Mundo

Foto de Cecília Santos

OLHOS FEITICEIROS

OLHOS FEITICEIROS
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Tu chegaste de mansinho.
E num vôo rasante,
como de uma gaivota,
Se apoderou do meu coração.
Roubaste a minha paz,
naquele instante.
Meu coração se encantou,
pelo teu.
E eu, que até aquele momento,
Vivia sozinha.
Passei à ver o mundo,
através dos teus olhos.
Olhos que me enfeitiçaram.
Olhos azuis, intensos.
Emergi, Imergi de suas profundezas.
Não sei se estava no infinito.
Ou no mar imenso.
Teu amor, chegou pra mim,
Como uma chuva, que cai molhando,
A terra ressequida pelo sol.
Teu amor veio pra mim.
Como a beleza, de um arco-íris.
Teu amor me trouxe,
de volta a vida.
Teu amor chegou.
E me fez muito feliz...

Direitos reservados*
Cecília-SP/07/2007*

Foto de Logan Apaixonado

Existo, é só...

Existo e é só
Não sinto a brisa leve da manhã
Nem o calor confortante do sol
Na noite a lua não brilha
Meu olhos cerrados, não enxergam a vida
E escapa de canto uma lágrima sofrida
Meu pranto sem som, amigo fiel
Olho em volta, sem ver o evidente
Realidade mórbida do qurto frio
Apgam-se as luzes da vida incandescente
Meu mundo ficou turvo
A solidão amargurada corrói minha alma
Calado em meu canto, só ouço o pranto
Do meu coração ferido
Em um fraco gemido, expresso minha dor
Pois sem amor não o que é viver

Foto de guilitwinski

Retrato feliz

Retrato feliz

Nessas películas hollywoodianas
Finais felizes, farsas mundanas
Príncipes, mocinhas
Esse mundo não pode ser seu

Felizes para sempre
Neste retrato pacato do viver
Sonhos de uma felicidade
Congelada na forma perfeita

Tudo é bom, tudo é ruim
Tudo pode ser perfeito
No exato momento, tempo
Tudo pode eternizar-se, pintura

Tudo para ser sempre
Tem que ser estático,
sem vida, sem a dor
E também sem o amor.

Guilitwinski 08/08/2007

Foto de Jhessyca Lima

Por tanto te amar

Tive sonhos, fiz planos, te idealizei.
Fantasiei nosso mundo,
materializei meus pensamentos na tua presença,
fui feliz só por te amar.

Mas hoje, sofro por esse amor,
que roubou meu sorriso,
tomou meu carinho,
desdenhou meu amor
e me deixou sem você.
Me perdi entre dúvidas,
trilhei os labirintos da tua insensatez.

Por tanto te amar, eu fui cega,
calei-me diante dos fatos,
aceitei todos os teus atos.
Te cultuei e guardei numa redoma,
a fim de te preservar.

Acabei sendo traída
pelo meu amor-amigo;
mas sei, mereço castigo,
por tanto te amar.

E agora, o que sou?...
Você me deixou assim!
Linda história, triste fim!
Fui tão inocente,
sou resto de gente,
e você, pedaço de mim...

Foto de Anjinhainlove

Virtualidade

Era uma vez duas simples pessoas.
Perseguidas pelo vazio da vida real,
Refugiaram-se num mundo virtual
E descobriram o amor que lhes faltava.
Aquele amor que percorreu quilômetros
Para unir, um ano mais tarde
Aqueles dois desconhecidos
Que temiam confirmar um amor somente virtual.
Foram cinco dias de sonho
Que só serviram para destruir todos os medos
E entregar os dois amados nos braços um do outro.
Três meses depois, então,
Toda a distância entre eles desapareceu
E desde aí descobriram
Que não há amor tão impossível
Que não sobreviva ao tempo e à distância.
Descobriram também
Que nem tudo é um mar de rosas
Mas que basta haver amor
Para que tudo resulte.

Esta é a história da minha mãe e do meu padrasto. Uma linda história que uniu duas pessoas separadas por 2500km de distância. O meu objectivo é demonstrar o orgulho que sinto pela minha mãe e pela força que ela conseguiu para chegar onde está.

Foto de Ednaschneider

Espada

Um metal...Um ferro...Um bronze...
Um gesto de liberdade...
Que usado foi onde às vergonhas escondem-se
Onde penetrou com suas estocadas sem piedade.

Reluzente material...Brilhante...
Não se conteve com tanta hipocrisia
Por isso foi pungente...
Em minhas mãos girava com maestria.

Algumas pessoas gostaram...
Outras nem tanto...
Pois os gumes penetraram
E trouxeram um certo pranto...

Para alguns prantos de dor
Para outros: satisfação
Para outros prantos de amor

De reluzente, se tornou escarlate...
Não escarlate inocente
Pois estava eu procurando a liberdade
E nesta busca da verdade.
A guerra se fez presente.

Sim...Usei uma espada: a palavra.
Que penetrou em muitos que a viram...
Alguns me seguiram,
Outros apenas zombaram e riram...

Mas atingi meu objetivo...
Eu lutei contra a ignorância
Contra o preconceito que no mundo vivo...
E contra certas intolerâncias...

Não mudei o mundo...Nem vou mudar...
Mas atingi um público...Que sempre comigo estará.
Expressei de todas as formas com meu modo de registrar
E não vou parar.
Sempre lutarei, expressarei;
E defenderei um verbo: O Amar.

Joana Darc Brasil*
06/08/07
*Direitos reservados.

Foto de Tarcisus

SAUDADE

SAUDADE

É madrugada, penso muito em você.
O mundo parece estar parado, meu coração não.
No céu, a lua paira absoluta
E minha princesa dorme com a proteção dos anjos que pedi ao Senhor

As estrelas brilham e meus olhos fixam no firmamento,
Meu pensamento vai lhe buscar
Em qualquer lugar, a qualquer distância,
Não consigo te tocar, mas sinto seu perfume...

Vôo em pensamentos que me fazem sonhar
E lhe imagino no meu futuro,
O que seria de um homem sem sonhos?
O que seria de meus sonhos sem você?

A solidão me cerca, me aprisiona na sua ausência
Meu coração acelera, mas tudo que consegue
É me trazer lembranças dos nossos momentos
Sinto saudade, penso muito em você.

Foto de pipineves24

Congelar no Amar

Nossos corações já não estão na mesma freqüência
Sua mente se torna um labirinto que se torna mais complexo a cada dia
E o amor nele se perde ficando distante do seu lado racional
Mas tentarei desmascará-lo fazendo-lhe ver a sombra de nossa paixão
Então, iluminarei o caminho com a pequena chama que ainda guardo dentro de mim
Seus olhos pálidos se encherão de emoção e voltarão a brilhar como antes
Brilharão como nos raros momentos de felicidade do nosso passado
E quando uma lágrima cair e nos pensamentos você se lembrar
Que o tempo paralise, o mundo cesse sua rotação
Para sentirmos um ao outro para sempre,
Que este segundo seja eterno,
Aquecendo-me nos teus braços, e meus lábios tocando os seus
Sentindo nossos corações baterem no mesmo ritmo
Somente assim, desaparecerá minha máscara da felicidade
E voltarei a sorrir novamente de verdade

Foto de Magroalmeida

Por Você

POR VOCÊ

Como disse o poeta Cazuza:
“Por você eu dançaria tango no teto”
“Eu limparia os trilhos do metrô”
“Eu iria a pé do Rio a Salvador”

É, mas como eu não sou poeta
Não sei dançar tango
Não trabalho no metrô
E não tenho tempo para fazer caminhadas...
pensei em realizar coisas mais “viáveis”.
E assim, decidi que por você:

Eu iria ao infinito buscar estrelas para te presentear...
Eu guardaria a lua para iluminar todas as suas noites...
Eu mandaria o sol aquecer o teu corpo todas as manhãs...
Eu traria o arco-íris para fazer morada na tua janela...
Eu determinaria aos pássaros que cantassem diariamente pra você...
Eu construiria uma ponte para te levar até o céu...
Eu chamaria uma fada para transformar o seu mundo
num jardim florido e perfumado...
Eu diria ao vento que mandasse brisas permanentes
para refrescar o teu corpo...

E por fim, querida,
Eu pediria a Deus
que nunca ofuscasse o brilho do teu olhar.
Pediria a ELE que mantivesse
tua alma sempre iluminada e o meu
coração sempre apaixonado por você.

Out/2005
Magno R Almeida

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RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registrada na Biblioteca Nacional
e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998
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Foto de Lou Poulit

A ARTE É UM CAMINHO

A arte é um caminho. Para muitos, pode ser um caminho apenas de prazer, um entretenimento. E de fato é muito prazeiroso fazer arte, mas esse caráter estará sempre na razão direta da pretensão e do grau de envolvimento, e portanto, do caráter do artista. A partir do momento em que ele estabelecer objetivos específicos para si e para a sua arte, havendo um envolvimento consistente, tais objetivos poderão se tornar uma prioridade cada vez maior. Até mesmo chegar a um estágio no qual o prazer, associado a um resultado ainda não atingido, seja uma simples expectativa, porém capaz de esvaziar o prazer comezinho de fazer arte.

Colocada dessa forma, a idéia pode parecer antipática para muitas pessoas. Porém é necessário levar em conta um aspecto irrecusável: Na arte, como em outros campos da vida, pode ser muito importante o mérito da autoria. Ou seja, pode ser imprescindível que nos sintamos no pleno direito de considerar determinado resultado como nosso, fruto do nosso esforço e discernimento, do nosso talento pessoal, produto autêntico da nossa alma, principal referência de auto-identificação.

Outros fatores sempre concorrem para que um resultado se concretize, mas não se completariam sem as escolhas, ainda que intuitivas, feitas pelo autor no decorrer do processo. Para um autor lúcido do que faz, que se empenhe em dominar uma técnica, por que motivo estabeleceria um objetivo a ser determinado à sua revelia? Se alguém assume um objetivo para si, qualquer que seja o seu grau de envolvimento ele fará parte de um grupo majoritário de pessoas, não sofrerá sérios enfrentamentos, e não se importará muito com prazeres secundários (nem com o julgamento que façam a respeito disso). Então lhe será natural a associação da satisfação ao atingimento do seu objetivo, o esmero nos meios que utiliza e, afinal, a auto-exigência do mérito da autoria. Embora, para um autêntico artista, de corpo e alma, não seja tão simples assim.

O que um caminho tem de mais importante, seria a conquista final? Ou o somatório das muitas pequenas conquistas secundárias? A resposta mais evidente (ambas as coisas) é a mais difícil de ser realizada. Entretanto, em se tratando de arte, de certa forma é quase sempre o que acaba acontecendo. Explicando, em arte, os grandes objetivos importam em longos percursos da alma do artista, o rumo se desloca várias vezes durante o trajeto e perde-se o sentido de atingir exatamente o ponto almejado no início, já que surgem outros, alternativos e igualmente sedutores, no imenso horizonte das concepções. Quanto às conquistas secundárias, são na verdade o dia-a-dia do artista, seu verdadeiro prazer. É como disse uma vez Pablo Picasso: “O artista não pode esgotar completamente sua pintura. No dia em que isso acontecer, morrerão o artista e a sua arte”.

Vendo-se assim, o artista mais se assemelha a um livre peregrino, de túnica, sandálias, bastão e alforge, do que a um cruzado conquistador, que precisa suportar o peso enorme das suas armas, prisioneiro da própria armadura e das riquezas que seu ego exigiu para si. Enquanto o cruzado produz destruição e pilhagem pelo caminho, o artista cria, recria e se doa. E isso ocorre pela sedução do espírito da arte, que languidamente se oferece como miragem de rumos novos, para que possa exercer seu papel no mundo. A arte é um caminho diferente de outros tantos caminhos. Porque não existe um lugar em que deva chegar, a não ser o indevassável âmago dos seus admiradores. E ainda que aí venha a chegar, decerto não se conformará em ser essência, concentrada e contida, em um diminuto vidrinho arrolhado.

Sou apenas um obscuro ser vivente, condicionado às vicissitudes e limitações humanas, mas tenho uma suspeita quase palpável: minha alma de artista assegura, com um sorriso seguro e atemporal, mais que angélico e menos que demoníaco, que a arte nunca se conformou em ser expressa e arrolhada em uma medida de capital.

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