O amor horizontal deixa as entranhas em brasa
Tira a lucidez e traz à tona a insensatez
Revira os olhos...cenas embriagantes
Sangra o momento.
Petrifica a razão, encena outra linguagem
Insana, profana, devassa
Encontro de desejos alucinados
Na horizontal é combustível da luxuria
Colisão de corpos num mar sem ondas
Gemidos sobrenaturais
Cascata jorrando prazer. Cálice transbordante
O amor horizontal deixa vestígios
Perpetua marcas em lençóis
Respiração desordenada
Aula de anatomia. Desvenda geografia!
O amor na horizontal desvenda mistérios
Cala bocas, invade pensamentos
Conjuga prazeres,invade intimidade
Anestesia a mente.
Ato consumado!
Enviado por Joaninhavoa em Seg, 13/10/2008 - 01:18
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AMO-TE TANTO!
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Minha Cinderela...
Teus rabiscos são desenhos moldados
de sonhos
São desejos são mágoas árduas palavras
versadas
Embalada pelo balanço da cadeira oiço tuas
cantatas
Começo a sentir com tranquila lucidez teus
desejos
Tuas versões são tuas alusões de sentimentos
ousados
Discernimentos caracterizados pela distância
de um passado
Refrescas nas águas memórias e pensamentos
simulados
Misturados mesclados manuseados combinados
vingando
Na doce ilusão em forma de paixões reflectidas
à luz do luar
Gritando a dor no prazer de ter o tal acontecer
eterno
Num viver sem limites numa verdade conducente
d`amar
Verdadeiramente o imperdoável dom de ter de dizer
um dia
Amo-te tanto à luz do dia no luar da noite e no despertar
da manhã
Amo-te tanto como quando Cinderela correste d`mim
ao toque da meia-noite
*
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*
*
Perfeito é o nosso amor
O “meu amor” me dá as delicias
De um prazer tão nosso de amar.
Orvalho de desejo caindo em minhas mãos
Tua boca quando toca a minha,
deixa com inveja o Arco Iris e,
derrama sobre o universo
as cores quentes de paixão...
Tua luz intensa preenche os vazios
Floresce o jardim do meu coração
E ecoa a melodia divina da paixão
O nosso amor solta beijos enluarados
Toques encantados e versos apaixonados
Ah...esse amor me alimenta e me surpreende
Tão calmo e tão quente
Tira a lucidez , dá ousadia
Cobre meu corpo com tua pele
Liberta do cárcere da solidão
E enxergo no teu sorriso, nos teus olhos
O contorno da paixão e o caminho do teu coração
Entrei.
Permaneço nessa realidade perfeita.
Rozeli Mesquita
Publicado no Recanto das Letras em 25/08/2008
Código do texto: T1144985
Enviado por Carmen Lúcia em Ter, 02/09/2008 - 17:01
Minha loucura me leva a bravuras
que a sã consciência
e a tímida prudência
não me permitiriam levar...
Dizer o que penso,
revelar como sou,
livre de consenso,
da moral que pesou...
Minha momentânea insanidade
é meu evangelho de verdades...
Impulsos não reprimidos,
reprimindo inverdades.
Esses discursos inflamados
traduzem meu verbo, meu outro lado...
Então me retrato... corpo, alma e mente,
conjugados em comunhão estridente
contando tudo o que sentem...
Quando me recato, desacato
a identidade, a vontade e a sede de falar...
Por fora me calo, sóbria insensatez...
Por dentro me violento...insensata lucidez.
Perfeito é o nosso amor
O “meu amor” me dá as delicias
De um prazer tão nosso de amar.
Orvalho de desejo caindo em minhas mãos
Tua boca quando toca a minha,
deixa com inveja o Arco Iris e,
derrama sobre o universo
as cores quentes de paixão...
Tua luz intensa preenche os vazios
Floresce o jardim do meu coração
E ecoa a melodia divina da paixão
O nosso amor solta beijos enluarados
Toques encantados e versos apaixonados
Ah...esse amor me alimenta e me surpreende
Tão calmo e tão quente
Tira a lucidez , dá ousadia
Cobre meu corpo com tua pele
Liberta do cárcere da solidão
E enxergo no teu sorriso, nos teus olhos
O contorno da paixão e o caminho do teu coração
Entrei.
Permaneço nessa realidade perfeita.
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Enviado por Sonia Delsin em Sáb, 23/08/2008 - 16:04
O QUE OS LEVOU... DESESPERANÇA?
Estou aqui inconformada, mas aos poucos sei que tenho que aceitar. Aprendi que nesta vida precisamos aceitar. O irremediável, irremediável está.
Há alguns meses recebi um telefonema de minha mãe e ela contou que uma pessoa que conheci muito no passado tinha se suicidado.
Fiquei chocada. Sempre ficamos.
Ela era uma moça bem de vida, com uma família bem estruturada. Pelo menos nos passava esta idéia, de que tudo ia bem.
O que foi dito é que ela tinha depressão e a depressão acabou com a vida dela.
Passei pela casa onde ela morava. Tão bonita a casa e tão arborizado o jardim. Pensei. Que pena que ela se foi. Mas precisamos tentar entender. Ela devia ter os seus motivos.
O esposo ficou na casa que me pareceu triste.
Hoje recebi um telefonema de minha irmã contando que o marido da suicida também se suicidou.
Fiquei chocada. Quem não ficaria?
Deus! Dizem que existe uma linha que divide a razão da loucura. Que um instante de loucura basta para que alguém atente sobre a própria vida.
Será que somos tão frágeis assim?
O que leva alguém a agir desta forma? Um desespero total, descrença?
Creio que a pessoa perde a lucidez e age impensadamente.
Que tragédia! Fico aqui pensando como está a cabeça e o coração das filhas deles. Que dor para elas, para os parentes, amigos.
O que posso fazer agora é rezar por eles, para que pelo menos no plano espiritual encontrem paz.
Enviado por LuzCintilante em Qui, 24/07/2008 - 17:04
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Feitos e refeitos
Registro de uma vida
No branco absorvida
Da caminhada querida
Relembrando momentos
Cheios de sentimentos
Revivendo com lucidez
Doces encontros desta vez
Na folha tudo se encontra
A fase da pureza da criança
Movida sempre de esperança
A sorrir das muitas lembranças
A seguir a fase da mocidade
De sonhos, fantasias e vaidades
Com muitos ideais de verdade
Sempre desejando a felicidade
Com seriedade a maturidade
Cercada de paz e tranqüilidade
Sábia a olhar a pura realidade
Desejando um amor de verdade
Segue a vida a sorrir com bondade
Enviado por Carmen Lúcia em Dom, 29/06/2008 - 19:45
Oh!Alegria tanta,
a fazer alarido
dentro de mim...
a me pôr a bailar
a mais despudorada
e sacrossanta dança,
a provocar mudanças,
a realçar nuanças...
Diante de tal exuberância
deuses se ajoelham
e santos deixam o altar!
Oh...Alegria tamanha,
isenta de artimanhas,
entra-me pelas entranhas
excita meu palpitar...
afaga o meu dorso,
tateia meu pescoço,
sussurra em meus ouvidos
e me faz arrepiar.
Então me pego dançando
o ritmo que imaginar.
Oh...Alegria bizarra,
a me tirar o fôlego
fincando-me sua garra,
ganhando-me com um sopro,
fragilizando meu corpo
na dança que não é das águas
tampouco dança do fogo,
e sim o meio termo,
solidão e sofreguidão,
que apaga a amargura
e dores escorrem pro chão.
Oh...Alegria insana,
que rouba-me a lucidez...
me pinta um quê de profana,
banha-me em sua liquidez
e mesmo estando só
perco-me na multidão,
que sua euforia sugere
com toda magia que insere...
Alegria que grita mais forte
colore a lida, pincela a sorte,
onde o sonho maior se aninha,
nessa dança que realça a vida
contida na alma que é minha.