Julgados

Foto de Valeria Sampaio

Não podemos discutir

Já passamos por altos e baixos
Entramos em conflitos por conta de mal entendido
Vimos coisas acontecendo ao nosso redor
E nos silenciamos quando éramos julgados
Criamos situações desnecessárias
Entramos num contra tempo
Quase separamos
E no que parecia perdido,
E findado.
Fomos resgatados
Um ser iluminado e dotado de luz
Que pela sua paciência e experiências
Disse a nós algo que nos comovesse
Concentramos-nos na palavra
Hipnotizado na forma que falava com autoridade
E propriedade daquela situação.
Viu em nós o que não mais víamos um ao outro
Estávamos distantes
Sofrendo em silencio
Adoecendo nos pelos maus atos
Dali conseguimos falar com clareza nossos sentimentos,
As angustias e tristezas.
Choramos juntos
E sofremos também
Palavras que machucaram
Sentimentos em conflitos
Incertezas e dúvidas
Precisava então nos reencontrar
Ver aonde erramos
Para poder corrigir
E assim fizemos
Fomos agraciados pela retomada deste amor imenso
Apreendemos a colocar Deus em nossa vida em primeiro lugar
Somos bem esclarecidos em nossas decisões
Respeitamos uns aos outros
Ficamos muito mais românticos
Declaramos o amor todos os dias
Vivemos mais felizes
Mais tranquilos
E mais amável
Somos pacientes
Colocamos nossos assuntos em dia
E ficou maravilhosa nossa convivência
Estamos apreendendo dia após dia
Pronto pra enfrentar leões ferozes
Como se nada estivesse ocorrendo
Para que não nos permitamos
Os desgastes na rotina ou em nossa relação.
Obrigada Anjo por ter feito parte da nossa história
E ter mostrado um caminho
A nós
Somos hoje uma nova criatura.
Deus no comando.
Amém!

Foto de Wilson Numa

Desculpa

São as nossas a respostas que nos fazem ser julgados
Mas são delas que nos arrependemos e pedimos desculpas

Cabe a outra parte entender que as emoções variam
Logo as nossas valências aumentam ou diminuem

É fácil pedir perdão, difícil é perdoar
É fácil odiar, mas difícil amar, mas porquê?

Não sei e nunca entendi a razão, mas se alguém conseguir
Descobrir essa razão diga, porque eu desisti de a procurar

Foto de Allan Sobral

Fé diaria

Sem muitas apresentações, sou mais um moço comum da cidade de São Paulo, que acordo cedo todas as manhãs e sou mais um de um milhão de pessoas dentro de um metro lotado. É só mais um dia, mais uma curta e demorada viagem ao trabalho, meus olhos buscam traços marcantes ou características que inspirem mais algum de meus desenhos, mas nada de incomum chama minha atenção, pois nos rostos de quase todos a mesma expressão, ou a mesma previsibilidade, olhos avermelhados que foram tingidos assim pelo cansaço ou horas em frente a tela de um computador, um leve brilho nos olhos, como se acreditassem que o dia será melhor, e que todo este processo de trabalhar, estudar, namorar, casar, viver, conviver é apenas um investimento ou um passo para a felicidade, como se enxergassem uma oportunidade de ser feliz, se padronizando ou se encaixado em uma sociedade extremamente criteriosa e superficial, como se suas vidas estivessem diretamente ligadas a serem julgados e aprovados por alguém, que também foi julgado e aprovado por um outro alguém que nem sabemos se julgou certo, ou porque ele definiu ou até mesmo decretou padrões tão hipócrita a sociedade, ao seus irmãos ou amigos, padrões que nos empobrece, que limita nossos conhecimentos, e molda-nos a ridicularizar e menosprezar as diferenças e todo aquele que se opor a ser igual, ou que não concordar com a definição do certo ou de errado dada por você, por mim, pelo Papa, pelo Dalai-lama, Marthin Luther King, Buda, Obama, Adolf Hitler, Lula, ou por qualquer outro!
O que mais me intriga é como profetizamos amor, cantamos a bondade e vivemos a nos queixar.de como ninguém liga pra nós, se a milênios tendemos a crer que o ser perfeito é aquele que não precisa de ninguém, se criamos nossas gerações para serem sozinhas. Todos os dias acordamos sem se quer olhar para a janela e nos perguntar se agimos certo, se somos o que queremos, ou o que devemos ser.
Todos os dias o sol nos beija a face nos presenteando com mais uma oportunidade de sermos feliz, mais uma chance de darmos uma rosa, de amarmos sem ser amados, perdoar sem que a dor tenha passado, pedir perdão pois também erramos, lembrar de um banho de chuva, rir das piadas que achamos graça, negar palavras duras e não pouparmos sorrisos, ignorar as ofensas, ajudar sem esperar que ajuda, chorarmos pois nossas lagrimas são as palavras proferidas de nossa alma, que a cada dia afoga-se pelo nosso egoísmo.
Nascemos livres e com a única missão de sermos felizes no pouco tempo que nós é dado, e ressalto em dizer, que ninguém nos diz que para alcançarmos tal objetivo temos que seguir o modelo padrão da sociedade.
Nascemos livres e com direito a ser feliz, e nada pode nos dizer o contrario.
“... se todos os sorrisos fossem de alegria, naturalmente saudade não existiria. Não perde o sentido o lamento, e nem meu pranto de dor, não existindo saudade não existe amor... meu peito não desiste, minha fé não cansa, enquanto habita o amor, existe a esperança”.

Allan Sobral

Foto de carlosmustang

MEU CORPO.......

Eu vi...
Alguns corpos descepados, alguns rostos deformados
O mais perfeito era o meu!

Eu vi, vários na prisão, julgados por severos jugos
Perdoados estrudulios!
O legal era eu!

A canção da viajem
Desprender-se de bobagem
Também era minha...

Foto de Sara Malheiros Ramos

ADOLECÊNCIA

Será que somos mesmos tão teimosos?
Será que nunca obedecemos?
Porque somos tão julgados?
Por vocês vivem repetindo que não crecemos?
Porque será que falam que não temos responsabilidades?
Será que é porque vocês tem maturidade?
Ou será que é porque vocês sentiram falta das perguntas
que pairavam pela suas mentes adolecêntes?
Porque tanto julgamento para algo que vocês tambem cometeram?
Porque tanto medo de queda, se vocês mesmos ja cairam?
As vezes me pergunto tambem porque tanta proteção
se o amor tambem é compeenção?
Quantas perguntas que anos atras faziam, e ainda não encontraram
respostas, porque simplesmente cansaram de tentar correr atras delas?
Será que é porque hoje ja não são adolecêntes?
Será que é pra esconder o que viveram?
Ou será que se tornaram aqueles cuja as perguntas eram diridas e nunca
respondidas?
QUEM É VOCÊ HOJE UM ADOLECÊNTE PARA SE AVENTURAR ATRAS DAS
RESPOSTAS OU UM ADULTO PARA AS REJEITA-LAS?

Foto de fabricioadriel

Quantas vezes

Quantas vezes sozinho
ninguém me escutou,
quantas vezes pedi forças
e Deus me confortou.

Quantos erros eu cometi,
quantas vezes perdi a direção
e não sabia pra onde ir.

Quantas vezes me julguei um fracassado
quantas vezes me deixei de lado.

Quantas vezes deixei de acreditar,
quantas vezes uma simples palavra
foi capaz de confortar.

Quantas vezes ja chorei de tristeza,
quantas vezes ja chorei de alegria,
quantas vezes até triste
ninguem percebia.

Quantas vezes as incertezas
me deixou do que queria ser,
quantas vezes nos julgam
sem nos conhecer.

Quantas vezes queremos ser o que não somos
quantas vezes acho que não sou capaz,
quantas vezes em vez da tristeza
queria a paz.

Quantas vezes magoamos alguém pela palavra do momento,
quantas vezes fomos magoados
e muita das vezes julgados.

Quantas vezes o que queria
era a compreensão,
mas recebi a solidão.

Quantas vezes ja me arrenpendi
por coisas tolas que cometi.

Quantas vezes um vazio senti no coração
quantas vezes o que precisava era atenção.

Quantas vezes isso aconteceu
e nem dei valor,
mas pior que a saudade
é a dor.

Foto de Diario de uma bruxa

ERRAR É HUMANO

Errar é humano
A vida é tão difícil, tão complicada. Fazemos escolhas, tomamos decisões, muitas vezes sem pensar, achamos que estamos fazendo certo, mas depois é tão difícil acompanhar, ficamos sem saber como viver... Temos que aprender.
Se pudéssemos voltar atrás, mudar tudo... se tivéssemos outra chance, faríamos diferente! Ou erraríamos novamente.
O se humano tem o dom de errar, mas dizem que errar é humano... Por isso erramos, e nos justificamos nesse dito popular.
Somos tão complicados que nos apoiamos em justificativas tolas, temos que aprender com os erros, assumi-los e corrigi-los se possível. Assim poderemos conviver com os nossos erros, sem sermos apontados e julgados muitas vezes até condenados por erros banais.
POEMA AS BRUXAS

Foto de Paulo Gondim

Ajuste de contas

Ajuste de contas
Paulo Gondim
24/11/2006

Da janela superior
Vejo natureza morta
Apática, fria, exposta
Em pessoas não menos apáticas
Que revivem velhos filmes do passado

E se movem entre promessas vãs
De falsas ideologias
De credos difusos, confusos
Na mística de suas liturgias

E se repetem na mesmice
A cada dia que começa
Sem fins determinados
Não percebem, mas são enganados
Por falsos rabinos, suspeitos
Mas, facilmente, idolatrados

Essa é a grande massa de manobra
Devedores da consciência universal
Em tudo crêem, e nada fazem
E se afundam mais nesse lamaçal
De injustiças, de cobiças, de consumo

Todos esses devem alguma coisa
Não há desconto de pecado
Pagarão o preço justo e dobrado
Pela insensatez, pela mesquinhez
Na justa medida em que serão julgados
Pela vida, que não perdoa conta
Aí, não haverá remédio
Todos, um a um, serão cobrados

Foto de TrabisDeMentia

Daynor

Onde estão ancorados os teus olhos?
E a tua boca que me devora?
O teu lugar é aqui,
Nos meus braços...
Sinto saudades de ti,
Te penso,
Te imagino,
Estarás pensando também em mim?
Sentindo aquela dorzinha no peito?
Tateando no escuro da tua solidão,
Algum ponto do meu corpo para te apoiar e te lembrar?
Sinto que me queres,
Mas me perco no rumo deste silêncio...
Ouço a tua voz no cálido vento, que anda lento comigo, sonolento,
triste tormento...
E no eco deste momento posso sentir o cheiro da tua pele...
Fingir que não estou só...
Sentir que na certeza absoluta te quero.
Que desejo reclinar a minha cabeça no teu ombro
E adormecer assim...
Anoitecendo em teus braços...
Despertando em teu peito...
Vendo beijos amanhecendo em mim.
Mas voçê reage e para longe foge,
Quer explodir e não pode,
Quer se esconder e não sabe,
Quer se livrar do jugo da paixão,
Mas não quer que ela acabe.
Mas estávamos dispostos a sermos julgados,
E absolvidos em nome do amor. Não era não?
Então?
Porquê fugir?
Não fujas de mim!
Deixa eu te amar!
Me ame!
Deixa eu te fazer feliz!
Me faça feliz!
Me deixe adormecer, acordar e, novamente delirar...
Num delírio que só nós dois sabemos...
Deixa que julguem e vem, vem...
O meu amor não tem pudor, nem acanhamento...
Não tem paciência, não agüenta mais a urgência do desejo...
O meu desejo de pecado...
Deixa que a tua fé caminhe com ele lado a lado
Na nudez premeditada
Nos rios subterrâneos do meu corpo
Fonte a jorrar em devaneios
Vem...Vem fugaz como um desejo,
Talvez te mate,
Talvez te salve,
O veneno do meu beijo.

(Este poema uma homenagem ao nosso amigo Daynor. É composto por excertos de poemas de Daynor, com apenas algumas alterações subtis. Isento-me por completo de qualquer direito pela autoria do mesmo)

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