Olhos

Foto de Deibby Petzinger

Entretanto

Certas coisas como você ,
Me tiram do sério
Seu olhar as vezes tão distante
Desconcertante e arrogante
Que me induz aos poucos , a te admirar em segredo
Com a sua sombra de mistérios
Que me persegue a noite toda.
Pois você me implora algo com os olhos,
E qualquer gesto mais ousado
Me levaria a crer
Que poderíamos ir longe demais...
E o tempo iria parar,
Para ver o indício de sermos ainda incompletos
Porque faltamos um ao outro,
Só que ainda não descobrimos.

E quando for mais tarde,
Lembraremos dos sorrisos...
Os poucos, que trocamos, sem nenhum motivo
E nosso pensamento, certamente mudaria
Pois o mundo é injusto, (mais ainda gira)
E nada mais, nada mais, seria tão admissível
Quanto um breve insulto a nós mesmos,
Pois perdemos tempo com atrasos violentos
Ao invés de falar o que realmente sentimos.
Pois ser livre, as vezes não é o bastante
Precisa-se de uma encarnação mútua, em corpos distantes
E provar a si mesmo , que não existem palavras cegas
Que possa distinguir esse amor... diferente

Foto de Amalia Grisi

Carta para o amor

Eu não sei... Será que aqueles olhos são meigos e risonhos com todo mundo? Algumas vezes penso que não! Penso que são meus e aquele olhar é para mim... Penso que tem alguma coisa em mim que ele gosta muito e sinto por não saber bem o que é...
Se as sensações denunciassem a verdade diria mais: diria que sei que ele gosta da minha simplicidade, se identifica com meus problemas e com minhas qualidades. Ele as admira. Ele mal acredita que elas existam... E por isso ele às vezes tenta achar alguma falha no meu plano...
Não sei se tem vontade de me beijar! Uma vez pensei que sim. Viajamos juntos. Não foi de propósito, não tinha nenhum motivo especial, estávamos unidos em prol de um objetivo comum e era isso que me fazia estar ali. Quando nos despedimos seus olhos tinham alguma coisa... Talvez uma preocupação paterna, uma admiração contida por eu estar ali e nós sabíamos por que, e estávamos os dois, orgulhosos disto ou... Simplesmente, o que eu tentei não acreditar, mas senti. Talvez ele quisesse me beijar e abraçar dizendo eu acredito em você, não tenha medo! Talvez... Talvez ele realmente se importe comigo.
Sempre conversamos sobre tudo. Para mim sempre foram mágicas as oportunidades de falar com ele, só isso já me deixava muito feliz e poderia passar horas assim, mas não era só isso... Eu já desejei estar com ele... Quando me abandono da idéia de pecado, quando sonho... Uma vez sonhei com um laboratório antigo e nós dois, ele me pedia para namorar e me beijava. Que mágico! Tão ele! Tão eu!
Outra vez, muitas outras vezes, sonhei com ele. De algumas me fiz esquecer. Minha cabeça roda em mil direções quando penso nisso e por mais que eu acredite no amor, teimo em respeitar as leis dos homens e me faço esquecer... De outras ainda me lembro. Lembro de estar em um lugar escuro ouvindo-o dizer que não era feliz e por algumas vezes, já havia pensado em separar-se. Se eu contasse a ele, sei o que diria. Sua crença nas coisas metódicas diria que é força do meu próprio desejo inconsciente, talvez seja mesmo!
Mas já senti suas mãos em meu corpo, mesmo sabendo que elas nunca estiveram lá. Talvez nunca estejam. Queria escrever para ele uma poesia cheia de amor e verdade, como Quintana. Acredito que Quintana nunca foi infeliz. Eu também não sou, guardo em mim um sonho e o alimento quando posso...
Meu sonho tem perto dos 40 anos, alguns poderiam achar muito para mim. Não sou uma menina, talvez nunca tenha sido. E o que vejo e sinto é que sou inteiramente como ele, minha alma é muito parecida e respeita algumas diferenças que nos fazem tão compatíveis, independente de qualquer outra coisa que nos separe. Mas ele é um menino. Sua mente é. Quando a situação permite, suas atitudes também são. E eu já tive o privilégio de vê-lo com medo, com gula, com doçura... É tudo que uma mulher como eu pode ver para sentir o quanto um homem pode ser apaixonante... E legal, e companheiro, e amigo, e verdadeiro, e sincero... Que mais posso dizer? Que mulher não espera encontrar alguém assim?
Não sei se ele é bonito. Já não sei mais vê-lo distante destas qualidades. E em conjunto com seu corpo e sua essência, ele é um dos homens mais atraentes que já vi... Ele se veste com simplicidade e às vezes, sem nenhuma intenção de perverter minha ordem, ele deixa transparecer um pedaço de seu peito por sobre a camisa e enlouqueço de me imaginar colocando a cabeça ali, deixando que suas mãos me afaguem e sendo feliz... Jamais poderei dizer isso a ele. Você que leu, agora sabe e compartilha do meu segredo. Somos cúmplices. Se algum dia o vir, diga a ele que eu o amei demais, talvez o ame para sempre e estarei sempre esperando por ele...

Foto de lindinho angel

Piscar de Olhos

Os olhos diziam tudo. Aquilo que as estrelas não me contaram por duras nuvens e penas, escancararam-se sobre meus surpresos e recíprocos visores.
Bonita e misteriosa, não se permitiu descobrir, na certa temendo o incerto e obscuro sinal que me faltou coragem para transmitir.
O fato consumado é que, abertos ou não, seus olhos que diziam tudo e nada, disseram muito mais que eu e conseguiram quase que sem piscar, tempo contado do seu mundo, balançar um sólido e quase petrificado coração.
Obrigado, podes não pertencer a minha vida, nem sei se vamos nos ver de novo, mas já me ganhou...
...num piscar de olhos.

Foto de moira

lágrimas...

São lágrimas pequenas...
são lágrimas grandes...
São lágrimas de sangue...
Não importa do que são...
E nem como são...importa que são...
...lágrimas!!
Ela veio do amor que derepente...
Virou odio...
Odio com rancor,odio com orgulho..
Essa lágrima rolou desdo seus olhos,
passando pelo seu rosto,
escorrendo pelo seu corpo...
Foi uma lágrima de dor...
Uma lágrima de sofrimento...
Uma lágrima d seus olhos!!!

Foto de Wanessa Rodrigues de Almeida

Posso sentir...

Ainda posso sentir
Suas mãos a me afagar,
seus lábios que se apertam contra os meus...
Seus olhos...
Estes são serenos e piedosos...
Profundamente ternos!
Seus beijos,
lábios macios como a pétala de rosa que em primavera desabrocha.
Primavera que é umida e calma...
Primavera que ilumina os versos do poeta.
Sua pele...
Beleza juvenil,
macia e doce,
aveludada como o pessêgo maduro...
Que libera seu doce néctar.
Calmamente me ponho a pensar no por que de não te esquecer...
Lindo anjo.
Terno ser...
Amor?
Você!

ESPERO Q GOSTEM DESTE POEMA ESTOU ESPERANDO OPINIÕES...
BEIJINHOS NESSA...
NESSARODALM@HOTMAIL.COM

Foto de yeliel

Análise duma poema de Luís de Camões

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Algua cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Este poema não intitulado, escrito por Luís de Camões, apresenta como tema principal a paixão do sujeito poético para coma sua amada, que, para tristeza, morreu jovem. Como a amada do sujeito poético já se despediu para sempre, o tom desse poema é simplesmente revoltado por um ambiente amargo e triste. O poema também tem a função de revelar a saudade do sujeito poético à sua amada que, provavelmente, o pode ouvir do céu. O poema é constituído por quatro estrofes, duas quadras e dois tercetos. As duas quadras apresentam rima interpolada e emparelhada e os dois tercetos rima cruzada.
A primeira estrofe introduz a situação dos amados. Logo no início do poema, o sujeito poético invoca a sua amada emocionadamente através da designação amorosa “alma minha gentil”, dando-nos a conhecer que o poema é dedicado a uma pessoa que ele ama com alma. Depois desta apóstrofe, também no primeiro verso, revela que ela já tinha falecido. O verbo “partiste” neste contexto tem o significado de morrer, mas o sujeito poético não quis utilizar “morrer” para nos dizer que a sua amada só partiu para um mundo diferente, mas continuará viva. No segundo verso, o advérbio de intensidade “tão” reforça o adjectivo “cedo” dizendo-nos que ela morreu ainda muito nova. Nos dois versos seguintes o sujeito poético mostra outra vez que acredita que a sua amada continua viva através do verbo “repousa”; o determinante demonstrativo “lá” fez o céu parecer não tão misterioso por ser o local onde ela vive. Note-se que “Céu” é escrito com maíuscula referindo-se ao “Paraíso”. Os advérbios “eternamente” e “sempre” são muito intensos, ambos são sem fim, com a ausência da noção do tempo. Os dois amados estão assim separados pelo céu e terra, pelo que não se vislumbra reencontro.
Na estrofe seguinte, o sujeito poético faz um pedido para a sua amada não o esquecer. O “assento etéreo” é referido como “céu”. Ele suplica para que no céu as pessoas vindas da terra continuem a ter a memória do que se passou com eles quando estavam na terra, para que a sua amada não se esqueça “...daquele amor ardente / Que já nos olhos meus tão puro viste” (es2,vs3-4). A expressão do “amor ardente” está a realçar o quão apaixonado o sujeito poético está pela sua amada, amor que está escrito nos olhos puros dele. Como o adjectivo “puro” significa sem mistura, e os “olhos” são a porta para a alma e coração, caracterizando os seus “olhos” como sendo “puro(s)”, ele quer dizer que tudo nele é somente a paixão verdadeira e honesta por ela.
O terceto que vem a seguir diz exactamente como ele ficou depois de ela ter morrido – doloroso, magoado e sem remédio, que são apresentados em forma dum assíndeto no último verso da estrofe “da mágoa, sem remédio...”. A amada do sujeito poético é como se fizesse parte física e psicológica dele, porque, depois de a perder, ele ficou “sem remédio”.
Na última estrofe do poema, o sujeito poético pede a sua amada para pedir a Deus para que ele morra também mais cedo, para poder ver a sua amada. Na segunda parte do primeiro verso, houve uma inversão “..que teus anos encurtou”. O verbo “encurtou” está, mais uma vez a referir que a morte da sua amada é jovem de mais, a sua vida foi curta de mais. O segundo verso é o pedido que ele quer que a sua amada faça a Deus, o advérbio de intensidade “tão” serve para enfatizar “cedo” que ele também quer morrer, e o desejo que ele quer ver a sua amada. Finalmente, o sujeito poético não se esqueceu de relembrar outra vez a insatisfação que sente pelo facto de o destino ter levado a vida da sua amada demasiado depressa. “Meus olhos” é uma sinédoque, “olhos” é apenas uma parte do corpo mas está a representar o corpo todo, os olhos não podem ver a sua amada é mesma coisa de estar separada dela. Neste verso também o advérbio “cedo” que se está a referir à morte da sua amada, este “cedo”, juntamente com o do verso anterior, formam uma epanalepse. Por fim, a utilização de vários pronomes de segunda pessoa “te” ao longo do poema faz-nos pensar que no pensamento do sujeito poético, no mundo só existia ele e a sua amada.

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Meu coração fala

Meu coração fala em meu olhar
e minha voz em meus olhos
se transmite como a voz sem palavras
que me vem da alma.

Não preciso nem de gestos
nem de sons
quando fala minha alma verdadeira,
pois nos olhos
eu tenho da minha alma
as palavras mais simples,
mais sinceras.

Se eu falo pra você
só com meus olhos,
o que você puder ouvir
do que eu disser
é a voz da minha alma
a lhe dizer
que eu não sei falar-lhe
o que desejo,
pois que a voz da alma,
quando fala,
não precisa de sons
nem de palavras

e meu coração
fala em meu olhar,
na voz em silêncio
da minha alma.

Foto de Jaque_m

Tudo Roda

Na roda da vida tudo roda, tudo gira, tudo muda de lugar, de figura, nada é mais do jeito que foi, nem a mesa, nem a cama, nem a sala de estar, nem meus olhos e tão pouco o meu olhar... O ponto de vista já não é mais aquele de ontem, mudou! O que eu pensava ontem não penso mais hoje e nem me lembro como cheguei a conclusão de pensar o que penso, não me lembro o que me fez pensar assim, pensar que isso ou aquilo é a melhor opção, a melhor coisa, o melhor acontecimento, a melhor visão do mundo, das coisas, da vida, de tudo... A roupa que eu usei ontem, hoje eu detesto, não tem nada a ver comigo, com minha personalidade, com meu jeito de ser, de ser? Mas quem sou eu hoje? Quem pode me garantir quem eu serei amanhã? A única coisa que sei é que não tenho certeza do que sou e do que quero para mim, pois hoje o que ´lindo amanhã é muito feio, o que é legal, depois fica muito chato e me incomoda, me irrita, me estressa, enche minha paciência e eu não quero mais... O que hoje eu não quero, amanhã posso querer, posso ir atrás... Mas hoje eu tenho medo do novo, tenho medo de não dar conta do novo, tenho medo da novidade, e então penso que é melhor as coisas ficarem como sempre estiveram, do mesmo jeito, no mesmo lugar, da mesma cor, com a mesma forma... Agora quero tudo novo, cansei do velho, quero novidade, quero desafios, quero saber que posso ir mais além, que sou capaz de conseguir... E assim a vida roda, tudo roda e eu não saio do lugar, pois cada vez que dou dois passos para frente, o medo me abate e dou mais dois passos para trás, quero me livrar disso, quero me libertar, quero quebrar as correntes que me amarram a essa realidade irreal...queor sumir, quero ir embora, quero fugir, quero ficar, quero permanecer, não sei mais o que quero, quero viver, quero morrer, quero ser eu e ser outra, quero poder ser duas para cada uma fazer uma coisa, só assim daria conta de ser tudo o que quero...

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Dois caminhos

Existem em mim somente dois caminhos. O caminho para dentro e o caminho para ti.
Nenhum me leva para fora, porque tu estás dentro de mim, num pedaço sagrado e beijado somente pelas asas dos anjos alados e invisíveis.
Penso que aprendi a trilhar ambos os caminhos ao mesmo tempo. No fundo, levam-me a um mesmo sítio.
A mim.
Porque tu vives em mim e a tua imagem alimenta-me a sede de amar.
Ainda assim queria encontrar o caminho para fora. Sabes, é que o meu íntimo sufoca-me.
Funciona como uma gruta medonha que tenho medo de explorar. Quanto mais me aventuro, mais úmido e sombrio se torna.
Por vezes lembro-me que se um dia encontrar o caminho para fora, serei cegado pela luz ofuscante da Verdade. Os meus olhos nada mais lembram que não este negrume peganhoso.
Sinto-te nas paredes do meu íntimo. Estás gravado nelas, como se fosses delineado a carvão na alvura do lençol.

Percorro o caminho, tacteio a entrada que é simultaneamente a saída das antecâmeras e becos.
Se ao menos pudesse tropeçar em algo realmente útil. Um pergaminho, uma flor, uma fotografia do Sol.
Mas não.
Aqui tudo é igual, tudo é monótono.
E tu habitas-me. És a única irregularidade na tela do meu sonho.
Como tal, fascino-me com todos os teus poros de onde emergem melodias e fios de seda.
Fascino-me e surpreendo-me com os teus mais subtis respirares.
O sopro de vida que emerge de ti para mim é o poema mais saboroso jamais escrito por deus.

O meu íntimo é uma prisão, sabias?

Quero que aprendas os caminhos que apenas eu sei percorrer.
Ensino-te uma e outra vez e ainda assim perdes-te nos meus labiríntos.
Mas amor... se olhares tudo em tua volta sou eu. Porque é em mim que habitas e foi no meu íntimo que aprendeste a voar.

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Medo

Era uma palavra... Apenas uma palavra e, no entanto, os meus lábios selaram anos de inconformismo e dor.
Como se o organismo se recusasse a ser feliz, a fazer as coisas bem...
Sabes que deixar de ser "eu", para ser nós é um processo lento e nem sempre bem sucedido.
A mente é dona de estranhos buracos e armadilhas.
Penso que também sabes isso.
Por isso torna-se inútil dizer-te palavras que conheces e mesmo assim recusas entender.
Dói-me lembrar-te ajoelhado a meus pés a implorar perdão por um pecado que nem sabes que cometes. Dói-me porque queres apagar as minhas lágrimas com as tuas.
Era apenas uma palavra... uma palavra a negar a estranha necessidade de ser teu sem o ser.
Sabes que quis fugir? Fugir de ti, fugir do amor que te tenho e me prende as asas... Fugir de ti e consumir-me nesta infelicidade mórbida.
Ainda assim, agarraste-me com força, as lágrimas a escorrerem-te pela face, a desfazerem-te o coração.
Sabes que sou cobarde? Sim... profundamente cobarde.
Estupidamente cobarde e, no entanto, amas-me assim. Ou aprendeste a amar-me.
Qual das duas foi, interrogo-me... Mas por muito que o faça nunca vou descobrir.
Porque as tuas mãos se selaram em volta das minhas, os teus braços esmagaram a minha cobardia, o meu medo de amar.
Ser feliz nem sempre é fácil, sabias? Ser feliz, às vezes, também dói. Porque ter-te a meu lado é toda a minha felicidade, a minha única felicidade e, no entanto, por vezes, parece-me tão distante, tão hercúleo.
Mesmo quando abafas as minhas lágrimas nas tuas.
Já te disse que ficas lindo quando choras? Na infelicidade também existe poesia. Nos teus olhos perfeitos de lágrimas também existe amor. E, por isso, é belo.
É nas tuas lágrimas que vejo o meu coração. Porque ele está dentro de ti. Numa profundidade que só as lágrimas alcançam.
Sim... é em ti que vivo e no entanto quis fugir de ti, trazendo a morte no regaço.
Porquê, perguntas-me tu, e deitas-te em mim, e sufocas-me de beijos e amor.
Porque amar-te é a única coisa que não sei fazer. Porque me surpreendo a cada dia com este amor. Porque ele me ultrapassa e me enche de maresia.
E por isso amor, tenho medo. Medo da grandiosidade. Medo de precisar de ti mais do que precisas de mim. Medo de acordar de um sonho e morrer a recordar os teus lábios...
Medo do medo de amar.
E ainda assim, enlaças-me em ti.
Quero-te, dizes tu. E eu sei, estranhamente, que é verdade. Sei... e assim silencio o medo, apago as lágrimas e adormeço em ti.

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