Carmen Lúcia

Enfim, é Natal!!!

Há uma luz diferente no céu!
Tão intensa que transpassa todo véu
Que de azul-marinho se faz prata a brilhar
Entremeado com o prata-lunar
Deixando o planeta mais bonito e feliz!
Anjos parecem surfar...
Na mansidão daquela imensidão
Preparam-se para encantar a Terra
Com suas harpas e cânticos de amor...
Fazem das nuvens, tobogã...
E escorregando vêm ao mundo
Em doce missão de alegria e paz...
Expectativas de novos tempos,
Embaladas por sinos a tocar...
Esperanças que renascem
Em cada coração, a cada oração...
Parece que o Amor se espalha
Como fragrância que exala
Em cada canto o seu encanto...
Pensamentos se unem:-Paz!!!
Afastando o desencanto do mal...
A luz se intensifica mais e mais...
Enfim, é Natal!!!

Foto de Sirlei Passolongo

Hei! É Natal!

Hei!
Doe alguns momentos
do seu tempo...
Leia com o coração
essa mensagem
Sinta o que quero
Dizer a você...

Hei!
Eleve seus olhos ao céu
Reflita...
Veja quanta beleza há
Em sua alma
Ah! Olhe...
São estrelas a brilhar
As nuvens pela canção
Do vento a bailar...
Ah! Deixe seu desejo
Sorrir e pelo céu voar.

Agora,
Erga suas mãos
Como quem faz uma oração
Ah! Se entregue sem medo
Sinta a luz do natal
Entrando pelas pontas dos
Seus dedos.
Ah! Sinta a luz da vida,
Brilhando em seu coração.

Ah!
Sinta em suas mãos
Toda alegria de viver
Deixe a luz do natal
Sua vida aquecer
Deixe a luz do amor
Jorrar bênçãos
Sobre você

Feche os olhos
Faça seus pedidos...
Agradeça pela vida
Se entregue com devoção...
Ah! Veja os anjos...
Que estão sempre a te zelar
Eles caminham contigo
Para o seu Natal brilhar.

(Sirlei L Passolongo)

Feliz Natal!!!

.

Foto de Carmen Lúcia

Então é Natal...

Então é Natal!
Chegou tão rápido!
Veio de avião-a-jato!
Dizem os pais...
Demorou um ano...
Veio andando!
Pensam as crianças...
Sorrisos nos lábios,
Querem presentes,
Não perdem a esperança!
Sonhos persistentes...
Correria dos grandes,
A esquecer por instantes
Que a “grana tá curta”
Apesar da labuta
De um ano inteiro...
Arrumam dinheiro,
Que é tão passageiro,
E compram o carrinho
Para Joãozinho,
E a boneca Karina
Para Carolina...
Sorrisos escancarados,
Ainda meio acordados
Fazem uma linda oração!

“Papai Noel, bom velhinho,
Agradeço de coração,
Pelos presentes bonitos
Que cuidarei com carinho!”

Foto de Sirlei Passolongo

Sobre as Estrelas

Numa dessas noites em que o céu parece uma bola gigante coberta por estrelinhas e nós dentro dela, pois temos a impressão de poder tocar as estrelas num levantar de mãos, meu pai e eu ficamos por horas sentados na varanda da casa.
Ele me ensinou os nomes das constelações e de muitas estrelas solitárias. Contou-me a estória de uma menina cujo maior desejo era andar sobre uma estrela, assim, todas as noites antes de dormir ela fazia uma oração pedindo aos anjos para realizarem seu sonho. Aconteceu que um dia, enquanto ela dormia, dois anjos a pegaram pela mão e a levaram até o céu estrelado. Subiram tanto e tão suavemente que pode ver sua casa, seu amigos, sua família. E os anjos lhe perguntaram se preferiria ficar sobre as estrelas ou voltar à Terra.
Então ela respondeu que gostaria de voltar à Terra, pois pode ver lá de cima quantas estrelas brilhavam em sua vida e que sempre esteve com elas. Assim, guardou em seu sonho a noite em que caminhou sobre as estrelas.
Essa é apenas mais uma das estórias que meu pai me contou na infância.
Hoje, ele está sobre as estrelas a sorrir pra mim todas as noites.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Dirceu Marcelino

AGRADECIMENTOS II

Caríssima Poetisa e Musa Coordenadora.

Caríssimo Miguel Duarte.

Sempre as Damas em primeiro lugar.

Aqui aconteceu do mesmo modo. Uma amiga OSVANIA SOUZA tomou a iniciativa de agradecê-los e eu venho seguir seus "PASSOS".

Agradeço de coração a vocês que nos dão oportunidade de expressar nossos sentimentos. Muitos de nós sequer sabíamos que tínhamos o DOM DA INSPIRAÇÃO POÉTICA.

Foram as MUSAS deste site que nos revelaram, esse termo que utilizei foi feito por uma Poetisa GRACIELI GESSNER, em uma das minhas primeiras poesias aqui postadas.

Dela e de outras nobre poetisas senti um estímulo tão grande que escrevi várias e apenas postei algumas.

As poesias ENIGMA DAS ROSAS escrevi com fundamento nos comentários e representam sim, todas as poetisas que aqui deixaram o perfume de sua inspiração divina. Digo isto porque a arte de algumas delas pode-se dizer apresentam algo de transcedental, tal como, para citar apenas um exemplo CECI POETA. Todos sabemos que ela se inspira em sua querida e saudosa filha.

Vou citar outra, se me permitem ROSANA = PODER ROSA, pois, como ela própria revelou ama os contatos com seus amigos virtuais, mas é uma mulher tão cativante que realmente dá-nos a impressão que vemos seu olhar, seu sorriso na tela de nossos monitores.

Outras, além de maravilhosas mulheres, são professoras, pedagogas, pós-doutorandas em assistencia social, e por incrível que pareça se fazem empaticamente passar por "damas da noite", pessoas, que também sofrem no "dia-a-dia" as amarguras da vida como "Andarilhas", mas todas são flores, rosas maravilhosas, que cada um de nós homens, com certeza como se expressaram vários dos poetas em seu comentários gostariam de tê-las como mulheres amadas, como "Rainhas de seus Lares", mas, nunca podemos nos esquecer que alguns de nós já a temos e se temos essa felicidade, pois uma simples "Dona de Casa" já é muiito, póis é mãe, criadora de suas proles e muitas ainda escrevem, como vimos com vários que tem um "Dom Natural de Poetizar" e por isso devemos preservá-las como fala em seus poemas o Poeta ELCIO.

Outros poetas são críticos e de fato devem sê-los como OSMAR FERNANDES, pois, as inspirações poéticas não podem se restringir só aos eruditos, aos formados, aos letrados, devem sim atingir os mais sofridos, os excluídos e nossas preocupações ficaram evidentes quando em plena data de celebração da "CONSCIÊNCIA NEGRA" eclodiram importantes poesias sobre o tema e ainda continuam sendo postadas outros belos poemas.

Eu, particularmente, tive o prazer e a honra de conhecer aqui ANA APARECIDA, uma digna representante das mulheres brasileiras, da Baiana descendente desses Africanos que tanto contribuiram e contribuem para nossa cultura.

Também, quero agradecer a honra de termos oportunidade de manter contatos com nossos irmãos portugueses, dignos representantes de nossa cultura maior, como MFN e DELEONES. Aliás esta exerce lá em Portugal o mesmo trabalho que nossa amiga poetisa OSVANIA realiza aqui no Brasil.

Sei que estou indo além de um mero agradecimento, mas como tive oportunidade de me expressar na primeira vez que correspondi com a Poetisa Coordenadora, agora quebrei os meus grilhões da timidez e tomei a liberdade de prolongar-se e por fim.

Reitero minha oração que fiz em forma de poesia, na qual pedi PERDÃO AO SENHOR, nosso DEUS ÚNICO E VERDADEIRO e agora, AGRADEÇO-O pela benção a nós concedida de nos ter permitido expressar nossos sentimentos assim como o fizemos de forma poética.

Amém...

Foto de Marta Peres

Velha Cruz Solitária

Velha Cruz Solitária

Sozinha na estrada por onde ando
Sempre encontro chorando, só e triste,
Esquecida na vida, a velha cruz solitária!

Na solidão vive dia e noite, dia após noite
Esquecida do mundo, sem alguém que por lá
Passe e pare levando um cadinho de flor,
uma oração a favor.

Quando o dia finda e a noite vem baixando,
Lá nas bandas da várzea funda, onde a cruz
Foi erguida, passarinho solitário canta e dança
Ao seu redor, deixando lindo o cenário.

Ao lusco-fusco, na penumbra das moitas,
piscam pirilampos ou vaga-lumes,
escondidos no ermo dos campos brincando
e beijando a cruz.

Ela, sozinha na ponta da estrada parece chorar,
Não há viva alma que acalente seu olhar,
Apenas borboletas coloridas, voláteis
Voando e enxugando as lagrimas teimando ficar.

O amor que busca esta cruz pequena,
Entre choros e penas, sofrimento atroz,
O gozo e o riso, seu sonho há de encontrar,
Numa rosa tristonha, nascida ao pé da cruz.

Marta Peres

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