Enviado por Sonia Delsin em Ter, 01/07/2008 - 00:40
MORRER
O mar é azul.
Azul é o meu sonho de voar.
Voar, voar...
feito uma gaivota.
O cavalo trota, trota.
Sonhar... sonhar...
Voar... voar...
Estou perdendo altura.
Vou cair no mar.
Vou me afogar.
Afagar uma criança.
Uma que ainda mora em mim.
Que mora em minha alma.
Olhos, luzes, cores.
A vertiginosidade das coisas.
O tempo em sentido inverso.
O que é tempo? O que é espaço?
O que é trotar?
O que é voar?
O que é mar? O que é afogar?
Azul é o mar.
Voar é um sonho azul.
Sou gaivota.
Estou morta...
Sinto-me fugidia e perco totalmente a razão
nessa minha vontade em te ter, percorro um vão
num êxtase que arde e fere de tanto te querer
Em lágrimas incontidas, que choram tua ausência
num corpo flamejando, implorando tua presença
insensatez essa, sobrevivo de esperanças oclusas
Assim, vou vivendo entre sonho e realidade,
essa ilusão é como a bruma que borda o amanhecer,
e vivo assim em passos lentos caminhando sem saber...
Flutuando em silêncio nessa utopia virtual,
és como um vírus que adentra meu mundo introspecto e real...
e assim vou soprando escritos ao vento nessa divagação,
Numa nuvem ilusória, onde o alvo seja teu coração
sentir o que sinto, não tem explicação e nem teoremas,
pois tudo o que digo e te escrevo, está em meus poemas...
E, por mais que eu tente escrever e expressar o meu desejo
uma brisa suave invade meu corpo em orgásticos lampejos
tu'alma enlaça-me com volúpia e paixão e vem me dizer:
- Palavras, pra quê...? (Autoria LU LENA )
2ª - PALAVRAS AO VENTO I - Respostas ao vento são iguais as que são colocadas em garrafas e jogadas ao mar
Eu sinto uma espécie de encantamento
Ao lembrar-me daquela única vez
Em que te amei e sinto aquele momento
Em que penso em ti e em tua nudez.
Tão remoto foi esse deslumbramento
Eis que tenho sim o dom de cupidez
Tão remoto foi esse deslumbramento
Eis que tenho sim o dom de cupidez
Infinita desse instante é o tormento
A romper minha vergonha e timidez
De pensar em ti relance e fragmento
D’um amor transcendente o invés
Do real em que hoje lamento
Essa dor que me causa tantas trepides.
3ª PALAVRAS AO VENTO II
São tantas as palavras sem sentido
Que ouves que acha melhor as apagar
Do seu acervo de escritos tão eruditos
Eis que cada uma é uma flor que tens de olhar,
Vedes cada rosto de seus queridos
Amigos e do teu amor a te assombrar.
Fluem delas para ti os ventos benditos
Que a fazem sem querer te despertar.
Vedes o tempo passado e perdido,
Que pretende de algum modo recuperar
Mas são como ondas dum vento invertido
A lançar contra ti as águas do mar,
Despertam e mexem com tua libido
Eclodindo nessa vontade de amar. (Autoria Dirceu Marcelino )
4ª - PALAVRAS AO VENTO III - DUETO
"Palavras ao vento rolam no espaço
Flutuam ao léu e dançam ligeiras
Sem notas e sem rumo ou qualquer compasso
Nos ventos do céu como em brincadeiras
Felizes de crianças que num abraço
Dançam sob o encanto de verdadeiras
Músicas, cantos d’amor no entrelaço
De almas tão puras sempre a navegar"
Sobre nuvens brancas e alvissareiras
Das palavras que aprendem antes de andar
Aqui ou em qualquer terra estrangeira
Como faremos para ensiná-las a captar
Tanto àquelas como as brasileiras
O significado uno do verbo amar (Autoria SEMPRE-VIVA e Dirceu Marcelino )
Teus versos elevaram meus olhos ao céu
Eu precisei por meros instantes apreciar.
Ver o firmamento e as luzes do sobrecéu
Que a fazem como dizes nele levitar.
E te vi a dançar sobre as nuvens com um véu
De purpurinas que descreviam sob o luar
Palavras de amor e deixava um fogaréu
No lençol que se formava naquele lugar...
Lugar muito mais alto que um arranha-céu,
Mas são nuvens de algodão como ondas do mar
A vagar pela imensidão sem rumo ao léu
E deitada sobre ela te vejo a flutuar
Sedutora como o próprio e lindo troféu
Irradiando tua própria alma a quem vai te amar.
A primeira vez que eu te vi,
Coração arquejou de forma diferente.
O seu olhar discreto me encantou.
Beijei-te com meus olhos de “chocolate”.
A primeira vez que eu te vi,
O meu corpo ficou em estado de alerta.
Um brilho no seu olhar, uma paixão bateu.
Você apareceu como um anjo na minha vida.
A primeira vez que eu te vi,
Repensei os meus objetivos,
Transformei a minha vida por completo.
O amor foi sendo cultivado na medida.
A primeira vez que eu te vi,
O nosso amor resistiu ao tempo.
Fomos atingidos pelo cupido.
Só quem ama sabe o que senti.
A primeira vez que eu te vi,
O nosso amor se revelou azul igual o mar!
A felicidade de viver essa história contigo me realizou.
A menina serelepe ama o seu lindo travesso!
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° Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Enviado por Sonia Delsin em Sex, 27/06/2008 - 18:56
JÁ NÃO SOMOS
Se eu não me sentar para olhar o lago ele estará lá... me esperando.
Se uma estrela eu não ficar olhando... ela ficará lá.
Talvez me observando.
Se eu não deitar meus olhos no mar... ele ficará lá no seu vai e vem.
Me chamando.
Se eu não for te encontrar tu também não virás ao meu encontro.
E perderemos o encanto do que fomos, do que seríamos, do que já não somos.
*
* Poesia inspirada em poemas de duas amigas e em BIRA MELO
*
São tantas as palavras sem sentido
Que ouves que acha melhor as apagar
Do seu acervo de escritos tão eruditos
Eis que cada uma é uma flor que tens de olhar,
Vedes cada rosto de seus queridos
Amigos e do teu amor a te assombrar.
Fluem delas para ti os ventos benditos
Que a fazem sem querer te despertar.
Vedes o tempo passado e perdido,
Que pretende de algum modo recuperar
Mas são como ondas dum vento invertido
A lançar contra ti as águas do mar,
Despertam e mexem com tua libido
Eclodindo nessa vontade de amar.
Ouvir que nos imaginou juntos, me fez viajar, deu asas à imaginação. Transportei-me para um local só nosso, cabível somente na sua e na minha imaginação. A princípio não vi nada, só você, deitado, lindamente nu, cabelos espalhados, perfume no ar, boca apetitosa, perfeita, sorriso maravilhoso. Levitei...
Estava no ar, sobre você, luzes irradiavam, música envolvia, aroma entontecia, e seus olhos chamavam. Como um raio encontraram os meus, paralisaram, entraram na alma, penetraram em todo meu ser, e como mil tentáculos me envolveram, puxaram, deliciosamente aterrissei em você.
Olhos nos olhos, mel e mar se chocando, queimando, lábios se procurando, línguas se encontrando, mãos se entrelaçando, apertando, corpos colando, roçando, suando, procurando um eixo, encaixamos. Tudo girou, voávamos juntos, corpos em sintonia, movimentos coordenados e maravilhosamente descontrolados, brilho no ar... Fusão! Cada centímetro de corpo e alma sendo explorado ao máximo, satisfazer os desejos era avassaladoramente apaixonante. Respiração ofegante, fadiga, abraço, serenamente aninhamos.
Só agora abri os olhos e vi que estávamos no meio do caminho, aquele caminho que nos separa, e para onde corremos quando queremos nos encontrar...em outros corpos, mas dentro da nossa imaginação.
(por Manu Hawk - 28/05/2004)
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° Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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