Mar

Foto de vino silva

Os teus Olhos

Seus olhos é que eu sei pintar
O vício que os meus olhos adoram ver
Não tem luz mais sempre a brilhar,
São chamas que me queima;
E o fogo que me ateou o coração
Vivo, eterno, divino,
Como algo do Destino
São teus olhos,as faces do amor
Pois te procuro e não desisto
Sim confesso perco o tino

Divino, eterno, e belo
Ao mesmo tempo: o que é grave
É de tão fatal poder que me rendo
Que, num só momento que a vi,
Senti queimar toda a minha alma
Sem ti eu já não fico mais
E sem os teus olhos
Me vendo para o inferno
E se eu não te ter
Que as cinzas do meu corpo que ardeu
Se espalhe no mar como ultimo desejo meu..

Foto de Mary Escritora

Mar

A chuva corre sobre o meu corpo
Levando-me pra junto das ondas frias do imenso mar
Vento que sopra a mais brava tempestade
Lentamente a poeira circula sobre o ar
Ondas me traem preciso ficar
No imenso mar

Foto de Fontes de Amor

AMOR ABSOLUTO

O amor que sinto por ti é extremo,
especial vai além das minhas forças intensamente real.

Só um Deus tão perfeito poderia criar um sentimento forte,
mas profundo que um olhar.
Que suporta tempestade,mar revolto;
persistente que supera diferenças me redime;
amor valente.

Que enfrenta tristeza,
derrota o orgulho
e na extensão da beleza
fecho os olhos e mergulho.

Consciente na entrega,
compassivo com perdão,
caminhando com o respeito
lado a lado com a razão.
Que entende a escolha
firmada no coração
dando liberdade a todos
por isso é decisão.

Foto de Mary Escritora

Sobre As Alturas

Sobre as alturas as lembranças surgem insistindo em trazer a saudade,
De repente se aproxima à noite, chega à solidão.
Só aí percebo que não vai chegar, não vai estar mais comigo.
O tempo pára, penso que o vento vai trazer você de volta.
Estou ficando sem ar.
Sei que não sou forte demais...
A noite se torna tão fria, sem os teus beijos.
Ondas me atraem para a beira do abismo,
Não me deixa cair nesse imenso mar.
Me tira desse abismo.

Foto de Mary Escritora

Vento

O vento veio
Nas ondas do pensamento
Que viu a lua nascendo
Sobre o mar bravio enchendo
Uma criança nascendo
Com um sorriso vivendo
O vento veio correndo
Por que vieste vento?

Foto de Joaninhavoa

7º Concurso Literário "No silêncio dos silêncios"

*

*
Guardo as palavras que te direi um dia, meu amor,
qualquer dia, não sei quando
E são tantas as palavras guardadas no silêncio dos silêncios
que o fogo chega a ser gelo, meu amor.
Olho o azul do céu e vejo-o a brilhar, reluzente
olho o mar e vejo-o verde com as ondas a rebentar
dão-me esperança de um dia navegar
e o som que oiço murmurar és tu a soletrar meu nome
e a mirar-me deslumbrado como a uma belísssima flor.
Uma paz envolve meu ser e tudo ao meu redor,
misteriosa magia é esta do bem querer que é o amor.

Joaninhavoa
(helenafarias)
2010/01/17

Foto de Peter

Tu...!?

Tu…?

Quando vejo o teu reflexo
Fico perplexo
Como uma alma fica assim…?
Um mero ser a deambular
Sem um coração para amar…

Neste mundo tão cruel
Esse teu sabor a fel
Apenas te destrói
Afinal amar dói
Mas não amar
É apenas definhar!
Desaparecer num mar gelado…
Numa onda morrer afogado…

Sem sentido
Assim ficas perdido
Sem emoção
Ficas assim na solidão
Sem amor
Assim ficas nessa dor

Nestes dias complicados
Poucos aqueles são amados
Menos ainda aqueles que amam
Entre os sentimentos que queimam
Há que acreditar
No sentimento de amar!

Pedro Gomes

Foto de Deni Píàia

Conto de Natal: Menino simples

Era um menino simples, tão simples que não conhecia o Natal. Não sabia seu significado, sua origem, sua intenção, mas vivia feliz mesmo sem jamais ter ganhado um presente, um brinquedo. Sem escola, sem igreja, sem cultura. Seus brinquedos, na roça longínqua, eram o ribeirão, as árvores, as frutas, os animais silvestres, os irmãos. A esperança era o sorriso da mãe, o suor do pai, a comida no prato. A fé vinha do amanhecer, do anoitecer, do segredo das estrelas. Nunca precisou mais que isso. Um dia, a cidade. A família veio pra ficar. Na favela, com amigos, com asfalto, com shopping center, com vontades, com maldades, mas para ficar.
Cresceu, fez amigos, inimigos, conheceu a escola, as drogas, a frustração, a polícia, a revolta, solidão e o Natal. Data de ganhar presentes, de desejar mais que podia, de cobiçar e invejar o próximo, do supérfluo. Não aprendeu mais que isso sobre o Natal.

Jovem, estava pronto para a data máxima da cristandade e desta vez não passaria em branco. Ajeitou a arma na cintura, fechou o barraco vazio, pais e irmãos já haviam sido mortos pelo tráfico, desceu o morro. Andou muito enquanto planejava. Na avenida beira mar decidiu que não havia mais o que esperar. Sacou a arma, jogou-a sob os cuidados de Netuno, tomou o primeiro ônibus para a rodoviária, outro ônibus e chegou. De volta à roça. Sem Natal, sem shopping center, sem maldades, sem os pais, só. Descobriu que as estrelas ainda guardavam seus segredos, o ribeirão sussurrava amenidades, muito pouco havia mudado. Voltou a ser menino simples. No dia de Natal.

Foto de Deni Píàia

O dia em que Deus acordou inspirado

Houve sim um dia em que Deus acordou inspirado. Tudo bem que Deus está sempre inspirado; como seria se não fosse assim? Mas naquele dia foi diferente. Ele estava realmente muito inspirado. Sentiu uma vontade imensa de fazer algo novo, grandioso, sensacional. Até parecia que não havia sido assim o tempo todo. Mas Ele queria algo para não passar em branco pela terra, pelo universo, pelos homens. Afinal, estava num bom humor incontido. Discreto, mas incontido.
Pensou numa grande obra, talvez numa montanha maravilhosa que pudesse ser vista por todos, com flores e árvores exuberantes, com uma simetria perfeita, de forma que nenhum gênio da pintura encontrasse qualquer defeito, por menor que fosse, mas...
-Não... Certamente isso já foi feito em algum canto esquecido do tempo, antes de ser destruído em busca de minérios ou pela expansão imobiliária.
Quem sabe um mar quebrando calmamente numa ilha...
-Não, já fiz tanto disso por aí! –lembrou Ele.
E um céu todinho azul, passando para o carmim lá no horizonte, enquanto o sol...
– Besteira, isso acontece todos os dias e ninguém dá a menor atenção. Ô gente desatenta... –murmurou. – Pra reparar nos outros e nos “defeitos” do que eu faço todo mundo tem tempo.
Já sei! –animou-se. –Um ser humano perfeito, sem qualquer traço de egoísmo, sem... Peraí, pô! Isso eu to cansado de fazer! As pessoas já nascem todas, de certa forma, perfeitas, até mesmo aquelas que se julgam deficientes. A verdadeira imperfeição vem depois, com essa educação viciada, impensada, preguiçosa. E aí já não é comigo. Ainda bem que inventei o livre arbítrio pra ninguém reclamar.
Achou graça da situação e deu uma sonora gargalhada, logo abafada por alvas mãos.
Afinal, Deus não poderia sair gargalhando por aí. Já pensou como se sentiriam aqueles que acreditam num Deus severo e vingativo? Seria uma grande decepção para eles. Possivelmente até pensariam se tratar de um impostor. Onde já se viu um Deus que ri e se diverte –exclamariam. Não, não pode. Deus é perfeito. Como se demonstrar felicidade fosse um grande pecado. Talvez os artistas tenham a maior culpa por esse pensamento. Alguém aí já viu um santo, um Cristo ou até mesmo um Deus retratado com expressão alegre? Dá a impressão que todos eles apenas sofreram durante todos os seus dias, sem nenhum momento de alegria, de satisfação pela vida. Talvez seja por isso que muita gente tenha até um certo medo de ser bom. Parece que para ser boa a pessoa tem que sofrer, que é impossível ser bom sem sofrimento, sem dor, sem humilhação. Olhe para as expressões dos santos e veja se não é verdade.
Mas voltando ao Deus inspirado, lá estava ele pensando com seus botões, que não eram poucos naquele roupão alvo e longo. Sem conseguir se definir por algo que O contentasse, batia compassadamente com a régua sobre a escrivaninha, concentrando-se em pensamentos vagos, entrando num estado de semicochilo profundamente agradável. Talvez reflexo do cansaço. Afinal, com tanta gente querendo se retratar o trabalho era quase ininterrupto. –Ainda bem... –pensou.
Pouco tempo depois o cochilo de Deus virou um pesado sono. Roncando e babando sobre o braço, debruçado em sua escrivaninha, tirava o sono dos anjos. E com isso o mundo entrou em estado de graça. Por alguns instantes a natureza silenciou, os mares se acalmaram, tempestades deram pausa, vulcões, furacões, ciclones, tudo experimentou uma calma nunca vista. Só os homens, sua mais perfeita criação, não deram a menor importância ao momento, enquanto a vida celebrava a inspiração divina. E foi nesse clima celestial que Deus teve um sonho. Não um pesadelo, não um sonho desconexo, mas um sonho que respondeu aos seus anseios e, finalmente, num brado de alegria despertou.
-Agora sim! Gritou enquanto enxugava a baba nas longas e largas mangas do roupão. –Finalmente encontrei a resposta! Agora sim vou fazer algo grandioso para ficar na primeira página de meu portifólio.
Sem notar a natureza que voltava ao seu ritmo normal, empolgado pela inspiração que lhe foi concedida em sonho, o Criador colocou mãos à obra imediatamente, dando o melhor de Si na sua mais nova e perfeita criação. E assim Deus começou, inspirada e lentamente, a elaborar cada um dos meus amigos.

Foto de Deni Píàia

Do amar

Do amar vem o amar.go,
Mas também vem o amigo
E com ele o amar.elo do sol,
Amar.melada doce,
Amar.telada no dedo.
Ah.mar.tirio do medo...

Do amar vem
Amar.cela para o chá,
Amar.garina do pão,
Amar.mita do peão,
Amar.ca nova de carro.

A.Mar.te eu irei, se
Amar-te é minha sina.

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