Olha como eles estao felizes, de maos dadas pela praia à beira mar... Ela de vestido branco pelos joelhos, ele com os calçoes da sua marca favorita. Trocam olhares, sorrisos. Ela é muito brincalhona, sonhadora e romântica, ele nao deixa de ser de igual modo, mas ambos com ideais diferentes. Ela molha-o, ele finge-se chateado mas de imediato agarra-a e pega-a ao colo e, como nos filmes, anda em círculos. Enche-a de beijos, os risos são infinitos como os de duas crianças perdidas no momento... Aos poucos, os seus risos vão-se desvanecendo até ficarem concentrados no olhar um do outro. Ambos têm um olhar profundo e meigo, transmitindo facilmente o que lhes vai na alma. Ficam segundos sem pronunciarem uma única palavra e ela, cortando o momento com um suspiro, diz-lhe: "Quero ficar contigo até ao anoitecer de cada dia, quero sonhar contigo enquanto durmo, quero acordar contigo a meu lado... E de novo contigo ate ao anoitecer...". Ele com um sorriso esboçado e com um brilho nos olhos, de quem está orgulhoso por a ter, afirma: "Por que é que és assim ? És a única que me faz sentir deste modo...". Ela, sabendo que lhe provocava esse efeito, sabendo como fazê-lo sentir-se único, diz-lhe: "Não fazes ideia do que és para mim... Nem quero que tenhas essa ideia, não irias acreditar...". Ele corta-lhe as palavras com um beijo. Esse que, novamente, tal como nos filmes, faz a perspectiva da imagem rodar ao som a música de fundo, faz a imagem afastar-se e captar o que mais de belo a natureza tem. Assim, o sol se põe, e sem imaginarmos um fim desse eterno momento, e sem tirarmos conclusões do que cada um sente pelo outro... Sei que poderíamos ser nós.
A minh'alma é multifacetada,
Metade dela é maresia
Uma outra é poesia
Outras de outrora é pura ousadia.
A minh'alma toca sons
Sons que soam alegria
Alguns em notas breves
Outras dissonantes, que só são tristes poesias.
A minh'alma tá cansada
Desse mundo de agonia
Donde o homem machuca a natureza
Sem se importar com os próximos dias.
A minh'alma está dilacerada
Pela velocidade ciclópica dos dias
Homens correm pra ter sempre mais e mais
E não serem seres normais, o que deveriam ser hoje em dia.
Uma rosa vivia triste
e sonhava ser azul... Acreditava
serem mais felizes as violetas.
Pediu aos deuses da natureza
que atendessem seu pedido...
Fez promessas de sorrir
enquanto suas pétalas tivessem vida
E os deuses a ela perguntaram:
Onde viste que a felicidade depende da cor?
O sorriso só brilha por ser o reflexo da alma
As borboletas negras ou coloridas
Passeiam pelo jardim...
O sol empresta suas cores
Pra ver a Lua sorrir...
Felicidade deves sentir
pela simples razão de existir.
Enviado por LuzCintilante em Ter, 08/07/2008 - 16:09
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O dia começa a findar
O sol e seus últimos raios
Fica extasiado a contemplar
A dança dos altivos coqueiros
Passistas e dançarinos de destaque
Coqueiros majestosos e faceiros
Movimentos suaves e ritmados
As folhas com suas saias desfiadas
Exímias bailarinas giram de prazer
Bailam com a sinfonia dos ventos
E de tanto bailar e rodar
Solta do coqueiro uma folha
Folha bailarina estirada no chão
Bailou até seu derradeiro final
O vento, as folhagens, as árvores
O belo trinado canto dos pássaros
É a mãe natureza toda integrada e
Contemplada com o silêncio da paz.
Como é divino no despertar do alvorecer,
Olhar a natureza, como quem não quer nada...
Sentir no sol fresco desse doce amanhecer,
O brilho reluzente na minha face ainda pálida.
Observar no infinito do azul mesclado do céu...
Brancas nuvens, pouco a pouco se juntando...
Num impulso de êxtase, vou decifrando...
Figuras que devagarzinho vão se formando...
Ver os pássaros em seus vôos rasantes,
Rodopiarem atrás de um inseto em fuga;
Num impasse de descuido extenuante...
Vira o pobre infeliz, banquete de disputa.
E me vejo envolvida por extrema admiração...
Em cada desabrochar do dia até o anoitecer;
Neste momento agradeço a Deus em oração,
Pelo milagre de mais um dia poder viver!
Eu queria tanto que o mundo fosse diferente!
Assim como nos meus sonhos,
onde fico imaginando tudo do meu jeito,
sem preconceito, egoísmo, ódio e dissabor.
Governado por uma força chamada Amor!
Poucos sabem o que é isso...
E muitos morrem sem nunca tê-lo conhecido.
Vejo na traição, no interesse e na dor.
No ciúme desmedido e na teoria pobre
de quem não conhece o seu valor.
O amor está em Deus, na sua grandeza,
quando inspirado criou a natureza.
Na lealdade entre um homem e uma mulher.
Na amizade unida pelo elo da fé.
Está em cada ser.
Em todo o amanhecer!
Ah! Se todos acordassem a tempo
e pudessem dar as mãos!
Se muitos não fossem vítimas
da desigualdade, miséria e desunião.
Crianças não seriam abandonadas,
idosos não seriam asilados,
a fome não existiria...
e o crime não teria mais razão!
Lamentável é o mundo que eu vivo,
persuasivo e cheio de pretensão.
Infestado de falsos profetas,
que fazem de suas doutrinas
um comércio de ilusão!
Onde o dinheiro é um aliado sujo,
do poder do homem que corrompe o mundo.
Onde todos os esforços parecem em vão.
Onde tudo parece não existir mais solução.
Ah! Se tudo isso não fosse verdade!
Se meus sonhos se tornassem realidade!
(Norma Bri)
Enviado por CarmenCecilia em Sáb, 05/07/2008 - 15:13
FELIZ ANIVERSÁRIO SALOMÉ KASSANDRA!
POEMA DUO
SALOMÉ & HILDEBRANDO MENEZES
EDIÇÃO E ARTE EM VÍDEO
CARMEN CECILIA
MÚSICA
IMORTELLE ( LARA FABIAN)
Jardim do éden
O mais belo sol raiando no horizonte
Nos chama para apreciar estonteantes
A sua luz alucinante sobre essa imensidão
Que tanto nos comove diante da escuridão
As arvores estão sussurrando entre si
Palavras como seiva maviosa e mágica
Inocência embriagante nessa amplidão
Que tanto nos sufocou diante da solidão
Amanhecer da nossa própria ausência
A constatar o poço profundo da carência
O sol brilhando... As flores desabrochando
É a força da natureza explodindo... Fluindo
Os passarinhos em canto... Oh! Doce melodia
Que enternece numa prece de paz e harmonia
É o sopro da brisa, leve em sua ofegante carícia
Aquece a face... Bafejando toques... Das delícias
Mais delirante... Mais suave que qualquer verso...
Rabiscado meio vagaroso ao encontro do universo
Jardins de encantos, em ti a nos inspirar sem fim
Para encontrar, compor e versar nossos amores
Nossos pés acariciando a relva, pura delícia...
Que umedece a secura agreste que angustia
Fechamos os olhos em pleno êxtase... Livres
Alçando em poemas o nosso vôo leve e solto
Dois corpos... Somente um em cada elemento.
Na combustão serena e química impulsionando
A natureza sussurrando sua mais bela poesia
Como a nos unir a ela na fantasia que extasia
Enfeitiçando cada fibra do nosso ser, sem igual
Diante do fascínio a que somos tomados
Livres, de tudo... Nus... Emoções à flor da pele...
Vindas à nossa direção e que não se repele
Respiram toda a beleza... Da essência imortal
Eternizada pelas jornadas agora reencontradas
Sentimo-nos possuídos com intensa leveza
A mesma plantada pela semente das certezas
Somos o ar... Somos a brisa... Somos o pecado carnal
Que concebeu da sensualidade... a nossa própria vida
Nesse éden perdido... Nesse paraíso reencontrado...
Enviado por Joaninhavoa em Qua, 02/07/2008 - 21:11
*
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Buquês d`flores são também meus amores
Desabrocham da noite para o dia secretamente
Resplendor de adolescente tendo em mente
A luz do Sol! Raios vivos de corpo e alma reluzentes
Já sinto o perfume que lançais de vossas pétalas
Entranhadas na alva barca de bruma e sonho
E deslizando como valsas em coroas áureas
Da mais pura harmonia do amor que eu amo
Branca flor! Delfim de amor na frágil pomba
Voa lá pr`ás alturas onde tudo soa sem soar nada
Teceremos maravilhosos buquês d`flores
Em comunhão com as leis da
natureza
Sobre ondas entre ventos de mãos dadas
Bordadas por mim! Gratas por ti beijadas
Joaninhavoa,
In “O Meu Amor”
(02 de Junho de 2008)
Poema inspirado no poema intitulado
" BOM DIA! ESTRELA MATUTINA",
de Dirceu Marcelino
Enviado por Drica Chaves em Qua, 02/07/2008 - 17:36
Desenhei chuva
Oh! Sim! Chuva de prata no meu jardim!
As flores sorriram o brilho argênteo assim
Feito raios lunares, as folhas emitiram
nuances reluzentes nesse ínterim.
Oh! Belo jardim!
Chuva de prata regou a natureza
Trouxe vida prateada ao jasmim
Fez as margaridas desabrocharem iluminadas
E as azaléias enfeitarem-se de pingos brilhantes
Muito interessante!
Um regato refletindo como espelho
A chuva de prata no meu jardim!
Pétalas de sonhos lançadas sobre um catavento de alegria
Felizes os pássaros em euforia
Cantarolavam uma suave melodia:
[ Pirilim, pirilim, chuva de prata no meu jardim!]
Seiva doce cobrindo a grama
plantada em um chão de estrelas
Fagulhas... fagulhas em direção ao horizonte
Onde viam-se girassóis como diamantes...
Oh! Sim! Chuva de prata inundou hibiscos
Água Clara
Entre os rabiscos
Enfim!