Luz

Foto de Alexandre Montalvan

Falar de Amor

Falar de Amor

Rebuscado é o sentimento que me consome
Que em minhas neuras reclama e chama
É a vertigem que mata minha fome
E que insiste em sentir que ama
A pequena imensa dor
Que chama
Amor

Que dói e arde e inflama
Como lentas, são as vorazes vozes
Que não se calam nem ao pé da cama
E em meus ouvidos gritam ferozes
Ao falar deste louco amor

Como fosse palavra morta e purulenta
Na noite escura e não partícula pura
Como o ato que cria o fato e a pintura
Que as mãos divinas pintam desatentas
Rasgando meu coração
E lançando ao vento
As chamas desta emoção

Os descaminhos que encantam e como ilha
Que flutua neste mar e brilha
Tão intensa imensidão
Como estrela no universo
Que com versos
Traz a luz a escuridão

E transmutam criador em criatura
E a dor em alegria, à noite em dia
Amenizando o engasgar desta figura
Inconsequente ironia
Com um toque de magia, uma pitada de poesia
Ao falar de amor

Alexandre

Foto de Arnault L. D.

Espetáculo Imaginário

Quando a tarde, alta, vai embora
e aos poucos a noite avizinha
eu contava os minutos da hora
esperando ela surgir, ser minha

Minha razão, esquecer e oásis,
em espera, falta ela chegar
e me fazer feliz e sem bases,
apenas feliz... Por amar ficar.

E ao vê-la, a luz torna-se “spot”...
A vida abre cortinas, cenário.
O mais, platéia, segui o holofote,
Ela: Estrela... Show imaginário...

Onde ternuras tornam-se táteis,
e borboletas saem dos casulos,
os freios quebram, juntamente as leis,
de mil pecados, grafitando os muros...

Por olhá-la, somente em vê-la,
mesmo noite, os pássaros cantam.
E o céu se apressa em vestir da estrela;
flores a desabrochar perfumam...

Por haver, a ver, tenho um tesouro.
Pérolas do mar, colhidas gemas,
seu cabelo, ouro, louro, douro;
suas mãos, pequenas, diademas...

Rosa a tez, flor e pomar vertente,
o morno do por do Sol na pele,
o verbo a derramar-se em torrente
pelo sentir, que ao belo impele.

O verde dos olhos, no lábio mel,
que adoça-me os beijos na língua,
torna perto o céu, e o faz dossel.
Céu da boca, a chuva respinga...

A neblina do sopro, em garoa,
sobre minha noite, faz brinquedo.
Molhando a nós, qual a lagoa,
quero o afundar em seu segredo.

E me faz assim, tão bobo... e feliz...
em ver, mas, logo desejo, viver,
O beijo, que em seu provar me diz:
“Amo...” Calo; não sei mais dizer...

Foto de Bruno Silvano

O olhar de uma estrela

“Estrelas, para muitos apenas mais uma grande esfera luminosa sem vida e sem importância. Ao olhar da astronomia um grande astro celeste, de incomparáveis magnitudes, altitudes, diversidades. Muito valorizada pelos astrônomos, podem simbólica e afetivamente representar algo muito importante, bonito e necessário em nossa vida” Foi isso que me chamou atenção no livro.
Para mim não era diferente, era um garoto sonhador, no apogeu da adolescência, minhas expectativas para o futuro eram todas voltadas aos céus, sonhava em ser astrônomo, não importava a que patamar de fama, ou até onde eu seria reconhecido, mas tudo que queria era poder estar dentro daquele mundo de astros, que mesmo sendo apenas um sonho me sentia fazendo parte disso. Vinha de uma família de classe media baixa, uma grande parte da minha infância foi marcada pelas dificuldades, que apesar de serem imensas, nunca tiravam o sorriso do meu rosto.
Era uma noite, não como outra qualquer, era fria, caia aquela chuva fina que passavam pelas gretas do telhado e encharcavam tudo minha cama, a casa só tinha 2 quartos e o jeito era me refugiar no quarto de meus pais. Estava sozinho em casa meu pai havia ido trabalhar como de costume, ele era mineiro e seu turno era na madrugada, minha mãe havia saído as pressas para algum lugar, sem me especificar para onde.
O vento gelado começou a soar ainda mais forte, formando um barulho amedrontador que dava a impressão de arrancar a casa do lugar, o clima ao meu redor começou a ficar pesado, escutei gritos e tiros na parte de fora da casa, corri e me escondi em baixo da cama. A energia havia caído e fiquei iluminado somente pela luz das estrelas e da lua. Passei a observa-las com intensidade, nunca havia me encantado tanto com uma estrela, talvez o medo dos tiros e o nervosismo me fizeram ver coisas, era acostumado a ter observações noturnas no céu, mas nunca havia me deparado com aquela constelação, era muito diferente das outras, era formada por estrelas de grandes magnitudes e parecia formar um diamante e dentro dele parecia estar escrito “Júlia”. Meus olhares se prenderam a aquele lugar, cada vez ia ficando mais lindo e aquilo me acalmou. Continuei por ali e acabei pegando no sono.
Estava encantado com o que acabará de ver, era uma visão perfeita e aquilo me induziu a ter um belo sonho. Era metade da madrugada continuava ali intacto observando-a, não tinha certeza se fazia parte do sonho ou se era realidade, mas nem queria saber, apenas não fiz movimentos bruscos para que aquilo não acabasse. A estrela parecia estar cada vez mais perto, era como um pingo de luz com vida propria, soltava perfume de flor, parecia muito com o de uma dama da noite, era muito cheirosa, dali foi se criando uma mulher, não era muita alta, não emitia nenhum som, mas sua presença deixava um ar de suavidade no lugar, parecia uma deusa. Não permaneceu ali por muito tempo, logo foi embora.
Não tinha certeza se havia sido um sonho, mas no outro dia quando amanheceu brotou ali 3 lindas flores e a guria havia perdido ali um colar de diamantes que por coincidência estava escrito “Julia”.
Mais tarde havia recebido a noticia de que minha mãe havia sido assassinada durante a madrugada, mal pude permanecer em pé. Foi a ultima das quedas que tive. Eu e meu pai tivemos que ir para outra cidade, longe daquele que trazia fortes lembranças de minha mãe. Depois desse dia nunca mais fui o mesmo, jamais havia aberto um sorriso.
A partir daí nunca mais vi aquela misteriosa garota dos meus sonhos, e muito menos visto a constelação de “Júlia”.
Os dias foram passando, passará horas e horas estudando para a faculdade, em qualquer livro ou explicações de professores, não era relatado não sobre aquela constelação, me pergunta se havia aparecido para a outras pessoas e me sentia honrado por até o momento ter aparecido exclusivamente para mim.
A base de muito estudo, ingressei em uma universidade de astronomia, em porto alegre. Havia guardado comigo aquele colar de diamantes que ela esqueceu em meu quarto, todas as noites me perguntara quem era ela, o porque deixará aquele colar comigo, e porque apenas eu avistei aquela constelação. A cada indagação surgia ainda mais duvidas. Desde o falecimento de minha mãe passará a pensar sozinho em voz baixa, até que o barulho da campainha me tirou da transe de meus pensamentos, era uma colega de faculdade, nunca a havia visto, mas logo a reconheci, pensei estar sonhando novamente, mais o colar de diamantes começaram a brilhar em sua presença, não sei se seu nome era Júlia, mas como no sonho estava linda, ela havia vindo atrás de seu colar, também não sei como sabia que ele estaria ali, mas fui recompensado por ter cuidado daquilo com um dos melhores abraços que já tive ganhado. Mas como no sonho foi embora rapidamente, sem se quer dizer o seu nome.
Fiquei ainda mais confuso, mas a noite passará rapidamente e já era hora de ir para a faculdade, era o primeiro dia, cheguei ainda com olheiras na sala de aula. Era palestra com um astrônomo renomeado, um dos meus maiores ídolos. Peguei a caneta para assinar presença, logo surgiu uma mão apreçada que a pegou antes que eu, assinou em “Júlia” e saiu rapidamente, olhei para trás e vi em seu olhar o brilho de uma estrela, não demorei pra perceber que deveria correr atrás, antes que ela desaparecesse novamente.

Bruno Silvano

Foto de Rosamares da Maia

Ensaio e Erro

Ensaio e Erro

Nada há que ao meu coração engane.
Não, nada mais! Pensei.
Não fosse de fato um pequeno equívoco.
O de haver sugado no canudo, por descuido,
O milk shake da existência - Por engano. É claro!
Ora! Então se existir não é mais uma certeza,
Se nada mais é sólido, correto ou concreto,
Vivemos em suspenso, cada momento uma surpresa.
E eu descobri mais: A vida é só sobressalto.
Um após o outro a espantar, desencantar.
Vislumbramos os encantos entre enganos,
Bailando entre luz e sombras – realidade difusa.
Vivemos sim, mas, em completa ignorância,
A vida é um ensaio e erro burro,
E quando ela se vai, no momento do aprender,
No exato momento do flash de Ser,
Passa como um cometa caudaloso de luz.

Rosamares da Maia
02/02/2004

Foto de Rosamares da Maia

Desencontros

Desencontros

Juntos...

Toma minhas mãos e junta as tuas.
Novamente refaz o caminho,
Abre as portas do Mundo.
Olha nos meus olhos e vê,
Ainda são os mesmos.

Mentiras!

Tolas mentiras!
Os meus olhos hoje refletem uma luz baça.
Minhas mãos estão enrugadas e descarnadas,
Não se unem mais para abrir as portas do Mundo.

O tempo...

O tempo corre como um rio que não retorna,
Segue corroendo pedras, sempre em novos caminhos.
Águas novas sobre o leito que se deixa transformar.

O elo...

O elo é uma saudade que ata e desata os nós.
Saudade que é rescaldo de corações incendiados,
Que não morrem, mas, como o rio, se estreita num fio.
O tempo tece o fio das lembranças transformadas,
Um fio de vida, inconformado, porém sereno.

Rosamares da Maia
17/07/2006

Foto de Carmen Vervloet

O Poder do Sonho

Às vezes é imprescindível sair da realidade
e galopar no dorso do sonho
que nos leva para mundos idealizados
onde o amor e a paz destroem toda a animosidade,
onde se ignora solidão, tristezas e até insanidades;
Onde se constrói quimeras que se agigantam
e no gene da esperança vão tomando forma
que se sobrepõem às dores e mazelas da verdade.
O espírito liberto se abre em flores de primavera
que perfumam e enfeitam o ambiente
e no tempo certo deixam cair a semente
que cuidada com afinco e carinho
vai brotando devagarzinho transformando a realidade
através da energia que se propaga em luz
e vai fazendo a magia
no poder que só o sonho possui.

Foto de Carmen Lúcia

Poesia, um caso de amor...

Danço a poesia, sou bailarina no esplendor da arte,
exponho em poesia fragilidades e limitações,
silencio em poesia o meu grito sem fazer alarde,
brado poesia com orgulho e ostentação,
confesso em poesia fraquezas e imperfeições,
bebo poesia com as palmas das mãos,
respiro poesia, perfume das manhãs,
rego poesia com o orvalho da madrugada,
rezo poesia na hora da Ave-Maria,
faço da poesia alegria da chegada,
canto poesia dando ênfase à melodia,
toco poesia com o lirismo da sonata,
vivo a poesia, essência de minh’alma,
choro a poesia movida pela emoção,
expando em poesia mágoas que viram rimas,
sonho em poesia todo encanto da magia,
cultivo a poesia e colho rosas em botão,
caminho com a poesia e afasto a solidão,
voo com a poesia rumo à fascinação,
gero a poesia e é ela quem me dá à luz,
sinto a poesia e me arrepia a inspiração,
navego em poesia ancorando em corações,
penso a poesia e dou asas à imaginação,
amo poesia... e sem mais explicação.

_Carmen Lúcia_

Foto de Maria silvania dos santos

Mãe!

Mãe!

Estas flores são para você, em forma de lhe agradecer por minha existência.
Flores são alegria da natureza ,que nos contagia com sua beleza, desejo que você seja contagiada não só com as belezas da natureza, mas sim com todo meu amor.
Que você consiga realizar todos seus sonhos de luz, que a força divina te conduz!
Te amo!

Maria silvania dos santos.

Foto de elcio josé de moraes

SEGUIDOR

Nada poderá vencer-me,
Me atingir, ou me abalar.
E em meu caminho,
Nada poderá conter-me,
E nem me desviar.

Pois que sou, um filho de luz!
Guiado por Cristo Jesus,
E eu sou o seu seguidor.
Por isso eu vivo e vou vivendo,
Sob sua paz e o seu amor...

Elciomoraes

Foto de Maria silvania dos santos

MÃE ME PERDOA!

MÃE ME PERDOA!

_ Sei que No coração de minha mãe sempre vai fica a lembrança, de coisas dolorida
que o destino prego.

Também no meu coração irá Fica a lembrança de tantas magoas que causei a minha
mãe, e depois fui embora levando a dor de ouvir uma palavra tão triste que a
minha mãe me disse.

Também a lembrança de quanto choro causei, a minha mãe.

Mas amo ela demais.

Magoei tanto minha mãe ao ponto que ela chegou a dizer,

que não preciso considerar ela nem viva nem morta.

Não preciso considerar que ela é minha mãe, mas como posso fazer isto?

Não é possível. Fui rebelde sim, eu confeço; Mas não consigo e jamais irei tentar.

Foi dela que nasci, foi por ela que cheguei ao mundo e posso ver a luz do dia.

O que eu mais quero é que ela me perdoe, quero que ela sorria com alegria.

Eu não consigo deixar de ama-la.

Pois , como uma filha pode deixar de amar uma mãe?

Quero que minha mãe me perdoe por tudo que fiz.

Autotra; Maria silvania dos santos
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