Motivo

Foto de Junior something

Sempre tem um Fim

Sim três meses, apesar de pouco tempo, você me mostrou um mundo completamente diferente do que eu conhecia, me deu um motivo pra utilizar da mais singela das palavras, e uma palavra que que sinceramente por causa de um passado não muito feliz tinha medo de utilizar novamente "eu te amo", pena que o tempo estava contra nós, eu não queria estar longe de você, porque foi a unica pessoa que me deu razão para sorrir, só pelo seu modo de olhar, suas palavras malucas e sua simplicidade que sempre me cativou.
Queria ser feliz ao seu lado, tentar mais uma vez, ou pelo menos uma ultima vez ver seu sorriso e poder dizer sem medo do mundo e de todos que nos rodeiam que eu te amo. Se lembra do nosso primeiro beijo?, nossa que sonho! Foi como subir ao céu sem ao menos ter asas, e quando teve aquele pedido de namoro?, eu me lembro de suas palavras bem baixas e com um simples balançar de cabeça meu, aceite a aquele pedido, queria voltar ao passado voltar aos tempos em que seus labios tocavam os meus com fevor.
Sim quero ver você feliz, isso é o que mais desejo na vida, e se você acha que será mais feliz sem mim, eu aceito essa condição pois mesmo longe só de ouvir seus risos me faz bem, sim estou triste, em saber que você não pensa mais tanto assim em mim, mas eu sim penso em você, todo dia, não sei se vai ser amanhã, ano que vem ou se algum dia vou te esquecer, mas uma coisa que vou levar comigo sempre vai ser o ultimo beijo que você me deu.
Te amo e sempre te amarei, espero que voçê seja feliz e nunca se esqueça pelo menos dos bons momentos que passamos juntos.

Sempre me perguntei por que as pessoas se apaixonam? eu aprendi a resposta dessa pergunta! obrigado por fazer da minha vida um pouco mais feliz 05/09/2010~*

Foto de robson oliveira

CARTA EM VERSOS

Que saudade de você amor,
Como eu queria estar agora em seu braços e sentir o teu calor
Parece que faz uma eternidade que eu não te vejo
Queria provar teus beijos e matar meu (nosso?) desejo.

Mas isso é impossível agora,
Sei que estamos vivendo somente o momento de agora
Quem sabe o que o futuro vai nos dizer?
E nem imaginamos o que amanhã vai acontecer?

Espero que você não desista de mim tão cedo
Pra falar a verdade esse é meu único medo
Mas prefiro acreditar em outra realidade
Prefiro acreditar que me ama de verdade

Sei que o que esta acontecendo com nos é diferente
A nós se entregamos um ao outro e esquecemos da gente
Nós (eu) não se cobramos mais
E então percebemos que um faz o outro feliz demais!

Eu aprendi amar você agora...
E com você aprendi que amor. Ninguém implora.
Vivemos o momento, e não pensamos no depois.
Vivemos a vida como se ela fosse só nós dois

Cada dia que passa possa afirmar com certeza que TE AMO
E todos os dias... Toda hora teu nome eu chamo
Eu posso sumir ou desaparecer...
Mas eu nem por isso eu te esquecer!

Você sabe que temos que confiar um no outro e isso bastará
Eu não irei outra pessoa procura
E sei que você não fará isso também (?).
Pelo menos é por isso que rezo todos os dias e digo amém.

Você pode me chamar de louco, maluco, apaixonado!
Mas eu apenas queria estar do seu lado
Nesta vida já errei muito, e muito já fui perdoado.
Mas também amei e fui muito magoado

Pois agora eu acho que realmente encontrei alguém
E para esse alguém quero dar carinho, pois sei que me dara também.
Sei que eu não sou escritor...
Mas queria que através destas palavras você acreditasse em meu amor.

Perdoe-me por tê-las jogadas tão mal ao papel assim
Mas elas são puras, vem de mim.
(Deve ser por isso são tão ruins) são verdadeiras
Então te peço se não puder me amar de verdade, me ame de brincadeira.

Você foi à pessoa que me deu motivos de novo para sorrir
Mas agora é um sorriso verdadeiro, eu não preciso mais fingir.
Agradeço a você por todos os momentos de alegria que você deu
E eu espero ter participado de alguns dos teus

Tenha certeza que você sempre estará em meu coração
Talvez para você tudo não passe de uma ilusão
E amanhã você acorde para a vida
E deseja a minha partida

Mas mesmo que isso aconteça partirei feliz demais
Pois os momentos que eu passei com você eu esquecerei jamais
Também não esquecerei as nossas brigas à toa e sem nenhum motivo
Elas que fizeram eu perceber que sem você eu não vivo

Por fim... Amor não esqueça de mim
E se não for pedir demais
Ame-me... Dê um motivo para viver mais...

Foto de Anderson Maciel

...

sinto em meu corpo solene uma dor Imensa de como se estivessem me golpeado, fico aqui fraco deitado nesta cama enquanto você me diz palavras tão belas... Você sabe a dor que eu estou sentindo e todas as vezes você sempre me da uma palavra de conforto de alegria, fico pensando as vezes quando você não se encontra junto a mim, é muito difícil estar tentando algo sem força, vigor ou coragem. Mas tudo em meu corpo solene é tão fraco que não me permite levantar quando estou sozinho, por este motivo eu presiso de você por perto. Nunca eu tive mais tristezas dez de que você chegou; sua oferta para mim é irrecusável pois bem sabes o quanto eu presiso de você em minha vida. Os dias se passam e cada vez mais meu coração vai envelhecendo, fica com pouco bater começando a sangrar de dor entrelaçado por agonias "é você não está aqui quando isso acontece" meu falar se torna tão inútil que não consigo falar algo que seja aprovado pela minha alma e fico em uma crise de sofrimento, mas sempre, você aparece nessas horas mais difíceis e me da apenas um remédio que cura e que faz minhas palavras serem de vida; transformando meu solene corpo em um rio de águas profundas aonde se desbrota toda a clareza da realidade de que eu sou feliz , mais presiso de você para que isso perdure enquanto eu tiver vida aqui na terra. São frases momentâneas que eu escrevo sobre tudo que isto que você me da, sendo tudo para mim maravilhoso; não reclamo eu de nada mesmo as vezes me sentindo sozinho em um poço como descrevi "com o coração cheio de agonias" sempre suas palavras rebatem isso, e a cada momento me lembro de tudo o que ja fez por mim. Pois é um sintoma que vem mudando a cada dia quando estou ao seu lado, você tem a medida certa deste remédio que não sei como me cura e me faz acordar alegre todos os dias de minha vida, pior quando estou extressado e imagino que a porção será maior, - Eu não entendo o porque só isso ja me alimenta, porque você me sustenta com tão pouco; é um pouco mais que sempre está na medida certa para deixar-me feliz para vivênciar o hoje, o amanhã e um futuro cheio de receitas aonde sempre aprendo com você, é seu remédio sempre me faz bem pois nunca entendi.. que seu remédio nada mais era que o seu amor. Anderson Poeta

Foto de Iris Naque

Pessoas são como quebra-cabeças!

Na vida encontramos pessoas de todos os tipos em nosso caminho, pessoas que vão e que ficam, que deixam muitos ensinamentos já outras que não deixam nada, algumas que se tornam amores avassaladores e outras que pouco significaram, mais todas essas com certeza acabam modificando de alguma forma nossa vida, e principalmente nossa forma de ver e entender as pessoas.
No entanto passamos a vida toda procurando pessoas perfeitas, fáceis de conviver. Certo dia conversando com uma amiga de trabalho, num fim de tarde, em que acabávamos mais um dia de trabalho com nossos alunos, comentávamos sobre pessoas complicadas! Veja só, pessoas complicadas, difíceis de conviver, de trabalhar, de manter relacionamentos, em fim complicadas. E muito calmamente não só falei para ela, mais para outras colegas que estavam presente naquela sala, que não existem pessoas complicadas e sim pessoas que não são bem compreendidas, que estão em busca de alguém disposta a lhe escutar, que na verdade pessoas são como um quebra-cabeça!.
Ora quebra-cabeça, um brinquedo tão comum entre as crianças. E quem nunca teve um na vida? Mais quem falou que pessoas não são comuns em nossas vidas, não no mesmo sentido do brinquedo claro, pois essas são comuns, mas importantes. Já os quebra-cabeças, esses tem sido substituído por brinquedos mais belos, mais tecnológicos, com mais atrativos para aqueles dispostos a comprá-lo. Será que não estamos fazendo o mesmo em nossas vidas? E com as pessoas que por ela passam? Qual será o tipo de pessoas que estamos procurando para estarem ao nosso lado? Perguntas aparentemente simples não? Talvez, pois se pararmos um pouco e prestarmos atenção no nosso dia-a-dia acabamos fazendo o contrário do que pensamos, o contrario do que aprendemos em nossos lares e em nossas crenças seja ela qual forem. Culpa nossa? Ou da sociedade em que estamos inseridos? Estamos hoje em uma sociedade em que temos pouco tempo, tudo passa muito rápido, aquele tempinho que tínhamos quando crianças ou mesmo adolescente de montar um quebra-cabeça, já não temos mais, pois eles necessitam de concentração, empenho, criatividade, percepção, carinho com cada pecinha que o compõe e tempo! Esse fundamental.
Ora e as pessoas que chamamos de complicadas? Será que essas não necessitam das mesmas coisas? Muitas vezes nós é que colocamos as complicações em alguém que não queremos empregar nosso tempo, que por algum motivo não achamos necessária a presença em nossas e vidas, ou apenas não simpatizamos e por isso torna-se mais fácil e mais cômodo chamá-la apenas de complicada, quando na verdade somos nós que não estamos dispostos a montá-la como um quebra-cabeça, que só conseguimos ver quão era fácil ao terminar de montar. Na verdade essas pessoas estão apenas esperando uma pessoa que se proponha a montá-la, que a compreenda, uma pessoa que a escute, que sirva de companheira, e que principalmente viva com ela os bons e os maus momentos de uma vida, e tenha certeza que no dia que isto acontecer em sua vida, ela deixará de ser complicada.
Agradeço muito a essa minha amiga, pois pelo seu questionamento tive a oportunidade de refletir sobre as pessoas que passaram em minha vida e sobre a minha vida. A conclusão? Ora queridos não poderia ser diferente, sou um grande quebra-cabeça! Complicado para uns, fáceis para outros, como qualquer outra pessoa neste mundo. Sim, pois muitas vezes o que parece ser complicado para mim, não é para você ou para seu amigo, isto é muito relativo. Há quem prefira quebra-cabeças pequenos, outros preferem aqueles enormes de trezentas peças, outros os clássicos das historias que embalaram suas noites antes de dormir, como o da Cinderela, ou o que está na moda como o do Senhor dos Anéis, em fim, a gosto para tudo queridos. Já com as pessoas em nossas vidas existe afinidade, amizade, relação de carinho para que nos ponhamos dispostos a entendê-las.
Então façamos antes o exercício de montar primeiro o quebra-cabeça de nossas vidas, no intuito de descobrir se não existe nenhuma peça faltando, se está tudo em ordem, só assim teremos condições de nos conhecer melhor, e ao final descobrir o quanto somos belos mesmo com todas as nossas falhas, que somos únicos e que não existe outro igual. A partir daí poderemos entender melhor as pessoas que por nossas vidas passarem, lembrando sempre que você talvez já tenha sido um quebra-cabeça complicado na vida de alguém, portanto tenha o mesmo carinho e tempo para com estas o mesmo que você gostaria que tivessem com você.
Beijos Íris Naque.

Foto de Graciele Gessner

Por Alguma Razão Ele Entrou. (Graciele_Gessner)

Falar dele é falar de alguém que entrou na minha vida por algum motivo sem qualquer apresentação ou explicação. Simplesmente entrou e se mantêm fiel ao meu lado. No entanto, falar dele não me impulsiona qualquer motivação, não me sinto entusiasmada, não sinto alegria.

Se me perguntar como me sinto com ele? A resposta seria: sinto paz, sinto-me atraída, sinto que temos muito para contribuir um com o outro, mas sinto também o distanciamento. Não me sinto ligada nele, sinto-me absorvida numa tristeza que não sei explicar. Sei apenas que faz parte do processo de evolução.

... Mas que processo de evolução? A evolução da alma, do amadurecimento, do aprendizado. A sua permanência não é eterna, é passageira. Por alguma razão a vida obrigou-o estar ao meu lado, como um anjo da guarda. Por alguma razão ele teve que entrar na minha vida e fazer parte da minha história. Por alguma razão Deus o escolheu. Independente o motivo, lá estava ele, nos meus piores momentos... Por alguma razão ele entrou.


18.07.2010

Escrito por Graciele Gessner.


*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Iris Naque

Pessoas são como quebra-cabeças!

Na vida encontramos pessoas de todos os tipos em nosso caminho, pessoas que vão e que ficam, que deixam muitos ensinamentos já outras que não deixam nada, algumas que se tornam amores avassaladores e outras que pouco significaram, mais todas essas com certeza acabam modificando de alguma forma nossa vida, e principalmente nossa forma de ver e entender as pessoas.
No entanto passamos a vida toda procurando pessoas perfeitas, fáceis de conviver. Certo dia conversando com uma amiga de trabalho, num fim de tarde, em que acabávamos mais um dia de trabalho com nossos alunos, comentávamos sobre pessoas complicadas! Veja só, pessoas complicadas, difíceis de conviver, de trabalhar, de manter relacionamentos, em fim complicadas. E muito calmamente não só falei para ela, mais para outras colegas que estavam presente naquela sala, que não existem pessoas complicadas e sim pessoas que não são bem compreendidas, que estão em busca de alguém disposta a lhe escutar, que na verdade pessoas são como um quebra-cabeça!.
Ora quebra-cabeça, um brinquedo tão comum entre as crianças. E quem nunca teve um na vida? Mais quem falou que pessoas não são comuns em nossas vidas, não no mesmo sentido do brinquedo claro, pois essas são comuns, mas importantes. Já os quebra-cabeças, esses tem sido substituído por brinquedos mais belos, mais tecnológicos, com mais atrativos para aqueles dispostos a comprá-lo. Será que não estamos fazendo o mesmo em nossas vidas? E com as pessoas que por ela passam? Qual será o tipo de pessoas que estamos procurando para estarem ao nosso lado? Perguntas aparentemente simples não? Talvez, pois se pararmos um pouco e prestarmos atenção no nosso dia-a-dia acabamos fazendo o contrário do que pensamos, o contrario do que aprendemos em nossos lares e em nossas crenças seja ela qual forem. Culpa nossa? Ou da sociedade em que estamos inseridos? Estamos hoje em uma sociedade em que temos pouco tempo, tudo passa muito rápido, aquele tempinho que tínhamos quando crianças ou mesmo adolescente de montar um quebra-cabeça, já não temos mais, pois eles necessitam de concentração, empenho, criatividade, percepção, carinho com cada pecinha que o compõe e tempo! Esse fundamental.
Ora e as pessoas que chamamos de complicadas? Será que essas não necessitam das mesmas coisas? Muitas vezes nós é que colocamos as complicações em alguém que não queremos empregar nosso tempo, que por algum motivo não achamos necessária a presença em nossas e vidas, ou apenas não simpatizamos e por isso torna-se mais fácil e mais cômodo chamá-la apenas de complicada, quando na verdade somos nós que não estamos dispostos a montá-la como um quebra-cabeça, que só conseguimos ver quão era fácil ao terminar de montar. Na verdade essas pessoas estão apenas esperando uma pessoa que se proponha a montá-la, que a compreenda, uma pessoa que a escute, que sirva de companheira, e que principalmente viva com ela os bons e os maus momentos de uma vida, e tenha certeza que no dia que isto acontecer em sua vida, ela deixará de ser complicada.
Agradeço muito a essa minha amiga, pois pelo seu questionamento tive a oportunidade de refletir sobre as pessoas que passaram em minha vida e sobre a minha vida. A conclusão? Ora queridos não poderia ser diferente, sou um grande quebra-cabeça! Complicado para uns, fáceis para outros, como qualquer outra pessoa neste mundo. Sim, pois muitas vezes o que parece ser complicado para mim, não é para você ou para seu amigo, isto é muito relativo. Há quem prefira quebra-cabeças pequenos, outros preferem aqueles enormes de trezentas peças, outros os clássicos das historias que embalaram suas noites antes de dormir, como o da Cinderela, ou o que está na moda como o do Senhor dos Anéis, em fim, a gosto para tudo queridos. Já com as pessoas em nossas vidas existe afinidade, amizade, relação de carinho para que nos ponhamos dispostos a entendê-las.
Então façamos antes o exercício de montar primeiro o quebra-cabeça de nossas vidas, no intuito de descobrir se não existe nenhuma peça faltando, se está tudo em ordem, só assim teremos condições de nos conhecer melhor, e ao final descobrir o quanto somos belos mesmo com todas as nossas falhas, que somos únicos e que não existe outro igual. A partir daí poderemos entender melhor as pessoas que por nossas vidas passarem, lembrando sempre que você talvez já tenha sido um quebra-cabeça complicado na vida de alguém, portanto tenha o mesmo carinho e tempo para com estas o mesmo que você gostaria que tivessem com você.

Foto de joaobala

Não vou desistir de você....

Já não é novidade dizer que ti amo
Já não é mais preciso lembrar-te que ti amo
Já não posso usar palavra ti amo pra Le pedir perdão
Já não sei como expressar meu amor por você.

Um dia isso vai ter fim,
E com o fim morrei de amor por você
E na morte já quero estar sorrindo
Pois de mim nada desse mundo pode tirar,
O amor que sinto por você.

Esse amor que afunila meu fim,
Pelo desprezo que tu tens tido comigo
É motivo de lagrimas e depleção pelo abandono,
É motivo de se deitar e não mais levantar pra vida.
Mais nem isso nem aquilo será capaz de tirar
O encanto pela tua beleza e formosura que cada dia
Mais me encanta.

Não vou desistir de você fulana, não vou desistir
De amor teu sorriso pelo qual um dia tu mulher
Levou-me a beira da loucura de te beijar sem tua permição
Não vou esquecer você, mesmo que a escuridão venha cegar-me,
Minhas vistas estarão sempre te olhando com os olhos da paixão
Com o coração que me presenteou você minha namorada, eu ti amo.

joaobala/11/08/2010

Foto de baahotoni

Declaração para meu amor Thomás A.B , parte 2

Meu gatinho...
Eu estou aqui nesse site, para mais uma vez declarar o meu amor por você, mesmo eu já nem tendo mais palavras para agradecer a você por TUDO, saiba que você foi e é a melhor coisa que aconteceu na minha vida, de verdade mesmo, é com enorme prazer que passamos mais um mês juntos, sei que estamos longe e que essa saudade dói em mim e em você, mas o desejo de ficar ao teu lado para sempre é maior que tudo isso, realmente sem você a minha vida não teria mais sentido, meu BB, saiba que você me conquistou com esse jeito carinhoso, amigo, fiel, companheiro, e claro com toda essa beleza indescritível, continue sempre assim, perfeito como você é. Obrigada por ser o namorado mais perfeito desse mundo, é motivo de muita felicidade para mim, em saber que estamos juntos até hoje e vamos prevalecer sempre, agradeço a Deus por ti e quero que Ele esteja sempre conosco. É tão incríivel a forma de nós seres humanos amar, é um amor tão inoscente, mesmo que hoje sejam poucos que reamente amam é um amor capaz de superar qualquer barreira, e quando esse amor é verdadeiro, eu quando Deus está no controle,"As muitas águas não podem apagar nosso amor, nem os rios, afogá-lo(Cantares 8:7)" ,não há nada que impeça, pois, se eu te amo hoje é poq um dia tive que lutar por esse amor, é eu luto até hoje, poq vale a pena, poq voc simplesmente transforma um dia qualquer em O dia, transforma simples palavras , NAS palavras, vooc realmente meu bem, parece nem existir, eu amo te amar e amo estar ao teu lado, e espero e acredito que ainda vamos nos casar, e como diz a música : " como o sol e a lua é impossível viver só ♫ ", e eu não quero nenhum outro além de ti, eu amo você mt mt mt mt mt e é incalculável,

- bj bj bj bj, ♥
sua esposa que está aqui morrendo de saudades de você “/

Foto de Carmen Lúcia

Não digas nada...

Não digas mais nada...

Teus olhos já disseram tudo.

Mudos, fizeram-me entender

o que tuas palavras sonoras

foram incapazes de dizer...

Perderam a força, a elocução

e na indecisão mudaram de rumo,

acovardaram-se perante a missão.

Nelas eu não iria acreditar.

Não me atingiriam tão fortemente

quanto teu olhar...

Esse sim, calou-me fundo...

Tiro certeiro, profundo,

que me fez cambalear,

perder o chão, rodar o mundo,

chorar.

Como descrer da crueza de um olhar?

Final inconsolável para quem ama

e se vê inesperadamente só,

sem mesmo o consolo da ilusão,

tendo a presença constante da solidão.

Dor inigualável ao ver fragmentados

os sonhos,

outrora tão sonhados...

Agora, farrapos atirados ao chão.

E os próximos passos

tornar-se-ão pesados, drásticos...

Deixar o tempo passar, tentar esquecer.

Tempo que não passa....

Teima em retroceder.

Achar motivo pra sorrir...

Como? Se a razão de meu riso

não está mais aqui?

Viver por viver...

Ou sobreviver.

É o que tento, o meu intento.

Sentindo na alma um frio gelado;

o coração pulsando fraco...

Vivendo dias sempre iguais,

que projetam no ar

um quê de "nunca mais..."

(Carmen Lúcia)

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
19/02/2009

Foto de João Felinto Neto

Poesias selecionadas

APELO À MISÉRIA

Quem me dera, miséria,
eu fosse parte
de um baluarte de sonho e de quimera.
Pela boca mantém-se assim o povo,
a lavagem é a comida que a si, dera.
Na vergonha de reconhecer-se porco,
ter o rosto metido na sujeira,
enlameado atrás de uma porteira
seu anseio é mantido na espera.

Quem me dera, miséria,
eu me calasse
e ocultasse o meu rosto na janela.
Meus princípios mantêm-me assim exposto.
Sou mau gosto travado na goela.
Quem engole as palavras que eu digo
traz de volta a vontade de lutar,
elas tocam a ferida no umbigo
que o conformismo já ia cicatrizar.

Quem me dera, miséria,
quem me dera,
que de ti eu pudesse me livrar.

PERSONAGENS INFANTIS

Será que o lobo é tão mal.
O lobo ama também.
Ele protege os filhotes que tem.
Caçar, para ele é natural.

A chapeuzinho, talvez,
quando crescer seja outra.
Se torne uma megera
que não gosta de criança
e perca toda a esperança
de voltar ao que era.

O caçador, o herói tão valente
que salvou a vovozinha,
costuma matar friamente a fêmea,
deixando a cria sozinha.
Ele acabou sendo preso
por caçar ilegalmente.

A vovozinha morreu.
Pois, a idade a levou.
Mas, quantas vezes brigou com a vizinha da frente.
Isso prova que a bondade e a maldade,
na verdade,
são apenas uma história diferente.

O POEMA QUE EU DEIXEI DE ESCREVER

O poema que eu deixei de escrever,
Falaria de você,
De nosso tempo,
De angústia, de tormento,
De alegria e de prazer.
Iria contradizer
Cada palavra
Que as nossas falas
Tinham pouco a dizer.

O poema que eu deixei de escrever,
Seria na verdade,
Uma ameaça.
Calaria minha boca,
Qual mordaça.
Não seria uma desgraça,
Por não ser.
Os meus versos,
Talvez fossem sem querer,
Uma ofensa
A sua crença,
Que eu acreditava
Ter.

O poema que eu deixei de escrever,
Não seria
De valia.
Sem valia,
O deixei de escrever.

SEPULTAMENTO

Os meus olhos pregados
no infinito
como os pregos nas tábuas
cravejados,
e de pontas viradas,
redobrados,
sustentados e fixos
numa curva.
No aconchego da madeira macia,
minhas costas
nos ossos da bacia
consolam meu corpo
tão curvado.
Pelo tempo que tenho acumulado,
a ferrugem do mundo
me comeu,
e a tampa que pregam
me prendeu
para sempre num rito consumado.
Por debaixo da terra
condenado
a ser parte da mesma
e não ser eu.

CANTO DE SEREIA

Como um canto de sereia
de belíssima harmonia,
letra correta, verdadeira poesia
e melodia
que eterniza nossa alma.
Por onde anda
a sereia encantada
nas profundezas desse mar de ignorância?
Letra incorreta com falta de concordância
e melodia
que nos faz perder a calma.
Só na lembrança,
o teu canto nos enleva
na emoção que tua voz nos faz sentir
e na saudade, o nosso coração desperta
pra realidade,
não há nada mais pra ouvir.

PEDESTAL DE BARRO

Revogo silêncio
ante palavra e voz.
Reato os nós
que me prendem ao medo.
Reavivo memórias
em busca de segredos
que já não interessam mais.
Reclamo por paz
em meio a intensa guerra.
Replanto a erva
que não nasce mais.
Relato as dores
de males e fome.
Repito o meu nome,
antes de dormir.
Reato os laços
que me prendem aqui,
ao pedestal de barro.

TORRE DE BABEL

O juiz do supremo,
Jeová,
se irrita e sai do sério,
quando seu filho Jesus
vai à noite, ao cemitério.

No boteco do Davi,
onde quem manda
é o Golias,
não há funda,
quem afunda
na cachaça, é o Isaías.

No salão do senhor Sansão,
quem faz o cabelo
é sua mulher Dalila.

As mulheres de Salomão,
o cafetão lá da vila,
choram e sentem solidão
quando estão de barriga.

Lúcifer anda arrasado,
o seu mundo virou trevas,
por ter visto abraçados,
Adão e a senhora Eva.

Noé, o velho barqueiro,
não gosta de animais.
No entanto, adora um peixe-frito
no barzinho lá do cais.

Essa torre de Babel
é o mundo em que vivemos,
onde não há inocência.
Se algum nome ou fato ofender,
é mera coincidência.

A MULHER DA MINHA VIDA

A mulher da minha vida,
Sempre é lida em meus versos,
De uma forma ou de outra.
É a sua voz que ecoa
Reclamando meu regresso.
É bem mais que uma amante,
Que uma amiga e companheira.
Necessária como a fonte
No deserto de areia.
A mulher da minha vida,
Entre linhas abstratas,
Põe em mim, doces palavras
E expressão de alegria.
A resumo em poesia,
Tal qual em cartas,
A saudade que nos mata
Se envia.
A mulher da minha vida
É a graça
Que um devoto em desgraça,
Alcançaria.

O LABIRINTO

Pelas ruas infinitas,
Não encontro meu destino.
Endereço repentino;
Então, me pára.
Não é nada;
Sigo em frente, o meu caminho.

A mim mesmo, ainda minto:
- Logo chegarei em casa.

Em calçadas,
Eu percorro o labirinto
(Cruzamentos, sinais verdes e paradas).

O suor não pára o tempo;
Lágrimas, enxuga o vento;
E um triste pensamento
Não se afasta.

A cidade, assim, se fecha em semelhança.
A lembrança,
À realidade, não se adapta.
Eu confundo o momento
E me perco no silêncio
De um triste monumento
Que me agrada.

Minha calma é necessária
Para espantar o medo,
Desvendar todo o segredo
Que o labirinto encerra.
Os meus pés seguem por terra,
Minha alma por promessa,
O meu corpo por saudade.
Edifícios, tais quais pedras,
Alicerçam a cidade;
Conduzindo minha mocidade
Eterna,
De encontro ao passado.
Eu me torno um condenado
Num presente adulterado,
Que me enterra.

Observo as vidraças
Das janelas,
Onde o sol ofusca a vista
Com a luz que é minha guia
Na escuridão tardia
Do passado.

Cada praça
Me congraça,
Tal um templo
Erigido como um marco à memória.
Cada uma conta a história
De seu tempo,
De sorriso e sofrimento,
De conquistas e derrotas.

Novamente, me encontro sem saída,
Apesar de tanta via planejada.
Já não reconheço nada
Do que havia,
Já não reconheço nada.

Alimento meu silêncio,
O tempo passa,
Onde pombos batem asas
Sem voar.
Não consigo encontrar
O meu caminho;
O meu ninho
Não encontro em meu lugar.
Continuo a me enganar,
Ainda minto,
Preso a esse labirinto
A me fechar.

À DERIVA

Posso até perder o brilho dos meus olhos,
Mas jamais, deixar de ver tanta tristeza.
No esbanjar de pratos sobre minha mesa,
Vejo a fome refletida nos teus olhos.

O que faço se estou preso ao sistema
Onde a indiferença
Sobrepõe a caridade,
Onde a verdade
É varrida
Pra debaixo da mentira
E onde a vida
É um barco à deriva
Sem ações de piedade?

UM POUCO MAIS

Percebo
A minha vida esvaindo-se entre meus dedos
Em minha mão aberta
A dar adeus ao mundo
Pela janela.
A minha juventude
Em quietude eterna,
Silencia os meus dias.
As velhas alegrias
São lembranças tristes.
Os sonhos não resistem
Aos carinhos da morte.
E que meu sono suporte
Os meus pesadelos,
Já que meus apelos
Ao que me resta de força
Não me sustenta.
Talvez, o mundo não entenda
Esses meus ais.
Não tenho medo de morrer.
Eu só queria era viver
Um pouco mais.

O GRANDE DIA

Ai de nós se não fosse o profeta
Para converter o nosso coração.
Do contrário, Deus feriria a terra
Com terrível maldição.

Com o Senhor não há perdão.
Seu grande e terrível dia
Não será de alegria
E sim de destruição.

O poder de sua mão
É extremamente acintoso.
Deus é um ser ambicioso,
Quer de todos,
Atenção.

Não importa a condição,
Será imposto
Sofrimento e desgosto
Por qualquer contravenção.

Deus não quer nos dá lição,
Quer aniquilar a todos
Pelo caráter odioso
Que passou à criação.

EPITÁFIO XIV

Ela se aproxima
Sorrateira e linda,
Com seu manto escuro,
Sua mão suada.
Não nos pede nada,
Mas nos toma tudo.
Deixa então, de luto,
A pessoa amada.

Ela não se importa
Com aquele que fica.
Pois só se dedica
Ao que se despede.
Sorrateira, impede
Que a gente viva.
E sutil se infiltra
Sob nossa pele.

Ela só se afasta
Quando mata a alma
E deixa o corpo inerte.

ETERNA SOLIDÃO

O que eu tive na vida
Além da data esquecida,
Da dor no peito, contida,
E da perdida ilusão?

O que mantenho na mão,
Já na forma cadavérica,
Senão,
A luta sem trégua
Com os germes que a terra
Colocou em meu caixão?

Os meus feitos,
Foram em vão.
Meus defeitos,
Exaltados.
Não sou de Deus nem do Diabo.
Sou um louco condenado
A eterna solidão.

ESPANTALHO MORIBUNDO

Minha alma sempre está
Num silêncio tão profundo,
Que eu chego a duvidar
Que ainda estou no mundo.

Espantalho moribundo,
Onde a morte vem pousar.
Talvez para lhe falar:
Sinto muito! Sinto muito!

Num milésimo de segundo,
Volta o corpo a respirar.
Espantalho vagabundo,
Fecha os braços para o mar,
Abre os olhos para o mundo.

FRUTO SEM CASCA

Espalhando letras
Sobre velhas páginas,
Semeei palavras
Que insatisfeitas
Deram-me em colheita
Uma grande safra
De um fruto sem casca,
A minha tristeza.

Uma fruta fresca,
Presa pela boca
Em que uma ou outra
Tenta mordiscar,
Murcha sem parar;
Se tornando feia,
Seca na areia
Quando o vento dá.

Versos pelo ar,
Lágrimas e poeira,
Solidão na mesa
Onde o fruto está
Exposto, sem par,
Sem mostrar beleza,
É minha tristeza
A me alimentar.

HOMENS DE FUMAÇA

No arrastar de minhas sandálias
Pela casa,
Tenho as lembranças arranhadas
E esquecidas.
Por onde andam as conversas conduzidas
Pelos homens de fumaça?

Se desfizeram com o tempo,
Nas costas de um tênue vento,
Pela janela escancarada.

O velho barco na distância, ainda aguarda
Pela tripulação dispersa,
Numa espera
Que parece eternizada.

Em meio a tralhas,
Depuseram suas velas.
Em meio a elas,
O seu capitão se apaga.

O FRACASSO

Eu sei que a vida me leva em trapos.
Caldeirões de barro
De bruxos modernos.
Favelas de inferno,
Diversos buracos.

São armas de ferro.
São balas de aço.
Sou eu, o fracasso
De um programa sem sucesso.

Eu sei que a morte me olha de perto;
Que chego a sentir o seu frio abraço.
Eu fumo, eu prego
Minha mão no maço
De notas sem eco.

São barras de ferro.
Algemas de aço.
Eu sei que sou o fracasso
De um programa sem sucesso.

Eu sei que caminham lado a lado,
O errado e o certo,
A ira de Deus
E a fama do diabo,
Senhores e servos,
Patrões e empregados,
Progresso e atraso.

São os mãos-de-ferro
Em torres de aço.
Sendo eu, o fracasso
De um programa sem sucesso.

OLHOS DE AZULÃO

O que busca essa mulher
Pela qual minto,
Senão
A mesma solidão
Que sinto
Quando longe de seus olhos de azulão?

Os mesmos olhos
Que me olham da gaiola
Quando eu abro a porta
E eles vêem a imensidão.

SE FOSSEM SÃOS

A rima
É mera aflição
Dos versos que me espelham
Naquilo que são.

De forma nenhuma dirão
Do que são feitos.

Meus versos
Seriam perfeitos
Se fossem sãos.
Mas nada são,
Senão
Defeitos.

QUANDO CHORO

Onde andam os meus olhos
Quando choro,
Se não consigo encontrar
As minhas lágrimas?
Nas migalhas,
Além de meus remorsos?
Nos meus ossos,
Aquém de minha alma?

A FANTASIA

Amo você
Com o mesmo ardor da juventude,
Na quietude
De minha atual idade.
Amo-a na ausência
Como num dia de saudade,
Detenho-me a cada ínfima lembrança,
Com a mesma paz
Que traz
Aquela esperança
Após uma guerra.
Amo-a em terra
Com a cabeça pelas nuvens.
Amo atitudes
Que jamais seriam minhas,
Como entre linhas,
Leio uma poesia.
Amo como se ama o alvorecer
De cada dia,
Como o sorriso
Na inocente alegria
De um bebê.
E ter você,
Ainda parece utopia.
Mas, quis a vida
Que eu vivesse a fantasia
De meu ser,
Que é para sempre,
Você.

MINHA GERAÇÃO

Essa amargura
Que me faz um homem rude,
É mera atitude
De defesa.
Odeio a pobreza
Que aos pés de Deus se ilude;
Enquanto a juventude,
Nada almeja.
Desprezo a mania de grandeza
Que o rico tem com tudo.
Não sou um carrancudo
Por frieza;
Somente faço uso
Da tristeza
De um sisudo,
Por ser fruto
De uma geração que aceita.

SONETO DA VITRINE
(Sombras & espelhos)

A vidraça estilhaçada,
Não desfaz a minha imagem,
Não subtrai da cidade,
A luz do sol ofuscada.
De pé, fiquei na calçada
Com minha mão estendida.
Exorcizei minha vida
Na pedra que arremessara.
Por um instante, escutara
O som de ossos quebrados
Da montra fragmentada.
Meu corpo feito estilhaços
Que os passantes pisavam
Entre espanto e gargalhadas.

POETAS
(Sombras & espelhos)

São tantos os poetas
Quanto estrelas,
Dispersos em bandeiras
Pelo mundo.
Eternos e profundos
Pelas letras,
Em digressões soberbas,
Em dimensões sem fundo.
São tantos os poetas
Que o planeta,
Em tinta de caneta,
É resumo.
Enorme rascunho
Em línguas estrangeiras.
A tradução perfeita
Das emoções do mundo.

MOSAICO
(Sombras & espelhos)

Em minha mão,
Mil pedaços.
Antigo quadro,
Uma mesa,
Alguém que come calado
Com discrição ou tristeza.
E lado a lado
Na mais extrema destreza,
Enfileirado
Sob a antiga nobreza,
Assenta-se o mosaico.
Sob os meus pés, o passado
Em um quadrado,
Pintado
Nesse retalho do tempo.
Breve momento
Guardado
No mais antigo mosaico
Preso à calçada,
Ao tempo.

SÓ EM TE AMAR
(Sombras & espelhos)

Só em teus lábios,
Eu encontro meus gemidos.
Só em meus gritos,
Eu consigo te encontrar.
Como enganar
A emoção de estar aflito.
Eu te preciso
Como a noite, do luar.
Só em teus passos,
Eu caminho decidido.
Surpreendido,
Tento não justificar.
Sem teus abraços,
Os meus beijos são sofridos
Como os feridos
Que não podem se curar.
Só em te amar
É que eu encontro o sentido
De tudo aquilo
Que consigo imaginar.

NUMERAL UM
(Sombras & espelhos)

Eu atribuo
Minhas palavras ao poeta.
Uma espera
Numa tarde em jejum.
Nós como dois,
Dividimos.
No que dera?
Apenas um.
Eu me situo
Nas medidas de uma régua.
A mais complexa
Ou talvez a mais comum.
Sou menos um,
Minha conta se completa
Com menos um.
Eu me anulo
Numa soma que me zera.
Um dois que nega
A existência de mais um.
Sou incomum,
Tabuada que ainda preza,
Numeral um.

CONTRACEPTIVO
(Tríptico)

Eu não sei se é o desespero
que me leva à loucura
quando o sexo estupra
a minha alma,
ou a calma
que advém do meu tormento
pelo tempo
que passou em minha palma.
Movimento anormal
de penetração moral
em sua saia,
e no cheiro da indecência,
feromônio da ciência
em uma jaula.
Uma fera excitante
que no último instante, ofegante,
cospe a vida
no seu couro de borracha.
Não há luta, nem corrida;
há uma triste despedida
de um suposto vencedor
que foi fruto de um amor
e se enforcou
com a própria cauda.

SONHOS
(Tríptico)

Os meus sonhos
são apenas fragmentos de memória,
pequenos focos de luz
como cristais dispersados
num caleidoscópio de pensamentos,
distorções esdrúxulas da realidade.
Rumores, amores e momentos,
abertos numa gaveta destrancada.
Minhas pálpebras fechadas
num caixão de quase nada.
Um quase definido como os sonhos
que são versos que componho
numa noite agitada.
Movimento involuntário dos meus olhos,
que entre risos, ainda choro
por apenas acreditar sofrer.
Entre cartas mal escritas e seladas,
vem a calma ao chegar o amanhecer.
Vem enfim, o esquecimento
desse quase fingimento
que é sonhar.

EM DEMASIA
(Tríptico)

Eu sou demasiado triste,
pelos versos que componho.
Eu sou demasiado louco,
pelo pouco
que proponho.
Não deveria o mundo ser assim,
em demasia.
Talvez não seja o mundo,
seja enfim,
minha poesia
Demasiada em meu tédio,
sem remédio,
em grafia;
em longas noites mal dormidas;
nos insultos
que eu ouvia.
Não caberia em minha mão,
toda a visão
que em mim cabia.
Eu sou demasiado em tudo,
que ironia,
demasiado em meu luto
por ser fruto
de utopia.
Em demasia são os dias
que me escapam entre os dedos
como uma teia
que é lânguida e esguia.
O mais sublime pensamento
que perde tempo
em demasia.
Demasiado, meu tormento,
pelo tanto
que eu não via.
Demasiadamente eterno,
meu inferno em agonia.
Em demasia sou
quem sou,
um astronauta que acordou
num mundo estranho
em demasia.

DISLATE
(tríptico)

Talvez minhas palavras sejam tolas,
minhas ações, inconseqüentes;
as minhas brincadeiras, ironia;
eu próprio seja falho e negligente.
O meu discurso seja sátira;
minha seriedade, uma piada.
O meu humor seja mau gosto;
o meu dislate, permanente.
Meu riso entre dentes, atimia;
a minha faina seja ociosa;
meu pranto, uma lição jocosa
e o jeito infantil, idiotia.
Talvez a minha vida seja um fracasso;
meus versos, um engodo imoral.
Em epítome, sou um gracejo nefasto.
Meu desejo, um esboço abnormal.

TURGESCÊNCIA
(Sob meus calcanhares)

Eu sinto os teus cabelos
entre meus dedos,
teus lábios comprimidos
ao meu desejo,
o arfar de teu cansaço
entre meus braços
e ouço teus gemidos.
Vejo teus olhos tolhidos
fitar meu medo
de não tê-la satisfeito ainda.
Tenho todos os sentidos
na extensão do meu leito.
E no auge da turgescência,
me torno uma larva imersa
em teus fluidos.

O RAMO
(Sob meus calcanhares)

Onde está minha alma,
que não encontro?
Onde está meu encanto,
minha calma?
São perguntas que faço,
ainda em pranto,
ao meu eu freudiano
que me cala.
Onde está este anjo
que me fala?
Um quebranto
que minha mãe me pôs.
Ouço a antiga canção
que ela compôs
em minha rede embalada.
Vejo um ramo na árvore desfolhada,
resistir ao vento,
envergado.
Nesse instante me sinto
envergonhado
pelo meu triste pranto.
Minhas lágrimas
são simplesmente água
que faz falta ao ramo.

O DIÁLOGO
(Reticências desfeitas)

- Dou-te a palavra
para principiares o diálogo.
- Fico muito grata
por ceder-me o favor.
És muito amável.
Vou falar de amor,
sentimento imensurável
que é tão natural
quanto o desabrochar da flor.
- Já vou interpor.
O que tu estás dizendo?
O amor é um invento
cultural e sem valor.
- Estou espantada.
És um homem insensível.
O amor é indizível.
É nosso maior legado.
- É soma sem resultado.
O amor não é normal.
É estóico, irracional,
nos mantêm aprisionados.
- És um homem insuportável.
Mas o que dizes é refutável.
De que vale a liberdade,
sem motivo para a saudade.
- És uma eterna sonhadora.
De que vale um sentimento
que só nos provoca medo,
fraqueza e sofrimento.
- O amor é imortal.
A mais pura poesia.
Nos fere, é natural.
Mas compensa com alegria.
- É uma simples utopia.
Inconstante, passageiro.
Quem se entrega por inteiro,
viverá em agonia.
- Vou deixar por encerrado
o nosso breve diálogo
em tua cética pessoa.
Mas eu sei
não é à toa
que nós dois somos casados.

ELA
(Quadrilátero)

Ela me leva,
me engana
e ainda me desafia.
Levou meu corpo
para a cama,
enquanto me distraía.
Deu-me o fruto do pecado,
enquanto Eva,
e compensou com redenção,
quando Maria.
Em Joana D'arc
foi Vitória,
também rainha.
Já foi de todos
e só minha.
Ela é pouco e é demais.
Como Helena,
ela foi guerra.
Como Tereza,
ela foi paz.

INDECENTE
(Quadrilátero)

Não sou um cavaleiro imaginário,
apenas um vassalo
que caminha.
Pela realidade,
um escravo
que tem a ilusão
que é livre ainda.
Não sou nenhum beato,
nem um cão.
Eu não uso sermão
e nem batina.
Meu rosto
é palidez,
enquanto expiro.
Meu sexo
sem estilo,
estupidez.

MUNDO FICTÍCIO
(Pax-vóbis)

Uma criança brincava
Com a comida, na mesa.
Corria de pés descalços,
Sem ninguém a seu encalço,
Pela ruazinha estreita.
Não enxergava a sujeira,
No seu mundo fictício,
Do real desconhecido;
Tudo era brincadeira.
Contudo, era tão bonito
Ver o mundo d’aquela maneira:
Sem ter ódio,
Ser ter vício,
Sem sombra de sacrifício,
Sem pecado
E sem tristeza.

SOMBRA DE NANQUIM
(Pax-vóbis)

Que a vida,
Mesmo frágil, continue.
Que perdure
Meu amor, além de mim.
Que não tenham fim,
Meus passos pela rua.
Que dissipe sob a lua,
Minha sombra de nanquim.

A PEQUENA D’ARC
(Olhos de guri)

A guria
não gostava de pia,
de casinha ou fogão.
Para ela,
tudo era opressão.
Ela ouvira
sua mãe reclamar
que a mulher tende a trabalhar
só com água e sabão.
Por que não
brincaria de guerra,
de doutora,
de terra na mão?
A guria,
parecia antever
que seu mundo seria
uma doce ilusão.

A SOMBRA
(Olhos de guri)

Minha sombra
que se perde no escuro,
salta o muro
quando o sol
no céu desponta.
Se arrasta no chão duro,
se encolhe,
se estica,
passa rente a dobradiça
e se perde pela casa.
Mas à noite,
minha sombra cria asa,
voa quando saio a rua.
Pela luz que vem da lua,
minha sombra me abraça.
Me divirto e acho graça
quando atravessa a fogueira.
Minha sombra, não sou eu,
mas é minha companheira.

TAMBÉM SOU
(Letras, ...)

O louco
é apenas mal ouvido.
Seu riso,
tenebrosa gargalhada.
Sua fé,
um constante, eu duvido.
Sua mente,
uma porta escancarada.
Seu pedido de ajuda
é um grito.
Seu gemido incontido,
uma dor.
Seu amor,
um abraço emotivo.
Sem motivo,
eis que louco
também sou.

A GRAÇA
(Letras, ...)

Deus me deu o fardo
para eu achar pesado
o termo ser livre.
Deus me deu o espelho
para ver se aceito
esse meu rosto triste.
Deus me deu o segredo
para pensar, eu mesmo,
o que é ser tolice.
Deus me deu a culpa
para eu pedir desculpa
por qualquer deslize.
Deus me deu a dor
para eu sentir pavor
do seu dedo em riste.
Deus não me deu nada,
eu que faço a graça
crendo que ele existe.

VERSÃO REFRATADA
(Letras, ...)

Quantas vezes eu tive
que mergulhar no sorriso
para fugir do abismo
que é o existencialismo
de mim mesmo.
Quantos pueris desejos
entre prosaicas conversas.
Quando nada interessa,
meu mundo me dá medo.
Eu sou apenas ensejo
que o acaso consagra.
Uma versão refratada
na ilusão do que vejo.
Quando não me percebo,
é sinal de que eu mesmo
sou a soma do nada.

QUEM SOU EU
(De versos, ...)

Sou um jovem ateu
Que entra na igreja
Para tomar cerveja
E beber café.
Desconheço a fé,
Mesmo na ressaca.
Rio quando a graça
É de um milagre
De ser eu, um padre
Que toma conhaque
Num cálice de vinho
E vive sozinho
Pensando que sonha
Em ser um demônio
Que se sente Deus,
Ser o próprio Deus
Se sentindo humano,
Ser um santo insano
A brincar de ateu.

DESESPERANÇA
(De versos, ...)

Quem é essa
Que me tira o sono,
Que arrebata o dono
De uma humilde casa?
Quem é essa
Louca, desvairada,
Que ao seio me prende
Sem saber se sente
A dor que a outro causa?
Lábios que procuram vida
Carne apodrecida
No envelhecimento.
Quem é essa
Que corrói por dentro
Como um veneno
Sem nenhum antídoto?
Eu sou outro,
Sou um homem dito,
Dito morto
Pela agonia.
Quem é essa
Musa e tirania,
Mistura que havia
Desde minha infância?
Quem é essa
Triste companhia?
Talvez seja a morte,
A desesperança.

O MATUTO
(Cálice)

O matuto está triste,
cabisbaixo e pensativo.
Não encontra um só motivo
para saber se existe.
Tal canário sem alpiste,
preso a uma velha gaiola,
vendo longe a aurora,
sem ter ânimo pra cantar.
Com vontade de voar
para longe, ao horizonte;
a saudade o consome
antes mesmo de partir.
O matuto fica ali,
a pensar no que seria
sem a única companhia,
a choupana em que vive.
Tal amor só visto em versos,
o matuto é regresso
de um lugar que não existe.

SEM CONDIÇÃO
(Cálice)

Seus ombros à amostra,
me deixam insinuado.
Seu corpo ainda agora,
me deixa provocado.
Seus seios contornados
pela blusa,
me fazem sinal da curva
do seu corpo ondulado.
Seu jeito comportado
não me mantém à distância.
Na sua tolerância,
encontro o meu pecado.
Seus olhos não perturbam minha paz,
além do mais,
recebem meu recado.
Seu pare, deixa disso, mais cuidado,
só fazem aumentar o meu querer.
A dúvida faz crescer
minha ilusão,
que eu terei nas mãos
a chance de fazê-la entender.
Amar é mais que ter.
É aceitar querer
sem condição.

CONVÉS
(Cálice)

Foste meu caminho sem regresso
em um verso.
Minha poesia mais bonita.
Entre as estrelas,
rabisquei um só desenho,
o seu rosto,
como eu bem queria.
Foste a derradeira flor
perdida no deserto.
Em meu universo,
um farol de guia.
Arrancaste o aviso que dizia:
“Uma saudade”.
O vazio da idade,
preenchias.
Foste o colorido
de uma tela que eu pintava.
A mão que segurava o meu filho.
O espírito de um cético
que chorava.
A paz esperada
por um homem aturdido.
Foste o barco rijo
que sustenta a onda em fúria.
O pescador que nada
à procura de si mesmo.
Para mim,
a mais incrível criatura.
A doce loucura
do desejo.
Foste na verdade,
o meu mundo.
Hoje, na saudade,
apenas és
um velho convés
com o qual afundo.

GRAMATICAL
(Cabaz)

Só em letras imprimo minha alma.
Mais do que texto
sou contexto indecifrável.
Meu sinônimo é antônimo de si mesmo.
Um sujeito indefinido
que é objeto de um erro
gramatical.
Entre modos e tempos,
triste verbo
que ecoa na forma nominal.
Orações que são subordinadas
aos meus vícios de linguagem.
Um início em letras ordenadas
e um fim
numa expressão oral.

AFLORA UM POETA
(Cabaz)

Assim se fez um poeta.
Como talhe na madeira
esculpi minha poesia.
De uma maneira fria
infundi minha alma no papel.
Nas costas de um corcel
cavalguei por entre versos;
muitas vezes sem regresso,
o poema, me tornei.
De um sono despertei
enquanto escrevia,
da caneta então fluía
as idéias que sonhei.
Quem sabe se eu errei?
Foram mais de trinta anos,
foram tantos desenganos
que poeta, me tornei.

INGÊNITO
(Cabaz)

Seguir os passos
a um lugar perdido na distância;
entrar na dança
de um ritual de acasalamento;
sentir nas mãos
o instintivo dom
que vem de dentro;
ouvir o som
de vozes ecoadas;
e nas entonações
das poesias declamadas,
revelar-se poeta.

LIAME
(Cabaz)

Sou livro
intitulado.
Um desabafo.
Sou todo
em parte.
Um lacre violado.
Sou tudo
num nada
dissipado.
És flor
dissecada
na mão aberta
em palma.
És colo e calma
na casa onde cresci;
moeda encontrada
que perdi;
o berço
em que nasceu
minh'alma.

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