Importância

Foto de Osmar Fernandes

Aparição do Capeta

Certo dia, noite escura, num terreno baldio, próximo da Igreja Católica, três moleques levados pegaram uma abóbora e fizeram dela uma caveira... Fixaram uma vela acesa em cima de um toco e a puseram por cima. Ficou parecendo o demo, o capeta mesmo!
A missa acabaria às vinte horas. Os fiéis que passariam por ali, a pé, certamente a veria. A caveira ficou num ponto estratégico, bem na esquina.
O pessoal ao sair da missa, ao vê-la, gritou: “Valha-me Deus! Jesus tende piedade! Minha Nossa Senhora da Aparecida! Salve-me Senhor!
Foi gente pra todo lado... Os três capetas caíram na gargalhada... Quando o local esvaziou, saíram da moita e se depararam com um corpo estendido no meio da rua. Joãozinho, o nanico, gritou: “É dona Julieta! Ela tá mortinha da silva! E agora?! Estamos fritos!!!” Pedrinho, o gago, disse: “Vixe, agora lascou tudo!!! Vou deitar o cabelo!!!” Luquinha, o mala, disse-lhes: “Calma aí seus frouxos, ninguém viu a gente! Não vai nos acontecer nada!!! Ela morreu de susto! E daí?!... Vamos tirar a caveira dali e vamos embora.”
Feito leopardos esconderam os apetrechos do Demo e deitaram o cabelo...
Não demorou muito e a polícia chegou ao local. D. Julieta foi levada ao hospital, acordou do susto, foi medicada e falou: “Meu Deus o que era aquilo?! Eu preciso falar com o Padre Bento!... Era o Demo! Valha-me Deus!!!”
O médico e a enfermeira diziam para ela ficar calma porque na idade dela era normal ver coisa que não existe... Deram-lhe um calmante e a fizeram dormir até o dia seguinte.
A notícia ganhou a cidade que Dona Julieta tinha batido as botas... Os três capetas estavam assustados e escondidos nas suas casas.
O pai do Joãozinho disse para esposa: “Bem, Dona Julieta viu o capeta e morreu! Estão falando que o Demo veio buscá-la. Faladeira como é, não duvido nada... Amor, toma cuidado, viu!
- Tá louco, homem, eu não falo da vida de ninguém não!
O marido deu uma risadinha maliciosa e foi trabalhar.
O investigador de polícia fazia uma busca no local do crime e achou um chinelo de tamanho trinta três. Era a pista que tinha em mãos.
Chegou na delegacia e disse ao Delegado:
- Senhor, aqui está à prova do crime!
Dr. Clécio riu, e lhe disse:
- Quer dizer que o capeta esqueceu um chinelo e saiu correndo pro inferno! KAKAKAKAKAKAK (RIU TANTO QUE SE ENGASGOU...). Vá amolar outro, Cido! Tenho mais o que fazer nariz de Pinóquio! Cada uma que me aparece! Você não percebe que essa cidade está de perna pro ar... Se esse povo não melhorar Deus vai aniquilá-la assim como fez a Sodoma e a Gomorra.
O Investigador abaixou a cabeça e saiu chateado e pesou: “Vou pegar o desgraçado que fez isso com a minha avó... Ateu eu não sou não, mas acreditar que isso é obra do Demo já é demais para minha inteligência.”
O Padre Bento assim que soube do acontecido entrou no terreno baldio e fez uma devassa, procurou por todo lado e achou a cabeça de mamão e a vela jogados debaixo dum pé-de-mato, e disse a si: “Eu sabia que não tinha diabo nenhum nessa história! Esse meu povo inventa cada uma! Perdoai-os ó Deus!!!”
Com a notícia da aparição do capeta a Igreja superlotou e o dízimo aumentou sobremaneira e o Padre ficou pensando se dizia ou não, no sermão, sobre a cabeça de mamão... Pensou... E, calou-se.
Os três capetas se reuniram e Luquinha disse:
- A velha não morreu... Com o susto desmaiou. Dona Julieta sairá do hospital hoje à tarde.
Pedrinho, o gaguinho, disse:
- Mas a polícia está investigando. O que nós fizemos é crime. Se a polícia descobrir quem fez isso, a cidade toda ficará sabendo... Nós vamos ser linchados!
Joãozinho, o nanico, disse:
- Eu sou coroinha, vou me confessar com o Padre Bento e vou lhe contar tudo. Se o meu pai souber disso vou levar uma peia, uma surra daquelas de tirar o coro.
Os dois amigos disseram juntos:
- Você não tá nem doido! O Padre nos mata!
Joãozinho:
- Eu tô com medo!
Os três amigos fizeram um pacto: “Nunca contariam sobre a caveira pra ninguém, levariam esse segredo para o túmulo.”
Joãozinho confidenciou: “Perdi um pé do meu chinelo, presente do meu pai, fui na data procurar e não achei. Temos que achar o chinelo logo.”
Os amigos não deram importância nisso e foram embora.
O investigador conhecia todo mundo da cidade, saiu de casa em casa perguntando se aquele chinelo pertencia a alguém daquela residência.
Luquinha ficou com os olhos estatelados ao vê-lo em sua casa perguntando à sua mãe se ela não tinha dado falta de um pé de chinelo.
Luquinha reuniu seu bando imediatamente e disse:
- Vamos roubar aquele pé de chinelo hoje à noite. Cido vai sempre jogar no Tunguete... Vamos aproveitar esse momento e vamos em sua casa buscar o pé de chinelo. Não tem outro jeito. Ou fazemos isso ou esse sujeito vai descobrir tudo.
O Delegado foi à Igreja e logo após a missa disse ao Padre Bento: “Padre o meu investigador tem uma prova cabal do malfeitor... Creio que dentro de poucas horas iremos elucidar o caso.”
- Meu filho, que prova é essa?
- Respeito-lhe demasiadamente Reverendo, mas isso é segredo de Estado, não posso dizer de jeito nenhum.
- Mas meu filho, eu sou o Pároco, pode me falar, vou guardar segredo... Quantas vezes você já se confessou comigo?!
- Padre Bento isso não é um pecado, é segredo profissional.
- Meu filho, eu lhe vi nascer, lhe batizei, lhe crismei, foi meu coroinha... Vai ter coragem de fazer isso comigo? Conta-me logo que prova é essa?!
- Conto não! Não posso!... O senhor pode falar sobre as confissões dos fiéis?
- Claro que não! Você tá doido, perdeu a cabeça. Jamais violarei o segredo do Confessionário. Exerço minha função com a fé em Deus e obedeço piamente com o que preceitua no CANON 1388 (1), que diz: O confessor que viola diretamente o sigilo da confissão incorre um sententiae (automática latae) excomunhão reservada à Sé Apostólica.
- Eu também não posso falar sobre essa prova! Não posso violar a confiança do meu investigador, estaria cometendo um crime.
O Delegado foi embora com a pulga atrás da orelha e pensou: “Por que tanto interesse do Padre nessa prova?!”
Paulinho viu seu filho descalço e lhe disse:
- Joãozinho, cadê seu chinelo? Já lhe dei de presente para não ver você descalço... Não ande descalço menino! Vá calçar o chinelo agora!!!
Joãozinho correu na casa do amigo e lhe pediu o chinelo emprestado, e Carlos lhe disse: “Mas você tem que me devolver logo, senão meu pai me dá uma surra se me ver descalço também.”
Pedrinho era muito religioso e naquele dia às dezessete horas resolveu se confessar com o Padre... Contou tudo e admitiu que estava com medo do investigador descobrir toda a história, porque seu amigo tinha perdido um pé do chinelo que ganhara de presente do pai.
Padre Bento pensou: “Mas Cido é ateu... Tenho que dar um jeito de calar a sua boca...”
O Padre arquitetou um plano e mandou o seu Sacristão chamá-lo, urgentemente... Rubens, o puxa-saco do Padre Bento foi à casa do investigador e disse-lhe:
- Cido, o padre Bento quer vê-lo, agora, já. Ele disse pra você ir lá, correndo, imediatamente, agora mesmo!
- Mas, que diabos o padre quer comigo? Num devo nada para Igreja... Nem em Deus não sei se acredito?!
- Não fala assim não rapaz! Deus é tudo e tudo é amor. O padre não tem diabo nem um. Vai logo e saberá. Quando o padre chama é como se fosse Deus nos chamando, né?!
- Fala pra ele que mais tarde eu passo por lá.
Dona Julieta visita o padre Bento e lhe diz: “Padre, eu nunca vi bicho mais feito no mundo que aquele. Era o Demo, o Demônio em pessoa!... Minha Nossa Senhora da Aparecida! Eu fiquei frente a frente com o Demo, Padre!... Eu já preparei uma novena. Vamos começar amanhã cedo... Padre, eu disse para os que me visitaram no hospital que se o Demo está nos visitando é porque estamos sem fé, é um sinal dos céus. Por isso vamos fazer a novena!”
Aquele acontecimento abalou a cidade. Nas ruas, nos bares, nas casas, nas roças, nas Igrejas, em todo lugar o boato corria solto: “O Demo está fazendo tocaia na nossa cidade!”
O Padre Bento ficou com a consciência pesada e pensou “Será que devo falar sobre essa história hoje na hora do sermão? Será que devo levar o assunto ao Bispo?!”
Dona Julieta foi rezar e depois foi para sua casa...
As Igrejas protestantes começaram a fazer cultos durante o dia todo. Até os ateus temeram... A cidadezinha pacata acordou... Era gente acendendo velas no Cruzeiro do Cemitério... Despachos nas encruzilhadas... Novenas... Enfim, os religiosos se mexeram de forma jamais vista naquele lugar. Em todas as Igrejas as oferendas aumentaram significativamente. O comércio de produtos religiosos vendia como nunca.
A palavra numa das Igrejas Protestantes era brilhante e dizia:

Ezequiel [Capítulo 28:13-18]

Tu estiveste no Éden, jardim de Deus ;cobriste de toda pedra preciosa: A cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até o dia em que em ti se achou iniqüidade. Pela abundância do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte de Deus, e o querubim da guarda te expulsou do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.

Mateus [Capítulo 4:1-11]

Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então lhe ordenou Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram

E o pastor encerrava seu sermão dizendo: “Na casa do senhor não existe satanás, Xô satanás! xô satanás!”

O Investigador chegou à Casa Paroquial, adentrou, foi imediatamente atendido pelo Padre Bento que o levou ao seu escritório e lhe disse:
- Meu filho, eu lhe peço encarecidamente que pare com a investigação sobre a aparição do Capeta.
- Padre o senhor está me pedindo algo que não posso atender.
- Por que meu filho?
- Padre, eu quero pegar o desgraçado que fez isso com a minha avó. Ela quase bateu as botas... Tenho certeza que não tem nada a ver com coisa doutro mundo. Isso foi coisa de moleque, de vândalo; brincadeira de mau gosto... Se não fizermos alguma coisa para punirmos esse tipo de “brincadeira boba, idiota”, ainda vamos perder um ente querido. O senhor não acha?
- Meu filho, nem tudo parece o que é. Deus tem desígnios que só pertence a Ele. Veja o movimento da nossa cidade!... O povo voltou à igreja, voltou a ter medo dos castigos de Deus. Isso vai fazer a criminalidade zerar. Nunca se viu tanta reza por aqui. O povo voltou a temer a Deus! Os meninos e as meninas voltaram para o catecismo. O fervor da fé voltou a tomar conta da nossa cidade... Nunca vi você na missa. Falam que é ateu... Mas, pare com essa investigação?
- Padre Bento, eu sou agnóstico... Não estou lhe entendo! O que tem a ver uma coisa com a outra?
- Meu filho, eu sei que você é um exímio Investigador de Polícia, mas essa história não pode ir adiante. Pare de investigar... Essa história acabou fazendo um milagre por aqui. O povo voltou a ter Deus no coração. Isso não é bom?
- Padre, eu acho que o senhor está sabendo demais... Já descobriu a verdade?
- Não!!! Vieram me dizer que você anda perguntando nas casas se alguém deu por falta de um pé de chinelo.
- É verdade! Eu achei um pé de chinelo novinho em folha naquele matagal, local do medo. Vi muitos pisados por lá... De pés pequenos... E, cheguei à conclusão que tem mais de um moleque envolvido nessa tramóia. Padre, eu vou achar o criminoso que quase matou minha avó, custe o que custar!
O Padre franziu a testa, várias vezes, e pensou: “Vou ter que falar com o superior desse traste e pedir para que o transfira daqui.”
O Investigador foi embora e não hesitou em dizer para o delegado sobre a sua visita na Casa do Padre:
- Doutor, eu estou vindo da casa do padre...
- Que diabos você estava fazendo na casa do Bento?!
- Eu fui lá porque ele mandou me chamar... Estranhei, mas... O senhor sabe, Padre é Padre, enfim.
- E o que a Igreja queria contigo?
- Só faltou se ajoelhar pra mim Doutor... Implorou para eu parar com as investigações sobre a aparição do capeta.
O Delegado coçou seus poucos cabelos da cabeça e disse: “Aí tem coisa!” E disse ao Cido:
- Você me traga o pé de chinelo e me entrega ainda hoje.
- Doutor ele está aqui na minha mochila, pega!
- Então essa é a prova que temos?... Pois é, a partir de hoje em diante essa investigação é minha. Você está fora desse caso. Vai cuidar de descobrir quem roubou o Jumento do Zé, que ele está me enchendo o saco e até hoje você não descobriu nada.
O Investigador de Polícia sem ter o que dizer, simplesmente obedeceu seu superior e saiu à procura do ladrão do Jumento...
O Doutor Clécio foi ter com o Padre Bento cinco dias depois e disse:
- Padre eu tenho a prova do crime aqui em minhas mãos e já descobri tudo. Vou prender quem fez isso.
- Doutor Delegado o senhor tem o quê em mãos?
- Eu tenho o pé de chinelo.
- Pé de chinelo!!! O que isso tem a ver com a aparição do Capeta?
Padre, isso tem tudo a ver! É a prova que não existe Capeta nenhum, isso provavelmente foi armação de quem não tem o que fazer na vida e fica assustando as pessoas de bem.
- Esse chinelo não prova nada. Qualquer pessoa pode ter ido naquele matagal e o esquecido.
- Será Padre?!
- Claro meu filho!
Padre, o senhor está muito interessado no encerramento dessa investigação, por quê?
- Não meu filho, eu não estou não! Mas, se você pensar bem, depois que viram o Capeta, a cidade melhorou muito. A Igreja não cabe de tanta gente nas missas. Não se falou mais de roubos, mortes, vadiagem, etc. Nunca vendeu tanto produto religioso como agora. Pense no sossego que nossa cidade vive hoje!
- É Padre Bento, pensado por esse lado o senhor está coberto de razão. Minha delegacia está um deserto, nem um B.O, nem de briga de casal. Nunca vi tanta calmaria em nosso Município.
- Então, pra quê elucidar esse episódio? Deixa o povo pensar que o Diabo está de olho bem aberto e bem pertinho de cada um.
- Mas, Padre Bento, o Capeta não anda de olhos arregalados pra todo mundo mesmo, doido para tomar conta da nossa alma?!
- Sim... Mas essa já é outra história...
O Delegado deu o pé de chinelo para o Padre e deu o caso por encerrado.
O Padre chamou Joãozinho e lhe deu o pé de chinelo e lhe disse: “Vê se não o perde mais...”
Os três capetinhas voltaram a participar assiduamente de todas as missas e a ajudar o Padre no catecismo.
Toda vez que o povo fraquejava, desanimava, deixava de ir à missa, a aparição do Capeta era automática.

Osmar Soares Fernandes

Foto de Kelly Gardenya

Saudades!

Passamos por tantos momentos juntos,
Tantas coisas revelamos um ao outro, sentimentos… paixão!
Aos poucos nasceu a confiança e foi crescendo.
E quando a confiança cresce, essa paixão transforma-se
Em algo uniforme, o Amor!
Que reveste o coração
Leva embora a solidão.

Hoje te amo com todas as forças que tenho em mim,
Mais do que se pode imaginar ou que as palavras expressam!
O destino quis que fosse assim
Significando muito para mim, e talvez nem tanto para ti!

Apenas com o olhar dizíamos tanto, um sobre o outro!
E segredos revelamos, afetos trocamos!
Quando nos encontrávamos, era maravilhoso…
E aqueles bons momentos que passamos, piadas que contamos!

Espero que percebas a importância que tens para mim, para minha vida!
Mudaste o significado de viver que eu tinha, de amar, de família
Porque você é especial
A coisa de 2 anos e tal, você foi… e é!
Não tenho coragem
De seguir uma viagem, sabendo que será sozinha!
Talvez não venha de novo a sentir, o que senti ao teu lado
Talvez não possa mais sorrir,
Mas sei o que queria neste momento era com meus beijos, te cobrir!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ACERTO DE CONDUTA"

“ACERTO DE CONDUTA”

E eis que vos digo a verdade...
Acautelai tuas angustias...
Deleita-te sobre teus feitos...
Agrupai tuas amizades...
E tentai a fazer tudo direito!!!

Trilhai a veredas corretas...
Adentrai o templo dos ensinamentos...
Alimentai-vos das coisas certas...
E sorveis os melhores momentos!!!

Respeitai as hierarquias...
Vivei de teus proventos...
Aprisionai tuas manias...
E liberai todos teus conhecimentos!!!

Celebrai a vida...
Se livrai da morte...
Cuidai das feridas...
E ajudai a sorte!!!

Caminhai em reta direção...
Olhai os lírios dos campos...
Daí importância certa aos anseios do coração...
E espalhai o amor por todos os cantos!!!

Te aconselhai com a ascendência...
Ministrai o culto aos antepassados...
Engrandeceis a decência...
E condenai todos os atos errados!!!

Ajoelhai ante ao senhor...
E redimi-vos dos pecados...
Aceitai as imposições do criador...
E percorrei todo caminho a ser trilhado!!!

Sejais feliz ao espalhar a felicidade...
Buscai a harmonia...
Reconciliai com as amizades...
E espalhai a alegria!!!

Foto de Carol Carolina

Meu Pai!

Meu Pai!

Pai hoje te lembro
Como se estivesses aqui,
Homem forte, passo firme
Saudades sinto de ti.

Meu amigo, muito amigo
Pai do meu coração.
Não eras meu pai biológico
Nunca liguei prá isso não.

Quando estávamos juntos,
E eu diferente da família,
Todos altos, cabelos escuros
O senhor se divertia.

Baixinha de cabelos loiros,
Nem precisava dizer nada,
Ficava mais que visível
Que era sua filha enxertada.

Sempre muito humorado
Sorrindo dizias prá mim:
--Não liga, não dá importância,
--Nascestes na safra ruim.

Querer me ensinar a montar
Era a sua maior diversão.
Minhas pernas curtas e o cavalo grande
Subia de um lado e do outro pro chão.

Onde quer que estiveres
Um dia talvez,
A Velha das Trouxas
Rirá contigo outra vez.

Feliz dia do Pais!
Meu pai douto Marquetote
Ter sido sua filha
Prá mim, foi mais que ter sorte.

♫Carol Carolina

Foto de rbgero

" Eternizando "

"Uma noite, um passeio. Cumplicidade à beira do mar, conversa solta, sorrisos livres, pensamentos voantes. Um cenário perfeito. Um palco montado para algo que se eternizaria. Um momento agora profundamente marcante em minha vida. Parecia simples, mas foi muito além disso. A areia macia sob nossos pés. Nossas mentes viajando no azul daquele céu estrelado. O mar a embalar com aquela sinfonia mágica nossos olhares. Todo esse cenário naturalmente disposto, e num complemento dos deuses, abençoado pelo néctar mais sagrado: um maravilhoso vinho. Mas nada disso tinha importância. Tudo era apenas complemento. Sei que os deuses invejaram-me por estar diante da companhia mais bela e doce de todo o paraíso. Tua presença era o ato principal daquele encontro. Teu sorriso inocente, tuas palavras soltas, teus carinhos espontâneos, teu olhar meigo. Tenho certeza que fui abençoado pelos céus por poder estar diante de um anjo em forma de menina. E mil vezes bendigo o efeito daquele vinho que soltou-me as amarras da timidez e fez-me beijar aqueles lábios morenos. De outra forma não teria coragem. Não por mim, mas por você. Bendito atrevimento. E naquele momento pude sentir o quanto pode ser simples a felicidade. Sem complicações; sem artificialismos. Num simples beijo abriu-se naquele momento as portas do paraíso. O que te disse, o que ouvi foi apenas detalhes de uma felicidade sem limites. Não é exagero. Não estou valorizando. É a pura verdade. Ouviu-me; ouvi-te. Confissões de nossos corações. Momentos de nossas vidas. Histórias de nós. Nossas histórias. Segredos agora revelados, pela primeira vez sem o menor pudor, pois tornastes a coisa tão simples que, na complicação de minha vida, nunca tinha passado por uma experiência tão gostosa. E mais beijos, mais confissões. Minha vida agora era tua, sem portas, sem paredes. Aberta e plena. E te faço mais uma confissão agora: já me entreguei de corpo algumas vezes, em alguns momentos. Mas pela primeira vez alguém pôde ter em suas mãos minha alma. Minha verdadeira essência. Confesso que me assustei de início, mas teu jeito cativante me deixou tão solto que não pude resistir. Minha alma agora era tua. Caminhar entre as nuvens; estar no limbo; sonhar entre as estrelas. E as Três-Marias não estavam no céu, porque naquele momento o brilho destas estrelas estava em teus olhos. Podia ver através deles tua doce alma, e lá fiquei por toda a noite, embalado por tuas palavras murmuradas como numa prece pagã. Bendigo aquele beijo que me abriu as portas do paraíso, e o vinho sagrado que abençoou nosso momento. Em teus braços senti-me tão seguro e amparado. Papéis invertidos. Tu a me proteger como criança desamparada, a dar carinhos e afeto. E me entreguei como jamais havia feito antes. Teus gestos tão simples e nem imaginas o quanto significaram para mim. Estar ao teu lado, juntos, por toda a noite. Nove horas tão rápidas. Tempo voante. Pena que rápido demais. Queria que fosse eterno, sem limites. Ainda procuro palavras para descrever aqueles beijos ardentes, mas meigos. Aqueles olhares provocantes, mas inocentes. Aqueles abraços calorosos, mas suaves. Aquela magia etérea, mas tão simples. Não encontro palavras, mas na verdade nem quero, para não quebrar a magia. A magia dessa tua discrição, dessa tua compreensão do que está acontecendo comigo, dessa minha condição. Amo-te por isso. És linda, e acima de tudo maravilhosa. Gostaria de termos para poder descrever-te, mas esses seriam muito aquém do que realmente representas. Doce anjo; anjo desta noite inesquecível. E não adianta eu colocar aqui mil 'obrigados' que seriam infinitamente poucos para que pudesse agradecer-te por tudo: os olhares, os beijos, o carinho, o afeto, as palavras, a companhia, a compreensão, a paciência, a cumplicidade, os afagos, o sorriso, as confissões, os segredos, a confiança, a amizade, a parceria, o zelo, a preocupação, a maturidade, tudo, tudo, tudo, e mais um montão de tudo. Nesse momento posso confessar que durante aquelas nove horas estive apaixonado por você, de uma maneira única, sem precedentes. Conseguisses coisas que ninguém até aquele momento jamais chegou perto de conseguir. Noite mágica; nossa noite. E agora só tenho uma coisa que poderia te dizer: ow dellííícccciiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaa..."

Foto de DeusaII

Um só olhar...

Rasgaste-me por dentro
Quebraste todas as minhas barreiras
E fizeste-me perder o chão.
De repente, senti-me a flutuar acima das nuvens,
Meus medos desapareceram,
Meus fantasmas perderem a forma
E fiquei assim... extasiada, perdida em teu olhar.
Quase morri.... de emoção, de choque...
Quase deixei-me levar por esse teu sentimento
Que partiu todos os meus sentidos,
Que desorientou tudo o que existe dentro de mim.
Quase derreti por dentro, e esqueci-me onde estava.
Teu olhar, tocou-me a alma e a despiu completamente,
Deixou meu coração sem defesas, sem forma de se proteger.
A intensidade do teu olhar, quase me matou.... de amor....
E nesse momento, quis ter-te em meus braços,
Quis tocar tua alma também... quis sentir teus lábios nos meus.
Precisei sentir teu corpo, ver tua realidade
E mistura-la com as minhas fantasias.
Nesse momento, quis ser teu mundo,
Quis ser tua por inteiro e sem mais delongas.
Por um momento, quis jogar-me em teus braços
Sentir o calor do teu abraço
E quis ... mostrar-te a tua importância
Na minha vida.
Por um breve instante, quis-te.... não com desejo,
Não com paixão.... mas com o sentimento mais
Puro que existe dentro de mim....
O brilho do teu olhar transformou meus sonhos
Minha vida, minhas ilusões....
E dentro de ti, sei que me amas....
Com tanta intensidade... que quase me fizeste amar-te também.

Foto de Débora Ennes

É absolutamente impossivel.

Deitada no sofá,
eu fico a imaginar ...
como seria viver nesta vida,
sem ter um grande amor ?

Vou contestar,
Viver nessa vida sem ter um grande amor,
é como andar e ficar parado,
falar e não ser ouvido,
vêr e não ser visto,
cair e não se machucar,
viver sem ter sentido.

Mas muitos não dão muita importância,
vivem só por viver,
sem ao menos perceber,
o valor desse grande amor,
que não venham a ter.

É absolutamente impossivel,
viver nessa vida sem ter uma paixão,
para que nos momentos de frio,
de solidão,
esse grande amor chegue e aqueça seu coração,
com tudo que há de bom.

Débora Enes. (Simples e modestas palavras).

Foto de Menino Poeta

Vidas fantásticas

Todas as vezes qua falo da natureza
mim sinto emocionado, pois falo de um ser
maravilhoso, em grande importância na nossas
vidas. Vejamos as abelhas elas trabalham em conjuntos
colhendo necta das flores, mas também faz a proliferação
garantindo a continuidade das flores espalhando os poros
sobre as plantas.
As magnificas abelhas por serem tão pequenas, tem nos mostrada
que são capazes de desenvolver tamanha tarefa na natureza.

Foto de Ayslan

Priscila

Será possível contar sobre te...
As palavras são modestas em uma pequena pagina de um caderno que rabisquei todo procurando as palavras perfeitas, bonitas, palavras que pudesse te descrever.
Então sou obrigado a falar para você, essas palavras. Fecharei meus olhos e olhando para te irei te dizer, e meu coração escrevê-las por que você merece ouvir coisas que ainda não sei dizer...
Será uma longa jornada junta com a de te dizer de todas as formas que te amo...
Juro que na primeira vez que te vi já queria te dizer que te amava, mas tinha medo de te assustar. Quero que saiba a importância deste momento para me, a saudade logo entra em cena, é impossível não se emocionar...
Priscila minha menina mulher, minha amiga, minha companheira, minha estrela radiante, minha vida... Tu és simplesmente maravilhosa... Seu jeitinho de menina esconde a bela mulher em você, seus olhos ingênuos, mostram sua vida, chega a ser inevitável resistir e parar um só segundo de te olhar. Sinto uma forte atração que me deixar sem noção de onde estou só vejo você, hipnotizado por sua beleza. Sua linda boca atraente irresistível, seus lábios macios deliciosos, seu sorriso fatal que me faz para e questionar se eis real. Seu jeitinho tímido, atrevido, ingênuo, e sedutor de morde os lábios me faz te desejar.
Minha estrela brilhante torna-se linda ate mesmo quando consigo chatear-te. Seu jeitinho marrento, teimoso. Ficas impaciente balançando as pernas, cruza os braços e começa a roer as unhas... Nossa, eu te amo tanto...
Priscila... Quero que saiba que te amo. Amo seu jeitinho sensível de viver. Amo quando você faz questão de passar cada segundo perto de mim... Que eu amo ficar do seu lado...
Você é a razão do meu viver... Eu te amo Priscila e para sempre irei te amar.

para: Priscila

Foto de cyber-clash

CASAMENTO; ESTABILIDADE E IGUALDADE SOCIAL?

Há quem diga que os direitos são iguais, outros discordam dessa afirmação e algumas vezes são algumas mulheres que reclamam dessa desigualdade; é certo que em alguns lugares as mulheres já ganham salários iguais ao dos homens, mas isso não é suficiente, pois as pessoas não deveriam ser diferentes pela quantidade de dinheiro que ganham, pois as melhores pessoas seriam as que trabalham mais, já que quem ganha mais é quem não faz praticamente nada. Vamos falar de um caso isolado, que nem poderia ser mencionado, mas será exposto como uma ferida para superarmos essa vergonha e evoluirmos.
Algumas mulheres reclamam da desigualdade social porque não estão contentes com a falta de liberdade em seus casamentos, pois seus maridos saem de casa e se divertem enquanto elas ficam em casa cuidando da casa e dos filhos, fazendo as "obrigações" e quase não podem sair de casa assim como os maridos; mas, por que insistem em uma relação que estão infelizes, dando murros em ponta de faca em uma situação que não muda? Qual seria a explicação para reclamarem tanto dessa desigualdade social, nesse sentido, e ainda permanecerem casadas?

Na visão do bom senso, que naturalmente as pessoas honestas devem compartilhar e preservar, o julgamento do ser humano pela aparência acaba sendo abominável; as pessoas que não dão importância a personalidade também não vêem o ser humano como companheiro e sim como armas das suas guerras particulares não declaradas onde essas pessoas se consomem porque precisam de pessoas atraentes as vistas para que os amigos e conhecidos fiquem com inveja, tais pessoas, ao primeiro contato físico, não vêem mais o ser humano como pessoas que juntos podem se desenvolver e estabelecer uma família para serem um bom exemplo para sociedade, mas à primeira vista já se perguntam se estas pessoas servem para, quando se envolverem com elas, os amigos vão ficar com inveja, ou seja, nas vidas sem expectativas dessas pessoas o ser humano é tido apenas como objeto.

Acontece que muitas vezes a instituição casamento funciona como uma espécie de fachada, uma forma de as pessoas viverem de aparência como sendo a única situação em que as pessoas têm a oportunidade de oprimir as outras, porque são escravas de uma tradição que determina que a felicidade esteja atribuída as conquistas que os amigos, conhecidos e familiares não podem possuir, e o casamento, para algumas pessoas, se tornou a coisa mais importante e estas são dispostas a sustentar um casamento, em qualquer circunstância, na intenção de manter a imagem de que estão casadas para obedecer a esta prisão psicológica de que somente será feliz se os outros ficarem com inveja.

Praticas baseadas nos instintos animais tem levado cada vez mais o ser humano moderno a se envolver com o máximo de pessoas que puder assim como os animais fazem, o que demonstra a involução que alguns estão passando, mas esquecem que o ser humano atingiu esta condição de superior aos animais irracionais porque começou a usar a lógica do raciocínio e deixou de ser guiado pelos instintos selvagens. Já que este é o tipo de igualdade social que algumas mulheres querem, então elas deveriam fazer o mesmo que os maridos fazem, pois quem as prende já que elas têm essa coragem de cobrá-los? Se os homens não dão valor a elas, então por que as mulheres não teriam esse direito de não valorizar os maridos também? Mas querem defender o casamento, não pela santidade e pureza da relação e sim por uma vida de aparência? O problema é que, às vezes, essas mulheres se submetem a seus maridos como escravas para manter uma relação na intenção de não acontecer uma separação para elas não virarem alvos de comentários e fofocas de seus amigos e familiares.

A igualdade social é uma vitória que devemos conquistar todos os dias, nos libertando dessa sociedade patriarcal que apresenta as mulheres como escravas e objetos de procriação e hoje como maquina de sedução e desejo como sendo o único jeito delas se realizarem.

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