Menor

Foto de geovana_tita

ARTE

O que dizer da Arte?
Será que existe algo não dito?
O que falta para perceberam que é o princípio?
A arte é mãe de um grande e forte personagem chamado Dom,
Sem ele onde estaríamos?
O Dom levou alguém a inventar algo fundamental à vida humana,
Sem este personagem jamais seria criado o poder de criar,
Seja carro, computador, português, matemática e até mesmo celular.
Onde está a valorização de quem sede sua vida à arte e através dela transmite sua mensagem?
Luz...
Palco...
Figurino...
Maquilagem...
Um excelente texto e...
Ação!
Onde está a população?
Este resposta é de fácil dedução:
Em casa assistindo televisão.
Algo que também transmite arte, mas às vezes...
Com vulgaridade, com politicagem,
Muitas vezes com má fé
Tornando cada vez menor quem o deixa cada vez maior.
Não convém aos grandes cofres, a evolução do homem
Mas convém a cada homem buscar a sabedoria, respirar a arte,
Unir-se ao dom.
As cartas estão na mesa minha gente!
Basta erguer as mãos e evoluir a mente, vamos formar bons cidadãos.
Valorizar o que temos de melhor em um mundo
Criticado por muitos e julgado o pior
A sorte está lançada
Feliz do homem que agarrá-la.
Enquanto a arte espera sentada,
O dia de ser apresentada.

Foto de DAVI CARTES ALVES

YUMI, UMA LINDA IKEBANA DE SENSAÇÕES N'ALMA

Aquele tímido sorriso iluminava minha alma, poucas palavras, discrição, o olhar pensativo, distante entre as pedras e formigas do caminho, um silêncio que amava compartilhar, pausas longas, quebrada pelas folhas secas que eram pisoteadas, enquanto caminhávamos no Parque São Lourenço

Yumi tinha um que de Fernandinha Takai, puerilmente menor, quão delicada, ao cingi-la nos braços, sentia a leveza de um feixe de tulipas frescas, cabelos amiúde colhidos sob maria –chiquinhas com as cores da bandeira japonesa.

A linda boquinha modelada por buril divino, avessa a brilho labial, fonte melíflua cujos beijos me transportavam, ao ápice de vertiginosos Satoris.

Família, esse era um refrão nos lábios nacarados de Yumi, trabalhava com os pais num quiosque de ikebanas no Mercado Municipal. A noite cursava Sistemas e Redes, quando a conheci na fila da reprografia.

Que flores são essas Yumi, que imitam pássaros de fogo?

Assim a tirava do seu sagrado ritual, enquanto confeccionava com suavidade nos gestos, ternura e habilidade na alma e nos dedos, arranjos tão sublimes.
Me olhava com afeto, uma pausa, um sorriso, envolvia um olhar maternal novamente no arranjo: essas são estrelicías, lembram não só pássaros de fogo, como origamis de luz, aquelas coloridas são gérberas, estas aqui que imitam grandes sinos tingidos são lírios. Que tal ficou este?
Belíssimo Yumi, quanta harmonia entre flores, cores e formas !

Foi um dia memorável, aquele em que fomos ao restaurante Nakaba ali na Rua Nunes Machado, não, não paguei mico, financiei gorilas em 36 vezes!!

Ela me apresentou os hashis, e com as mãozinhas tão meigas, me conduzia no manuseio dos
“ gravetinhos polidos”, mas ficou tudo mais fácil com aqueles de elastiquinho para iniciantes e comedores compulsivos de feijoada.

Nunca tinha comido tanto e me sentido tão leve, já no prato de Yumi, dava pra contar apenas alguns “enroladinhos”, a medida que iam sendo servidos, e ela ia me ensinando os nomes dos pratos tão marcantes, realçados pelo shoyo.
Esse você já conhece, é o sushi, aqui temos o tempurá, e que tal o yakissoba?
Yumi, gostei do rolinho primavera com este risoto. Também adoro, este risoto é uma especialidade da casa, chama-se Yakimeshi.
Arrgghh , já estas ostras frescas podem levar!
Ó quem fala mocinho, costumado a comer suan de porco!
Explosão de gargalhadas!

Sabe Yumi, eu sempre tive uma grande admiração pela cultura japonesa, que em você transformou-se em fascínio.

Admiro tanto a disciplina de vocês, a aplicação nos estudos no trabalho, a reverência a família e aos valores, é elogiável! Não que aqui isto não seja relevante, mas, por exemplo, eu nunca presenciei no dia a dia, em lugares públicos, japoneses discutindo alto, casais brigando , não vejo em nosso país, japoneses em matérias relacionada a prisão e a cadeias, e eles estão ocupados em “ papar” vagas nos vestibulares, concursos públicos, lá no Tribunal onde trabalho como terceiro, tem tantos japoneses, umas japinhas tão lindas...
ai, ai, desculpa, brincadeirinha...

Vocês realmente se destacam nos concursos públicos, nas áreas de tecnologia, ao passo que, com todo respeito a essa profissão, eu nunca vi um japonês pedreiro, é engenheiro civil pra cima, entende Yumi, quão intensa torna-se a a minha admiração a vocês ao refletir nisso.

E como aumenta o meu encanto por esse nenê de colo muito fofo, gut, gut, vem aqui, anjo lindo , me da um abraço.

Aquela gélida noite de junho, como esquecer?

Comíamos um cachorro quente em frente a faculdade, e percebi que Yumi estava muito mais introspectiva, muito distante, diferente, evitando o meu olhar.
Esta tudo bem?
Tudo.
Você ta tão quieta.

Ué você já me conhece tanto e...
Por isso mesmo Yumi
E por causa da exposição de Ikebanas no hall de entrada da Biblioteca Publica?
Não, isso ficou para o mês que vem, com outro quiosque de amigos e familiares.
Longa pausa,
Uma só mordida no cachorro quente abandonado
C ta muito estranha nenê?
Impressão sua, respondeu-me, mas com os olhos marejados
Por favor Yumi, o que foi que houve meu amor
Silencio sob a pequena e perene lua vermelha do oriente.
Ai estas suas pausas Yumi, fala!!

Me abraçou tão forte entre soluços incontidos
Um beijo longo com gosto de lágrimas
Outro olhar demorado dentro d’alma:

Minha família vai voltar pra Maringa

E a estrelicia perdeu a cor,
e o frio de junho confeccionou tanta,
mas tanta dor
E começou a garoar n’alma,
Fel & torpor

Compreendi ainda melhor, que família , não éra só um refrão nos lindos lábios nacarados de Yumi, era de fato uma instituição vitalícia, que a globalização e o diabo a quatro, como ocorre por essas paragens, jamais iam dissolver.
Até porque, ela recebeu inumeros convites das colegas de curso para permanecer em Curitiba.

Sim, a família estava acima de tudo, doa a quem doer.
E pra nos separar daquele ultimo abraço no Aeroporto do Bacacheri, só mesmo com um pé de cabra.

Na faculdade, os olhos duradouramente vermelhos e pisoteados, trouxeram inquietação dos amigos:
C ta cheirando um beg né?
Mas só pode ta encomendando de jamanta?!!

Ah Yumi, a saudade é uma doce melancolia
Enquanto você rouba meu pensamento
Acho que beijar esse rostinho, se vive mais cem anos
Por isso queria tanto, viver eternamente
do seu lado Yumi.

Ao lado de Yumi, usufrui experiências e sensações tão díspares, e sob matizes tão perenes, uma brisa para os sentidos.
Tudo oferecido com a mesma suavidade, leveza e brandura, do cisne ao atravessar o lago, no Parque São Lourenço.

Hoje aqui no Parque , sob céu de lama e cinzas, salpicando fina garoa,
imagino Yumi
vir correndo, de lá do outro lado do lago, com aquela graciosidade, encanto e leveza que devorava a minha alma.

Yumi se foi,
Mas deixou pra sempre, indelével
Uma linda & perene
Ikebana de sensações n’alma.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Jeff.YM

quando consegui lembrar de todos os momentos que passei junto a ti, então pude compreender porque tanto fiz para esquecê-los...

Se este tem de ser o fim, então que seja em suma o mais concreto. Não desejo de forma alguma que isso se prolongue aos demais segundos que não me pertencem. Ressucitei infindáveis vezes de meu próprio calabouço e sei, portanto, que os passos que me guiam neste momento são de índole duvidosa até mesmo a quem me vigia distante...

O que vejo na minha frente... não há descrição. É tão confuso, aturdido. Não sei onde estou. Talvez saiba, mas meus pensamentos me enganam, me fazem acreditar naquilo que está apenas na minha imaginação; acho que tento me prevenir do que vem pela frente.

Quando eu ainda caminhava pelos caminhos da vida e usufruía do cheiro das flores, quando eu ainda sentia o vento bater no meu rosto e ainda sentia o calor do sol nas manhãs de todos os dias, eu podia saber que, outrora, infelizmente, tudo acabaria. Sabemos todos que não estaremos aqui para sempre, nada nem ninguém é infinito. Tudo é tão mutante e ao mesmo tempo tão redundante. Quando procuro por respostas chego quase que inevitavelmente ao mesmo ponto: não há resposta.

Não pense que tudo acaba nisso. Tudo, desde o menor resquício de sonho não realizado até a maior ilusão fanática gerida por uma mente depravada, é e sempre será parte integrante do universo.

Ando, ando, ando... parece que não chego a parte alguma! Será que o caminho está incorreto ou eu é que não consigo me largar do que é supérfluo? Aqui, nesta estrada sem fim, nestas árvores frias e gélidas que me rodeiam, não vejo um único ato que me remeta à vida. Por que? Alguém pode me responder? Não, ninguém pode.

Continuo a caminhar. Tenho a nítida impressão de que não estou sozinho. Percebo também que tão longe não se encontra e que de sua presença não hei de compartilhar. Vontade? Nenhuma. Medo? Talvez.

Cada passo é um a mais que dou na direção do nada. Sim, do nada, não faço a mínima idéia de onde estou. Está começando a chover e, num primeiro momento de longas horas, sinto-me como se estivesse no meu mundo, no nosso mundo. As gotas da chuva escorrem no meu rosto e em uma leve onda se juntam as minhas lágrimas; minhas lágrimas estas que vieram para atormentar a paz que achei ter alcançado como de súbito.

Muitos dos amigos que de minha vida fizeram parte costumavam dizer que, quando se ama demais e não é amado, o melhor a se fazer é esquecer, e quando é amado e não se consegue retornar o sentimento, o melhor é compreender. Acho que, mesmo não concordando com totalidade, sempre segui essa diretriz à risca. Não que eu ouvisse meus amigos com total credulidade, mas talvez porque eu sempre tenha precisado de um apoio nas minhas decisões mais involuntárias.

Hoje, quando lembro do meu amor, sinto com dores no coração que, embora de tudo o que eu fiz não me arrependa em nada, eu poderia ter feito muito mais. Poderia ter amado mais e, desta forma, ter alcançado aquela sutileza vital que tanto sonhei na adolescência e nos anos posteriores que daí então me restaram. Não estou agora tentando me redimir fronte ao meu destino ou de qualquer outra maneira recuperar o tempo perdido; estou apenas fazendo um desabafo e percebendo de relance que minhas lágrimas tornam-se mais pesadas a todo instante. Quisera eu, no meu mais perfeito estado, ter corrido na chuva e gritado o quanto eu amava alguém e do que seria capaz por aquele amor; acredito que isso teria fortalecido a minha própria idéia do que é amar.

Esclarecida então a causa das minhas lágrimas, peço efemeramente que me perdoe por não poder contar um final feliz. Afinal, não só de finais felizes vivemos.

Noto que minha caminhada se encurta no tempo, visto que é perceptível o estreitamento da estrada.

Como o fim é logo ali, gostaria de deixar algumas palavras no ar para que um dia possam ser recuperadas e entendidas. Sei que não tenho tempo para deixar registros, por isso libero aos ventos meus suspiros para que meus dizeres prendam-se às folhas dos orvalhos e perpetuem-se nestas até que uma alma nobre se presencie.

À minha família eu deixo toda a felicidade e o conforto de que precisam nesta minha partida. Sei que será difícil para eles tanto quanto estás sendo para mim deixá-los, mas também sei que eles são fortes o suficiente para manterem-se unidos e superarem esta necessária conformação.

Aos meus amigos, oh, nobres amigos, eu deixo todo o meu carinho e toda a força que posso. Desejo que em alguns momentos lembrem-se de mim e que, por respeito, não chorem jamais a minha ausência. Tenham por lembrança todos os momentos alegres que tivemos, todos os risos que compartilhamos e todos os abraços que pudemos dar. Não estarei com vocês para lhes abraçar, mas estarei em espírito e coração para no calor de seus pensamentos me aconchegar. Ah! Não esqueçam de aproveitar suas vidas ao máximo, e percebam o quão maravilhosa é uma amizade verdadeira. Entrego a vocês também a responsabilidade por manter minha alma viva e o amor que tinha por vocês guardado.

Aos meus amores tão lembrados. A estes eu deixo minha gratidão, uma vez que tais foram responsáveis pela minha compreensão da vida. Uns foram rápidos, outros mais longos e apaixonantes, mas todos foram marcantes. Todos, sem exceção, conheceram quem eu realmente sou. Isso não quer dizer que eu tenho duas personalidades ou que me escondo atrás de uma máscara, comprova somente que sempre amei verdadeiramente e que fiz de tudo para conquistar quem eu queria.

Sendo assim, por aqui declarados meus sonhos por minhas lágrimas, termino o meu longo trajeto escuro. Agora me encontro muito melhor. Não tenho certeza de onde estou, mas tenho uma sensação de que daqui em diante tudo será melhor. É tudo tão lindo, tão calmo.

Aqui fico solto ao acaso. Quem sabe um dia eu volte. Isso ninguém pode responder. Vamos esperar e, quem sabe em alguma curva de nossas vidas nos encontremos. Adeus.

A morte é só mais um passo do longo caminho que ainda tenho de percorrer...

Foto de Ayslan

Não... Ainda não te disse tudo...

Não... Ainda não te disse tudo...
Preciso mesmo te dizer, não vou guarda comigo uma única palavra, o menor dos afetos, o mais simples carinho, ou a menor demonstração de amor. Eu quero mesmo que você saiba que te amo. Que te amo sem limites, sem ponto...
Quero que saiba que hoje é mais um dia especial, todos os dias ao seu lado é especial para mim.
Ficar admirando você sorrir, seu jeitinho teimoso que eu acho lindinho...
Mais quero que saibas que não será apenas hoje que vou te lembrar do quanto você é especial, quero que saiba que te escrevo com meu coração pulsando de amor com a única finalidade, de lembrar-te o quanto você é especial para mim, o quanto você é importante na minha vida, o quanto te amo, talvez seja só isso mesmo...
Priscila... Ah, Priscila te amar, é ouvir o cantar dos pássaros, é admirar o luar, é sentir a mais doce brisa no ar, é sorrir sozinho, é dizer sim para a vida...
Quero te dizer mais, muito mais, mas acabam-se as palavras e só quero finalizar com um único eu te amo, afinal não será uma única folha que será capaz de descrever todo meu amor...
Mas acredito que minhas palavras dizem para te que não sei viver sem te. Não haveria motivos, não teria forças para viver... Acredite Priscila não tente medir minhas palavras, dizer em palavras que te amo significa tão pouco, perto do que eu realmente sinto por você.
Deixe-me finalizar dizendo-te simplesmente “Eu te Amo Priscila”

para: Priscila

Foto de ByraUMF

Duvidas ou Desilusões?

Ah, o amor antes uma dadiva, agora um vilão questionavel e sem medo de ousar.
O amor é um vilão? uma dadiva?. Im possivel de compreende-lo pois é perene e intermitente, age sem culpa e por instinto sem o menor preconceito.
Quem ama sofre por simplesmente sofrer, pois o amor nos torne fragil, e com todas as nossa defesas em baixa jogado ao bel preazer da vida.
Não contra e nem a favor, etou me colocando fora deste sentimento mortal e sem pudor.
Admiro os que amam e são amados, e tenho pena dos que sofrem e por amor!!!
Um abraço meus amigos!!!

Foto de ByraUMF

Duvidas ou Desilusões?

Ah, o amor antes uma dadiva, agora um vilão questionavel e sem medo de ousar.
O amor é um vilão? uma dadiva?. Im possivel de compreende-lo pois é perene e intermitente, age sem culpa e por instinto sem o menor preconceito.
Quem ama sofre por simplesmente sofrer, pois o amor nos torne fragil, e com todas as nossa defesas em baixa jogado ao bel preazer da vida.
Não contra e nem a favor, etou me colocando fora deste sentimento mortal e sem pudor.
Admiro os que amam e são amados, e tenho pena dos que sofrem e por amor!!!
Um abraço meus amigos!!!

Foto de Graça_da_Praia_das_Flechas

CIO VAZIO

CIO VAZIO
(proibido para menor)

Graça da Praia das Flechas

Sexo ardente, pensando indecente.
Homem onde estás?
Por ti me contorço
No esforço me acaricio, no cio... vazio...
Sede intensa
Paixão imensa é demência
Maluquice
Burrice...
Te dou por trás
Não ligue para meus Ais...
Me pegue
Membro em riste
Anda
Penetre-me
Aumente meu apetite!
Põe em cima
Embaixo
Na frente
Atrás
Não pára, quero mais...
Está tudo em fogo
Não escondo meu jogo...
Meu sexo perfumado.
Vem, me coma!
Safado!
Assim! Me masturbe, tarado.
Sou fruta madura
Suculenta.
Beba de mim, em meu cálice carmim...
Violentada
Endemoniada
Renegada sou...
De Amor, o Homem em prantos ficou...
Mulher não morre
Tem sorte, mata num só golpe...
Misteriosa.
Vou reluzente de gozo
Procurando pelo mundo, o homem chorando de novo...

Direitos Autorais Reservados ®
*** Campanha pelos Direitos Autorais na Internet
*** Autoria Registrada.
NITERÓI-RJ

Foto de Graça_da_Praia_das_Flechas

CIO VAZIO

CIO VAZIO
(proibido para menor)

Graça da Praia das Flechas

Sexo ardente, pensando indecente.
Homem onde estás?
Por ti me contorço
No esforço me acaricio, no cio... vazio...
Sede intensa
Paixão imensa é demência
Maluquice
Burrice...
Te dou por trás
Não ligue para meus Ais...
Me pegue
Membro em riste
Anda
Penetre-me
Aumente meu apetite!
Põe em cima
Embaixo
Na frente
Atrás
Não pára, quero mais...
Está tudo em fogo
Não escondo meu jogo...
Meu sexo perfumado.
Vem, me coma!
Safado!
Assim! Me masturbe, tarado.
Sou fruta madura
Suculenta.
Beba de mim, em meu cálice carmim...
Violentada
Endemoniada
Renegada sou...
De Amor, o Homem em prantos ficou...
Mulher não morre
Tem sorte, mata num só golpe...
Misteriosa.
Vou reluzente de gozo
Procurando pelo mundo, o homem chorando de novo...

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Foto de Sonia Delsin

AVE DE ARRIBAÇÃO

AVE DE ARRIBAÇÃO

Sou tão pequena.
Às vezes penso.
E o mundo.
O mundo é tão imenso.
Sou grão na imensidão.
Sou ave de arribação.
Ou sou como um pedaço de chão.
Guardo os segredos da semente.
Guardo na mente.
Tudo que fui.
E sou.
Às vezes penso que nem estou.
Mas vivo na ilusão que sou, que vou...
A lugares que nem sequer existem.
Não me entristece isso.
Me alegra.
Me divido.
Me subdivido.
Sou a menor partícula do pó.
E ando pela eternidade na ilusão de que não ando tão só.

Foto de Paulo Master

Chame-me de amor!

Pode me chamar de amor, se outrora te dei alegria de presente, e como uma mãe que afaga o filho com a emoção de ter gerado uma vida, segue a vida consciente do imenso amor que nem no coração lhe cabe.
Se te deixei flutuar no vazio e como caminhar nas nuvens tu sentistes o imenso prazer que te lançou direto pra felicidade e como uma criança que sorria de satisfação, sem medo, mas com sede do amor que te fazia sentir.
Mas pode me chamar de ternura, uma vez que necessário seria para te fazer parar e depois continuar na hora de amar, para poder respirar, se pensavas em cessar esse amor, virias como vinho doce e tentador me deixando teu sabor.
O singelo papel de teu dono e sem abandono te queria pra mim, nem pesava em tristeza visto que tua maior proeza foi te afastares de mim, mas nos acordes de uma canção aos poucos retomei meu coração.
Também sou fidelidade, e na verdade com sinceridade te amei te montei e te fiz minha sanidade, sem loucura, mas com cura, a dor que procura o autor da saudade, outra metade, uma parte que da carne de mim separou.
Sentia o cômodo prazer de somente fazer amor contigo, e como castigo o mesmo não sabia de ti, se do teu umbigo fugia o meu, como saberia se o meu destino bateria com o teu, pois como escravo bancava teu apogeu.
Sim, também sou saudade, essa que agora ta me matando, e entrando sem bater, a porta arde sem fogo se ver, como se pudesse existir um domínio que um dia foi teu, mas que nunca você o perdeu.
O sal da saudade corta como uma navalha e rasga como tralha a marca do que fora coração, e jogando a toalha peço, por favor, não! Deixe que eu morra me socorra ou me joga na imensidão do frio da solidão.
Hoje sou amargura e sem ter cura meu coração se deixa abater, parece difícil, algo impossível à vida de novo me alcançar, vida que um dia sorria pra mim e mesmo assim me abandonou, seria essa a minha sina, de sorte veio a mim essa menina!
Com os olhos sem ter mais lágrimas para lavar e o susto do teu desamor me desanimar, vivo sem emoção, e sem uma conotação, sem uma caricatura, vejo-me hoje sem cura, tanto amor se transformou em amargura.
Pode hoje me chamar verdade, sim com sinceridade acabou-se a minha visão do destino e sem tino como um menino perdido, sentido, sofrido com o coração abatido, basta olhar pra mim e enxergar você.
Se no brilho do meu olhar existe o fundo seco e vasto da tristeza, foi por esta mesma proeza que se fez a beleza que estes olhos a puseram na mesa e sem a menor destreza, com toda certeza ao meu fim caminhar.
Chame-me de vida, estou de partida à busca de outro colo, uma nova guarita quem sabe um porto seguro, um tiro no escuro ou uma sorte melhor alcançar voltar a viver, tirar sua marca de mim, que como cicatriz eterna se faria meu fim.
Cultivar meu jardim, tentar sorrir com o rosto sujo de capim, mas alegria fraterna que de uma linda donzela dispensou-se de mim, farei um jardim florido, bonito e com odor da mais linda e perfumada flor, hoje...
Chame-me de amor!

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