Marido

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Morena

Morena, Morena...
Só falta aquela Morena,
Só falta ela aqui,
Só falta aquela menina,
Que não me deixa dormir.

Se eu durmo, sonho com ela,
E acordo pensando nela,
Acendi até uma vela,
Pra ter essa garota bela.

Morena de belos olhos,
E corpinho definido,
Se tu me deres "bola",
Vou querer ser seu marido.

Morena vou te buscar,
Pode ficar preparada,
Eu faço o que puder,
Pra ter a minha amada.

Morena como és linda,
Espere por minha ida,
Vou dar uma aliança,
Pra mulher da minha vida.

Foto de Ozeias

Os lábios de pitangueira

Antes de tudo, quero deixar bem claro que não sou uma prostituta, nem uma mulher qualquer. Ora, se meu marido tinha uma amante, que era nada mais, nada menos do que sua secretária, por que eu não poderia ter um amante? Bem, eu o perdôo; isso são coisas de instinto de caça do homem. As mulheres também têm os seus instintos. Pelo menos eu.
Sempre que eu ia até a padaria, notava o olhar faminto daquele moleque robusto, tão moço e já com postura de homem. Era vigiada minuciosamente por aquele par de olhos felinos, astutos. Com o passar do tempo, minha ida à padaria deixou de ser apenas à procura de pães. Eu queria também aquele olhar voraz que me despia e comia por inteira. Comecei a ir sempre aos horários em que ele estaria lá depositando os pães frescos na vitrine, para que pudéssemos ter nossas trocas de olhares secretas.
Na cama, em vez de meu marido, fazia amor com o padeiro. Em mente, o chamava, mesmo sem saber seu nome. Já não agüentava mais de desejo, então decidi tomar providência.
Eram seis horas da tarde, quase hora do seu expediente encerrar. Tomei meu banho e saí para a varanda, à espera dele. Eram seis e vinte quando eu o avistei sair do estabelecimento.
- Ei, moleque!-Gritei.
Ele me olhou, curioso. Apontou o dedo para si, como se estivesse perguntando se eu o havia chamado. Respondi que sim. Desconsertado e sem jeito, ele veio em minha direção.
-Sim?
- Será que você poderia me dar uma ajudinha ali dentro?
Ele ficou hipnotizado pelo meu vestido azul claro, meio transparente, que o permitia ver os meus seios. Pigarreou antes de falar.
-Sim, claro...
- Então venha.
Deixei que ele entrasse primeiro. Assim que entrei, fechei a porta e deixei meu vestido cair. Seus olhos esbugalharam-se e ele ficou imóvel. Tentou dizer algo, mas nada saiu daquela boca. Olhava-me de cima a baixo.
- Qual... Qual é... O que posso fazer para ajudá-la?
- Quero que me devore. Sou todinha sua, moleque- Disse deslizando minha mão sobre o meu corpo, parando em minha boceta. Dei um sorriso malicioso para ele, que engoliu em seco. Caminhei em sua direção, que recuou alguns passos, até que suas costas encontraram a parede.
Peguei suas mãos, que estavam frias e trêmulas, e levei-as até os meus seios, dando lentas voltas. Seus olhos se fecharam. Desci com elas pelas minhas curvas, depois as levei diretamente à minha boceta, agora úmida. Levei seus dedos úmidos até a minha boca e comecei a lambê-los. Depois, novamente peguei suas mãos e as depositei sobre minhas nádegas.
Até então, as únicas poções de massa que aquele rapaz havia manejado eram apenas as dos pães. Acostumado apenas a eles, ele apertou minhas nádegas fortemente com suas másculas mãos e começou a remexê-las como um padeiro experiente.
- Tá gostando, moleque?-Perguntei.
Ele não tinha voz. Suas mãos pareciam tremer mais; eu podia ver o suor deslizando por sua testa e seu pomo de adão subir e descer a cada engolida em seco que ele dava. Seus olhos de devorador brilhavam.
-Beije- Ordenei manhosa, empinando minhas nádegas em direção ao seu rosto.
Os lábios daquele pivete eram experientes. Mas eu tinha certeza que não era graças às mulheres, mas sim às pitangas e mangas que eram cultivadas em seu quintal.
Ouvimos um barulho do lado de fora. Assustado, ele afastou-se rapidamente, tentando recompor-se. Ver sua expressão de espanto fez com que eu risse, deixando-o ainda mais sem graça.
- Fica calmo, molequinho, meu marido não volta hoje.
Eu estava mentindo, meu marido poderia chegar a qualquer hora, mas ainda estava muito cedo para ele retornar. Ele nunca havia chegado em casa naquele horário, não seria naquele dia que ele chegaria.
- Vem de novo- Disse empinando-me novamente, acariciando as nádegas úmidas pela saliva dele.
Hesitante, ele foi aproximando-se lentamente até que novamente aqueles lábios já estavam a me lambuzar.
Na cama, comprovei que ele era completamente inexperiente. Ainda assim, tinha uma pegada forte. Fez-me gozar duas vezes. Primeiro, com sua língua; depois, com seu protuberante pênis.
Antes de partir, perguntei-lhe seu nome.
- Ernesto- Respondeu-me ele já na porta.
- O meu é...
- Marta!- Completou sorrindo.
Fechou a porta. Alguns instantes depois, enquanto estava no meu banho, Jorge chegou.
Jorge era advogado e estava envolvido num caso muito complexo. Com isso, passava o dia todo trabalhando, sem direito a pausa para o almoço ou café. Naquela noite ele estava cansado demais para me procurar.
- Amor, cheguei.
- Jorginho, meu amor, eu tive que dar uma saída e cheguei agorinha há pouco. Nem deu tempo de aprontar a janta, ainda. – Gritei do chuveiro.
- Tudo bem, eu estou sem fome. Vou tomar um banho e dormir, porque o dia hoje foi longo!
Desliguei o chuveiro.
- Quer que eu te dê banho?
Ele riu.
- Não precisa, amor. Estou cansado, mas não morto.
-Sei essa sua canseira- resmunguei baixo enquanto eu me enxugava. Era óbvio que ele transou com a secretária dele.
Durante a noite, enquanto ouvia os roncos do meu marido, tentei reproduzir os gemidos do moleque. Olhei para Jorge e tive uma espécie de remorso que logo se foi ao pensar na secretária com jeitinho de ingênua que tantas vezes fora a aquela casa nos jantares e almoços. Sob os roncos no quarto e gemidas em mente, adormeci.
** *
Mal dormi naquele dia. Não conseguia acreditar que havia transado com a musa inspiradora de minhas masturbações. Meu coração pulava a cada momento em que as imagens daquela tarde me vinham em mente. Minhas mãos nos seios fartos, em sua boceta molhada... Meu amigo Alfredo tinha que saber de tudo.
- Seu mentiroso duma figa!-Disse-me Alfredo, após eu ter lhe contado toda a história.
- Eu juro pra você. Ela me chamou pra ajudá-la em sua casa. Quando entrei, ela tirou a roupa e transou comigo.
- E por que eu acreditaria? Ela é a mulher do advogado, você acha que, se ela fosse trair ele, ela trairia logo com você? Além do mais, ela deve ter uns quarenta anos, não seria louca de se deitar com alguém da nossa idade.
Quando abri minha boca para falar, vi aquela figura graciosa surgindo na esquina, vindo em nossa direção com um sorriso no rosto. Marta...
-Olá, meninos...
-Oi- Disse Alfredo surpreso.
- Será que alguém de vocês poderiam me ajudar a trocar a luz da cozinha?-Perguntou dirigindo um olhar sugestivo para mim. Era como se os olhos dissessem “se ofereça!”.
-Eu!-Respondi no mesmo instante.
Alfredo olhou para ela, depois para mim, desconfiado.
- Ótimo! Dá licença pro seu amigo me dar uma ajuda?
-Claro- Alfredo forçou um sorriso.
Quando nos afastamos, pude ver a expressão de incredulidade no rosto dele.
Naquela tarde, transamos duas vezes.
- Você fuma?-Perguntou-me ela, que havia acabado de acender seu cigarro.
- Não.
- Qual sua idade, mesmo?
-Dezesseis.
Ao ouvir minha idade, ela engasgou-se e apagou o cigarro.
-Quer dizer que estou transando com um pivete que nem idade de homem tem?-Tapou os seios com lençol, como se estivesse envergonhada.
- Me desculpa, pensei que você soubesse minha idade. – Ia me levantando da cama, quando ela segurou meu braço e sorriu.
- Seu bobo, você pode até não ter idade de homem, mas tem o necessário que muitos, mais velhos que você, não tem. -Me beijou, depois recostou sua cabeça no meu peito, arranhando levemente meu braço.
Permanecemos assim calados por um longo tempo. Ouvíamos nossa respiração e os passos das pessoas lá fora.
- Até quando?- Perguntei, quebrando o silêncio.
- Até quando o quê?-Parou de me arranhar olhando para mim.
- Até quando vamos nos encontrar?
- Para de pensar nisso, seu bobo. Até quando nós dois quisermos.
- E se eu ainda quiser e você não?
Apesar de eu ter falado sério, ela riu. Senti-me incomodado por ela não ter levado a conversa a sério. Ao ver minha expressão, ela perguntou o que havia.
- Nada.
- Vamos, diga, meu molequinho.
- Você não está me levando a sério.
- Ora essa, esqueça isso de até quando. Se depender de mim, vamos ficar assim até você se cansar de mim.
- Mas eu não vou me cansar.
- Está vendo? Pra que se preocupar, então? Agora vá que meu marido está pra chegar. –Levantou-se da cama e saiu do quarto. Logo ouvi o barulho do chuveiro. Despedi-me dela beijando sua calcinha que estava caída ao pé da cama.
Quando saí da casa, vi a figura de Alfredo sentado na calçada da esquina. Ao me ver, ele levantou-se rapidamente com um sorriso largo e veio em minha direção.
- Então é verdade mesmo?
- Agora acredita?
Ele balançou a cabeça euforicamente. Seus olhos vibravam.
- Bico calado entendeu? Nem pense em dizer isso pra ninguém.
- Eu não sou dedo duro!
Enquanto caminhávamos, Alfredo, curioso de tudo, queria saber todas as coisas sobre mulher e sexo, como se eu fosse experiente.
- Você é muito sortudo!-Repetia ele a todo instante.
- Não se preocupe, você também vai fazer isso.
Despedi-me dele com mais uma advertência de que ele não dissesse absolutamente nada sobre aquilo.
Certa vez, enquanto eu acendia meu cigarro-Sim, eu comecei a fumar- após uma intensa transa, Marta perguntou-me se eu havia falado algo sobre o nosso caso para meu amigo Alfredo.
- Não- Menti- Por quê?
- Já reparou como ele nos olha? É como se soubesse...
- Vai ver ele desconfia.
- Aquilo não é olhar de desconfiança, é de certeza. – Pegou o cigarro de minha boca, tragou- Ele passa aqui em frente olhando pra cá, como se estivesse procurando alguma coisa.
- Vai ver ele também gosta de você.
Ela riu, depois voltou ao seu tom sério.
- Você não disse nada mesmo, não é?
- Claro que não, medrosa. Por que eu falaria? –Disse acariciando seus cabelos negros.
- Não sei. Vocês moleques gostam de contar vantagem de garanhão.
Tomei o cigarro de suas mãos e o apaguei no piso de madeira do quarto.
- Vou te mostrar que não preciso tirar vantagem de garanhão!
Transamos mais uma vez, só que dessa vez, com uma força que jamais havia feito antes. Pensei que ela fosse reclamar, mas parecia estar gostando. Chamou-me de coisas que jamais imaginei ouvir de uma mulher.
Ao sair da casa, encontrei-me com Alfredo dobrando a esquina, como se estivesse vindo da mesma direção que eu.
- Alfredo!
Notei que ele assustou-se ao ouvir chamá-lo, mas virou-se para mim com uma expressão de surpreso.
- Ernesto, garanhão!- Cumprimentou-me.
- Marta está desconfiada de que você sabe sobre nós.
- Como?
- É culpa sua! Você olha pra ela como se soubesse de alguma coisa, passa pela casa, curioso como se já soubesse que eu estaria lá. Seja mais discreto, porra!
- Desculpe, Nesto.
- Tudo bem , mas fique na sua. Não posso nem imaginar se ela souber que eu te contei.
***
Foi inacreditável a rapidez com que o moleque foi ganhando experiência na cama. Em poucos dias, ele já sabia as manhas para me deixar completamente louca. O que é pior, ele soube como entrar em mim, impregnar-se em minhas entranhas, tatuar-se em minha alma. As coisas estavam tomando outro rumo. Já não era mais apenas um desejo, uma atração, era um fogo que queimava meu peito e carbonizava qualquer razão que me viesse à cabeça.
Seu rosto infantil, seu olhar devorador, seu corpo esbelto, suas palavras doces e engraçadas me prendiam a cada dia mais e mais. Estar ao lado dele me trazia uma sensação que eu jamais havia sentido antes. Era como se ele fosse meu protetor, como se aqueles tenros e torneados braços que me envolviam fossem uma fortaleza. Contava-me histórias engraçadas, chegava a até recitar poesias. Por vezes, me surpreendia com propostas absurdas.
- Você fugiria pra viver comigo?
- Aceitaria um filho meu?
Eu sempre achava graça o que fazia com que ele ficasse um pouco chateado. Depois, nas madrugadas em que ele me assombrava, ficava pensando em suas propostas. Eu me repreendia quando, ainda que em pensamento, dizia-lhe que sim.
Quando me deitava com Jorge, tinha uma estranha sensação, como se estivesse traindo meu moleque, não o contrário.
- Você está bem?-Perguntou-me meu marido assim que terminamos de transar.
- Sim, por quê?
- Faz dias, você quase não fala. Na cama está mais acanhada...
- Impressão sua, meu amor- Disse forçando um sorriso e beijando-lhe. Depois voltei aos meus pensamentos. Em poucos instantes, Jorge já roncava.
Como não conseguia dormir, decidi tomar um ar fresco na varanda. Recostei-me no balaustro e fechei meus olhos, sentindo o vento soprar meu rosto. Quando abri, assustei-me com a figura do amigo de Ernesto. Ele me olhava com malícia e um meio sorriso desabrochado. Ficou assim por alguns instantes, depois cumprimentou e saiu caminhando. “ Impossível ele não saber de nada. Ou o moleque mentiu, ou ele nos espiona”, pensei voltando nervosa para dentro. “Amanhã darei um jeito.”
No outro dia, decidi dar uma volta pelo bairro, a fim de encontrar o amigo do meu moleque. Não demorei muito a encontrá-lo sentado com outros garotos na praça jogando baralho. Caminhei em sua direção.
- Sua mãe pediu pra te dar um recado. Está te chamando. –Menti.
- Minha mãe?- Indagou confuso.
- Sim. – Respondi-lhe dando meia volta e caminhando lentamente. Em poucos segundos, podia ouvir seus passos apressados atrás de mim. Quando ele já ia passando por mim, disse-lhe que era mentira.
- Se minha mãe não está me chamando, o que é então?
Disse-lhe que precisava tratar de algo muito importante e que precisava ser já. Levei-o para minha casa e pedi para que ele se sentasse e me esperasse, enquanto fui à cozinha buscar suco e biscoitos. Quando voltei, o encontrei com um sorriso ansioso no rosto, que logo se desfez ao me ver com a jarra e a bandeja. Parecia esperar outra coisa.
- O que a senhora quer?- Indagou enquanto pegava um biscoito.
- O que você sabe sobre mim e o seu amigo?
Ele parou de mastigar por um momento, depois olhou para o pé do sofá e respondeu que nada.
- Nada? Ora, vamos, diga.
- Eu juro. O que há entre vocês dois que eu deveria saber?
- Bom, nada... Vamos, não minta que eu sei que você sabe!
- Eu não sei de nada, te juro!
- Que pena... Seria tão mais legal se brincássemos nós três...
Ele engasgou-se. Seus olhos se mostravam surpresos. Aproximei-me dele, sentei ao seu lado e sussurrei em seu ouvido.
- Tem certeza de que ele não falou nada?-Passei a mão por sobre o volume que já se mostrava em sua calça.
- Bom... Já que a senhora insiste... Ele me contou que vocês dois tem um caso, mas eu não acreditei... Ai!
Minha mão apertava com força o seu pênis.
- Escuta aqui, moleque, se você abrir esse bico pra alguém, eu juro que te capo, ouviu?
- Sim, ai!- Sua expressão era de dor.
- Agora vai!
Ele levantou-se mais do que depressa e saiu disparado pela sala.
Então meu moleque havia mentido para mim. Será que ele não pensou no que poderia acontecer se o seu amigo resolvesse abrir a boca? Minha cabeça já começava a doer, tamanha a raiva. Iria terminar tudo, acabar com aquela insanidade perigosa naquele dia. Decidi esperá-lo ali mesmo no sofá.
Quando ele chegou, veio sorridente em minha direção. Levantei-me rapidamente e, com toda a força que podia, esbofeteei-lhe.
- O que foi?-Perguntou massageando o rosto, com os olhos d´água.
- Seu moleque irresponsável! Você disse tudo praquele seu amigo, não é? Você não tem ideia do risco que você colocou a gente? Se ele resolve abrir a boca por aí, estamos mortos!
- Eu não disse nada.
- Seu mentiroso, cínico, ele confirmou!- Disse tão alto que parecia um grito.
Ele fitou o chão, silencioso.
- Me desculpe, amor...
- Não vou te desculpar, seu imbecil. Vocês homens, quero dizer, crianças! Agora saia já daqui que não quero ver você!- Minha cabeça parecia explodir. Lágrimas escorriam pelo meu rosto.
Ele abriu a boca para dizer algo, mas antes que saísse alguma palavra, eu ordenei que ele saísse tão braviamente que minha garganta chegou a doer. Cabisbaixo e ainda massageando o rosto, ele saiu pela sala. Assim que porta se fechou, caí aos prantos no sofá. Por que é que ele tinha que ter feito aquilo? Não estava bom aquele segredo só nosso? Tomei um remédio e fui para uma ducha fria.
***
A dor da bofetada que Marta me deu não foi nada comparada a da idéia de não tê-la em meus braços naquela tarde, nem nas que viriam. Eu estava furioso comigo e com Alfredo. Por que é que eu não guardei segredo? Eu não sabia o que fazer. Chorava copiosamente enquanto caminhava de volta pra casa. Decidi dar uma volta até que eu me acalmasse, antes de retornar para casa.
Enquanto caminhava, vários pensamentos me vieram. Entre eles, o de esganar Alfredo com minhas próprias mãos. Ou então de amarrá-lo num tronco e chicoteá-lo até a morte. Tantas foram as formas de sua morte que me viera a cabeça, que logo decidi como ia fazê-lo. A porradas! Sim, ia socá-lo tanto no rosto que iria desfigurá-lo! Minhas mãos cerravam, meus dentes apertavam os lábios a cada acesso de raiva que me viam junto com essas idéias.
Quando virei a esquina da praça, notei a figura de Alfredo no meio do grupo de sempre. Com as têmporas aos pulos e dentes e mãos cerradas, corri em sua direção. Ao me ver, ele levantou-se rapidamente assustado, como se soubesse o que iria acontecer a seguir. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, desferi-lhe um soco na boca. Ele cambaleou de lado e logo caiu. Levantou-se e veio em minha direção tentando revidar, mas antes de o fazer, chutei-o fortemente na barriga, derrubando-o no chão, sem fôlego. Antes de eu investir pra cima dele, os meninos me separaram. Furioso, eu tentava me soltar aos gritos.
- Me larguem que eu vou quebrar a cara desse fofoqueiro filho da puta!
- Pelo amor de Deus, Ernesto, o que deu em você?-Perguntou-me Pablo, espantado com minha fúria.
Não conseguia dizer mais nada a não ser “me larguem”. Enquanto eu tentava me soltar, olhava furiosamente Alfredo, que se contorcia de dor no chão.
- Tirem o Alfredo daqui!-Disse Pablo afastando-me de perto dele.
Em poucos segundos, levaram Alfredo dali. Tentei me desprender de Pablo para que pudesse socar o fofoqueiro novamente, mas eu não conseguia. Demorou bastante tempo para que eu pudesse me controlar. Sentei-me no banco ofegante, abaixei minha cabeça e voltei a chorar novamente.
À noite, não consegui dormir. A imagem de Marta me vinha toda vez que eu fechava meus olhos. Seus seios rijos, sua pele alva com algumas pintas que ornavam seu ventre e pescoço, suas nádegas volumosas, seu quadril largo, carnudo, seus lindos lábios avermelhados pelo batom, sua boceta úmida, o perfume das colônias em sua pele, dos cabelos negros... Mordi o travesseiro de raiva.
O cheiro de manga no quintal fez com que eu me recordasse do dia em que, nus no chão da sala, enquanto eu levava a manga em minha boca, ela tomou-a de mim, descascou-a e começou a lambuzar-se.
- Vem chupar. –Disse enquanto deslizava a fruta por entre seus seios. Depois apertou a manga em cima de sua boceta, de modo que o caldo se concentrasse nela. Enquanto eu a chupava, sentia-a tremer, diante do enorme prazer. Logo, o doce da fruta perdeu sabor diante do gozo dela. Depois fomos nos banhar, onde lhe ensaboei a boceta e as nádegas.
Levantei-me da cama e segui para o quintal à procura da manga que eu havia acabado de ouvir cair sobre as folhas. Assim que encontrei, segui para o banheiro me despindo rapidamente. Comecei a chupar a fruta, deixando o caldo derramar sobre o meu corpo. Enquanto eu me lambuzava, masturbava-me relembrando do corpo melado de Marta. Quando gozei, entreguei-me à dor da realidade de não tê-la mais.
***
Eu não estava odiando meu moleque, mas não conseguia perdoá-lo por ter colocado nós dois em risco. Decidi nos separar para protegê-lo, mais do que a mim. Só Deus sabe o que aconteceria com ele se meu marido soubesse de alguma coisa.
Por três vezes ele veio aqui em casa se desculpar, mas eu não o quis ouvir. Dispensei-o dizendo-lhe coisas grosseiras. Da última vez, quase não resisti àqueles olhos vorazes que me fitavam com tristeza. Por alguns segundos, pensei em convidá-lo para entrar e matar toda aquela vontade de tê-lo novamente, mas aí me veio a imagem dele caído no chão com uma bala no peito. Estremeci.
-Saia daqui, agora!-Enxotei-lhe do portão.
Jorge teve que fazer uma viagem de repente, pois ele precisava acertar alguns detalhes para o adiantamento de um tal processo.
- Quantos dias?
- Quatro.
Decidida a não ficar sozinha, liguei para minha prima convidando-a para passar alguns dias comigo. “Eu bem que gostaria, mas a tia Adelaide está aqui”, desculpou-se ela. Eu sabia que se eu ficasse aqueles dias sem meu marido, eu não resistira à tentação de perdoar o meu moleque.
Antes de meu marido sair, tomamos um drinque. Quando ele saiu, continuei a beber. Eu já havia esvaziado quase meia garrafa de uísque. Consultei o relógio, estava quase na hora da padaria fechar, então fui para a varanda. Não demorou muito para que eu o visse saindo do estabelecimento, a passos lentos, meio cabisbaixo.
- Ei, moleque!-Ele parou, olhou para mim e sorriu. Depois veio caminhando apressadamente em minha direção.
- Você está me desculpando?
- Não seja bobo e entre aqui.
Apressadamente, ele abriu o portão e veio de encontro a mim. Nós nos abraçamos ali mesmo, na varanda.
- Eu te amo tanto- Disse-me ele, apertando-me em seus braços ainda mais.
- Eu também, moleque. – Disse beijando-lhe ali mesmo. Peguei sua mãe e o levei para a sala. Antes de fechar a porta, vi que a vizinha nos olhava da janela, curiosa. Forcei um sorriso para ela, que me olhava com desaprovação.
Naquela tarde, fizemos amor como nunca. Ele me apertava como se quisesse nos unir, me penetrava como se quisesse estar dentro de mim, dizia-me coisas bonitas que me excitavam ainda mais.
- Te quero muito, meu moleque. Eu te quero até morrer. –Repetia-lhe essas palavras em meio às gemidas.
Transamos na sala, no quarto e no banheiro, quando fomos nos banhar.
- Volta amanhã?-Perguntei.
- Sempre!-Disse-me ele com seu sorriso.
Naquela noite, pela paz de tê-lo novamente e pela meia garrafa de uísque, adormeci logo.
Em todos os dias em que meu marido esteve de viagem, transei com meu moleque. Esses dias foram longos e curtos, ao mesmo tempo.
Quando Jorge chegou, foi como se tivesse acabado de sair. Mesmo assim, fingi empolgação e exclamei “amor”, assim que a porta se abriu. O abracei e disse que estava morrendo de saudade e louca para fazer amor com ele.
- Dá pra ser depois? Agora estou cansado da viagem. –Disse deixando sua mala no chão, indo em direção ao banheiro.
Enquanto ele se banhava, comecei a retirar seus pertences da mala. Enquanto retirava as peças, cheirava-as a fim de detectar algum outro perfume; e detectei. Quase todas as peças tinham o mesmo perfume estranho- que, na verdade não era tão estranho assim, pois eu o conhecia, e muito bem!-, que eu sabia quem pertencia: sua secretária. Estava na cara que ele não viajou a negócios, mas sim por diversão.
***
Eu estava tomando meu café da manhã antes de ir para a escola, quando meu pai sentou-se à mesa com um olhar que eu jamais havia visto antes.
- É verdade isso o que estão falando por aí?
Parei meu copo de café na metade do caminho.
- O que estão falando, pai?
- Que você anda de caso com a mulher do advogado.
- O quê?! Quem disse isso?
- O povo!
-Mas é mentira, pai.
- Eles não iam inventar uma cosia dessas. Tantas moças da sua idade, bonitas, e você cria caso com a mulher do advogado? Aquela desavergonhada!- Meu pai estava nervoso.
- Ela não é desavergonhada!- Disse socando a mesa, mas logo me arrependi. Ele me olhava, incrédulo.
- Então é verdade, não é?-Acusou-me meu pai. – Você tem ideia do que vai te acontecer se ele souber que mulher dele anda traindo ele com um moleque? É morte na certa!
A essa altura, minha mãe já havia aparecido na cozinha e me olhava preocupada.
- Eu liguei pra tia Joana. Você vai pra casa dela.
- O quê?- Levantei-me de um salto- Quando?
- Na semana que vem. Sem discussão- Disse-me meu pai.
- Eu não vou a lugar nenhum!- Saí apressado da cozinha com minha mochila, fechando a porta com violência. “Só pode ser Alfredo!”, pensei.
***
Desde o dia em que Ernesto me fez passar aquela vergonha em meio aos meus amigos em plena praça, jurei a mim que eu não sairia na pior. Pensei em contar ao advogado que sua esposa estava ficando com outro homem, mas vi que Ernesto e ela não estavam mais juntos, o que faria com que o que eu dissesse parecesse mentira. Eu sabia que a volta dos dois seria só uma questão de tempo; era só a tempestade se acalmar.
Assim, passei a vigiar cada passo de Ernesto.
Uma vez, quando o vi se aproximar da casa da esposa do advogado, logo me animei: Eu poderia me vingar! Mas logo vi que não ia ser tão fácil assim, pois a forma como ela falava com ele e o olhava era dura, como se ainda as coisas não estivessem bem. As outras duas vezes também foram a mesma coisa. Na última, por um momento, pensei que ela fosse arrastá-lo para dentro e transar com ele, mas logo ela o enxotou.
Assim os dias foram se passando até que no fim de um de seus expedientes, o vi caminhar em direção à casa do advogado. Lá estava ela da varanda, chamando-o. Rapidamente, ele correu para dentro da casa. Os dois se abraçaram e, para minha surpresa, se beijaram ali mesmo. Depois sumiram de vista. Bingo!
Novamente, eles voltaram a se encontrar como antes e aquele fato não pareceu ser uma descoberta só minha, mas como das outras pessoas, também. Logo as mexeriqueiras da cidade começaram a falar sobre a mulher do advogado e um rapaz padeiro. Já era hora do advogado saber, mas por mim.
Escrevi uma carta anonimamente explicando-lhe tudo e a deslizei por baixo da porta, de madrugada. No outro dia, ele saberia de tudo.
***
Quando meu moleque chegou, não trazia aquele sorriso costumeiro, nem aquele olhar vivo, mas sim uma expressão de tristeza.
- O que houve?-Perguntei.
- As pessoas sabem sobre nós- Disse-me ele, sério e cabisbaixo.
- Como assim?- Perguntei. Mas logo me veio a resposta: a vizinha. Estava claro! No dia em que eu, bêbada, beijei-o na varanda ela viu. Eu não conseguia falar.
- E meus pais vão me tirar da cidade.
O quê? Não podia ser! Eu não queria ficar longe do meu moleque, meu amor... Comecei a chorar.
Ele veio em minha direção e me abraçou, também chorando.
- Eu não quero me afastar de você. Prefiro morrer a sair daqui. Eu te amo!
- Eu também, meu amor. Também não vou agüentar ficar longe de você.
- Isso foi coisa do Alfredo!- Ele levantou-se bravo, com as mãos em punhos. – Eu vou matá-lo!
- Não, não foi ele, foram os vizinhos. Eu sei que eles nos viram na varanda, naquele dia. – Abracei-o- Venha, por favor, sou sua, meu moleque.
Fizemos amor ali no sofá, sem nos preocuparmos com a chegada do Jorge. Ficamos deitados ali, nus, em silêncio.
Embora não estivéssemos dizendo uma só palavra, podíamos nos ouvir. Nossos corações batiam descompassados. Nossos olhares se encontravam, sorriam para si, diziam coisas que jamais compreenderíamos, se fossem ditas em palavras.
Mas o que estava acontecendo comigo? Por mais que aquele lado racional me dissesse para mandá-lo embora, meu coração e minha boca não o faziam. Era tarde demais, eu simplesmente sabia que não mais ficaria sem ele.
Eu não queria ficar sem ele, preferia a morte.
-Eu também- Disse-me ele. Fechando seus olhos, dando um longo suspiro antes de adormecer em meu peito.
***
"Na noite de ontem, uma tragédia se abateu sobre a cidade de Baixo Guandu. Uma mulher de quarenta e três anos e um jovem de dezesseis morreram a tiros e depois foram carbonizados durante o incêndio na casa em que os dois se encontravam. Segundo as testemunhas, as duas vítimas mantinham relações sexuais.
As testemunhas dizem que o marido da vítima teria chegado em casa alterado por volta das dezenove horas e encontrado a esposa com o jovem. Seguiu-se uma longa discussão, depois se eles ouviram quatro disparos, depois sentiram um forte cheiro de fumaça. O marido da vítima está sendo procurado pela polícia.
Os pais do jovem estão abalados. Amigos e vizinhos também não se conformam com a tragédia."
Jornal O Estado, 22 de Novembro de 1973.

Foto de Oliveira Santos

Tragicantiga De Roda

Poema adaptado da cantiga de roda Terezinha de Jesus

Terezinha de Jesus
Numa queda foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Cheios de preocupação

O primeiro foi seu pai
O segundo seu irmão
O terceiro seu marido
Segurando a sua mão

Foi levada ao hospital
Que tristeza de visão!
Gente pelos corredores
E largadas pelo chão

A sujeira toma conta
Nenhum doutor de plantão
A enfermeira dá uma olhada
E disse: "aqui dá jeito não"

Começou o corre-corre
A procura de atenção
Batendo de porta em porta
Sem encontrar solução

O desespero do seu pai
Tomou conta do seu irmão
E o marido estarrecido
Com toda essa situação

E Terezinha inconsciente
Sofre toda a judiação
De ficar indo e voltando
Passando de mão em mão

Se tem médico na casa
A fila dobra o quarteirão
Mas não adianta nada
Não tem material à mão

Terezinha de Jesus
Seu destino em outras mãos
Em meio a toda essa gente
Desprezada, morre então

Por ter chocado a cabeça
Sofreu uma grave lesão
Foi só mais uma infeliz
Que não encontrou salvação

25/06/97

Foto de usuario12345

Diva da Luz

Forte luz da minha mente,
Estonteante ilusão.
Foste estrela incandescente,
És beleza da nação.

Tu és mulher da rua,
Tua luz é de contraste.
Uma hora é a Lua,
Outra hora és de Marte.

Tentou beber veneno,
Eu o tinha escondido,
Ao tocar as suas mãos,
Calor jamais sentido,
Em seu olhar uma emoção,
Que nunca tinha vivido.

Sua luz está de volta,
Já não sinto mais perigo.
Seu amor é cor-de-rosa,
Posso ser o seu marido?

Me disseste um sim,
Tudo está confirmado,
Tu foste feita pra mim,
Sempre estarei ao seu lado.

Foto de betimartins

Ao meu verdadeiro amor - parte 1

Ao meu verdadeiro amor - parte 1

Pois é estou a escrever o que não tenho coragem de falar-te abertamente, deixo sobre tuas coisas meio escondido, para ver se um dia a encontras.

Se a descobriste agora é porque a encontraste e aqui vai meu amor:

Meu amor, eu lembro do primeiro minuto que falamos, lembra-te que me sentia bem e segura, tinhas uma vida diferente da minha e eu a minha vidinha repleta de sofrimento, mas alguém lá em cima quis que nesta vida os dois reencontrassem e vivessem a sua grande historia de amor.
Era ainda muito jovem diria que ainda uma criança e sempre sonhava com belo cavaleiro vestido de branco com a cruz dos templários no meio de suas vestes, mas sempre pensei ser lembranças de menina. Cresci, estudei e lia muito mesmo por vezes ia a vários lugares, diria que mundos onde ninguém acessava era, simplesmente, magníficos, entrava no livro e depois era só voar ao mundo do imaginário e ali divertir até cansar.
Lembro ainda de ter medo do escuro, muito medo mesmo, por vezes colocavam em situações terríveis para eu perder o medo, mas ele só aumentava, quando eu perdia as forças eu lembrava do meu cavaleiro andante que um dia viria num cavalo, voando e levava para outro lugar e longe de tudo.
A minha e tua vida não foi fácil, foram muitas batalhas, muita dor que os dois superamos, ultrapassando com fé de um novo dia e éramos infelizes os dois porque nada nos preenchia por dentro.
Minha vida não foi fácil, diria que nada fácil mesmo, eu cresci, estudei, trabalhei e foi esposa e mãe, mas nesse meu crescimento eu esqueci de mim, da minha identidade era como se algo dentro de mim tivesse adormecido.
Tive muitos dias, meses que meu coração rebentava de tanta dor, tanto desespero, perdida sem saber por onde caminhar ou aliviar a minha dor ou dos que me rodeavam. Não tive grande ajuda aqui, mas lá de cima eu tive força e fé para caminhar e não fazer como meu irmão, que na sua dor e desespero, termina com sua vida. Entre lágrimas e entre medos eu rezava e pedia a Deus que oferecesse a coragem e força para caminhar no meio da montanha agreste e turbulenta.
E no meio dessa turbulência vieste como um verdadeiro furacão quis resistir aos meus sentimentos, mas eram demasiados nobres e sinceros porque era o amor verdadeiro. O amor que eu tanto sonhei desde menina. Muitos foram os que me feriram, mas poucos aqueles que souberam curar e tu foste o único que curaste minha ferida já tão aberta e dolorida pela vida.
Lembro de cada momento que nós conversamos e cada promessa nossa, curar as nossas feridas e cuidar um do outro e apagar o passado completamente. Tu eras como uma águia ferida, eu como a fênix, que pouco já existia em mim de tanto que doei de mim aos outros e nunca querendo pensar um pouco em mim. Engraçado que eu contigo voltei a escrever como no passado, eras minha fonte de inspiração, meu porto seguro onde eu podia navegar e nunca afundar nas tempestades que estavam para vir e lembras que muitas vieram mesmo.
Fizemos promessas, mas as cumprimos uma a uma religiosamente, despimos das vaidades, despedimos do conforto dos amigos e familiares e ficamos juntos e juntos ensinaste a ver a ruindade dos que se diziam amigos e superei barreiras dentro de mim.
Lembras quando me ensinavas que nem sempre o ser humano é que mostra ser, mas sim um ser que repleto de maldade e desamor e eu que sempre acreditei no melhor dele e senti tristeza aos poucos tive que superar porque entendi que não era o momento de ele superar e evoluir. Sempre me regi pelo coração, aprendi com um grande sábio que devemos escutar o coração e seguir nossa intuição sempre, mas nunca deixar de orar e vigiar. Sempre o fiz quando me esquecia disso sempre apanhava da vida e ficava presa na energia ruim, com aquela sensação de mal estar.
Para mim tu foste um grande mestre para mim além do marido que meu coração escolheu sem me consultar sequer. Por vezes tuas palavras magoam meu coração aflito por ainda querer acreditar no ser humano e entramos em desacordo, como me custa tanto cair na real, tu e eu temos gênios fortes e não gostamos de dar o braço a torcer.
Talvez seja por isso que nos completamos, somos únicos e apaixonados, os eternos apaixonados, que ainda fazemos sorrir nossa menina, quando ela nos abraça e nos diz sorrindo e com aquele olhar terno “eu vos amo” e sou feliz. È aqui que eu olho para a minha vida e vejo que tudo o que passei valeu a pena para agora poder estar aqui te agradecendo por ser tão feliz do teu lado.

Foto de Diario de uma bruxa

FATO OU FANTASIA " O Amante"

Já era de madrugada eu estava desesperada, meu marido só me xingava tudo pra ele era minha culpa, eu já não estava mais agüentando.
Foi quando finalmente ele dormiu, mas eu, eu não... Não conseguia dormir, meus olhos pesavam e mesmo assim continuava acesa. Já tinha tomado praticamente toda a garrafa de vinho e resolvi sair pro quintal, peguei a garrafa e sentei em um banquinho no portão de casa. Bebia e chorava, já não via praticamente mais nada, e o safado lá dentro roncando dormia muito bem como se nada tivesse acontecido.
Eu parecia uma lunática sentada chorando de camisola com uma garrafa de vinho no portão de casa. A rua estava vazia, também já era de madrugada já passavam das 2:00h foi quando de repente surgiu ele. Muito bonito atencioso.
Aproximou-se de mim preocupado, me vendo naquela situação queria saber o que havia acontecido, ele era um visinho que sempre me chamou muito a atenção principalmente quando eu era adolescente, mas nunca me deu atenção sempre me tratou como uma irmãzinha. Ficou um tempo comigo ali sentado me apoiando me escutando, como um amigo, como um irmão.
E quando finalmente eu me levando e vou entrar ele me puxa em seus braços e me lasca um beijo apaixonado, que me desloca, tira-me do ar, nunca havia me acontecido coisa assim. Não resisti e retribui ao calor do momento sem pensar entrei de corpo e alma.
Despedimos-nos e entrei, com certeza naquela noite não dormi mais, passava aquele momento toda hora como reprise em minha mente. Então comecei a me sentir usada pensando que ele havia se aproveitado de minha fragilidade pela situação, comecei a me sentir mal... Até que adormeci.
No dia seguinte acordei imaginando se tudo havia sido um sonho, que eram apenas imaginação, foi quando o telefone tocou, era ele me desejando bom dia, perguntando em como eu estava e sem pensar se declarou dizendo ser apaixonado por mim já fazia um bom tempo, mas não sabia em como me dizer, não queria atrapalhar minha vida, mas depois de ontem decidiu se declarar.
A partir daí minha vida virou de pernas pro ar, despencou, já não sabia mais o que seguir, pararia no tempo ou viveria uma aventura amorosa, um amor assim como sempre quis e achava que não existia mais.
A razão perdeu, me entreguei a loucura.
Vivendo duas vidas, os contratempos, e a indecisão de trocar pra sempre o rumo do meu coração.
Não tive coragem, fiquei em cima do muro... Consegui levar por muito tempo as duas vidas, mas um dia sempre acaba o que era bom se foi, fiquei com a razão. E a loucura a louca paixão partiu tomou outro rumo.
Ainda sofro com tudo isso, por minha covardia, mas acredito que fiz a escolha certa, hoje tento refazer minha vida com meu marido, que ainda continua comigo. Viver cada dia e ir levando a vida. Tudo na vida tem uma razão eu ainda vou descobrir a minha.
Hoje as vezes ainda ele me procura, mas eu procuro não atende-lo, não vê-lo. É melhor assim pra mim e pra ele.
A aventura acabou agora é viver a realidade.

FATO OU FANTASIA... Poema as Bruxas

Foto de Dennel

Abra a janela para a vida

Há quanto tempo não abre a janela do teu coração. Parece que a correria cotidiana tem o impedido de fazer uma reflexão, de avaliar tua vida, de arejar teus pensamentos. O dia pode ser hoje, faça uma reflexão, abra a janela do seu coração e deixe entrar a brisa fresca da vida.

Retire de teu coração todas as mágoas e ressentimentos, coisas que tem ocupado um precioso espaço em tua vida, impedindo que outros sentimentos floresçam, ou muitas vezes deixando os á margem em detrimento de uma vida plena de amor e realizações.

Conta-se uma história de uma mulher que reclamava da sujeira dos lençóis que a vizinha estendia no varal, implicando-a em uma relaxada. O marido da mulher queixosa, silenciosamente observava as implicâncias. Certo dia, cedo se levantou, lavou as vidraças e preparou o café da manhã, quando sua esposa veio para a mesa do café, olhou pela janela e viu as roupas no varal da vizinha limpas com uma brancura impecável. A esposa desta vez parabenizava a vizinha, afirmando que enfim tomara vergonha na cara, lavando direito os lençóis. O marido então afirma que a sujeira na realidade estava nos vidros da janela, e que os lençóis sempre estiveram limpos.

Não podemos acusar outros por nossas deficiências. Um coração insensato tem a tendência de vitimizar-se. Pense o quanto a sua vida perde em qualidade por atitudes mesquinhas, por julgamentos precipitados e interesses que ferem frontalmente o convívio social. Agindo assim acumulará mágoas e dores sem nunca alcançar a felicidade. A felicidade é um mais um estado de espírito do que uma condição.

Convido-te a renovar tuas esperanças e ideais. Lembre-se que o ódio é um senhor antigo que nos quer parceiro da sua apatia e profundo desprezo pela vida, uma vez que a expressão máxima deste sentimento é a morte. Escolha, pois a vida. Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2010 All Rights Reserved

Foto de jorge luis de oliveira

MINHAS FILHAS

MINHAS FILHAS
Jorge Oliveira – 09/02/2010

- Minhas filhas são dois presentes que Deus mandou para mim; são duas rosas perfumadas; duas pétalas selecionadas da roseira do meu jardim;
- Eu nunca tive preferência, mas Deus na sua sabedoria divina achou por bem que tivéssemos duas meninas e assim, primeiro ele nos deu a Jannayna e após exatos 10 anos, 10 meses e 10 dias chegou a Ana Carolina;
- Embora tão evidente esta diferença de idade nunca trouxe qualquer problema, porque se amam tanto, estão tão presentes que não dá para imaginar que tem idades tão diferentes;
- Foi um início difícil, mas para quem ama a superação é como um vício e eu e minha esposa, tínhamos certeza disso;
- Embora muito pobres, lutamos muito e conseguimos criar e educar nossas filhas com sabedoria e respeito e em retribuição recebemos delas amor, carinho, atenção e a certeza que fizemos tudo que deveria ser feito;
- A Jannayna cresceu, estudou, formou e tenho o maior orgulho de dizer que amo tanto esta filha que seu eu pudesse o mundo lhe daria ou o maior presente que sempre quis, porém posso dizer a verdade que o que mais quero é a sua completa felicidade junto do Arthur seu marido, um homem bom, inteligente, trabalhador e honesto, sem jamais esquecer que me deu o GRANDE amor da minha vida: JOÃO VICTOR meu neto;
- A minha outra filha Carol é moreninha, sempre foi uma gracinha e uma criança muito feliz. Quando pequena da irmã não tinha muita pena e as brigas eram dezenas quando dava para contar. Mas a mãe a tudo ajeitava com um carinho que nunca faltava para as duas combinar. Cresceu muito inteligente, muito amiga e companheira da gente, gosta muito de estudar e no ano de 2010 para nossa completa felicidade passou no vestibular;
- Temos muito orgulho desta filha pela graça e simplicidade que é, além de todas estas qualidades sempre se revelou uma menina de muita fé;
- Estas são nossas filhas, são graças recebidas que Deus mandou para nós, não importa o que passamos, o certo é hoje estamos colhendo o que plantamos: criamos nossas filhas com muito amor, carinho e atenção e hoje felizes podemos dizer com certeza que são duas verdadeiras pérolas que Deus colocou dentro do nosso coração.

Foto de raziasantos

Foi Assim!

O dia estava lindo eu arrumava os últimos detalhes do quarto do meu primeiro bebê.
Abri a janelas deixando que a luz do sol iluminasse e aquecesse o quarto.
Tudo lindo o berço de madeira maciça, era decorado com lindo protetor, bordado á mão: Cortinado com rendas finas trazia pendurado pequeno anjinhos.
Minha barriga esta enorme, minhas pernas pesadas e inchadas, mas eu me sentia uma rainha.
A felicidade de ser mãe me irradiava e me enchia de orgulho.
Meu marido entra sorrindo com um boque de flores me abraça, acaricia minha barriga olha dentro dos meus olhos e fala te amo!
Como resposta ao nosso amor nosso bebê da um salto dentro do meu ventre...
A bolsa estoura e vamos para o hospital, atravessamos a pequena cidade que exibia uma beleza nunca observada por mim antes.
Ate o azul do céu estava mais azul, o brilho do som refletia sob as calmas, águas do rio que parecia nos acompanhar até o hospital.
Ao chegarmos fui levada imediatamente para sala de parto.
Era uma sala toda branca, com aparelhos de oxigênio, suportes para soros, e medicamentos, no meio do teto onde tinha uma roda enorme toda iluminada.
A mesa de cirurgia ficava em baixo dessa luz.
As enfermeiras me deitaram nesta mesa, pediram para eu ficar calma que tudo daria certo.
Eu sorri e disse estou calma e muito feliz.
Logo entram na sala quatro médicos, eles vieram conversar comigo se apresentaram, um era anestesista, outro obstetra, um pediatra, e um cardiologista:
Eu perguntei por que tanto medico, eles me explicaram que era normal, pois eu não tinha dilatação e seria necessária uma cesariana, mas estava tudo bem.
Logo começaram os procedimentos eu fiquei com muito sono, mas queria muito ver logo o rostinho do meu filho, então lutava fortemente contra o sono.
Um cansaço começou a tomar conta de mim, um médico ficou todo o tempo na minha cabeceira, ele falava comigo me encorajava dizia esta tudo bem logo estará com seu filho nos braços.
Eu sabia que estava tudo bem tive uma gravidez tranqüila.
Cada minuto que passava aumentava minha ansiedade para ver meu filho.
Der repente! Sou tomada por uma súbita surpresa, ouço um choro de bebê meu filho nasceu!
Os médicos sorriem e me parabenizam...
Uma enfermeira se aproxima de mim com uma coisinha branca, meio ensangüentada, mexendo as mãozinhas, é indescritível o que senti naquele momento, eu era mãe!
Ela o colocou sob meu peito eu o acariciava sentir seu calor foi o maior presente.
O cansaço e sono aumentavam eu lutavam para meus olhos ficarem aberto queria curtir, mais aquele momento, mas a enfermeira veio o tirou do meus braço:
Eu não queira que o levassem, fui tomada por uma sensação de perda, ela afastou-se lentamente dizendo vamos meu amor deixe a mamãe descansar, eu tentei gritar tentei pedir para deixá-lo mais um pouco, mas estava muito fraca e cansada, minha voz não saiu o sono me venceu.
Não sei por quanto tempo permaneci naquela sala:
Eu acordei e não estava mais lá estava em outra sala, deitada em uma maca só tinha eu ali, tudo era muito branco, e o silencio era profundo, abri os lhos e olhei ao redor estava mesmo sozinha, então pensei aqui é a sala de recuperação da anestesia.
Eu não via à hora de ter meu filho nos braço queria amamentá-lo, queira abraçar meu marido compartilhar com ele minha felicidade.
As horas pareciam não passar, cada minuto parecia uma eternidade.
Para meu alivio a porta se abre, entram umas enfermeiras com outra maca.
Vamos levá-la a família esta esperando...
Eu estava tão emocionada que nem conversei com elas.
Logo chegamos à outra sala e me passa para uma cama, me ajeitam, e me cobrem, minhas pernas estão tão pesadas, não consigo meche-las...
Eu não agüentava mais tudo aquilo parecia um ritual, então eu pergunto onde esta meu marido, onde esta meu bebê?
Uma delas responde o marido acaba de chegar esta entrando.
Ele entra esta visivelmente emocionado tem em suas mãos uma bolsa onde estava meus pertence que usaria ali:
Ele me braça fortemente sorri, e chora ao mesmo tempo.
Diz repetidamente estou sonhando!
Deus! Como te amo minha querida, logo a porta abre-se novamente então vejo minhas cunhadas, minha sogra, minhas irmãs, onde esta meu filho?
Eu entro em desespero, sinto que tem algo errado, pergunto por meu filho, mas no lugar de resposta, tenho um monte de conversas, desencontradas.
Eu tento me levantar, quero sair daquela cama, quero procurar meu filho.
As enfermeiras pedem para todos saírem, para mim foi um alivio, assim posso conversar com ela e saber do meu bebê.
Eu tento de tudo para que o tragam, mas nada de respostas...
Ela me ajuda com minha assepsia, me veste uma linda camisola, branca, bordada com pequenas flores coloridas, por cima um roupão.
Eu finjo dormir até que ela sai da sala.
Minhas pernas ainda estão pesadas, mas faço um esforço sob natural, para levantar da cama.
Quero ir ao berçário, ver meu filho.
Eu não sei onde está minha família tudo muito quieto, isso só aumenta meu terror, sei que algo esta errado acontecendo me pergunto onde esta meu filho?
Estou fraca, então respiro fundo e começo a andar determinada a encontrar meu bebê.
Logo me sinto tão leve como uma pena o desejo de ver meu filho me faz quase flutuar pelos corredores do hospital.
Passo por todos os quartos sempre me esquivando dos seguranças, e das enfermeiras:
Uma angustia, e medo, toma conta de mim, meu filho o que aconteceu com meu filho?
Desesperada procura os berçários, chego à frente umas enfermarias, e ali tem muitas mães, umas amamentam seu filho, outras dormem, mas ao lado de sua cama tem um berço com sues bebes.
Olho para cada um procurando o meu, mas também não esta ali.
Eu começo correr em pânico, um dor tão profunda toma conta de mim eu me sinto enganada, traída por meu marido, não consigo acreditar,devo estar sonhando,acho que estou tendo um pesadelo, estou sob efeito de medicamentos, isso não esta acontecendo!
Eu não consigo encontrar o berçário, chego a uma porta que da para os fundos do hospital, lá fora tem um lindo jardim com arvores e bancos, o tempo mudou agora este frio nublado e garoando, eu empurro a porta, meu sinto que agora vou encontrar meu filhinho:
Eu atravesso o jardim e chego à outra parte do hospital as portas estão abertas e muitas pessoas circulam pelos corredores, agora eu não me importo, mais em me esconder, nada nem ninguém ira me impedir de encontrar meu filho!
Entro em uma sala enorme, nos fundos um aglomerado de pessoas, meu coração dispara, minhas pernas tremem, e um frio intenso toma conta de mim.
Continuo andando em direção aquelas pessoas, não demoro eu reconheço meu marido e minha família, está chorando, meu marido esta amparado nos ombros de meu sogro e chora copiosamente!
As doces lembranças dos dias mais belos de minha vida me vieram á memória.
Eu não entendia o porquê, mas sabia que tinha um motivo para tanta dor.
Aproximei-me lentamente era como se minha alma estivesse ali, um medo terrível, misturado com ressentimento por ter me sido negado à verdade toma conta de mim.
Agora estou diante da verdade, não é um sonho é realidade.
As lágrimas banham meu rosto, tenho que tocá-lo pela última vez...
Penso comigo se sou tão amada por que querem negar-me o direito de me despedir, de um pedaço de mim.
Eu empurrei á todos, furando o cerco fechei os olhos, com medo da verdade, mas era inevitável, eu tinha que enfrentar a verdade...
Então olhando para o céu eu me aproximo, abro os olhos...
Não acredito no que vejo, solto um grito de terror diante da imagem que vejo.
Não era meu filho que estava morto era eu!

Foto de raziasantos

A cabana.

O outono esta terminando as folhas amareladas no chão, sentada a beira do pequeno rio com os pés na água o olhar perdido no nada: Não sei por quanto tempo permaneci ali.
O vento espalhava as folhas secas que batiam em meu rosto, a água fria do pequeno rio estava cristalina, era um lugar ermo distante de tudo... Um lugar lindo e solitário a pequena cabana cercada por um lindo jardim, na sala um lareira que permanecia sempre acessa, pois fora construída entre duas montanhas, por isso era fria mesmo no verão.
Estava casada há três anos meu marido era diplomata e vivia viajando por vezes me levava com ele, mas a maior parte dos dias eu ficava em casa.
A montanha era meu refúgio, os pássaros me faziam companhia.
Todos os dias eu acordava cedo, o nevoeiro era intenso, na parte da manhã para não me sentir tão solitária eu ocupava meu tempo pintando era um lugar ideal para inspirações pintava lindas paisagens flores, e pássaros.
Meu marido chegava há ficar um mês fora ou mais, quando voltava das viagens ia direto para montanha, mas logo voltava, nos amávamos ele era carinhoso, não sei se eu não me importava com sua ausência dele ou se estava resignada.
Eu sempre quis ter filhos, mas ele achava que devíamos esperar um pouco mais então...
O inverno estava chegando e a montanha era muito fria eu resolvi ir a cidade fazer umas compras de cobertores, e suprimento para resistir o inverno, eu tentei ligar o carro, mas o carro não pegou então tentei o radio, mas nunca aprendi usá-lo então eu desisti: Resolvi esperar meu marido voltar de viagem, ele traria o suprimento necessário: os dias estavam ficando longos e com a chegada do inverno o nevoeiro aumentava tornado o lugar triste minha solidão aumentava cada dia.
Eu esperava ansiosa a volta do meu esposo então enquanto ele não vinha eu pintava, e em cada quadro que pintava procurava colocar um pouco de vida assim as cores, fortes o brilho da luz retratado em meus quadros me alegrava um pouco.
Embora estas cores e luz fossem imaginaria, pois o lugar era sem vida e cinzento.
Em uma tarde eu estava passeando ao redor da cabana as flores estava cobertas por gelo, mal dava para ver as árvores devido o forte nevoeiro, o sol era tão tímido que só se via uma pequena fresta de luz que vinha do alto da montanha.
De repente eu ouço risos vindos da direção do rio era a voz de uma criança eu corri em direção ao som da risada, o nevoeiro me impede de ver, eu sigo em frente e pergunto quem esta ai?
Oi! Responda quem esta ai?
Chamei por varias vezes e nada de resposta logo o riso parou então eu pensei deve ser o som de algum pássaro fiquei curiosa, mas como o barulho parou, eu voltei para cabana estava tão frio que sentei ao lado da lareira peguei um livro e fiquei ali até adormecer.
Dormi direto até o dia amanhecer.
Quando acordei o frio estavam mais intenso os vidros das janelas estavam tão embaçados que não se via nada.
Levantei abri a porta e a cabana foi invadida pelo nevoeiro que entrava casa adentro cheguei até me assustar:
No meio daquela fumaça cinza e fria surge uma pequena luz vinda em direção à cabana eu tento ver quem esta chegando até que surge um rosto era meu marido que voltava para casa eu corro ao seu encontro e o abraço fortemente ele esta gelado seu casaco esta úmido então de mãos dadas entramos em casa ele senta em uma poltrona em frente à lareira flexiona as mãos, acende um cigarro, e com um sorriso tímido diz te amo meu amor.
Ele levanta vai abre a porta, e vai até o carro, pega um lindo buque de flores entra novamente pega o nosso retrato de casamento em cima da lareira e coloca as flores ao lado, e diz flores para meu jardim.
Ele toma um chocolate quente e vamos nos deitar ele esta calado seu olhar distante me acaricia olha em meus olhos e diz estou tão cansado preciso descansar então vira para o lado, em seus olhos a lagrimas ele chora eu fico sem entender, afinal já faz tanto tempo que não nos vemos e ele volta assim...
Penso comigo mesma amanhã conversaremos, ele vai estar melhor ai vou querer saber tudo que esta acontecendo.
O dia amanhece e quando abro os olhos ele já esta acordado sentado ao lado da cama me observando, tem em seus lindos lábios um sorriso maroto e um olhar doce me olha de um jeito tão lindo que me emociona:
Posso ver em seu olhar muita ternura e muito amor, então eu o abraço ele se deita lentamente e ficamos ali abraçados nos aquecendo, o coração dele bate forte nossos corpos se encaixam com tanta perfeição como uma forma sob medida.
Sem dizer nada ele levanta pega a chave do carro e sai, eu penso que ele vai pegar algo no carro, mas ele liga o carro e vai embora eu saio correndo em meio ao nevoeiro gritando por ele, mas ele não ouve, segue em frente até desaparecer na cinzenta fumaça: Me desespero caio de joelho entra as folhas molhadas pelo orvalho e choro copiosamente, naquele estande eu me vejo tão só sinto uma angustia tão grande que nunca sentira antes, em um lugar tão deserto em meio o forte inverno até os pássaros sumiram para se aquecer deixando-me na mais profunda solidão.
Neste instante eu ouço novamente o riso da criança agora esta perto de mim... Abro os olhos em meio o nevoeiro surge uma linda menina de cabelos loiro tão branca como a neve, ela esta na minha frente eu me surpreendo não tínhamos vizinhos então pergunto de onde você vem?
Quem é você, onde você mora? Ela sorrir e diz moro aqui, venha ver eu moro aqui!
Ela segura minha mão e me ajuda a levantar ela me puxa rápido sempre sorrindo diz vem, vem logo!
De repente para em frente um monte de folhas secas, então eu pergunto onde mora? Ela responde aqui com você, eu fico confusa e penso-a deve ser filha de alguém que mora perto da montanha tenho que encontrar sua família.
Eu olho para o rostinho dela e passo a mãos em seu rosto gelado, pergunto novamente, vamos meu anjo diga-me onde você mora? Entenda, está muito frio, seus pais devem estar preocupados com você, então ela me olha e diz não estão não, minha casa é aqui, a sua também: Neste instante eu sinto um frio subir na minha costa, ela começa a remover o monte de folhas, e vai surgindo algo branco ela olha par mim e diz vamos mamãe! Vamos para casa, logo surge um tumulo branco em cima um lapide escrito aqui descansa minha querida esposa e nossa filha que partiram em um terrível acidente de carro.

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