Mente

Foto de Lou Poulit

NÃO CABEM DOIS MARES NO MEU ABISMO

Não cabem dois mares no meu abismo. Não resplandecem duas estrelas na minha escuridão, nem duas manhãs podem beijar o reabrir dos meus olhares. O meu sonho incauto colhe os ventos rebeldes que o arrebatam, e o peito do alto tolhe as vagas que lhe desafiam, mas no silêncio milenar das suas profundezas o meu amor não se desalinha. Pelas imensuráveis distâncias do próprio cosmo, o meu amor peregrina e das palmas que lhe acariciam esmola: de cada era a prece em que tardo e a bailarina, em quem como um raio ardo e me esvaio, com cada passo tece o cetim no espaço, o olhar que toca a tez amada quando amanhece.

O relâmpago, que a eternidade de um instante proclama, não alforria duas senhoras, nem duas escravas lhe possuem a chama. O hálito morno, que áspero lambe o leito e dessedenta o rio, e como um senhorio crava estrelas em suas areias, só tem uma pataca. Para que dois alforjes? Não são de sandálias as suas pegadas, mas onde aponta o velho cajado ancora-se o frêmito do escuro ao firmamento, como se ao crepúsculo o amor ancorasse o vento e, a se deserdar do fim iminente, sentisse o que o músculo não sente. O corpo da amada não mente, o botão guarda o instinto da rosa. O templo espera, de uma só direção, pela manhã sestrosa que há de lhe dar vida às pedras.

Pois que venha o amor no dia das algas. Abissais, viscosas e quentes, esgalgas algas, crispadas no rastro das correntes, rubras espadas a sua conquista. Virá o tempo do grito rijo, nas entranhas do torpor. Virá a madrugada ao regozijo do repouso. Amada, virá o amor tardio... Ah, o amor vadio, sem peja ou medo, a mais doce peleja, o mais furioso brinquedo. Virá na ponta do dedo, no gume da fala, descabelar a pérola numa luta que na vala brota, de pétalas no fundo da grota... O pórtico exíguo e seu tímido obelisco hão de ser soterrados sob as asas do pégaso amado, para que apenas as suas estrelas rasguem o negrume e habitem o instante. Ah, o amor... Pelo caminho dos pirilampos o amor virá com seu tropel. Mas que não venha pelos campos, nem do mar nem do céu, mas com um canto gutural o amor mais visceral venha do nosso passado... E domado como um bicho amante, pela crina, há de transfigurar-se em doçumes, no vau largo da bailarina, num último cismo de lumes. A manhã pertencida espreguiça o levante, sem posses ou posseiros, sim à vida... E nunca mais aos ciúmes.

(Itaipú, 21/julho/2007)

Foto de Joaninhavoa

Eu Confesso...

Aqui, neste site de
e-learning
Eu confesso
que errei, erro
e errarei...
em palavras, actos
e pensamentos,
neste mundo que é de "Mente"
para a "Mente"
Criando fé e pensamento!

E, consciente deste meu "Ser"
que nada sou...nada se é...
Peço e rogo - calor humano -,
que acredito
não ser só profecia
de profeta,
nem ser só ideia pobre
na cabeça de poeta!

Fé é a - fémea -,
e o Pensamento o - macho -,
E pode quem crê
que pode!
Aqui, neste site de
e-learning
Eu confesso
Acreditar
veemente
no captar das vibrações
de esferas musicais
Transmutar
e negar conscientemente
o não desejável
afirmando o desejado!

Eu confesso
Que errei, erro
e errarei...
em palavras, actos
e pensamentos,
Que são consciências
da Consciência Universal!

Joaninhavoa

Foto de Homem Martinho

Amor feito força- Capitulo I

São oito horas da manhã de um lindo dia de Agosto, é Domingo, Susana despe o roupão que traz vestido e deixa-se ficar completamente nua diante do grande espelho que ocupa a parede direita do seu quarto de banho, olha demoradamente para o reflexo do seu corpo, gosta do que vê, um corpo de sonho, uns cabelos muito pretos, compridos e sedosos descaem-lhe sobre os ombros firmes e que parecem feitos da mais pura seda, uma seda ainda mais pura do que aquela de que é feito roupão que acaba de deixar cair no chão, levanta o braço esquerdo e enfia os dedos, uns dedos finos e compridos, por entre os sedosos cabelos, repetindo de seguida o gesto, mas agora com braço direito, são uns braços muito bem torneados, longos, mas não compridos em exagero, as suas mãos deslizam pelo couro cabeludo, descem pelos cabelos como se de lianas se tratasse e depositam-se sobre os magníficos ombros, dedica alguns minutos a massajá-los e continua a descida até tocar os bicos erectos dos seus seios, ela sabe, como ninguém, o que significa aquela erecção, nada mais do que desejo, desejo de amar e ser amada.
Susana vai descrevendo pequenos círculos em volta dos mamilos enquanto começa a ver desfilar na sua mente imagens de outrora, imagens onde ela é amada e ama.
Continua a viagem pelo seu próprio corpo, com ambas as mãos percorre as curvas da sua cintura, uma cintura que parece ter saído das mãos do mais perfeito torneiro, começa a afagar as suas ancas e sonha, sonha que são as mãos do homem amado que a estão a acariciar, é ao pensar no amor da sua vida que esperta par a realidade e percebe que precisa de e despachar, no entanto não resisti a acariciar a sua púbis, do mesmo modo que David sempre lhe fazia.
Susana liberta-se do estado de letargia em que se deixara prender, solta-se da amarra dos pensamentos que tomaram conta de si e dirige-se para a faustosa banheira de hidromassagem que está situada no canto oposto ao espelho, a banheira encontra-se incrustada no pavimento pelo que o seu rebordo se encontra pouco elevado em relação ao chão da casa, alça a perna direita, e dá uma ultima espreitadela para o espelho, sorriu, sempre adorara contemplar as suas belas pernas, umas pernas que eram uma tentação para todos os homens com quem se cruzava, David confessara-lhe uma vez que se tinha apaixonado por ela por causa das suas pernas, sorriu uma vez mais e entrou na banheira.

Foto de Vanessa F.

A mediocridade da palavra desistir

Pensas não poder,
Não ser capaz de ir mais além.
Fraquejas,
Desistes perante o mundo.
Pior.
Desistes perante ti mesmo.
Deixas de acreditar que podes alcançar
Aquele lugar onde as estrelas sobressaem do céu negro
Imperando-se diante das maiores forças da natureza
Sem medo, sem desfalecerem
Brilhando intensamente para todo o universo
Ser capaz de as vislumbrar.
Gostavas de ter essa força
Porém, pensas em palavras tão medíocres
Como desistir.
Mas como por magia,
Uma luz volta a incidir no teu caminho
Guiando-te por locais que nunca pensaste seres capaz de visitar,
Mostrando-te forças desconhecidas que residiam escondidas dentro de ti, mortificadas por emergirem desse lugar obscuro.
As tuas dúvidas definham-se dando a lugar a certezas.
Nasce um poder tão grande dentro de ti,
Que se torna indestrutível
E de repente todo mundo torna-se novo e por descobrir
Como se renascesses e visses todas as maravilhas á tua volta pela primeira vez,
Dando valor a cada segundo precioso e a cada raio de sol que clareia toda esta grande dádiva que é a vida.
De que serve viveres se não aprenderes a viver, com os teus próprios erros?
Hoje, vês-te capaz de perseguir qualquer sonho
Independentemente de qualquer que seja a montanha que tenhas que escalar e de quem quer que tenhas de enfrentar
Porque, finalmente tens consciência do quão imenso é o poder da tua mente,
Do teu querer,
Que pode resistir á sua maior inimiga…
A incapacidade de lutar,
O desistir.

Foto de Logan Apaixonado

Serena

Calmaria, anjo novo
paz alegre invade-me agora
tão suave tua pele
feito pétala de rosa nova
sois a brisa da aurora
bem como a lua da noite
orvalho doce que cobre a relva
luz tão clara do meio-dia
difícil disfarçar a euforia
diante de tanta harmonia
perfeita musa inspiradora
tomou conta da minha mente
deslumbrante sentimento
agora novo, forte e disposto
pois não vejo só um rosto
ao olhar a tua imagem
vejo a força e a coragem
de uma mulher decidida
que sabe bem que a vida
as vezes nos surpreende
por mais que se resista
não me peças que desista
de provar-te claramente
que a vida é diferente
que podemos ter amor
sem que seja necessária
uma lágrima de dor...

Foto de Vanessa F.

Tu...

Pensas tudo saber,
A verdade dominar.
Finges o mundo, rendido a teus pés.
Ilusões…
Perdeste no auge da noite,
Partida pregada pela própria mente.
De repente,
Todo o mundo é novo para ti.
Medonhos sentimentos
Aqueles que te assombram.
Tudo foge ao teu controlo.
Tudo queres, nada tens…
Desprezas aquilo que nunca foi teu,
Escondes-te entre materialismos egoístas.
Deixas de te conhecer a ti mesmo.
Perguntas sem resposta
Quem és tu?
Aquele que todos deixaram de conhecer
Aquele que um dia pensava tudo saber….

Foto de Stacarca

Amor funéreo

Amor funéreo

"A chaga que 'inda na
Mocidade há de me matar"

A noute era bela como a face pálida da virgem minha. O luar ia ao cume em recôndita dentre a neblina escura que corria os escuros delírios. Eu, pobre desgraçado levava meus pés a mais uma orgia a fim de esquecer a minha vida de boêmio imaculado. - Ah! E minha donzela morta que lhe beijava a face linda? Hoje, Não esqueci de ti, minha virgem bela de cabelos dourados que com as tranças enxugava meus prantos em dias de febre qu'eu quase morria, nem de seus lábios, os doces lábios que nunca beijei em vida, os mesmos que emudeciam os rogados de cobiças fervorosas? Sim, ó donzela de pele pálida que sempre almejei encostar as mãos minhas. Hoje, êxito de sua bela morte, sete dias sem ti, minha romanesca linda dama que as floridas formas diligenciavam os mais escuros defuntos. Os mesmos que indagam da lájea fria?
As lamparinas pouco a pouco feneciam na comprida noute que seguia, a calçada de rebo acoitava outros vagabundos que a embriaguez tomara, o plenilúnio se destacava no céu escuro, como um olho branco em galardão, magnífico. Ah como era bela a área pálida, e como era de uma beleza exímia, tão mimosa como a amante de meus sonhos, como a donzela que ainda não cessei d'amar.
- Posterga a defunta! Diziam as amantes!
- Calem-te, vossos talantes nada significam meretrizes de amores não amadas, perdoai-me, o coração do poeta nada mais diz, pois de tão infame, 'inda que vive, exalta aquela que não mais poderás oscular!?
O ar frio incessante plasmava em minha fronte doente, rígida, sequiosa pela douda vontade d'um beiço beijar, As estrelas fúnebres cintilavam, não eram brilhos obtusos, eram infladas e que formavam uma tiara de cores que perscrutava a consternação do ébrio andante, solene co'uma divinal taciturnidade. A'mbrósia falaz diria um estarrecido boêmio. Aquele mesmo que sem luz entreve o defunto podre que nunca irá de ressuscitar?!
A rua tênebra na qual partia, musgos fétidos aos compridos corredores deserdados p'la iluminação tênue dos lampiões avelhentado co'o tempo, lírios, flores que formavam a mistura perfeita d'um velório no menos pouco bramante, as casas iam passando, as portas vedadas trazia-me uma satisfação soturna, as fachadas eram adiposas e de cores sombrias, ah que era tudo escuro e sem vida. Como eram belos os corredores azeviches, aqueles mesmos que as damas trazia para gozar de suas volúpias cândidas que me corria o coração no atrelar aureolo.
A disforme vida tornara tão medíocre e banal qu'eu jazia a expectação feliz. – Pra que da vida gozar? Se na morte vive a luz de minha aurora!
- Hoje, sete dias rematados sem minha virginal, ó tu, que fede na terra agregada e pútrida comida p'los vermes, tu que penetraste em meu coração como o gusano te definha, tu que com a palidez bela pragueja as aziagas crenças banais que funde em minha febre, tu que mesmo desmaiada em prantos a beleza infinda, tu que amei na vida e amarei na morte. Ó tu...
No boreal ouviam-se fragores d'um canto sanhoso, era uma voz bela e que tinha o tom lânguido de um silêncio sepulcral, bonançosa era a noute, alta, os ébrios junto as Messalinas de um gozo beneplácito, escura, os escárnios da mocidade eram como o fulcro de uma medra irrisória, e o asco purpurava uma modorra audaz;
A voz formidolosa masturbava minha mente em turbadas figuras nada venustas.
Assassinatos horríveis eram belos como um capro divinal que nunca existira, o funambulesco era perspicaz que aos meus olhos era uma comédia em dantesca, os ébrios junto às prostitutas que em báquicos meio a noute fria gritavam, zombavam na calmaria morta, as frontes belas eram defeituosas que fosforesciam no fanal quimérico. Cadáveres riam nas valas frias do cemitério donde foras esquecidos, os leprosos eram saudáveis, os bons saudáveis eram leprosos fedidos que suas partes caíam no chão imundo, as lágrimas inundavam as pálpebras de revéis em desgosto, a febre desmaiava os macilentos, pobres macilentos que desbotavam aos dias.
Era tão feio assim.
- Quem és? De que matéria tu és feito? Perguntei e os ecos repetiam.
O silêncio completava os suspiros de meu medo, a infâmia percorria a ossatura lassa que o porvir eriçava. Tão feio tão feio... – Quem és? Porque me tomas?
Riu-se na noute. Riu-se de uma risada túrbida que nas entranhas me cosia. – Não vês que o medo é o lascivo companheiro da morte? Não sentis que a tremura d'amplidão oscila o degredo da volúpia? Não ouves o troado que ulula por entre os caminhos perdidos da vida? Não crês que a derrocada és a fronte pálida do crente que escarra?
Quem és tu? Quem és? Repetia a estardalhaço.
Um momo representava como um truão, júbilo em tábido que vomitava uma suspeição incólume, do mesmo modo como espantadiço em vezes. O medonho ar que cobria as saliências da rua era fugaz, não era do algo aturdo que permanecia em risos na escuridão das sombras de escassa claridade da noute, parecia vim de longe, cheirava ruim a purulenta, como um cadáver tomado pela podridão do tempo.
A voz: – Sentes o olor que funde do leito da morte? Ei-lo, a fragrância de sua amada como és hoje, podre como a fé de um assassino salivante, oh que não é o cheiro de flores de um jardim pomposo, nem da inocência dos ramos de sua amada que não conseguiste purpurar em seu cortinado!? A voz espraiava uma fé feia, pavorosa como o cheiro lânguido em esquivo.
– Insânia! Insânia! Insânia! Gritava como um doudo ínvio.
A tom lamentoso da voz era horrível, mas... Era uma voz análoga e invariável. Nada poderia mudar o estranho desejo, ouvir a voz blasfemar palavras lindas dolentes.
- Ora, porque tu te pasmas? Quem és a figura a muladar o nome de minha donzela?
O vento cortava o esferal cerco da quelha, os dous faziam silêncio ouvindo a noute bela gemer lamúrias de quinhão. Era tão calmo, tão renhido...
- Moço, não vede os traços que figuram de minha fronte? Não vede que as palavras são como a tuberculose que nos extenua arrancando os gládios do peito? Não vede o amor que flameja e persevera perpetuando aos dias como a cólera. - Agora ouvi-me, senhor! Maldito dos malditos quem és? O que queres? – Sois o Diabo?
O gargalhar descortinava as concepções desconhecidas, era como o sulco dos velhos tomado p'la angústia das horas, do tempo, dos anos. Não era o Diabo, tampouco um ébrio perdido na escuridão da madrugada, nem menos um vagabundo escarnecido e molestado p'la vida das ruas.
A voz: - Quereria saber meu nome? Que importa? Já-vos o sabes quem sou, Pois? Não, não sou o Diabo, nem menos a nirvana que molemente viceja entre as doutrinas pregadas por idiotas vergastas. Não sou o bem nem o mal, nem 'alimária que finge ser um Arcangélico nos lasso dos dias. Não sou o beiço que almeja a messalina tocar-lhe os lábios adoçados de vinho. Oh que não sou ninguém somado por tudo que és. – Sabei–lo, pois?
- Agradeço-te. Disse-o!
Dir-te-ia as lamúrias seguintes, os ecos rompendo os suspiros meus, a lua sumira, o vento cessara, a voz que apalpadelava aos ouvidos descrido. Oh! tudo findou! Não sei se a noute seguiu bela e alta, lembro-me apenas de estar num lugar escuro, ermo, as paredes eram ebúrneas, a claridade não abundava o espaço tomado. O ar era desalento, um cheiro ruim subia-me as narinas;
- M'escureça os olhos, oh! Era um caixão ali.
Abri-o: Ah que era minha virgem bela, mas era uma defunta! Na pele amarelenta abria-se buracos que corria uma escuma nojenta, verde como o escarro de um enfermo; Os lábios que sonhei abotoar aos beijos meus era azul agora, os cabelos monocromáticos grudavam pelo líquido que corria pelo pescoço, as roupas lembravam um albornoz, branca como a tez inocente da juventude. Os olhos cerrados e túrbidos, tão sereno, a bicharia roendo-lhe a carne, fedia. As mimosas mãos entrelaçadas nos seios, feridas em exausto.
... Meus lábios em magreza os encontrou, frio como o inverno, gelado como a defunta açucena, a pele enrubescia aos meus toques, a escuma verde era viscosa e o prazer como o falerno, a cada beijo que pregava-lhe nos lábios, a cada toque na tez amarela, era tudo o amor, o belo amor pedido. A noute foi comprida, adormeci sobre o cadáver de minha amada, ao dia os corpos quentes abraçados, a adormeci em seu leito, dei-lhe o beijo, saí:
Coveiro: - És por acaso um tunante de defuntos? Perguntou-me.
- Não vês que o peito arde de amor como o fogo do inferno? E a esp'rança estertora como tu'alegria? Disse-o.
- Segues meu senhor!

Foto de Logan Apaixonado

Pássaro Feliz

Segue teu rumo
Ave rara
Encontra a rota
Segue sem volta
Sem olhar para trás
O passado agora
Quase não importa
Veja o futuro
A cada segundo
Mais perto de ti
Olhar compenetrado
Firme no horizonte
Siga o rumo
Que teu coração manda
Sem plano, nem escala
Voa sem mala
Não guarde bagagem
Inútil do passado
Apenas carregue
Na mente para sempre
As lições aprendidas
Na escola da vida
E o amor mais profundo
Quando menos espera
Sem nenhum aviso
Surgirá novamente

Foto de elcio josé de moraes

AMOR ETERNO

Meu amor! Hei de amar-te eternamente!
Desde agora, além da vida, para sempre.
Pois que tu és, a minha amada, simplesmente!

Amar-te hei, amada minha, ardentemente.
Como nunca eu amei, tão loucamente.
Pois na vida, só voce me faz contente!

Oh! amada, que desfez tão docemente.
A solidão que me deixava tão doente,
E tornou-me, em um ser, bem diferente.

Tu agora, já não sai da minha mente,
Só voce me faz feliz e alegremente,
Eu me sinto, neste amor, que a gente sente!..

Escrito por elciomoraes
elciomoraes

Foto de Cecília Santos

FILME

FILME
*
*
*
Fecho os olhos, tento dormir,
Dentro de mim, meu eu desperta,
Rolo na cama, dormir não consigo,
Lembranças voam ao meu redor,
Como se fossem, milhares de borboletas
de asas coloridas a voar.
Cada qual, com uma história diferente pra contar.
Na minha mente, um filme se descortina,
Cenas reais, se misturam aos sonhos,
Tudo passa diante dos meus olhos,
com uma velocidade imensa,
Choro, risadas, frases e músicas se confundem.
E se misturam, às imagens de criança, menina,
mulher, fada, e princesa.
Tudo gira...tudo passa,
É como acelerar, no controle remoto as cenas de um filme,
Sei quem é a personagem desse filme,
Mas não consigo ,vê-la com nitidez,
E quando seu rosto surge, diante dos meus olhos,
quando vejo seu sorriso, grande e bonito, tudo se apaga,
Você simplesmente some, o filme termina,
Espero o amanhã chegar,
Com a esperança de poder fechar os olhos,
Dormir e sonhar...
Sonhar com o que um dia, foi um filme real,
Uma história bonita, mas que infelizmente,
foi só um curta metragem.

Direitos reservados*
SP/20/04/2007*

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