Juiz

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

BENDITA

BENDITA
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Lembra-te sempre, na vida, o quanto
Beijo os teus labios , o minha adorada!
Como nunca, fostes, ou seras beijada
E o quanto tu os me entregas tanto

Que ninguem saiba o quanto lutei
Para alcancar o amor que te satisfacas
Que sejas minha amada ,entre todas as gracas
A mulher pela qual me apaixonei

Mas bendita, entre todas mulheres do mundo
Sejas tu, que sem duvida, es minha escolhida
Que criastes em mim um amor solido e profundo

Mas querida, entre todas criadas pelos supremo juiz
Sejas tu, o passatempo de toda a minha vida
E a razao pela qual eu me sinto um homem feliz

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
Brazil - (021) 2463-7999 - Claudio
USA (1) 914-699-0186 - Luiz

Foto de Jonny Anderson

Em minha defesa...

Eu Jonathas Hardy acesso com essa com conta, para vos falar da enorme impunidade que estão fazendo, podem me bloquear, mas se vos fizer necessário, tenho os rascunhos do poema que fiz 'Se...' e não admito que digam que eu plagiei meu própio poema! Esse tal de Thiago Maycon esse sim me plagiou, tanto que nem autor ele colocou! Na quarta-feira dia 24 eu postei aqui o poema 'Se...' no turno da manhã, mas domingo dia 28 eu vi que havia poucos votos e apaguei-o e o editei novamente! No dia 24 postei em um outro site o mesmo poema só que já era de tarde. http://www.poemasdeamor.com.br/poemas/poema.aspx?id=31906
» Dados sobre o Poema
Título Se...
Autor Jonathas Hardy
Categoria Amor
Cadastro 24/9/2008 15:09:08 - Prestem atenção no horário
Visitado 321 vezes
Enviado 3 vezes
Peço que olhem esse site:
http://bacteria2008.blogspot.com/2008/09/danny-chagas-parte-5.html
Jonathas disse...
O Thiago peço sua colaboração para saber de onde você pegou esse poema. Eu sou o autor dele, e estão me acusando injustamente de plagio, cópia, eu te peço por favor que me responda pelo e-mail:j_hardy_kb@hotmail.com para eu poder comprovar a minha incência! Muito obrigado
Obs:só para constar agora no horário brasileiro são 15:21 - Prestem atenção nesse horário e comparem com o do outro site.

30 de Setembro de 2008 11:21 Olhem este horário, é o horário em que eu postei no site o comentário.
Lá embaixo tem o horário do dia 24 de setembro, emque ele postou o poema.

Se eu estiver cego, que eu esteja cego de paixão.
Se eu roubar algo, que seja o seu coração.
Se eu estiver sonhando, que eu só sonhe com você.
Se eu estiver pensando, que eu só pense em você.
Sabe porquê? Meu mundo não é o mesmo sem você.

Se eu estiver mudo, que as minhas palavras falem por mim.
Se eu estiver apaixonado por você,... que isso nunca tenha fim.
Se eu enlouquecer, que eu esteja louco de amor.
Se eu te perder,... não quero nem imaginar, seria muita dor.
Pois não sei viver sem o teu calor...

Se eu me distrair, que eu me distraia com você.
Se você chorar, que eu chore junto com você.
Se eu me esquecer, que eu me esqueça do tempo que estivi longe de você.
Se eu fugir, que eu fuja com o seu sonho e o torne realidade.
Simplesmente, porque eu te amo de verdade.

Se um dia eu mudar, será só pra te agradar.
Se eu estiver surdo, que eu entenda o que você diz numa troca de olhar.
Se eu estiver dormindo, que eu possa sonhar com você.
Se você se lembrar de alguém, que não seja de mim...
Pois se um dia se lembrar foi porque um dia se esqueceu.

Se eu correr, que eu corra em sua direção.
Se eu me libertar, que eu me liberte da solidão.
Se eu estiver feliz, será porque você também está.
Se você cair, cairei junto pra te ajudar a subir.
Se todos os meus esforços não adiantarem pra nada, farei o impossível.
Isso tudo só porque eu te amo!

Se mesmo assim não quiser uma chance me dar,
Acredite, continuarei a te amar,
Pois nada nesse mundo poderá o meu coração calar,
E se necessário for, irei gritar,
E para o mundo inteiro proclamar,
Que contigo, para todo o sempre, eu quero ficar!

Mas ainda assim seria pouco em relção ao que você merece!
O resto... nem o destino pode determinar,
E é você que tem que decidir, porém...
Se você tiver que partir, que parta o meu coração,
Mas não vá para longe de mim!
Postado por Thiago Maycon às 11:24 - Olhem este horário!!!!!!!
Marcadores: Amizades

Perceberam a diferença?Eu escrevi o poema 'Se...' no outro site (www.poemasdeamor.com.br) às 15:09:08, nodia 24, ele postou, pelo horário do site às 11:24, se vocês perceberem o site poemasdeamor é brasileiro ou seja no horário do Brasil! E o site dele não é brasileiro, ele até pode ser, mas o site não (http://bacteria2008.blogspot.com/). Hoje eu postei um comentário pra ele às 15:21 pelo horário do Brasil, e percebi que pelo horário dele era 11:21 ou seja se são 4 horas de fuso horário, ele postou o poema dele no horário brasileiro às 15:24 após eu ter escrito no site (www.poemasdeamor.com.br) o meu poema!!!!!!!!!
Para um juiz não precisaria de mais provas, mas se não for o bastante, lhes achando conveniente me passem o seu e-mail que mandarem as fotos do rascunho em que escrevi este poema comprovando que eu o escrevi. Se tais provas ainda não bastarem para comprovar minha inocência, estou tentando contato com esse tal Thiago Maycon como vocês já puderam ler, e se ele me responder irei imediatamente repassar à vocês.
Obrigado pela sua atenção, mas eu não posso ter o meu nome sujo.
Mesmo se não adiantar de nada, sei que estou sendo sincero, e já havia lido todas as regras do site e nunca, nunca as havia desrespeitado, ou não cumprido.
Eu não espero que acreditem, e sim, que no mínimo, saibam que eu falei toda e a única verdade existente nesse caso. Por eu ser ainda um menor, não posso processá-lo judicialmente mas estou ciente, de que um dia isto terá um troco, plágio é crime!

Foto de Carmen Lúcia

O que fui...O que sou...

Já fui sombra...

Em noites enluaradas,

vagando escura na estrada...

Fantasma mal assombrado,

De medo, alimentado...

Nuvem escura,

que veda o sol e augura...

Presságio de vendaval

a desabar em minha cabeça...

Fui juiz de minha sentença,

sentei-me no banco dos réus...

Condenada, culpada, infiel...

Fui atalho,

bifurcação dos caminhos,

empecilho predestinado

a embaralhar os destinos...

Desarrimo, desatino, descaminho.

Pedra fincada na planta do pé,

riscando pegadas,

sangrando jornadas...

Fui cobertura de sapê.

Igarapé ... em tempo de estio.

Desvio de um rio

que nunca chega ao mar...

Anjo de asa quebrada

sonhando poder voar...

Agora sou

o que a vida traçou.

Apenas alguém...

Ou simplesmente...

...ninguém...

(Carmen Lúcia)

Foto de Carlos Lucchesi

Jeep Willys 54

Tio Odilon era mecânico afamado na pequena cidade de Carvalhos, ao sul de Minas Gerais. Tia Marly que me desculpe, mas suas grandes paixões eram mesmo a pescaria de domingo, a cachaça do alambique e o velho Jeep Willys, ano 1954.

Naquele carnaval de 1998, levei um grupo de amigos para conhecer aquela cidade, minha terra natal. Éramos onze ao todo, e formavámos um bom time de futebol. Eu era o capitão e goleiro do time, e sabia mesmo como agarrar! Descobri esta vocação desde cedo, assim que arrumei minha primeira namorada.

Na quinta feira, depois do carnaval, embora já estivéssemos bem cansados pelas farras dos quatro dias; fomos desafiados, pelos rapazes do Muquém, cidade vizinha a Carvalhos, para uma partida de futebol e aceitamos prontamente. Só não nos demos conta de que estávamos nos metendo numa enrascada daquelas...

Tio Odilon logo se prontificou a nos levar no velho jipe, assim que terminasse os reparos necessários. Concordei na hora, pois chamar aquele caminho até o Muquém de estrada seria o mesmo que confundir Monique Evans com Madre Tereza de Calcutá.

Quando cheguei com a turma para ir ao tal jogo, ele ainda dava as últimas marteladas no motor pra ver se encaixava. Nem chave tinha o danado! Teria que fazer pegar mesmo no tranco, mesmo porque a bateria tava mais arriada do que calcinha em filme pornô. Os pneus dianteiros estavam tão carecas que, ele mesmo, batizou o da direita de "Ronaldinho" e o da esquerda de "Roberto Carlos". Estranhei ao ver uma ratoeira armada no assoalho do jipe. Segundo meu tio serviria para pegar alguns camundongos que se escondiam nos buracos dos bancos, mas pelo tamanho dos buracos e do queijo preso à ratoeira, suspeitei que ele havia economizado no comprimento dos bichinhos.

Foi difícil acomodar todo aquele pessoal no velho jipe. Só o Zaias, negro forte de quase dois metros de altura e centro-avante do time, ocupava metade da carroceria. Teve gente que precisou ir com os pés pra fora, e outros, mesmo com o traseiro.
Logo que saimos da cidade o "Roberto Carlos" furou. Alguém gritou: - "Pega o macaco!" Com tanta gente no jipe não havia lugar nem pra camundongo, quanto mais pra macaco! Levantamos o jipe no braço mesmo, enquanto tio Odilon trocava o "Roberto Carlos" pelo "Mike Tyson": nome que nós mesmos demos ao reserva, de tão careca que estava.

Quando tudo parecia resolvido, logo à frente, a gasolina acabou. Foi um desespero geral, mas tio Odilon, na sua sabedoria de mecânico, mandou que pegássemos cana na beira da estrada e torceu o caldo pra dentro do tanque...
E não é que o danado pegou mesmo! Funcionou tão bem que, alguns dos amigos que viajavam na parte traseira, juraram que viram sair algumas rapaduras do cano de descarga.

Logo veio a primeira subida e todo time teve que descer pra empurar o jipe morro acima. Alguém gritou: -"Liga a tração nas quatro rodas!" E quem disse que jipe 54 tem tração nas quatro rodas? Naquele tempo, ter rodas já era considerado um grande avanço tecnológico. Teve que subir mesmo na impulsão dos onze calcanhares.

Na descida seguinte, tio Odilon gritou: - "Desce pra segurar que o freio não agüenta!" No total foram vinte subidas e vinte descidas; sem contar com a que deixamos o jipe desembestar ladeira abaixo de tão cansados que estávamos.
Zaias logo gritou: - "Pisa no freio Odilon!" - "Ta querendo me gozar!", respondeu meu tio. O freio era como cachorro vira-lata: só ameaçava pegar.
O jipe desceu com tanta velocidade que o velho chapéu do meu tio foi acertar uma andorinha desavisada que passava logo acima. E, enquanto o carro descia ladeira abaixo, todos vimos ratos enormes pularem do banco pra fora do jipe e, os que ficaram, foram considerados suicidas.
Tio Odilon segurou-se firme no assento, mas como o assento não estava seguro em coisa alguma, foi jogado pro lado do carona, enquanto o volante girava mais solto e desgovernado do que bambolê em cintura de criança.
Passou com tamanha velocidade num buraco, que ninguém ficou sabendo como ele foi parar no banco de trás.
Aos seus sessenta e cinco anos de idade, achei que aquela seria sua última viagem, mas o danado parecia ter sete vidas...

Chegamos tão cansados ao local do jogo que, um engraçadinho chamou Zaias de "capa do Zorro" e ele não deu nem um tapa no sujeito.

O juiz era do tipo caipira. Alternava na boca o apito e o cigarro de palha, e era tão confuso que ora fumava o apito, ora apitava o fumo.

Ficou combinado que, ganharia a partida, quem fizesse os doze primeiros gols, e logo no primeiro minuto do jogo o juiz apitou um pênalti contra nosso time. Alegou invasão da área do adversário. Não nossa, do jipe, que havia desembestado novamente e invadido o campo.
Como capitão do time, incentivei: - Gente, vamos levantar a cabeça! Foi ai que recebi uma bolada no lugar mais temido numa partida de futebol, e pegou justamente na parte onde eu tinha acabado de incentivar.
Confesso que vi estrelas nesta hora, em pleno meio dia. A batida foi tão forte que o "atingido", da ponta esquerda foi pra direita, já pedindo substituição.
Pela enorme pontaria, percebi que só poderia ter sido coisa do batedor de pênalti do time adversário. Como não sou de levar desaforo pra casa, fui tomar satisfação e levei um tapa no pé da orelha.
Alguém gritou: - "Vai levar um tapa deste e ficar ai parado?" - Claro que não! Respondi. Corri pra bem longe do sujeito, antes que levasse o segundo.

Os adversários eram tão maiores que eu, que um deles me provocou: - "Ué, botaram o gandula pra pegar no gol?" Deixei o dito pelo não dito, quando vi o mascote do time da casa dar um pontapé no traseiro do Zaias, que, a esta altura, já se arrastava em campo.

Pra não alongar mais a conversa, basta dizer que com vinte minutos de jogo, estávamos perdendo de dez a zero e decidi deixar as duas últimas bolas passarem, pra acabar logo com aquele massacre.
Joguei a bola pra dentro da rede tão descaradamente que, em vez de "frangueiro", a torcida já me chamava de "Zé galinha".

Doze a zero foi o placar final e estávamos tão exaustos que nos esparramamos no campo. Mesmo assim, ainda tive forças pra questionar tio Odilon: - Que a gente viesse pra jogar, tudo bem que tava combinado, mas precisava trazer o jipe? ...E ainda tinhamos que carregar ele de volta.
Mas isso é assunto pra uma outra história...

Foto de Dirceu Marcelino

SAÍDA C/ DESTINO A FESTA DE S PEDRO EM VITÓRIA - Hom. a MARIA GORETTI - IV EVENTO LITERÁRIO 2008 - "É com nóis memo cumpadé"

Óia qui hoji nóis si acaba!

É agora, minha genti,
Qui a festa vai cumeçá,
Sanfonêru tá tocano,
Pra quadria nóis dançá.
Balancê! Tuúur! Anarriê! Alavantú!

Óia a cobra pessuá!
Meia vorta, vorvê!
Óia u túne!
Festejamu Santantonho
Pra modi nóis si casá
Mas si já temu marido
U mió é nóis rezá
Pra num vir rabo di saia
Pra modi eles atentá.

Pruqui ômi é bichinocenti
Num cunheci bem us truqui
Di muié inteligenti!
Seu vigário tá cheganu,
A noiva já tá nu artá,
Juiz di paz tá armado,
Si u noivo num quisé casá.
U pai i a mãe da noiva
Tão numa legânça danada,
Pareci inté qui já viro
A sua fia casada.

Santantonho vem pra festa
Pra num dá portunidadi
Du noivo siscafedê
Pruqui se ele siscafedi
Vai tê uma atirambança
I cumé qui u Chico-Pança
Vai pudê si iscundê?
I a sanfona toca:
Finrin-finfin-forón-fonfón
I o sanfonêro grita:

Balancê! Túuur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!

Meia-vorta vorvê!
Óia ela aí trasvez!
I eis qui chega São João
Pra tamém participá
São Pedro já tá chegando
São Paulo tá vindo lá,
Agora qui us padinhu,
Acabaro di chegá
Vamu lá, seu vigário,
U casório cumeçá.

Agora qui tão casado
Uma varsa vão dançá
Qui é pra dá sorte arretada
Pra esse jovem casal,
Qui acaba de si casá.
I todo mundu dançanu
Pra modi a festa animá.
O terrêro tá bunito,
Infeitado direitim
Di bandeirolas coloridas.

Tem muitos balão pinduradu,
Mas nóis num vai sortá não,
Pras mata num incendiá.
I us tiru de rojão
Nóis vai sortá cum cuidado,
Pra num acabá cum as mão
Di argum cabra desajeitado.
Pra modi nóis si isquentá,
Vamu pulá a fuguêra,
Mas vamu arregaçá as carça
Pra num sairmus di lá
Cum as coisa sapecada
Sortando uma fumacêra.

Enquantu qui a moçada
Si aquece aqui nu forró.
Nóis vamu lá pras barraca
Cume du bom i du mió.
Tem cuscuz di tapioca,
Tem minduinho torrado,
Tem pamonha, tem canjica,
Tem bolo di mio moiado.
Mio i batata-doce
Assados lá na fuguêra,
Cardo di cana gelado,
I bolo de macaxêra.

Leite di onça i cachaça
Tem tamém um bom quentão,
Qui é pra genti tumá corage
Di ir na barraca dus beijos
Aquecer us coração.

Sair cum a cara marcada,
Di beijo das moça bunita
Nos seus vistidus di chita
E suas tranças amarradas,
Cum grandes laços de fitas.

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 24/06/08

***
Ó, MINAS GERAIS!

Paulo Gondim
02/12/2007

As montanhas sinuosas
Cortam o horizonte,
Num Belo Horizonte
De cores naturais
De águas cristalinas
Dos olhos das meninas
Das Minas Gerais

Terra de ouro, de esmeraldas
Terra das riquezas
De encantos, de belezas
De sua antiga história
De gente tão hospitaleira
Essa gente bem brasileira
De rica e fina memória
Minas de mil poetas

De revolucionários
De casarões centenários
“Quem te vê não te esquece jamais”
Quem te visita se apaixona
Quem nasce aqui não te abandona
E Canta: “Ó, minas gerais!”
***********************************
Dedicado a todos os Poetas Mineiros, representados na pessoa de Frederico Salvo

Foto de Maria Goreti

Óia qui hoji nóis si acaba!

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É agora, minha genti,
Qui a festa vai cumeçá,
Sanfonêru tá tocano,
Pra quadria nóis dançá.
Balancê! Tuúur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia vorta, vorvê!
Óia u túne!

Festejamu Santantonho
Pra modi nóis si casá
Mas si já temu marido
U mió é nóis rezá
Pra num vir rabo di saia
Pra modi eles atentá.
Pruqui ômi é bichinocenti
Num cunheci bem us truqui
Di muié inteligenti!

Seu vigário tá cheganu,
A noiva já tá nu artá,
Juiz di paz tá armado,
Si u noivo num quisé casá.
U pai i a mãe da noiva
Tão numa legânça danada,
Pareci inté qui já viro
A sua fia casada.

Santantonho vem pra festa
Pra num dá portunidadi
Du noivo siscafedê
Pruqui se ele siscafedi
Vai tê uma atirambança
I cumé qui u Chico-Pança
Vai pudê si iscundê?

I a sanfona toca:
Finrin-finfin-forón-fonfón
I o sanfonêro grita:
Balancê! Túuur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia-vorta vorvê!
Óia ela aí trasvez!

I eis qui chega São João
Pra tamém participá
São Pedro já tá chegando
São Paulo tá vindo lá,
Agora qui us padinhu,
Acabaro di chegá
Vamu lá, seu vigário,
U casório cumeçá.

Agora qui tão casado
Uma varsa vão dançá
Qui é pra dá sorte arretada
Pra esse jovem casal,
Qui acaba de si casá.
I todo mundu dançanu
Pra modi a festa animá.

O terrêro tá bunito,
Infeitado direitim
Di bandeirolas coloridas.
Tem muitos balão pinduradu,
Mas nóis num vai sortá não,
Pras mata num incendiá.
I us tiru de rojão
Nóis vai sortá cum cuidado,
Pra num acabá cum as mão
Di argum cabra desajeitado.

Pra modi nóis si isquentá,
Vamu pulá a fuguêra,
Mas vamu arregaçá as carça
Pra num sairmus di lá
Cum as coisa sapecada
Sortando uma fumacêra.
Enquantu qui a moçada
Si aquece aqui nu forró.
Nóis vamu lá pras barraca
Cume du bom i du mió.

Tem cuscuz di tapioca,
Tem minduinho torrado,
Tem pamonha, tem canjica,
Tem bolo di mio moiado.
Mio i batata-doce
Assados lá na fuguêra,
Cardo di cana gelado,
I bolo de macaxêra.

Leite di onça i cachaça
Tem tamém um bom quentão,
Qui é pra genti tumá corage
Di ir na barraca dus beijos
Aquecer us coração.
Sair cum a cara marcada,
Di beijo das moça bunita
Nos seus vistidus di chita
E suas tranças amarradas,
Cum grandes laços de fitas.

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 24/06/08

Foto de Maria Goreti

IV EVENTO LITERÁRIO DE 2008 ("É COM NÓIS MESMO CUMPADE")

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ÓIA QUI HOJI NÓIS SI ACABA!

É agora, minha genti,
Qui a festa vai cumeçá,
Sanfonêru tá tocano,
Pra quadria nóis dançá.
Balancê! Tuúur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia vorta, vorvê!
Óia u túne!

Festejamu Santantonho
Pra modi nóis si casá
Mas si já temu marido
U mió é nóis rezá
Pra num vir rabo di saia
Pra modi eles atentá.
Pruqui ômi é bichinocenti
Num cunheci bem us truqui
Di muié inteligenti!

Seu vigário tá cheganu,
A noiva já tá nu artá,
Juiz di paz tá armado,
Si u noivo num quisé casá.
U pai i a mãe da noiva
Tão numa legânça danada,
Pareci inté qui já viro
A sua fia casada.

Santantonho vem pra festa
Pra num dá portunidadi
Du noivo siscafedê
Pruqui se ele siscafedi
Vai tê uma atirambança
I cumé qui u Chico-Pança
Vai pudê si iscundê?

I a sanfona toca:
Finrin-finfin-forón-fonfón
I o sanfonêro grita:
Balancê! Túuur! Anarriê! Alavantú!
Óia a cobra pessuá!
Meia-vorta vorvê!
Óia ela aí trasvez!

I eis qui chega São João
Pra tamém participá
São Pedro já tá chegando
São Paulo tá vindo lá,
Agora qui us padinhu,
Acabaro di chegá
Vamu lá, seu vigário,
U casório cumeçá.

Agora qui tão casado
Uma varsa vão dançá
Qui é pra dá sorte arretada
Pra esse jovem casal,
Qui acaba de si casá.
I todo mundu dançanu
Pra modi a festa animá.

O terrêro tá bunito,
Infeitado direitim
Di bandeirolas coloridas.
Tem muitos balão pinduradu,
Mas nóis num vai sortá não,
Pras mata num incendiá.
I us tiru de rojão
Nóis vai sortá cum cuidado,
Pra num acabá cum as mão
Di argum cabra desajeitado.

Pra modi nóis si isquentá,
Vamu pulá a fuguêra,
Mas vamu arregaçá as carça
Pra num sairmus di lá
Cum as coisa sapecada
Sortando uma fumacêra.
Enquantu qui a moçada
Si aquece aqui nu forró.
Nóis vamu lá pras barraca
Cume du bom i du mió.

Tem cuscuz di tapioca,
Tem minduinho torrado,
Tem pamonha, tem canjica,
Tem bolo di mio moiado.
Mio i batata-doce
Assados lá na fuguêra,
Cardo di cana gelado,
I bolo de macaxêra.

Leite di onça i cachaça
Tem tamém um bom quentão,
Qui é pra genti tumá corage
Di ir na barraca dus beijos
Aquecer us coração.
Sair cum a cara marcada,
Di beijo das moça bunita
Nos seus vistidus di chita
E suas tranças amarradas,
Cum grandes laços de fitas.

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 24/06/08

Foto de Rose Felliciano

O Melhor da Idade que Vivemos

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"Acredito que não exista
A Melhor Idade.
Mas podemos enumerar
O Melhor da Idade que vivemos.

No meu caso, por exemplo,
Fiquei mais amiga do tempo
Ouço as vozes do silêncio
Espero o dia clarear...

Consigo chorar
Sem me sentir infeliz
E o meu sorriso é feliz
Sem que precise gargalhar.

Mas gosto de saborear longas risadas...
Namorar nas madrugadas,
Sob o efeito do Luar...
Já não corro... mas adoro caminhar!!!!

Aguçaram mais meus sentidos
Tato, paladar, visão e olfato
E de fato, a sensibilidade me move
Guia o meu instinto.

O espelho ainda é meu amigo.
Me sinto jovem, de corpo e espírito
Mas sem competir com a mocidade.
Curto meu momento; vivo minha idade.

No entanto, confesso... me vejo ainda menina
E me permito, fechar os olhos e arriscar.
Mas sei muito bem onde piso
Embora não desista de sonhar.

De tudo extraio o melhor
E mesmo que sobre só dissabor...
Junto então toda a cena
E faço um poema de amor....

Reconheço muito bem meu valor
Conheço o gosto da dor
E apesar do amargor
Não me deixo intimidar

Não que eu seja
Ou me veja, assim tão forte...
Mas tenho em Deus meu suporte
Nele posso confiar.

Já reconheço miragem
E sei muito bem que a imagem
Sem conteúdo é banal.
Engano tolo e fatal.

Não mais me ganham os alaridos
Acho até que bonitos
Mas prefiro ao meu ouvido
Baixinho... sem se findar....

É muito pouco o que eu preciso
Pois conheci Jesus Cristo
E entreguei meu viver.

Salvador e Mestre prá mim,
Hoje sei ser feliz
E em tudo agradecer

Sei que sou imperfeita...
Serei eterna aprendiz!
Tenho tanto a aprender...
Mas sei bem quem é o Juiz (não sou eu, nem é você)

Deixei dos velhos dilemas
Procuro encarar os problemas
E o tema da minha vida
É viver...

Viver com verdade e de verdade
Com amor, caráter e dignidade
Humildade, humanidade,
e Fé.

Esquecer a antipatia nata
Saber que a mágoa mata
Que a carne é insaciável
Inflama a chama e nada mais...

Apenas o amor sustenta e satisfaz
E dá o prazer da paz...
Prazer que excede a orgasmos e químicas
E que excita, sem precisar provocar...

E aprendi,
Que a receita da felicidade
E o melhor de todas as idades
É buscar a Deus...enquanto se pode achar." (Rose Felliiciano)

.

*Mantenha a autoria do Poema*

Foi usado nesse Poema, uma citação bíblica, que encontra-se no livro do Profeta Isaías, capítulo 55 - verso 06.
Boa leitura a todos e meu abraço sincero.

Foto de Claudia Motta

Se deu mal no amor?

Comportamento --------------------------------------------------------------------------------
Se deu mal no amor?
Por Rosana Braga
De vez em quando, todos nós levamos um daqueles baita tombos na vida! Ainda que, num primeiro momento, sirva para nos fazer perder o rumo, tem de servir também para nos acordar e nos tirar do lugar cômodo em que nos colocamos.

A vontade é de ficar gritando para o juiz aplicar o cartão vermelho em quem nos passou a danada da rasteira. Só que a vida não é um jogo e sim uma escola. Estamos aqui para aprender e não para contabilizar pontos num placar que não vale nada.

É exatamente neste momento, em que estamos no chão, arrasados, machucados, humilhados e perdidos, que temos a chance de perceber para que viemos, para que amamos.

Apostamos no amor para nos lamentar diante de seus desafios ou para aprender a lidar de forma menos destruidora com essa avalanche de sensações e sentimentos capazes de nos remeter a um abismo tenebroso?

Não existe um único jeito de reagir diante da dor e do medo. Mas só há uma saída: reagir! Cada pessoa tem o seu tempo para digerir os sentimentos aflorados numa situação difícil, ainda que muitos, infelizmente, nunca terminem esta digestão.

Se você compreende que nada nesta vida, nem um enorme sofrimento, pode nos consumir indefinidamente, compreende também que é preciso levantar e sacudir a poeira. Claro que cair dói. E claro também que levantar não significa que a dor já passou. Mas significa, com toda certeza, que você está disposto a superá-la!

Sofrer, doer e chorar são reações absolutamente aceitáveis, compreensíveis e até muito dignas, pois evidenciam a saúde emocional de uma pessoa. Por mais crescidos, evoluídos e conscientes que sejamos, sentir faz parte, sofrer faz parte! Diante de uma decepção, será sempre inevitável que nos sintamos tristes e magoados.

Porém (e muito porém, mesmo!), há uma enorme diferença entre se sentir triste por algum tempo e se deixar sucumbir, tornando-se sócio remido do clube das vítimas, das pobre-coitadas.

Porque se todo mundo sofre, a diferença está basicamente no que você pensa e faz enquanto sofre. A pessoa amadurecida sofre aprendendo e a pessoa imatura sofre se perdendo.

A gente aprende quando observa o que aconteceu, não para assinalar os defeitos do outro e condená-lo; não para apontar os tropeções dele e se colocar no lugar de certo; não para se lamentar por ter sido tão bom e jurar que nunca mais vai acreditar no amor. Não!

A gente aprende percebendo que também cometeu enganos, que também participou dos equívocos e que pode sair mais inteira e mais crescida depois de qualquer problema. Fácil? Rápido? Simples?!? De forma alguma!!

Talvez levemos meses ou anos até descobrir como podemos ser melhores, como podemos viver o amor de modo que uma relação não seja uma muleta e sim um presente precioso. Que não seja um remédio para nosso desespero, afinal amar não é depositar sobre o outro todas as nossas frustrações e medos.

A gente cresce enquanto vive e erra enquanto aprende! Que isso fique bem claro, para que você entenda por que – de fato – não adianta ficar preso em acusações e lamentações. A vida anda! Os dias passam. O mundo não pára enquanto você fica prostrado num passado doloroso. Lá, definitivamente não há nada que valha a pena.

Sei que uma das maiores decepções que podem nos acontecer numa relação de amor é uma traição, seja de qualquer ordem, mas especialmente a emocional-sexual. Entretanto, ainda assim, quando a gente está decidida de fato, é possível superar. Claro que o outro também tem de querer. Mas independentemente do que o outro quer, há que se viver uma superação pessoal!

Foi traído? Pois muito bem: este não é, infelizmente, um ‘privilégio’ somente seu! Já sofreu o bastante? Já se culpou, culpou o outro, chorou, xingou e jurou a si mesmo que nunca mais seria tão tolo?!? Ok! Agora levanta, lava esse rosto, alivie esse coração e saia para a vida!

Perceba que de nada adianta ficar aí se remoendo, definhando, murchando e deixando que todo o seu brilho se apague por causa da escolha do outro. Viva a sua vida! Faça as suas escolhas. Seja você, sem que isso signifique uma vingança, porque toda vingança é, no final das contas, uma agressão praticada contra si mesmo.

Dói sim, porque você é gente! Mas não se aniquile! Permita-se levantar depois do tombo. Permita-se ser feliz novamente, apesar de todas as lágrimas derramadas. Saiba-se melhor depois de uma dor que te dilacera, mas que também te faz renascer ainda melhor do que tem sido!

Rosana
Consultora em Relacionamentos Interpessoais.

Foto de Fernando Poeta

Esta Tarde (O Livro de Minha Vida)

Em meio ao silêncio, acompanhado apenas de minha solidão,
Decidi vasculhar meu coração, e tentar escrever um livro sobre minha vida.
Não escolhi um título, apenas busquei quais capítulos encontravam-se gravados.

Muito poucas páginas foram escritas nos capítulos alegrias, pessoas que me amaram,
amigos verdadeiros e leais.

Muitas páginas nos capítulos dor, mágoa, sofrimento, insatisfação, descaso e ira.

Nenhuma página sobre qualidades, e muitas e muitas páginas sem fim, com todos os meus defeitos e erros...

Senti muita dor, pois não conseguia ler o livro de minha própria vida...

Sua capa surrada e já desgastada pelo tempo e por tantos sofrimentos e desacertos, continha ranhuras, cicatrizes de momentos infelizes e não esquecidos.

Este não era o livro que quis escrever, e não pensei que seria assim.

Lágrimas chegaram fáceis, silenciosas, precisas e quentes, e só então me dei conta que chorava, e sei que nem sempre é fácil contê-las.

Há muito tempo atrás, perdi a capacidade de rir quando queria chorar...

Tentei escapar e fechar o livro, porém por mais que tentá-se, mais me embrenhava em seu interior. Como se estivesse preso numa poça de lama movediça, que me puxava mais para baixo, neste caso era puxado mais para dentro, a cada movimento que fazia para libertar-me.

E todos os horrores ficaram expostos, todos os momentos que tentei deixar adormecido em meu íntimo e esquecer para sempre, pululavam sobre mim deixando-me tonto, enjoado, enojado.

Tornei-me Juiz, Promotor e Réu e não conseguia encontrar defesa, que justificassem os caminhos errados que segui.

A dor foi insuportável e sabia que não conseguiria sair inteiro desta expedição.

Amaldiçoando-me por ter iniciado essa jornada, busquei emergir deste pesadelo. Tinha de encontrar a saída, buscar uma salvação. Não poderia perecer dentro de meu próprio coração, pois então sim estaria completamente perdido.

Então encontrei a saída...

Descobri que a única saída, era continuar a escrever, era escrever por cima do que lá se encontrava. Escrever e apagar o que havia nos capítulos das dores, mágoas, sofrimento, insatisfação, descaso e ira.
Deveria apagar estes registros de meu coração, subscrevendo com alegrias, perdão, compaixão, paciência, atenção e calma.

E descobri que mesmo não sabendo qual o tempo que ainda teria para escrever, poderia começar desde já...

O início é sempre um começo, mesmo que depois sempre venha o fim...

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