Mágoa

Foto de DeusaII

minha ilha... destruida

Queridos amigos:

Hoje trago-vos dor e sofrimento, mágoa e desespero. Minha ilha foi fustigada por um temporal que a destruiu. O maior temporal em 100 anos. 42 pessoas morreram entre os escombros, provocados pelos desabamentos de terra.... pessoas continuam desaparecidas... e corpos de crianças vão dando a tona. A ilha quase desapareceu, com a força das ribeiras que saltaram dos seus leitos e levaram tudo o que se encontrava pela frente... já não existe muito da minha ilha... pelo menos do Funchal, e outros concelhos. Pontes ruiram, carros foram arrastados pela força das águas e levaram mais almas para o céu.

Hoje trago-vos o meu panico e a minha consternação, por algo que quero que seja apenas um pesadelo.... mas que é bem real... dentro de mim... e dentro de todos os madeirenses.

Gostaria de vos trazer poesia, algo que pudesse alegrar os vossos corações... mas as palavras de amor e paixão, não saem... existe dentro de mim um grande buraco, que suga toda a minha energia e capacidade de escrever.

O dia 20 de Fevereiro de 2010, dia em que até eu, quase perdi a vida, aio ser arrastada por uma mar de lama... nunca saírá do meu coração. Minha alma chora, mas não se revolta... o choque ainda é muito grande... e medo paira em todos os cantos por onde eu passo. Sinto-me em permanente estado de alerta, como se o pesadelo ainda não tivesse terminado.

Perdoem-me amigos, mas hoje... e durante muito tempo... não conseguirei escrever poesia de alegria, de amor ou Paixão. Minha alma quase morreu, junto com a ilha onde nasceu. Neste momento, tento recuperar pedaços do meu coração, tentar reconstruir dentro de mim, o que não tem capacidade de se renegerar.

Perdoem-me amigos... se não voltar tão cedo a escrever... mas a dor é tão grande e o trauma ainda é maior.... Não vos mostro fotos porque elas são mesmo terríveis.

Mas dou graças a Deus, por estar viva ainda... para poder relatar-lhes este cenário que me matou por dentro. Agora tenho qu tentar ter forças para renascer de novo... tal e qual a minha ilha.

Até uma próxima e obrigado por tudo!

Foto de Carlos Henrique Costa

Sentidos

Pétalas de rosas numa formosa dimensão!
Feito tua pele, que me expele teu perfume,
Ação de todo coração, num raio de lume,
Que acende a chama ardente do meu tesão.

Estímulo da mente, alvo de uma direção!
Que repele a mágoa da tristeza ao cume,
Que se transforma e em tudo se resume!
Para se refletir no ego o amor e a razão.

Atenção de quem por si entende a paixão!
E a modifica em um verdadeiro e doce amor,
Num sentimento eloqüente trazido ao coração.

Mãos dadas em mesmos passos, real valor!
Que só quem ama sente em forte pulsação,
No olfato, no tato, na visão, este doce sabor.

Foto de Paulo Gondim

Vala comum

VALA COMUM
Paulo Gondim
20/01/2010

Eu tento não me decepcionar
Mas vejo que é impossível
Desvio-me da realidade, arrisco um sonho
Busco acreditar na bondade humana
Talvez por pura inocência

O importante é o hoje. Não há futuro...
Como abrir mão de tanto consumo?
A felicidade tão efêmera se resume num cartão
Na porta do shopping, numa vitrine...

Valores e virtudes desapareceram
Família, amizades não contam mais
Primeiro, o falso conforto
Um telefone novo, uma roupa que nem se usa...

Aos poucos, se mergulha na solidão...
Os desejos são tantos, como são fúteis
Primeiro o “EU”, não há espaço para o todo
O egocentrismo virou religião

Acho que estou ficando velho
Pois não consigo entender tanta pressa
A vida não antecipa fatos, nem motivos
Ela corre lenta e nunca se estressa

Por isso, tento não me enganar
Com a falsidade de tanta oferta
E vejo em minha volta tanto vazio
Tanta mágoa, tanta solidão
Acabo na vala comum
Com a falta de paz e de compaixão.

Foto de Carlos Henrique Costa

Amor platônico

Na possibilidade te amarei loucamente,
Mesmo que eternamente assim viverei,
Não sei o que é paixão, mesmo que ausente,
O amor está presente, naquilo que sentirei.

Platônico! Será mesmo impossivelmente
Assim obter a semente, que plantei?
Ou colherei só a mágoa simplesmente?
E na mente pousar um sonho que terei.

Na acepção afetuosa, tortuosa e vulgar!
Amar no ardor verdadeiro é bem maior!
Pelo melhor valor, que a vida pode dar.

Não viverei apenas sentindo -me só,
Em menor tamanho nessa coisa impar,
Quero o par perfeito, para amar melhor.

Foto de silviaraujomotta

3-ANIVERSÁRIO- AMIZADE NÃO ENVELHECE Soneto clássico decassílabo sáfico-heróico Nº 1580

3-ANIVERSÁRIO- AMIZADE NÃO ENVELHECE

Soneto clássico decassílabo sáfico-heróico Nº 1580
Por Sílvia Araújo Motta

Posso afirmar que passa o tempo e o ano
sempre a chegar no dia que amanhece
vem renovar a fé, traçar o plano
que a mágoa expulsa e todo mal esquece.

A verdadeira união não causa dano...
Amizade é semente boa e cresce
no coração que faz do amigo, mano,
que rega, rega e um dia floresce.

Amiga flor, leal, jamais se esquece!
Quem planta amor, perfuma a dor-saudade...
Quando se esvai, à face o pranto desce.

A cada dia o fruto amigo vence
toda a intempérie e prova que a amizade
não envelhece e fibra imortal tece.

Foto de Carlos Henrique Costa

Soneto da esperança

Fogo e água, sol e lua, terra e mar!
Foge a alma, o corpo padece por ver,
O universo sem verso, para se viver,
Muita gente anda descrente sem andar!

Jogo e mágoa, só na rua, há enterrar!
Mas uma vida, ali morrida, por perder,
A alegria, para melancolia sem saber,
E novamente sem mente para pensar...

Anda sem nenhum lugar, para chegar!
Solidão na contramão do seu viver,
Um pouco mais de vida pra vencer!

Na direção do coração o seu lugar,
A fé novamente de pé com seu poder,
Busque no amor a esperança de sonhar.

Foto de layellen

Permita

Que um olhar te conquiste.
Que um sorriso ilumine o seu dia.
Que as palavras toquem seu coração.
Que alguém o livre do perigo.
Que apenas um toque faça todo o seu corpo estremecer.
Que te façam elogios e críticas também.
Que o inesperado aconteça.
Que um pensamento o faça voar.

Não permita.
Que a raiva te domine.
Que seus sonhos sejam apenas sonhos.
Que seu dia passe rápido demais para que você o note.
Que a mágoa o envenene.
Que a rotina o canse.
Que a impaciência seja predominante.

Sinta a noite,deslumbre o sol.
Siga as estrelas.
Mergulhe no mar alto das paixões.
Ouça a natureza,ela tem muito a lhe dizer.
Deixe que o vento te leve.
Traga mais flores ao seu jardim.
Cante a canção do seu coração,no seu ritmo.
Depois da tempestade,contemple o arco-íris.
Suba no alto das montanhas,mas não se esqueça de descer.
A coisa mais bela do mundo está em você,o amor.
Manifeste-o.
Não o deixe morrer em ti.
Ele precisa escapar,correr por todos os lados.
Andar entre as multidões,sem medo.
Ele deseja que você o sinta,mesmo que não possa entender.
Nada é impossível no seu mundo,tudo é real e grandioso,tão grande que o mundo não é o bastante para abrigá-lo.
Ele é quente demais,para que você o segure.
Forte demais,para ser empedido.
Ele não precisa de permições,nem mesmo regras.
A única lei que segue é a lei de Deus,que é perfeita,justa e simples como o teu coração."

Foto de Carlos Henrique Costa

Paixões

Posso fingir a existência derradeira,
No ser, mingua a essência da solidão,
Entra sem bater a amarga escuridão,
Uma mágoa desprovida verdadeira.

Ainda a fugir a ausência alvissareira,
O viver, repleto de coerência e razão,
Porém sem perceber, trava coração...
Na ingratidão desta vida passageira.

Preso permanecerá o pensamento,
Na ocasião de revelar as decepções,
Este sentimento que rege tentações!

Que homem ou mulher no momento...
Sentem no ínfimo interior das paixões,
Na certa angustia de tais desilusões.

Foto de Carlos Henrique Costa

Hedonismo

Éreis! Humanidade! Esdrúxula criação!
Vede firmemente luxúria, hedonismo,
Evolução da falsa caridade em cinismo,
No berço da nação, cobiça, difamação.

Sete capitais pecados do corpo ao coração,
Para a cura da alma no vão sedentarismo,
Lirismo, fábulas, sonhos, comodismo!
Vai-se ao caminho da rústica escuridão.

Mingua o desejo da vitoriosa descoberta,
No interior mágoa deserta da solidão,
Em tristeza aguda a impureza aberta.

Olhos cegos na própria imaginação...
Egoísmo! A última cartada já coberta,
Oferta seu tirocínio ao ego da razão.

Foto de Carmen Vervloet

Natal de Luz

Estrelas, no céu, vigilantes,
lua, no céu, deslizante,
cometa a guiar o caminho,
brisa a soprar de mansinho
um ar de carinho...
O universo festeja o grande dia
quando a Santa Virgem Maria
dá a luz ao Deus menino
mudando da humanidade o destino!

25 de dezembro,
nasce o protótipo do amor,
nosso Cristo Redentor!
Tão pobrezinho o menino,
sem teto nem cobertor...
Ah! Filho do Deus Criador!
Traz na sua essência
o gene do bem querer...
Aquele que não escolhe
quem e nem por que.
Apenas faz por fazer,
por doce prazer!

Suas mãos se estendem em desvelo,
buscam a ponta do novelo,
ligam a todos igualmente
sem distinções nem precedentes!
Seu único objetivo
por fim a mágoa e a dor...
Flor que desabrocha exuberante
exalando o perfume do amor!

Mas o egoísmo da humanidade
tudo mudou...
Monocromática é a cor,
murcha é a flor!
Não existe igualdade,
esmaeceu a fraternidade!
A fé perdeu-se no tempo,
ficou no esquecimento o advento!

Meu espírito cristão
diz que esse é o dia para nova reflexão...
Hora de sepultar para sempre a ambição
e retomar os preceitos do Mestre,
elevar a alma em prece
e como Ele estender a mão
com desprendimento e determinação.
Semear o gene do bem querer
em qualquer situação!

Assim (re)nasce Jesus,
neste Natal de luz,
bem dentro do meu coração!

. Carmen Vervloet

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