BRINQUEDOS JOGADOS DE TODOS OS LADOS,
CARRINHOS ESPALHADOS POR TODA A AREIA,
A VELHA BOLA NOS PÉS, FAZENDO EMBAIXADA, DRIBLANDO CERTEIRO,
OS PÉS DESCALÇOS NO SOLO.
NO OLHAR VÃO OS SONHOS, NO ROSTO O SORRISO,
LÁ SE VAI O MENINO DA VILA, NOVAMENTE BRINCAR,
ENCONTRAR SEUS AMIGOS E NO FUTURO SONHAR.
CORRENDO NOS CAMPOS DE FUTEBOL, SE VENDO VESTIDO À CAMISA
AMARELA, A MESMA ETERNA, NUMERO DEZ, VESTIDA POR PELÉ.
ENCANTANDO COM GOLS, ABRAÇANDO MULHERES.
LÁ SE VAI O MENINO, NOVAMENTE À SONHAR.
A BELA INFÂNCIA DAS RUAS POBRES DA VILA, AOS POUCOS SE VAI,
O MENINO MUDOU, FOI PARA UMA CASA ONDE A RUA É BEM LARGA, COISA DE POBRE, MAS PARA QUEM MARAVA NA VILA É SIMPLESMENTE O ESPLENDOR.
JÁ FEZ NOVOS AMIGOS E NOVOS SONHOS ENCONTROU, MAS ESTÁ DEIXANDO DE SER MENINO, A SUA INFÂNCIA AO LONGE SE VAI.
O MENINO ESTÁ CRESCENDO, JÁ NÃO TEM TANTA CERTEZA DE PODER MUDAR O MUNDO, NÃO CONSEGUIU SER GÊNIO DA BOLA, AGORA SEGUE O MESMO DESTINO DE MUITOS OUTROS MENINOS, QUE COMO ELE VÃO CRESCENDO.
AGORA ELE VAI CONHECER NOVOS HORIZONTES, QUE SÓ UM HOMEM PODE VER.
QUE DEUS Ó ABENÇÕE, NO DESTINO QUE SEGUIR, POIS; SUA INFÂNCIA FOI BEM LINDA.
EU ESPERO VER NO SEU FUTURO DE HOMEM, O MESMO RISO DE MENINO, QUE SEMPRE, HAVIA NO SEU ROSTO.