Passou'se há já algum tempo. Considerei este dia o melhor da minha vida, até aos dias de hoje. Não passou de um simples dia, passado debaixo de uma árvore iluminada pelo rasgão dos ramos da árvore da luz solar.
Foi ali que tudo aconteceu. Associei aquele dia ao "dia Perfeito". Era ali que existia a Pedra, a Pedra onde passava dias e dias sob o chilrreado dos pássaros e sob a brisa que levantava o meu cabelo, suave e delicadamente e que me fazia fechar, lentamente, os olhos devido á intensidade da luz que ali permanecia. Mas, naquele dia, algo de diferente se estava a suceder. Dei por mim, sentada na Pedra, a mirar o Horizonte. Nunca tinha visto o Horizonte como o belo que ele é, olhava-o como um infinito da paisagem. Mas, no dia Perfeito, olhei-o com olhinhos de ver e, ao mesmo tempo que ia anoitecendo, o Horizonte ia ficando cada vez mais maravilhoso, era brilhante, luminoso, avermelhado, era , era Único. Havia as sombras das árvores que me impediam de focar a visão no mais perfeito do Horizonte, a sua infinidade. Aproximei-me e, maravilhada, ali fiquei, horas a fio, em pé, um pouco longe da Pedra, a deixar-me invadir pela brisa que provinha do infinito do Horizonte .
Pensei nunca ter um dia tão simples, mas ao mesmo tempo tão único e, normalmente, "desejado" devido a algo tão único.
Foi assim que aprendi a obversar o que, muitas vezes, nos passa completamente ao lado, sem nos apercebermos.
A infinidade das coisas, afinal, existe ...