Mar

Foto de Cecília Santos

BARCO À DERIVA

BARCO À DERIVA
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Procuro um lugar.
Procuro um olhar.
Meu paraíso.
Sou um barco á deriva.
Mar a dentro à vagar.
Nas noites escuras,
sem farol pra me guiar.
Procuro calor.
Procuro amor.
Procuro você.
Fito as estrelas.
Procuro seu doce olhar.
Ouço ao longe, uma canção.
Mas é só o sussurrar do vento.
Vejo seu vulto na escuridão.
Mas é somente, as ondas à dançar.
Procurei-te em vão,
na terra, no céu, no mar.
Minha noite de vigília,
chegou ao fim.
Naufraguei na minha própria angústia.
Na minha própria solidão.
Quando o sol despertou,
banhando-se no mar.
Fui envolvido pela sua claridade.
E renasci outra vez.
Como todos os dias,
Morro e renasço,
Procurando você.

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2007*

Foto de Marta Peres

Coração de Mulher

Coração de Mulher

Não penetrarás o coração de uma mulher
Quando teu desejo for apenas o de possuí-la.
Um mar de segredos envolve seu coração
Tornando-se impossível persuadí-lo desta forma.
Se queres conquistar uma mulher busque sua alma,
Seu espírito, sua essência...
Terás então os mais íntimos segredos desvendados
E ela te levará ao paraíso do prazer,
Deixa-te seduzir por ela,
Não queiras viver o abismo de sua alma
Bebendo o vinho da paixão
É ilusão e passa como teus pensamentos...

Marta Peres

Foto de Osmar Fernandes

Momento animal!

Ela vem de mansinho,
Com seu jeito carente.
Toca meu corpo.
Faz-me carinhos...
Beija-me a boca.
Suas mãos atrevidas
Deixa-me louco.
Excitação arrepia
Pouco a pouco.
Essa loba
Joga-me na cama.
Rasga minha roupa...
E diz que me ama.
Morde-me de amor
Com fome sexual.
Prazer mistura-se na cor
Do momento animal!...
Ecoam-se gritos além mar.
Duas vidas, um gemido.
Amor carnal vira mito
Desse par.

Foto de Paulo Gondim

Desta vez, foi a chuva. (Cordel)

DESTA VEZ, FOI A CHUVA
(Cordel)
Paulo Gondim
18/01/2002

Enfim, a chuva chegou
Muitos sonhos renovou
Fez a vida renascer
A vida quase esquecida
Dessa gente desvalida
Que nunca deixa o sertão
Mesmo sabendo da luta
Da vil e cruel labuta
Por um pedaço de pão

E o sol se esquivou
E dessa vez não queimou
O meu sofrido torrão
E água muita correu
A tudo depressa encheu
O sertão virou um mar !
Todo orgulhoso, sorriu
Assim como nunca viu
Tanta vida festejar

Mas a sorte aqui não muda
É cruel, feia e desnuda
É pura desolação
E no sertão é assim
Sem chuva, a seca ruim
Assola bichos e sonhos
Desalojando essa gente
Num castigar iminente
Em desalentos medonhos

E desta vez foi a chuva
Como a praga da saúva
Que tudo come sem dó
Tirou o sol do caminho
Acabou tudo igualzinho
Como o sol da outra vez
Levou tudo pela frente
Na estrondosa corrente
Destruindo o que se fez

Pois é assim no sertão
Tudo é sim ou tudo é não
Não há jeito nem saída
Quando o sol não lhe castiga
É a chuva por intriga
Que vem tudo devastar
Expulsa o pobre oprimido
De seu lugar tão querido
Para nunca mais voltar

E o sertanejo pergunta
Na dor que ao pranto se junta
Será que a sorte não muda?
Quando o sol lhe queima o rosto
Ou muita chuva é desgosto
Nunca sabe o que é melhor
Como já disse o Poeta
“Seca sem chuva é ruim”
“Mas seca d’água é pior”

Foto de Mor

CONVITE

CONVITE

Mário Osny Rosa

Foi naquele momento
Que o convite recebeu.
Tal foi meu desalento
Que nem ela percebeu

Que estava entregando
Pois nunca a tinha visto.
Foi nesse, entretanto.
Que houve um imprevisto.

Para um sarau de poesia
E logo do que gostava.
Era o que eu ouvir queria
E no dia lá estava.

A bela poetisa a declamar
Em sua poesia clamava.
Pela beleza do mar
Que todo mundo sujava.

São José/SC, 27 de abril de 2.007.
morja@interagte.com.br
www.mario.poetasadvogados.com.br

Foto de Soninha Porto

S O N H O

Sonhar de olhos fechados
redemoinhos de imagens
que entontecem minha cabeça
revelam meus guardados
e lá está você... sempre você...
Recosto em teu colo
escuto teu palpitar
murmúrio da voz dos ventos
inebrio-me de palavras de amor
estremeço em sensações
esqueço os ruídas dos lamentos
estanco no peito a dor.
Essa dose de sonho
projeta felicidade
dançamos ao som das ondas do mar
tento evitar que tudo desapareça
até que em segundos
resta a lágrima a divagar.

soninha porto

Foto de Ricardo Barnabé

Tudo o que farias

Farias tudo e mais qualquer coisa
para escapar da tua falta de sentido e insignificancia
Darias a tua beleza para voltares atrás
para corrigires todos os teus erros
mas com eles terás que viver
Ficarás doente por aquilo que tiveste
e que quiseste perder
arrependes-te Hoje , porque todo o tempo que me fizeste sofrer
tornou-se na estrada que agora contra a tua infelicidade terás que correr
Choras as minhas palavras, porque são elas que te mostram
aquilo que és, cada lagrima que cai dos teus olhos, tornam-se
no mar de veneno que te consome e, escusas de nadar contra
os meus versos, porque eles são a minha Voz, a Voz de que em tempos
não quiseste ouvir, escolheste semear todo o teu rancor,e colhes todo o mal
que hoje te causa essa imensa dor
Quiseste destruir o meu sonho
mas a tua vida, acabaste por a destruir, porque o teu
sonho, era eu, mas agora, no teu pesadelo me tornei
porque ainda me amas, me desejas, e sempre me amarás!
Meus versos são como balas que cravam no teu coraçao ao dizer-te
que nesta vida nem na proxima, seja qual for,a mim, tu nunca me terás

enterra o teu passado
e colhe o teu futuro,
porque o teu mundo, esse já não sou eu...

Foto de Ricardo Barnabé

Arrependimentos tardios

Agora que fintaste a felicidade
nem coragem tens para olhar o que deixas-te.
A tua vidinha ficou desfeita, está completamente destruida
os teus filhos na miseria ficaram, por causa da tua inconsciencia
porque toda a vida, só olhaste para ti,e só para ti!
Caminhas novamente pela estrada do prazer
esquecendo todos os teus principios
Não te consegues conter!!!
Em todo o lugar tu choras...mas choras de vergonha por aquilo que és
choras porque expulsaste aqueles que te queriam dar a mão
choras, porque agora nao passas de um ser miseravel
e as tuas lagrimas são o teu mar em que te afogas,acabou-se a tua vida!!!!!
A desgraça que criaste, arruinou todos os que te rodeavam.
A tua vida mediocre que agora tens
é o espelho de todo o mal que fizeste!
Foste burra, porque nao deste ouvidos a quem devias dar!
E continuaste burra porque ofereceste o teu corpo a quem nao devias oferecer!
Agora, talvez tenhas aberto um pouco os olhos, porque vês a tristeza de pessoa que foste. Tão vulgar que continuas a ser
e tão suja que ficaste
que te tornaste no caminho da desgraça e o centro da podridão que há no mundo!!!!

Cuidado, com as pessoas que vos rodeiam, porque um dia, os vossos arrependimentos, também poderão chegar demasiado tarde.

Ricardo Barnabé

Foto de Maria Goreti

O TREM DA VIDA

Lá vai o trem...
Leva pessoas...
Traz recordações...

“Café com pão, manteiga não!”

Ainda bem pequenina,
A menina cantarolava.
Mal sabia caminhar, mas sabia distinguir
O ruído do trem do murmúrio das ondas do mar.

Da janela acenava para a vida a passar...

E a vida passou...

Hoje,
Já não mais tão menina,
Ainda ouve o barulho das ondas do mar.

E o trem...
Continua levando pessoas...
Não as mesmas, outras...
Ela, a menina, continua a acenar...

Da janela, nem percebeu a vida passar!

Lá vai o trem...
Leva pessoas...
Deixa recordações...

E ela a cantarolar:

“Café com pão, manteiga não!”

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES - 22/03/07

Foto de Raiblue

Memórias da pele....

Na pele
A eternidade do momento
O cheiro de amor
Misturado ao sal
Mar natural....

Memórias...
Histórias...
Aventuras da carne...

Que arde
Queima...
Trêmula
Macia ...

Na superfície
O cio
Dos amantes...
Águas agitadas
Ondulantes...

Noites com sol
Velas acesas
Velando o amor....
Veleiros ao vento
Turbulento do desejo...

Navegantes da epiderme
Única bússola, a fome
Que não cede...

(Raiblue)

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