Ondas

Foto de Dennel

Universo em teu corpo

Meu amor, quantas saudades de ti
Tua ausência fez faltar-me
Um oceano na minha gota
Um céu na minha estrela
Um rio no meu curso

Tua ausência trouxe-me
Suspiros de saudade
Lágrimas de desejos insatisfeitos

Mas ao encontrar-te
Meu oceano arrebenta em ondas
Meu céu explode em constelações
Meu rio torna-se mar
Meu ser palpita desejos
Que transformo em beijos

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Sonia Delsin

NO MAR DO MEU OLHAR

NO MAR DO MEU OLHAR

Meus olhos claros transbordam.
Se em alguns momentos são como ondas que as areias das praias vão beijar.
Noutros são vagas que nos rochedos vão arrebentar.
No mar do meu olhar só não lê quem não me fitar.
Está tudo explicito.
Tudo ali pra ser lido.
Absorvido.
Nasci assim com estes olhos que contam tudo.
Nasci assim com este coração de poeta.
Nasci borboleta inquieta.
E ela insiste em voar.
Mesmo quando suas asas conseguiram quebrar.

Foto de nelllemos

Quero me queimar

Deveras
Te senti perto
Tua respiração parecia transcender
O espaço e o tempo
Cheguei a sentir o aroma do teu hálito
A carne do teu lábio parecia próximo ao meu
Quão real a sensação da presença do
Teu coração a pulsar junto ao meu

Longa distancia
Louca paixão
Congestionando as linhas
As ondas do celular
Trazendo uma parte sua
Sua voz a me ninar
Acende esse fogo, pois quero me queimar.
Invada meus pensamentos
Invada tudo o que sou
Quero viver esse novo
Permitir-me o teu amor

Nell Lemos
01/05/07

Foto de rodmar49

Amor que morre!

Amor que morre...
momento triste...
quando olho para ti...
e o tempo ainda existe.

Lua Nova no céu...
Sol que escurece...
Mares de macaréu...
coração que endurece.

Veias de sangue lento...
sangue escuro de dor...
coração que bate sonolento...
pelo findar deste amor.

correm por meu corpo tormentos,
como turbulentos rios...
agitam todos meus sentimentos...
em ondas de cerrados frios.

Só ficaram recordações...
daquele amor arfante...
dois doridos corações...
de paixão agonizante.

Foto de opoeta josé carlos martins de lima

não há um dia novo

tudo se repete pode passar o tempo e o vento vai e vem a chuva cai no mesmo lugar a vida morre e se renova a flor não perde a beleza e o cheiro tem sorriso em labios e lagrimas nos olhos tem o perdão e a magoa a atitude e a timides o sol é a lua no mesmo céu as ondas na mesma praia mas descobrir que as coisas que foi importante nessa vida em que tudo no passar do tempo se faz o mesmo na dor de um coração é sempre a mesma dor que se repete no meu no seu sempre havera uma dor e um novo amor .

Foto de Agamenon Troyan

"ESTOU VOLTANDO..."

“ESTOU VOLTANDO...”
(Um conto africano)

De: Agamenon Troyan

Um jovem angolano caminhava solitário pela praia. Parou por alguns instantes para agradecer aos deuses por aquele momento milagroso: o deslumbramento de sua terra natal. O silêncio o fez adormecer em seu âmago, despertando inesperadamente com o bater das ondas sobre as pedras. De repente, surgiram das matas homens estranhos e pálidos que o agarraram e o acorrentaram. Sua coragem e o medo travaram naquele momento uma longa batalha... Ele chamou pelos seus pais e clamou pelo seu Deus. Mas ninguém o ouviu. Subitamente mais e mais rostos estranhos e pálidos se uniram para rirem de sua humilhação. Vendo que não havia saída, o jovem angolano atacou um deles, mas foi impedido por um golpe. Tudo se transformou em trevas...
Um balanço interminável o fez despertar dentro do estômago de uma criatura. Ainda zonzo, ele notou a presença de guerreiros de outras tribos. Todos se demonstraram incrédulos no que estava acontecendo. Seus olhos cheios de medo se indagavam. Passos e risos de seus algozes foram ouvidos acima. Durante a viagem muitos guerreiros morreram, sendo seus corpos lançados ao mar. Dias depois, já em terra firme, o jovem angolano é tratado e vendido como a um animal. Com o coração cheio de “banzo” Ele e outros negros foram levados para um engenho bem longe dali. Foram recebidos pelo proprietário (senhor do engenho) e pelo feitor que, com o estalar do seu chicote não precisou expressar uma só palavra. Um dia, em meio ao trabalho, o jovem angolano fugiu. Mas não foi muito longe, pois fora capturado por um capitão do mato. Como castigo foi levado ao tronco onde recebeu não duas, mas cinqüenta chibatadas. Seu sangue se uniu ao solo bastardo que não o viu nascer.
Os anos se passaram, mas a sua sede por liberdade era insaciável. Várias vezes foi testemunha dos maus tratos que o senhor aplicava sobre as negras, obrigando-as a se entregarem. Quando uma recusava era imediatamente açoitada pelo seu atrevimento. A Sinhá, desonrada, vingava-se sobre uma delas, mandando que cortassem-lhe os mamilos para que não pudesse aleitar... O jovem angolano não suportando mais aquilo fugiu novamente. No meio do caminho encontrou outros negros fugidos que o conduziram ao topo de uma colina onde uma aldeia fortificada – um quilombo –, estava sendo mantida e protegida por escravos.
Ali ele aprendeu a manejar armas e, principalmente a ensinar as crianças o valor da cultura africana. Também foi ali que conheceu a sua esposa, a mãe de seu filho. Com o menino nos braços, ele o ergue diante as estrelas mostrando-o a Olorum, o deus supremo... Surgem novos rostos estranhos e pálidos, mas de coração puro, os abolicionistas. Eram pessoas que há anos vinham lutando pelo fim do cativeiro. Suas pressões surtiram efeito. Leis começaram a vigorar, embora lentamente, para o fim da escravatura: A Lei Eusébio Queiroz; A do Ventre-Livre, A do Sexagenário e, finalmente a Lei Áurea. A juventude se foi. O velho angolano agora observa seus netos correndo livremente pelos campos. Aprenderam com o pai a zelarem pelas velhas tradições e andarem de cabeça erguida. Um dia o velho ouviu o clamor do seu coração: com dificuldade, caminhou solitário até a praia. Olhou compenetrado para o horizonte. Agora podia ouvir as vozes de seus pais e avós sendo trazidas pelas ondas do mar. A noite caiu cobrindo o velho angolano com o seu manto... Os tambores se calaram... No coração do silêncio, suas palavras lentamente ecoaram: “Estou voltando... Estou voltando”.

Carlostvcdr@gmail.com

Foto de Maiakovsky

Alvorada

Não sei o que te trouxe a mim de modo vago,
O que te levou a furtar minha tarde renascida.
Lagos turvos, ruas estampadas multicores:
Tudo era puro antagonismo, escatologia.

De pedras, de águas que contornam margens:
Tudo era liquefeito na mansidão dos dias.
Agora, tu vieste em cápsula de um astro intenso,
Seguindo a monarquia de meu reinado colossal,
Estando em ti e estando em mim como mágica.

Como alvorada noturna, tu vieste com mil sonhos,
Mil olhares serenos, mil castelos reencontrados.
Questiono o que te trouxe a meus passos delineados,
A minhas conjecturas do porvir de tanto sol,
De tantas noites, de tantas idéias irrisórias.

Meus pés não são senão teus pés por sobre as ondas,
Não são senão minhas andanças sobre teu pensamento.
Vejo-me caindo contigo na imensidão do céu azul,
Oferecendo e bebendo o brinde de tua chegada.

Foto de Cecília Santos

DISSABOR

No horizonte,o sol adormece lentamente.
Estou aqui mais uma vez,à olhar o mar,
e a esperar por você.
Ouço a cantiga cariciosa das ondas,
batendo nas pedras.
Meu coração bate no compasso,
dos meus pensamentos.
Feitos cavalos selvagens,galopando,
noite à dentro.
Descortinando minha vida,
deixando-a exposta,às agruras..
Posso ouvir o sussurrar do mar,
como você fazia.
Sinto meu corpo todo tremulo.
Um arrepio percorre-me por inteira,
Não sei se é frio,ou se são as lembranças,
das suas carícias.
Seu beijo deixava em mim,um rastro de fogo
por onde passava.
Nesse doce enlevo que nos consumia,
derrubando as defesas .
Extasiando tirando a razão,deixando só a exaustão.
Corpos cansados,pele suada,lábios colados,
selando a união de dois corpos,e uma só alma.
O tempo passou,vejo a lua beijando o mar,
As estrelas refletindo nas ondas, num doce bailar.
A noite se vestiu de negro,como num luto.
Estou só no mesmo lugar,mais uma vez
você não veio me ver.
Vai ser assim todos os dias,fico a me enganar,
e a enganar meu coração.
Nessa louca espera que me angústia.
Preciso me convencer de uma vez por todas,
que você,não virá mais pra mim,
Que nossos caminhos,jamais se cruzarão
E nessa inquietante espera,meu coração morre
um pouco mais.

Foto de Maiakovsky

Contornos

Acaso me chamo um felino sobre ti;
Sem caso, imito um vendaval em tuas curvas.
Tu abres universos decorados por nobreza,
luares planejados, braços, olhares e bocas.

Acso te chamo Ártemis nascida de meu peito,
lúcida erva brotada de minha Babilônia,
doce sabor das ondas que vem e vão.

Satirizo e repulso os dias sem teu perfume,
rios que correm vilas onde tu estás ausente.
Desvairado, busco os lagos florais de tua pele,
contornos em tua grande selva de delícias.

Por acaso, me chamo trovador de teus passos;
Sem vestígios, encontro jóias de tuas mãos.
Chamo-te guerreira branca em vestes brancas,
lábios infinitos em suave carmesim.

Foto de Remisson Aniceto

Ocaso

Invade-me um insuportável calor,
Escorre-me um suor pela testa,
Algo agora me fere o peito, atroz,
Entre as paredes da modesta cabana.

Meu sentimento está perdido,
Vagueando nas brumas da escuridão.
Só o mar ouve meus lamentos
Que se perdem sob as ondas revoltas.

Sonhos, previsões... bateram asas...
Fecharam-se teus olhos com o poente,
Trazendo esta minh`ânsia de viver.

O abismo se me abre; um desafio,
Em discordância com o eu que em ti ficou,
Intocável, na beleza do teu ser.

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