Olhar

Foto de Anjo Violinista

Ser especial

Ser especial é lutar pelo que acredita
É viver pelo inexplicável
É não saber o porquê das coisas
E mesmo assim achar uma resposta

É não saber o impossível
E fazer com isso o possível de tudo
Olhar as diferenças que tem
E mesmo assim ver igualdade

É sonhar pela vida
E com a vida encontrar um amor
É ter caráter e fidelidade
É ter prudência e sabedoria
É correr atrás daquele que trás felicidade

E com isso ser a pessoa ideal
Para eu dizer: _Você é especial

Foto de Henrique Fernandes

VAZIO

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Há alturas na vida
Que não devemos ter ninguém
Há caminhos que devemos percorrer
Sozinhos acompanhados de nós
Quando o emaranhado de duvidas
Na personalidade nos enche as mãos
De vazio num vácuo congestionado
E o tempo que vivemos
É a demora para nos conhecermos
Dos outros apenas conhecemos
Pequenas migalhas do seu miolo
Da alma que a eles pertence
As atitudes apenas expõem
O que desejamos perder ou encontrar
Sem nunca descodificar quem somos
O ser que o espelho nos exibe
Não passa de um reflexo
De uma imagem ao acesso de todos
O ser que somos nós
É reflectido no olhar
Com ricochete no coração
Onde tantas e por tantas vezes
Nosso ego distraído não se reconhece
Julgamos existir como adormecer
A bordo de um barco á deriva
Entre uma tempestade de sonhos

Foto de Joaninhavoa

Teu e meu olhar

Teu primeiro olhar...

Teus olhos ao cruzarem os meus
Mudos ficaram e pis... piscaram
Pestanas baixaram e levantaram
Coro de raíz só de te ver! Meu Deus!

Segunda vez, teus olhos olharam
Os meus que simplesmente sorriram
Prós teus!... E desde então
Surgiu uma canção

Foi há muito muito tempo
Era eu ainda criança e brincava
Ao luar com a lua cheia

Terceira vez, os olhos meus
Olharam os teus e brincaram
A vida inteira!...

JoaninhaVoa
(23/03/2008)

Foto de Teresa Cordioli

Teu primeiro Olhar - Dueto-Célia

Teresa Cordioli (quatetos)
Célia de Lima (tercetos)
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Teu primeiro Olhar...

O teu primeiro olhar em meus olhos,
desvendou aos teus, os meus segredos,
fazendo deles, uma colcha de retalhos,
nesse momento, perdi os meus medos.

Troquei contigo naquele breve olhar,
o sentimento mais puro e mais bonito:
Teus olhos nos meus fizeram aflorar,
todo amor que em mim estava prescrito!

Nos olhos do teu amor, meu castigo
É, hoje, ser, amor, verso fecundo,
De amar, amar, amar mais do que digo!

Pois desde o eterno tempo de um segundo,
Já não sei porque olhos eu consigo
Tomar de assalto a beleza do mundo!

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Crianças, que brincadeira mais linda!!!
amei, amei, amei...venham e façam os Duetos...

Foto de Teresa Cordioli

Teu primeiro Olhar...DUETO (Suely)

Teresa Cordioli (quartetos)
Suely Ribella (tercetos)
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Teu primeiro Olhar...

O teu primeiro olhar em meus olhos,
Desvendou aos teus, os meus segredos,
Fazendo deles, uma colcha de retalhos,
Nesse momento, perdi os meus medos.

Troquei contigo naquele breve olhar,
O sentimento mais puro e mais bonito:
Teus olhos nos meus fizeram aflorar,
Todo amor que em mim estava prescrito!

Tu eras o meu eleito antes de nascer
e essa luz dos teus olhos me orientava
a seguir em tua direção, sem nem saber...

Seguimos felizes todos os caminhos,
o amor crescia quanto mais te olhava,
hoje não sei viver sem teus carinhos...

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Obrigada Su, ficou lindíssimo, amei, amei....
...AMEIIIIIIIIIIII!!!

Foto de Joaninhavoa

Perdidos, nos achamos

Comunhão d`almas conscientes
Seres de luz em mentes, lentes
Trazem dentro "Algo"-, mistério
Presépio, hino ou império!

Vem! Tira-me a venda
Deixa-me olhar... ver-te, sempre
Diz o destino que é hora da verdade
Vem! Não me deixes mais com saudade!...

Vem! Em minha direcção
Caminha a par e passo com teus passos...
Certos de quem sabe que há laços
Que levitarão pr`a uma outra tal dimensão!...

Laços de um amor ainda ausente
Mas ainda assim tão presente
Faça sol ou faça chuva, em mente
Sinto... sinto-o... constantemente!...

JoaninhaVoa

Foto de Dirceu Marcelino

APITA COMBOIO - 4ª parte da viagem do TREM ENCANTADO DO MARCELINO, chegada à Costa de Caparica, em Portugal -Homenagem as Musas

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POEMAS:

VIAGEM NO TREM ENCANTADO DO PROF: MARCELINO

E la ia eu olhando pela janela...
As arvores desfilavam rapidas ante meu olhar...
Uma linda tarde a nossa espera...
Todos prontos a versejar!!!
O paraiso é aqui...
Dentro do trem encantado do Poeta Marcelino...
Eu ,a Gracie o Albino e a Ceci...
Todos parecendo meninos!!!
A cada apito...
A alegria irrompia no peito...
Palavras jogadas ao vento em um longo grito...
Ah, viajar com esta galera, estou mais que satisfeito!!!
A cada Estação...
A cada centena de dormentes...
Saía um poema em forma de canção...
Para o doce deleite dos presentes!!!
E la na frente...
O maquinista Marcelino...
Jogava lenha na fornalha...
Para chegarmos ao nosso destino!!!
Mas eu particularmente...
Acho que esta viagem encantada nunca vai terminar...
Com tantos Poetas presentes...
A poesia nunca vai acabar!!!
De parada em parada...
Uniremos todos continentes...
Visitaremos muitos Paises...
Puxa, como estou contente!!! (EDSON MILTON RIBEIRO PAES )

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NUVENS DE FUMAÇA II

O vapor forma uma nuvenzinha fina!
Mas desta vez estou dentro do trem.
Acompanhando aquela menina,
E a apóio para não cair no vaivém,

Do trem! Pois, agora é mui grã-fina!
Senhora do interior com seu neném.
Formosa e radiante não se amofina
Com nada, pois, sabe que a mantém.

Um marido que a ama e se fascina,
Com seus olhos verdes que o entretém
E que a segura, amarra e o domina.

Viajam assim sem pensar em ninguém.
Ali está a representação divina
Da família: “pai, mãe e mais alguém”. (Dirceu Marcelino

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ENCANTO POÉTICO

Oh! Minhas caras amigas poetisas
Chamei-as de Musas n’outro instante
Por versejares essa arte que as extasias
E nos proporcionares algo importante.

Como a bela personagem fictícia
Dos meus sonhos, ouço o som excitante
Das sinfonias das músicas que irradias,
Embora cantes de urbes tão distantes.

Chamei-as de Rosas n’outro instante
Por exalares perfume que inebria
A alma destes que de ti são carentes

E inspiram-se com a luz que envias,
Pelo vento ou ondas virtualmente
Propagadas por ocultas aerovias. ( DIRCEU MARCELINO )

NB. Este vídeo-poema é uma homenagem a todos Poetas, Poetisas e Musas, residentes em Portugal e, também, aos amigos ferroviários daquele país, onde nasceram meus ascendentes. Homenageio, também, ao meu pai - ferroviário - que sequer teve a oportunidade de ver, como nós, pelos vídeos esses Comboios Portugueses e nem ouvir a linda canção portuguesa, com certeza, APITA COMBOIO, a cujo autor parabenizo e peço permissão para utilizar, pois, ela fará eternamente parte do cancioneiro popular da língua portuguesa, como o "Vira-vira" e faz o mundo rodar, girar, como consta da música "Trenzinho Caipira" do brasileiro Heitor Villa Lobos. Obrigado a todos.

Foto de Carmen Lúcia

Trégua

Demos uma trégua!
Que cessem os tambores de guerra,
Ouçamos acordes de melodias
Entre gritos de dor e almas vazias...
Salvemos os sonhos das noites de orgia,
Que voltem a pulsar sãos de monotonia...
Brindemos, da vida, as doces lembranças,
As que se revelam num sorriso franco,
Ou no olhar fagueiro ao velho realejo
Brincando com a sorte, apontando o norte...
Cacemos palavras inversas em versos
Dos quebra-cabeças da vã filosofia...
Mudemos os fatos... Façamos um pacto com a poesia...
Alcemos nova bandeira, resgatemos suas cores,
Por ora mesclada de branco do lírio e ódio vermelho,
A tremular incrédula entre falsos amores e velhos rancores...
Façamos apologia ao novo dia,
Vibremos de esperança no amanhã...
Calemos nossas dores, sejamos matizes
A colorir de amor novos tempos felizes.

Carmen Lúcia

Foto de Gideon

O doutor, o carroceiro e a joça (conto)

-Bela paisagem, Zé…
-É sim doutor
-A gente até esquece que é da cidade…
-Pois é, doutor
-Zé, você nasceu aqui mesmo?
-Sim, doutor

-É Zé, eu sou da cidade grande, vida agitada…
-Hum… Cidade grande…
-A gente cresce no meio dos carros, dos prédios, do lixo, até esquece que existe isso aqui, bem perto…
-É, doutor…

-Tá balançando muito aí, doutor?
-Um pouco, mas dá pra levar. É tudo muito gostoso, a natureza, essa carroça…
-Pois é Zé, eu vou trabalhar… Ainda bem que é aqui.. nesse paraíso…
Dá prazer vir ver as pessoas doentes aqui… Elas parecem conformadas com a sina…
Na cidade, Zé, as pessoas brigam com a gente dentro do consultório…
-É mesmo, doutor?
Brigam assim, por nada?
-Mais ou menos. Reclamam que a gente faz a receita sem mesmo olhar para eles…
Às vezes querem que a gente atenda aos conhecidos usando o seu plano de saúde, enfim…

-Belo pássaro aquele, Zé…
-Cambaxirra, doutor…
-Cam-ba-xir-ra.. Nome estranho e diferente. De onde deve ter surgido esse nome?
-Sei não, doutor, sei que é Cambaxirra desde que eu era menino…
-Bela égua, a sua, Zé…
-É Betinha, doutor. Ganhei ela quando inda era potra. Antunes da Bigorna me deu… Era dívida de uns carretos de pai que ele devia….
-E você a criou assim tão bela…
-Foi nosso Senhor, doutor, eu apenas dei sal grosso com capim… Ela ficou bonita pela natureza mesmo…

* * *

-Deixa ver Zé, quem sabe ela levanta agora!
Êpa, levanta eguinha, vamos lá…
-“Dianta” não, doutor, acho que ela bateu as botas…
O senhor é doutor, poderia ouvir o coraçãozinho dela…
-Deixa ver, Zé, vou botar o ouvido aqui, perto do coração…
-Não doutor, ponha aquela joça, que fica pendurada aí na orelha…
-Ah, sim, o estetoscópio! Não Zé, acho que não adianta no corpo de uma égua…
-Mas doutor, ela não tem coração?
-Tem, Zé…
-Ela não respira?
-Sim, Zé, respira…
-Pois então, tasca essa joça logo no peito dela e ouve se ainda vive…
-Para quê Zé? Não tenho remédios aqui nem tempo para esperá-la melhorar…
-Não, doutor, é que se ela inda tiver viva, eu rezo para São Francisco de Assis e ela vive..
-Ah, sim, Zé. Você tem razão, vou ouvir o coração dela então…

Quem diria, eu, um médico aqui ouvindo o coração da égua com meu estetoscópio, nesse fim do mundo !!!

* * *

-Até a próxima, Zé.
-Té mais ver, Doutor e brigado pela Betinha!
-Se ela deitar, Zé, é só tascar a joça no peito dela e rezar para São Francisco de Assis.
-Tá bom Doutor, brigado pela joça.

Foto de anuxca

lua brilhante

No silêncio da noite
Encontrei o teu luar
Foi nessa angélica noite
Que explorei o teu olhar

Delicado céu cintilante
Linda estrela a brilhar
Meu coração palpitante
Com medo de se apaixonar

Meu olhar perforou o teu
Modelando uma estrela cadente
De novo a lua compareceu
Fiquei deveras contente

No silêncio da noite
Encontrei o teu luar
Foi nessa angélica noite
Que aprendi a amar

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