Leito

Foto de Hisalena

As tuas mãos...

As tuas mão tocam a minha alma
como um rio toca o leito onde corre,
são águas correntes de paz e calma
onde a vida se renova e nunca morre.
As tuas mãos tocam a minha vida
como música saindo de um piano,
são chuva caindo na terra ressequida
onde a seca trouxe vazio e dano.
As tuas mãos tocam o meu ser
como a brisa que corta a manhã,
são as notas soltas do meu viver
que compõem esta minha esperança vã.
As tuas mãos! Ai, as tuas mãos!
As tuas mãos tocam-me sem me tocar
não passando de uma doce miragem,
com elas apenas me limito a sonhar
nos sonhos em que tu és personagem!

Foto de Anandini

Só,estou só agora...

Fez-s o dia...
O sol nascente,puro no horizonte...
de um azul infinito...
Não quero enfrentar esse dia,queria que não existisse.
A noite se foi...acabou...
Arrastou-se lentamente sem querer partir de meu leito,
um sarcófago de tristeza sem fim...
Agora tenho a certeza que estava enganada,iludida.
Foi apenas uma confusão...
Meu amor por tí era tão intenso que
transbordou para fora de meu peito
escorreu,e chegou até você!
Na verdade não me amaste em momento algum...
Tudo que escreveste era apenas um reflexo
do amor intenso que transmiti a você.
Agora sofro...
Minhas lagrimas corroem minha alma,
meus olhos se fecham para a noite e para o dia...
Não quero que o sol toque minha pele...
Não quero a intensidade do azul do céu,
O sol é quente,as cores são fortes...
Me arremetem a palheta de um arco-iris
Os pincéis do meu artista favorito...
As cores agora também me levam até você.
A pintura de uma paixão avasaladora,
está manchada,com a mistura da tinta de suas mãos...
Borrou...Está cinza... Perdeu a cor a vida.
Meu coração está triste,pequeno
amargurado em meu peito...
Sinto a solidão de um amor não correspondido.
Você jamais me quis...
Porque alimentaste meu desejo ,e deste força para esse amor
que toma conta de meu ser?
Porque disseste que me queria tanto?
Me deste a chave dourada,mas agora
me deixa aos prantos?
Não posso ao menos sofrer de saudade...
saudade do que?
Se não tive você....
Queria seu abraço,lento apertado...
Seu beijo,intenso ...molhado...
Queria guardar ao menos a lembrança
do suor de seu corpo
confundido com o meu!
mas resta-me apenas ficar sozinha...
Abrir meu e-mail e ver que te perdi
Nem uma palavra...
nem uma letra sequer,me deixou...
Mas como te perdi?
Se nem pude te encontrar....
Não tenho sequer o gosto amargo
da lembrança,para corroer esse vazio
Meu leito é como um tumulo
triste,morto,sem você...
Suas palavras em meu ouvido...
soaram como uma marcha funebre
matando o desejo infiltrado em meu ventre....
Palavras outrora,que seriam de prazer...
de paixão de tesão...
Morreram...
Você as enterrou,nem ao menos
quis vê-las crescer...
desabrochar...
Murchou a flor de minha emoção...
Po que fizeste assim?
Porque me abandona ao léu?
Por que perdeu a coragem de enfrentar o sentimento
Que nasceu em tí?
Tiraste as forças
para eu enfrentar meus dias...
Não quero abrir os olhos...
Abaixo minha cabeça...
choro...
soluço...
debruçada nesta folha de papel...
Se tinha algo para mim,cadê?
onde está?
Entregue-me o universo de seu corpo em extase...
Me afague,me aconchegue em seu peito...
Não me deixe sofrer assim...
Um amor sem dono,sem ponto
sem direção...
Cadê sua ousadia?
Onde está a força,o ímpeto que te impulsionaria,
ao prazer proibido...
Será que jamais existiu?
Acho que sonhei...
As mulheres é que são loucas!!!
Enlouquecem de amor...
e se arremetem pra dentro desse vulcão,
chamado amor...
Mas as lavas foram grandes..
Cobriram-me antes da hora!
Quero que se aposse de meu corpo..
Me cubra com seu desejo....
Seria simples...
Como dois e dois,são quatro...
Me apaixonei,isso é um fato...
mas não sou correspondida.
Meu coração está no chão...
pisado,esmagado,lavado...
pelas ondas de tristeza,
do mar de meus olhos...
O mar, a areia,o céu,a poesia...
Ah! doce poesia...
Todos me deixaram só!
Fizeram em miúdos,meu coraçãozinho....
Fragil,delicado...
Que agora bate bem devagarinho...
quase em tempo de morrer.
Você é meu anjo bom
Você ,é o desejo destruido
tragado pelo tempo
que não quis ser testemunha
dessa paixão...
Quem sabe o que será de mim agora.
Não sei como serão os dias,
sem a alegria de seu sorriso...
sem a ternura de seus olhos...
Por isso peço,não vá embora...
Não vá,não vá
Não bata a porta
não me dê as costas...
Não me deixe sofrer assim............................................

Foto de Anandini

Te quero mas não posso...

Estou perdida...
Tendo minha vida rasgada,
por alguem que não pode ser...
Que aplaca meu desejo,me incita
a me entregar... ao prazer proibido...
Que me faz delirar,
querer,
o que não faz sentido...
Calo,r fogo,prazer
desejo de estar a seu lado,
de tocar o seu corpo
de sentir o seu beijo.
O peso de seu corpo sobre o meu...
Ah! tenho passado os dias,
desejando esse gosto de pecado
Que faz o meu corpo suado...
penetrar nos sonhos seus...
Meus olhos te procuram,
pedem mais...
pedem você!
Estou a desejar sua companhia,
a cada dia...
Pedindo para que não saias
de meus pensamentos,
e mantenha-se quieto,compassivo...
dentro de minhas entranhas
e que fiques assim...junto de mim...
em meu leito.

Foto de Carla Trein

O Barco e o Rio

Às vezes parece que estou nas nuvens,
Mas quando me deparo com certos momentos
Percebo que as coisas não são bem assim.

Às vezes parece que é pra sempre,
De repente tudo vira ao avesso;
E nem tudo é tão bom assim.

Queria poder ficar
tão pertinho, quase juntinhos,
um só...
Entende?!
Queria que tudo fosse assim, como normalmente parece ser,
um assim mágico,
que ninguém consegue entender...
E ficar juntinho, assim tão de pertinho,
Quase tão perto que nem poderíamos respirar.
Dançaríamos qualquer música;
Mas na verdade isso não iria importar...

Eu só queria saber:
Porque os peixes vão contra na piracema???
Por que não se deixam carregar???

Tenho minhas dúvidas,
muitas dúvidas
Que nem sei se algum dia, vou saber explicar.

Mas eu quero...
Eu preciso desse rio.
Misterioso rio...
Confesso: Ele me atrai
Me seduz...
Suas margens,
Sua profundidade,
Seu leito calmo e aconchegante,
Sua alma,
Sua intraduzível nitidez,
E seus diversos afluentes a o desencaminhar
Torneando-me
Estonteando-me...

Meu barco é a vela
E muito já tive que assoprar
Mas ele ta lá
Continuando a navegar
Por essas águas tão misteriosas,
Tão turvas...

Eu tenho medo
muito medo, do que ainda possa encontrar.
Mas as diferenças me encantam,
muito que me surpreendem
Tanto que me engrandecem.
Algumas vezes é verdade que entristecem
Mas o rio ta lá
E em alguns momentos
Ele fica tentando dar outro rumo ao barquinho
O desencaminhando de suas oscilantes águas
Repleta de indiferenças e desconfianças com aquele velho e remendado casco a lhe cortar.

Eles estão tão distantes
Mas ao mesmo tempo tão perto...
Tão próximos...
Que quase se pode ouvi-lo chorar
Mas ele cede o seu leito,
E o acaricia com suas irregulares ondas.
Então segue aflito em busca do mar
Onde deverá desembocar
Cheio de sonhos e planos
Em busca da imensidão que lhe espera
Cheias de coisas para se conquistar
Ele não quer muito,
Mas o que quer pode alcançar.

E o barquinho,
Continua a navegar.
Não tem muito aonde ir
Também nem pode ir muito longe
Mas tem um destino a completar.
Então, continua devagar...
E rezo, pra que quando a tempestade chegar ela logo cesse;
Mesmo que a chuva faça parte desse encantado ritual...

Muito me alimento desse rio
Dos peixes que ele me oferece
Da água que me mata a sede
Definitivamente, ele me faz crescer.
...
Será que algum dia o vento que nos carrega vai parar de assoprar?
É...
Eu só sei de uma coisa:
Cada um sabe da dor e da alegria de ser quem é.

Foto de Ana Cris

A Sua Espera

Pés descalços...mãos vazias...coração despido de sentimentos.
A cada ida e volta desse mundo insano,
Metade dos anjos de Deus caídos na mediocridade terrestre;
Metade dos seres humanos
Lutando entre si como antigos gladiadores
Na busca desesperada de mais uma vitória
Que significará a continuidade da sua existência.
Enquanto eu, deitada em meu leito solitário,
Absorvo a fumaça cancerígena de mais um cigarro.
De olhos fechados, não observo o céu ou as estrelas
Que aliás, deixaram de existir no meu universo.
Onde agora, só restam sombras difusas e sem sentido
De um passado que creio que não haja sido o meu...
Na lembrança de um beijo que já nem sei se aconteceu...
Presa a um sonho que nunca me pertenceu.
Enquanto eu, absorta em meus próprios pensamentos,
Vivo a espera de alguém que possa curar todos os meus tormentos,
De um anjo que faça calar todos os meus lamentos...
De você!: o único ser capaz de devolver,
Todos os meus sentimentos...

Foto de Jorgejb

Por Ela

Olhei-a de soslaio, sem deixar entender meus olhos fitados nela. A sua beleza descrevia o entardecer magnífico de um qualquer campo de trigo amarelo, amadurecido no pincel de um qualquer Van Gogh. Derramava dela a brutal incompreensão do absoluto, um mar de solstício de Setembro, forte e rude, belo e vital.
A presença dela, inundava a luz das coisas em que tocava, inventando áureas mágicas, texturas forradas a prazer, entregando-se nos gestos que compunha – banais – como se fossem momentos únicos, actos solenes, deíficos, imaginando (eu) que seus beijos fossem obras de autor, ternos consolos de quem se sentia um Cesário perdido nos braços da sua amada.
Foi então, sim foi então que a desejei. Desejei-a como se deseja no íntimo de cada alma, ansiando a plenitude, resgatando gestos, olhares, pedindo os cabelos, as pernas, as mãos, os seus seios. E fui então o maior dos poetas, compus oitavas de génio, falando de amor e solidão, incontornável veste de poeta, da muita solidão – e falei de todas as ruas onde a queria levar. Pintei o seu nu com a arte que se arroja e a decência inocente dos anjos. Cantei o madrigal mais terno e leve que se deseja cantar, quando o seu rosto por fim repousar no meu ombro.
Parei. E o meu peito arfava. Havia tecnicamente, como que a impossibilidade de respirar. Num esgar, o meu rosto contraiu-se, os olhos humedecidos pedindo – como qualquer pedinte que se verga a pedir do desespero de nada ter. Decidido, ergui-me. Ergui-me, como qualquer homem se ergue no meio da noite do leito da sua amante, arrefecendo no caminho os pés que o levarão de volta à cama conjugal, sempre quente.
Olhei-a uma última vez, na doçura de um quadro pintado pelo melhor dos artistas, lembrou-me uma bailarina de Degas.
A história chegava assustadoramente a um eminente fim, quase possível, evidentemente clássico. Os meus passos transportavam o sorriso dos conformados, ébria virtude de quem sofre da mais profunda imaginação, e se perdoa diante dos santos, que riem de todas as preces com a mesma terna e impassível candura.
É agora que se inventa um final feliz. Logo ela virá correndo, quem sabe, perguntando as horas, um endereço. Depois, porque não, conversaremos, marcaremos o encontro no café, que será o de todas as vésperas, e o amor, o que move e desenha palavras, nascerá perene e doce, até ao fim deste conto. Ela, será forçosamente a razão do sonho de um homem, a razão, de sempre se perder a razão – por uma paixão.

Foto de susceptivel

DELÍRIO

Delírio

Pequenos diamantes cintilam no vasto escuro
a luz da lua pouco nos define,
não impede, incrementa...
As velas acesas e vemos em meio tom o tangível desejo
a escorregar pelas mãos, uma luta.
É como se quiséssemos capturar uma cidade,
reconstruí-la...
Colocar o mar dentro de um copo,
bebê-lo...
Quem sabe deitar sobre nuvens,
dar-lhes novas formas, uns caprichos amorosos...
O vento insiste em nos ninar
até que gostamos e passamos a apreciar seu ritmo suave,
tão encantador que nos distrai.
De repente uma tragédia.
Inconscientes tocamos a luz
a luz cai, materializa-se em fogo, incendeia nosso leito.
O que aconteceu?
A vela caiu?
A vela pulou?
Ou a vela cansou?
Fingimos não saber...
No espalhar do calor nos queimamos – não há dor.
O corpo de beijos tenta apagar o corpo em combustão,
mais aquece, mais instiga
mas quando sem saída nos entregamos ao gozo pleno da satisfação,
os pequenos diamantes caem sobre nós, se dissolvem
nos molham, nos refrescam
o corpo em estado de êxtase se entrega a uma paz sem fim
não pensamos em nada, basta nossa essência
envolvendo o ambiente e se tornando parte dele.
É o amor.
Amamos.
É o que basta...

Foto de InSaNnA

DeLíRiOs

Quando me aconchego,
em teu corpo,
como um leito macio,
e no frescor do teu cheiro,
desfaço-me em delírios,
quando invades o meu corpo,
virando a minha alma do avesso,
conduzindo-me em seus braços,
ao encontro dos teus dedos..
Alimentando-me,
nessa fartura de gestos ,
nos seus lábios ardentes,
deslizando a tua língua,
nos meus anseios..
Sensação perversa!
Sensação deliciosa...
Fazendo-me perder o rumo,
no teu corpo,
que me toca,
me conforta...
sinto as nossas vidas ligadas
quando ficamos loucos,
nessa mistura de amor e gozo,
ficamos nós dois,
morrendo aos poucos...

ROBERTA
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OBRIGADA POR VIR ATÉ AQUI!

Obrigada por seu carinho...Beijinhos!

Foto de Jorgejb

E de um poema nasceu 2

Deixou um poema em cima da mesa e saiu. Sabia que ela, ao sentir o frio do outro lado da cama, saltaria pronta, procurando onde tinham feito amor, a mesa nua e fria, ainda quente do seu corpo, sulcos de si própria espalhados nela, e assim, perceberia a folha cheia, acolhendo palavras para si.
Não, não era um recado, nem uma justificação, nem concerteza razões expressas de forma polida e omnisciente, desculpando-se. Era um poema, zurzido da consciência do impossível, dos pedaços dos dois, que ainda ontem pareciam não conseguir se despegar, iluminados da loucura que os prazeres quando libertados, emprestam aos corpos e lhes dão aquele brilho, que só os amantes sabem contar e explicar dentro dos seus corações.
Uma dolorosa e delicada expressão de amargura, empalideceu seu rosto, sentindo a solidão dos amantes traídos; olhou de lado a sua cama, desarrumada, os lençóis descaídos e soltos, as roupas espalhadas pelo chão, como um mapa, com pontos demarcados e uma história apensa a cada um.
Já sentada na beira da cama, contida no seu próprio corpo, escondendo seus seios em seus braços, as pernas geladas, vermelhas, unidas na estupefacção do seu próprio ruído interior, procuraram nas palavras uma nova força, um destino, uma alma.
Encontrou-o mais uma vez. Como sempre, arquitecto de palavras, demasiadamente doce para a sua manhã, o rosto dele na sua memória - definhando, e foi lendo, e lendo, sem compreender onde chegava.
Era a carta de um homem com medo do amor, como se não lhe tivesses deixado os seus portões abertos para entrar, era a carta de um homem preso ao espaço e à resignação do mundo que trouxera atrás de si, como se ela alguma vez tivesse ousado tocar em seus haveres, ou pronunciado a palavra passado. Era ele e seu mundo, e a irrazoável forma de dizer adeus cobardemente, como se num último rebate, abandonasse a prancha mais alta e recusasse o salto para um mar maior e mais azul.
Ela sorriu, arrumou o quarto, tremeu de frio, e percebeu o quanto tinha estado nua, agasalhou-se sentindo o conforto do seu xaile de seda, onde tantas vezes repousara o seu amante, e sorrindo mais uma vez, abriu a janela que dava para o meio da rua, o rio entrando pelas suas narinas, extasiado do fresco ar húmido e salgado que a abraçava, e convidando o Sol a entrar, escutou no seu rádio a sua música favorita, trauteando um novo canto, sem saudade, sem rancor. O amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.
Ele, parado no meio da rua, queria perceber o que tinha escrito, a impulsividade que o dominava, o medo de magoar, de prolongar sonhos sem esperança. Doía-lhe o peito e a saudade dos lábios dela. A manhã não lhe dava tréguas, de ter sido acordada tão cedo, enregelou-lhe os ossos, como querendo que ele voltasse ao leito que tinha deixado. Sentia o perfume dela, abraçando-o, mas soube que a outra história devia estar destinado. Final de história, os passos levavam-no em frente. Sorriu na compreensão, do quanto ela ficaria no seu peito, na sua memória, e amou esse momento na plenitude de um grande final e do quanto os momentos são diferentes na medição do tempo e dos seus segundos. Veio-lhe à memória a mesma canção, que tocava em todas as janelas abertas, a sua canção, espalhada por todos os rádios, esperando que ela também o tivesse ligado, trauteou baixinho para ela, que o amor nunca irá partir, um dia o amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.

Foto de alEksãdra

Para Sempre

É para sempre...
Sempre que vou te amar
Sem limites, ou travada
Até que exausta no seu leito a descansar
Para amanhã voltar a amar
Mesmo que sofrida
Mesmo que doída.

É para sempre...
Sempre que vou te amar
Na incerteza de ser correspondida.
É assim que eu te amo
Incerta; mas certa que ...

É para sempre que vou te amar
Até perder o folêgo
Até não poder mais respirar.

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