Desembarquei do trem, como sempre!
Porém, agora não conto mais com seu apoio.
Agora me sinto só. Tão só que não quero mais viver.
E porque deveria querer?
Passei pela sua antiga casa,
E como eu imaginava, você não está mais me esperando.
Agora passo reto. Passo reto para não chorar mais.
Pois já chorei tudo o que devia.
Meu bem, eu sinto sua falta
Assim como os desertos sentem a falta da chuva.
Não estou pedindo compreensão de ninguém,
Já que ninguém iria me compreender mesmo.
O que eu espero e só meu amor, meu amor de volta!
Aquele mesmo que chegou de repente e nem me pediu licença.
Assim como vieste, meu bem, tu foste.
Sem me avisar, sem me abraçar uma última vez.
Isso me entristece, mas não me corrompe.
Sei que vou te ver mais uma vez. Eu sei.
Meu bem, eu sinto sua falta
Assim como os desertos sentem a falta da chuva.
Você bem que poderia ter morrido,
A dor poderia ter sido mais amena.
Pertenceria só a mim, para sempre!
Mas isso seria injusto demais para eu aceitar.
Agora, não conto mais contigo para nada.
E que graça isso vai ter,
Se era só você,
Com quem eu podia contar.
Meu Deus! Eu sinto sua falta.
Assim como os desertos sentem a falta da chuva.
Os dias têm provado.
Não sou mais ninguém sem você do meu lado.
Nós éramos um quando estávamos juntos.
Ainda se lembra?
Sinceramente, poderia sair correndo atrás de você nesse momento.
Mas não sei onde está agora.
Não sei onde esteve ontem.
Não sei onde estará amanhã.
Meu bem, eu sinto sua falta
Assim como os desertos sentem a falta da chuva.
E assim, vou levando minha triste existência
Sem graça, sem vida.
Até, quem sabe, te reencontrar.
E continuar de onde paramos.
Estou pegando o trem de novo.
Estou indo para minha casa,
Sonhar com você, como sempre!
E como sempre , e sempre, e sempre...
Meu bem, eu sinto sua falta
Assim como os desertos sentem a falta da chuva.