Jardim

Foto de Marta Peres

Chuva

Choveu...
A terra precisa de chuva.
O café precisa do adubo.
A rosa precisa do espinho.
Ninguém pode existir neste mundo
vivendo sozinho.

Choveu...
Molhou todo o meu quintal.
A terra virou lama.
Eu fiquei sozinha na cama.

Choveu...
Os pássaros cantam no jardim.
De onde estou posso ouvir o cantar
ainda tenho lágrimas no olhar.

Choveu...
E ela trouxe uma jóia rara.
É o tesouro guardado
no coração de quem sabe amar.
Marta Peres

Foto de Marta Peres

Saudades de Lisboa

Bela vivenda onde vivi,
Adornada de belo jardim
e caramanchões cobertos de flores.
Belas árvores seculares!
Pelas alamedas donde passeava
me vejo inda de mãos dadas,
tomava os ares da manhã
e o suave frescor da noite
e junto de ti trocava juras de amor.

Mais adiante podíamos ver o Tejo,
Exuberante cortando toda cidade
E o sol brilhava dentro das águas.
Suavemente barcos navegavam,
Nosso olhar extasiado a contemplar
Permaneciam parados...fixos nas águas
E em nós mesmos...

E quando era brisa era suave o perfume
E nos inebriava, pequenas lantejoulas
Acariciavam a noite, eram a luzes
Da terrinha...saudades que doem no peito
E rasgam meu ser, inda ouço teu riso,
Teu canto, tuas rezas, inda choro por ti!

Marta Peres

Foto de Mathefius

Frio

Frio

O dia surge lindo e quente. O sol brilha com uma intensidade invejável.
O cheiro da terra ainda úmida pelo orvalho da madrugada, torna-me ébrio de saudade.
Não sei ao certo o que faço aqui. Por que está tão escuro? Por que as paredes parecem vir de encontro a mim tomando-me o fôlego?
Lembro-me do teu sorriso, puxa! era avassalador!
Sempre que me sorria parecia que o céu vinha ao meu encontro.Teu beijo doce me fazia pensar em pêssegos. Tua pele suave, tal qual a mais pura lã, me aquecia e confortava. Toda vez que eu respirava tinha a certeza da vida!
Frio!!!
Por que parece que não posso enxergar? Bom, ao menos me conforto em saber que estou aquecido envolto nessa lã tão macia, mesmo assim ainda sinto frio, meu corpo estático, rígido, o que há?
Percebo o dia tão belo, o sol brilha, as flores daquele jardim parecem compôr um balé. Vejo a terra! Ainda está úmida do orvalho da manhã. me parece agora que estou vendo através dela.
Mais porque estou deitado? Pareço tão pálido! Porque estou me vendo como se...
As flores murcham rapidamente, o sol está incoberto por um grupo de nuvens negras, o vento sopra ferrozmente.
Não sinto meu corpo! Não consigo respirar! E esse gosto de fél em minha boca.
Frio, frio, frio!
Onde está você? por que não a vejo? Porque não estás do meu lado para confortar-me e me guiar para longe desse pesadelo?
A insanidade já toma conta de meus pensamentos. Já não me pertenço!
Vermes malditos!!!
Vejo a alegria e o sorriso sarcástico em suas bocas.
Comam! Saciem-se!
Podem devorar meu corpo mais jamais terão a minha alma ou o meu coração. Estes eu já não tenho mais, presente-ei em vida ao meu grande amor e nela sei que sobreviverei.
Gélido, me despeço.

Adeus!

Foto de Miguel Duarte

Teste

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, quer fazer uma visita oficial à Venezuela no próximo ano, por ocasião do 50º aniversário do Centro Português de Caracas.

"A comunidade madeirense na Venezuela vive um momento particularmente complexo, dada a necessidade de adaptação às contingências internas daquele país, e, por uma questão de observação, justifica-se uma ida lá", disse ao "Jornal da Madeira" Alberto João Jardim, que está a gozar um período de férias na ilha de Porto Santo.

O governante madeirense confirmou ter recebido um convite para estar presente naquelas comemorações e recordou que a última visita que efectuou àquele país foi em 1997.

Referiu que, desde então, tem delegado a responsabilidade de visitar as comunidades imigrantes madeirenses espalhadas pelo mundo nos secretários regionais e voltou a sua atenção essencialmente para as questões da União Europeia, da qual a Madeira "depende muito mais, sobretudo para tratar de questões que se prendem também pela própria evolução da autonomia da região".

Jardim salientou também que a comunidade madeirense radicada na Venezuela "é economicamente crescente. Obviamente que as lideranças sociais e económicas foram em grande parte substituídas por novas gerações e até muito bem preparadas em universidades" daquele país.

Líder do PS-Madeira anda "a dizer asneiras"

Instado a comentar declarações do líder do PS-Madeira, João Carlos Gouveia, relacionadas com a pretensão de enviar uma petição à Assembleia da República para que investigue a actividade económica da região, Jardim afirmou "não reconhecer legitimidade" ao dirigente socialista madeirense para "andar a dizer asneiras".

"Quem está condenado pela prática de crimes e quem pôs acções que foram arquivadas, creio que não tem qualquer legitimidade para andar a dizer asneiras", disse.

Destacou ainda que "a economia da Madeira está sujeita a todo o quadro legal que envolve a economia nacional", acrescentando que "o Tribunal de Contas actua até com uma percentagem de funcionários per capita superior à do continente e Açores, e isto é para se ver como está particularmente interessado na região".
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Por favor aguarde...

Foto de Cecília Santos

NASCI PRA TE AMAR...!

NASCI PRA TE AMAR...!
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Lembrar você, é sentir saudade...!
Pensar em você, também é saudade...!
Olhar seus pertences, é uma doce saudade...!
Mas a sua ausência, é a pior das saudades...!
Todos os dias, como tem que ser,
A manhã aparece, o sol aparece.
Só não aparece você...!
As flores do nosso jardim, exalam perfumes.
Mas a fragrância é de saudade...!
Vejo a vida passar, o tempo voar.
Enquanto as estrelas cantam,
Pra te embalar.
Meu corpo adormece, pra descansar.
Minh’alma, vai à procura da sua,
Pra te abraçar.
I’nda que seja sonho, me deixa sonhar...!
Pois em meus sonhos, posso te achar.
E te achando posso dizer, que te amo,
Que você era a razão do meu viver.
Sinto sua falta, em todo momento.
Sua doce presença, quero lembrar.
Lembrar que te amei, mais do que tudo.
Que você foi e é, o meu grande amor..!
Na luz que empalidece, conservo a flor
Da esperança.
Esperança e certeza, que um dia vou te encontrar.
E te encontrando, quero te abraçar.
E te dizer, que nasci pra te amar ...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/07/2007*

Foto de HELDER-DUARTE

Rio II

E eu que tinha sido avisado,

Para ter cuidado...

Com a mulher, de nome Laodicéia,

P´elas águas, cujo poder ao pó branqueia.

Porque as águas me disseram, com verdade

E com plena liberdade:

Para manteres a vida,

Segue outra mulher linda!

O nome d´ela é Filadélfia,

Porque foi tornada alva.

E está num jardim, onde há rosas e flor de camélia.

E um dia virá a mim, finalmente salva.

No entanto veio a mim, Laodicéia,

Que eu pensei, ser a pura,

A qual do rio, seu espírito, recebeu cura.

Veio esta a mim, como quem ama e não odeia.

E casei, com ela...

E estou ainda, agora n´ela...

Que foi mentira, para mim

E julgo eu, ter ela sido a causa da minha morte, enfim.

Pois, se eu me matei,

Ela ajudou...

Pois, me rejeitou.

O porquê, não sei.

Uma coisa sei.

Estou morto, como nunca pensei.

Mas é uma morte d`alma,

Que me permite, do rio, ao longe, ouvir a água calma.

Que me diz assim:

Eis que venho cedo, para ti, morto pó.

E eis que vida terás, enfim...

E nunca mais, estarás só!

HELDER DUARTE

Foto de Luana Carla Ribeiro

Desejos

Desejo a você
Fruto d mato
Cheiro de jardim
Namoro do portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme de Carlitos
Chope com os amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango Caipira em pensão do interior
Ouvir um paçavra amável
Ter uma surpresa agradávelVer a banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir o canto do passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
(Carlos Drummond de Andrade)

Foto de Magroalmeida

Por Você

POR VOCÊ

Como disse o poeta Cazuza:
“Por você eu dançaria tango no teto”
“Eu limparia os trilhos do metrô”
“Eu iria a pé do Rio a Salvador”

É, mas como eu não sou poeta
Não sei dançar tango
Não trabalho no metrô
E não tenho tempo para fazer caminhadas...
pensei em realizar coisas mais “viáveis”.
E assim, decidi que por você:

Eu iria ao infinito buscar estrelas para te presentear...
Eu guardaria a lua para iluminar todas as suas noites...
Eu mandaria o sol aquecer o teu corpo todas as manhãs...
Eu traria o arco-íris para fazer morada na tua janela...
Eu determinaria aos pássaros que cantassem diariamente pra você...
Eu construiria uma ponte para te levar até o céu...
Eu chamaria uma fada para transformar o seu mundo
num jardim florido e perfumado...
Eu diria ao vento que mandasse brisas permanentes
para refrescar o teu corpo...

E por fim, querida,
Eu pediria a Deus
que nunca ofuscasse o brilho do teu olhar.
Pediria a ELE que mantivesse
tua alma sempre iluminada e o meu
coração sempre apaixonado por você.

Out/2005
Magno R Almeida

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RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registrada na Biblioteca Nacional
e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998
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Foto de HELDER-DUARTE

Vale de Cedron

Tendo, Jesus terminado de orar,
Partiu com os seus discípulos...
E atravessaram o Vale de Cedron, sem exitar.
No jardim, onde entrou, contra o mal orou, ao Pai pediu auxílios.

Judas, também conhecia aquele lugar
E foi lá ter, para o entregar,
Com uma escolta de guardas,
Que traziam também, armas...

Vinham apanhar, Jesus Cristo,
Que logo lhes perguntou:
A que vieste, com tudo isto?

E tornou a perguntar: A quem buscais?
E disseram-lhe, em voz que entoou.
A Jesus Cristo! Que disse: Eu Sou; Porque não me apanhais?

HELDER DUARTE

Foto de Sonia Delsin

OBSERVANDO

OBSERVANDO

Estou sentada numa varanda.
Observando.
Estou sentada numa cadeira macia.
Estou olhando.
Estou aqui a olhar.
Não só o que se descortina diante de meus olhos.
Vejo mais.
Vejo o tempo.
Escorrego pros meus primeiros anos.
Que delícia!
Nos balanços vou tão alto.
Meus pés quase tocam as nuvens.
Rio.
Corro pelas terras.
Sou a dona das borboletas azuis.
As que aprisiono e as que ficam soltas.
Agora sou uma menina-moça.
Mas que dor no coração!
A mocinha não pode colocar o pé no chão.
Pronto, ela se libertou...
Mas o tempo passou.
Outro mundo ela encontrou.
Vejo dois enamorados.
Rio de novo.
Tão apaixonados.
Vejo uma mulher madura.
Uma uva...
Um vinho tinto.
Vejo um céu azulado.
Um céu ficando acinzentado.
Vai chover?
Não... já choveu... a cântaros.
Agora brilha o sol...
Um raio vai bater bem na pedra branca do jardim e reflete no espelho do tempo.

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