Tanto tempo te esperei,
de namoro e namoro vaguei,
mas só quando eu te encontrei,
pude dizer, finalmente, sou feliz eu sei!
Te encontrei por acaso,
e logo no primeiro minuto em que te avistei,
você, no meu coração, fez um arraso,
foi então, que a você, minhas esperanças levei...
Seu sorriso resplandeceu,
os meus sentidos inebriaram,
foi quando minha boca emudeceu,
dando lugar aos nossos corações, que assim falaram.
Eu te amo, te amei e te amarei,
Já naquele primeiro instante, em que nossos lábios quase se tocaram,
eu sabia, que só contigo eu serei,
feliz, completo, mesmo que os céus sobre mim caiam.
E foi naquela mesma noite, nossa primeira dança,
não era valsa, mas uma canção ainda mais linda,
nossos corpos, como o pêndulo que balança,
já bailavam, numa alegria que era infinda.
A música, então, parou,
a pé, caminhamos juntos,
o tempo, que já era curto, então viajou
e com ele, passamos a cuidar de nossos assuntos.
Antes de podemos conversar,
nossos lábios se encontraram,
nossos primeiro beijo, nasceu sem falar,
mas deram espaços aos corações, que então falaram.
E naquela noite mágica,
fizemos companhia às estrelas,
nem o breu, que anunciava uma conclusão trágica,
pôde ofuscar o fulgurar de nossos olhos,
que cintilavam, como se das estrelas fossem duas pequenas centelhas.
Foi então que cheguei a uma resolução:
não podia deixar de te amar,
e não querendo impedir o destino e sua mão,
proclamei o amor, e pedi para te namorar.
Foi esse o embrião de nossas vidas,
que passaram sem jamais ser lidas,
e agora, que tornaram-se escritas,
estou com medo, de ter a felicidade perdida.
Porque eu fui tolo, porque eu fui pueril,
te machuquei, e não te respeitei,
e hoje você descobriu,
um lado meu, que até eu renunciei.
A este eu, solenemente, bano do meu ego,
banido está, e banido ficará,
porquanto plantava mentiras que nem eu acreditava, pois não sou cego,
e sei que a mim, hoje, só existe o eu que te amará.
E este eu jamais te magoará,
te respeitará da forma mais estrita, mais solene,
e contigo ficará,
no berço da felicidade mais perene.
Por isto te rogo: perdoa-me,
saiba que esses versos são indeléveis, assentes,
e dos pecados que cometi, coa-me,
na certeza de que eu, nunca mais, serei insolente.
Nesta terra não há ilusão, corpo ou substância,
que da infelicidade me desperte mais fácil,
que o seu sincero sorriso de criança,
despertado de uma felicidade concreta, quase tátil.
A minha vida, dedicarei a você,
minha missão terrena, será te fazer feliz,
em penitência, ficarei até o alvorecer,
de uma nova vida, a que você sempre quis.
E lá no céu, terei outra missão,
essa mais dura, posto que eterna,
pois lá cuidarei de suas asas, e tal será meu galardão,
por ter podido, em vida, viver com a anjinha mais terna.
Perdão,
Eu te amo,
No meu coração,
De novo, eu te chamo.