Madrugada

Foto de Letícia

Materialização

Por que te fizeste carne?
Enquanto espírito
Eras sensação de paz e de alegria
Agora, és também paixão

Que faço desta tua essência
Que me impregna a pele?
Sou toda em ti – realizada

Ando à roda de mim mesma
E te consumo no meu espaço

Desejos estranhos de morder
De gargalhar e dançar na chuva
Correr de ti para encontrar-te
E em ti ser feliz

Tens sido tanto...
Tão maravilhoso, tão delícia
Nem precisavas ser assim
Tão completo
Bastava-me teu humor
Tua constância
Não pediria mais que isso

Entretanto...
Estás presente
No sol na lua na madrugada
Nos sabores e na arrumação

E na desarrumação que em mim fizeste
Organizaste minha existência

Foto de Armando Tomaz

Madrugada Fria

Era alta madrugada
Eu sozinho pela estrada
Só a lua me acompanhava
Lua que me segue
Tua luz me persegue

Estou sozinho na estrada
A madrugada é fria
Meu corpo arrepia
A brisa invade meu rosto
Vento da noite chega devagar
Choro...
Tudo dói...

A dor em meu peito percebo que ira rasgar
Sinto um vento me transpassar
O vento não consegue mais me incomodar
Estou em outro lugar

Estou sozinho na estrada
A lua se foi
Sigo o meu caminhar
Esta amanhecendo
Preciso caminhar
Vou sair deste lugar

Foto de Osmar Fernandes

Pichador

Pichador
Em outros tempos, era um movimento social...
O artista expressava seu pensamento.
Sabia apontar seu chacal...
Protestava com sentimento.

Hoje em dia, no Brasil, é vandalismo.
Jeito mesquinho de aparecer na televisão...
Disputa entre gangs, revanchismo.
Desejo espúrio de competição.

Essa faccão não teve infância, nem diversão.
Comete o crime no delírio de sua euforia.
Pensando ser sua arte uma criação,
Espalha sua tinta como embolia...

Essa turma vegeta em constante adrenalina.
Não tem medo da morte.
Vive correndo da polícia.
Seu mundo é obscuro, sem norte.

Como vampiro, ataca de madrugada.
Onde põe sua marca faz o objeto chorar...
Virou vício, doença desalmada.
Sua assinatura é um lixo a lamentar.

Osmar Soares Fernandes
Publicado no Recanto das Letras em 26/02/2009
Código do texto: T1457855

Foto de liviaferreriafurtadodebrito

eu sei o que é amar....

Mais uma madrugada sem você, apenas minhas lágrimas
Fazem-me companhia...
O que será que você está fazendo agora?
Com certeza deve ta dando amor a quem não
Te ama, como eu. Porque ninguém será capaz de te amar
Da maneira como eu te amo.
Você não é apenas um desejo proibido é o meu sonho
De cada noite, e não é preciso ‘ dormir pra sonhar com você.
Eu queria nunca ter provado do seu beijo assim minha boca não
Sentiria tanto a falta que sente hoje.
Queria estar perto nem que fosse pra fingir querer sua amizade, queria te olhar , poder aplaudir esse outro alguém que está com
Você, porque essa pessoa ganhou na sena e talvez nem saiba...
Essa distância só ajudou eu ter certeza dos meus sentimentos...
Sei que quando te encontrar posso ser obrigada a te ver com
Outro alguém, já estou me acostumando com o fato de você não ser meu ..
Já que sou tão sua!

Foto de eliane rocha

Apenas amor!!!

Para o amor não há explicação
ele chega em apenas um momento,
ele vem com toda força, sutil acompanhado
de desejos e de paixão.
Passamos a olhar tudo com mais vida,
tudo fica colorido.
Todos percebem em seu sorriso,
que o amor chegou.
Você anda com firmeza, seu olhar esbanja alegria,
seu coração ninguém pode magoar,
porque há magia solta no ar,
O amor é nobre é único e tem
a capacidade de mudar o mundo,
Não importa as dificuldades nada nos para.
Nada nos faz tropeçar...

mesmo que tenhamos que trilhar o caminho mais longo,
vamos em frente, guando o amor vem derrepente,
O amor é poesia é noite de lua cheia
que aos corações ensendeia...
é o pôr do sol no horizonte
é a aurora rompendo a madrugada,
é o azul do mar, é como as folhas
no outono, como aquecedor no inverno
que no seu abrigo nos esconde,
sentimos nossa alma leve,
nosso espírito nada teme,
nossas esperanças desabroxam
e ficamos com mais vida,
esse é o amor com todo seu poder
e sua glória!!!!

Não houve, não há, e jamais haverá
um sentimento que se compare ao amor...
simplesmente amor.

Foto de Rosinéri

Duplo silêncio

Dois amigos cultivavam o mesmo campo de trigo, trabalhando arduamente a terra com amor e dedicação, numa luta tremenda à espera de um resultado compensador. Passam-se anos de pouco ou nenhum retorno. Até que um dia, chegou a grande colheita. Perfeita, abundante, magnífica, satisfazendo os dois agricultores que a repartiram igualmente, eufóricos. Cada um seguiu o seu rumo... À noite, já no leito, cansado da brava lida daqueles últimos dias, um deles pensou:
- Eu sou casado, tenho filhos fortes e bons, uma companheira fiel e cúmplice. Eles me ajudarão no fim da minha vida. O meu amigo é sozinho, não se casou, nunca terá um braço forte a apoiá-lo. Com certeza, vai precisar muito mais do dinheiro da colheita do que eu.
Levantou-se silencioso para não acordar ninguém, colocou metade dos sacos de trigo recolhidos na carroça e saiu... Ao mesmo tempo, em sua casa, o outro não conseguia dormir, pensando:
- Para que preciso de tanto dinheiro se não tenho ninguém para sustentar, já estou idoso para ter filhos e não penso mais em me casar. As minhas necessidades são muito menores do que as do meu sócio, com uma família numerosa para manter.
Não teve dúvidas, pulou da cama, encheu a sua carroça com a metade do produto da boa terra e saiu pela madrugada fria, dirigindo-se à casa do outro. O entusiasmo era tanto que não dava para esperar o amanhecer.
Na estrada escura e nebulosa daquela noite de inverno, os dois amigos encontraram-se frente a frente. Olharam-se espantados. Mas não foram necessárias as palavras para que entendessem a intenção um do outro.
Amigo é aquele que no seu silêncio escuta o silêncio do outro, sai em seu auxilio mesmo sem saber o que o outro precisa..

Foto de Simply Angel

Loucura Perdoada

Embriagava-me de harmonia
Quando teu corpo me envolvia
Com amor, de toda maneira
Sem pudor, por inteira
E gritavam em uníssono nossos corações
Perdendo-se como num sussurro as nossas razões

Por fim, caia a madrugada
E minha loucura era perdoada
Meus desejos como fogo, vivendo
À flor da pele me ardendo
Enquanto tua voz ecoava pelos cantos
E eu me submetia à teus encantos

Faltava-me o ar
Insistiam tuas curvas em me torturar
Nos lábios eu te beijava
E com o corpo, te amava
Como ontem, demais
Para sempre ou nunca mais

Lentamente a madrugada morria
E finalmente eu dizia
Que amo-te da cabeça aos pés
Com toda força, da forma que és
E com as mãos entrelaçadas
Nossa loucura era por fim perdoada.

Foto de Joaninhavoa

HÁ DIAS!

*
HÁ DIAS!

Vivo a voar de alvorada
em alvorada
E o dia em horas minutos
e segundos
ficam a cores num arco-íris
matiz
Entro resplandecente na câmara
ardente
Do jardim! E pé ante pé vou-te
avistar no altar
Desarmado mas de sentidos
aguçados
Sorris pr`a mim! Ai de mim
Nos sufocos
Vibro assim! Rumo ao ar
Bato asas de remar
Nos de repentes mergulhadores
Furo patamares
Que mais pode acontecer
A não ser ficar rouca
Por tanto te chamar
Com a força do pensamento
Lunar
Quando cai a madrugada!

Joaninhavoa,
(helenafarias)
14/02/2009

Publicado no Recanto das Letras em 14/02/2009
Código do texto: T1438692

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

CAMILLA

CAMILLA

Desprezas quem eu sou
Por não saber como sou
Por não compreender o tocar
Por não entender a beleza do deitar...
Desprezas esta mulher
Por um momento no teu ignorar
Esta mulher que te espera chegar
Que pronta lhe atiça um carinho teu
Que desprezas por descuido teu...
Desprezas esta que é tua
De noites amarguradas sem lua
O desejo que a arde e é tão fugaz
Na madrugada sozinha
Procura-te e você não estás...
Ao fio da navalha este nosso amor
Que o tempo severo o transforma em dor
Desprezas esta mulher que ainda é tua
Que sofre de saudade, de verdade tão nua...
O dia parece correr mais que o pensamento
As noites claras são ternuras de tormento
O Dia; nosso trabalho ganha pão das meninas...
A Noite; pra você não existo, muito prazer!
Sou Camilla.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2008 no dia 01
Village Itaquá

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AMOR PELA METADE

AMOR PELA METADE

Saudade como dói esta saudade
Dentro do meu peito
Do meu lado esquerdo;
Maldade por que fica esta maldade
Junto do meu leito
No meu pensamento;
Tristeza me invade a tal tristeza
Minando minha alma
Tirando minha calma;
Madrugada, quando cai a madrugada
Me sinto tão sozinho
Me falta um carinho;
Verdade, só existe uma verdade
Que eu sinto a tua falta
Do desejo que me assalta;
Certeza só me falta uma certeza
Da certeza que me amas
Do meu corpo que reclama;
Esperança, só me resta uma esperança
De esperar por esta tarde
Nem que for a eternidade;
Um amor pela metade
Quem espera sempre alcança.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Outubro de 2001 no dia 09
Itaquaquecetuba (sp)

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