Enviado por CarmenCecilia em Sáb, 30/08/2008 - 16:14
POESIA: CARMEN CECILIA
EDIÇÃO E ARTE EM PHOTOSHOP: CARMEN CECILIA
MÚSICA: THE GOD FATHER ( PIANO )
Nostalgia
Hoje estou meio nostálgica...
Vendo o tempo que passou e fazendo uma retrospectiva...
Vi-me no álbum de retratos da família toda reunida
Sintonizei com todos os momentos que vivi nessa vida...
Tantas recordações... Imagens refletidas...
De sentimentos de pura alegria
Uns que se sedimentaram
Outros que só na memória ficaram...
Há fotos de pessoas presentes...
De outras agora já ausentes...
De momentos decisivos, marcantes...
E alguns remontam a uma época que não me lembro...
Coletânea de preciosidades...
De um quê de saudades...
Da infância irmanada...
De grandes risadas...
De pais, tios, sobrinhada...
Como numa grande manada...
Dos colegas de escola...
Na foto de formatura...
Em que agora muitas vezes não nos reconhecemos...
Será que este é aquele ou aquele é este?
Tenho nas mãos agora meu primeiro amor...
Perpetuado naquela imagem...
Foi embora...
Na bagagem levou minha primeira dor
A primeira frustração...
Que o tempo amarelou.
Prossigo viagem...
Nessa triagem...
Em que cada momento registrado...
Traz sua mensagem...
Vou e volto do passado para o presente...
Esquadrinho tudo com meus olhos ardentes...
E guardo tudo devagarzinho... Com cuidado...
Pois sei que somam parte da minha estrada
De contínua caminhada...
Nessa variedade de lembranças
Que a vida nos marca...
Como te esquecer se estas em meu pensamento
Ouço tua voz que não conheço como encanto,
Em sons de violinos que vêm do firmamento
E que atingem minh’alma e com eles eu canto.
Vivo vendo tua imagem em todo momento.
Eu ouço os acordes e descubro e me espanto
Com o prazer que isso me dá ao extrair o tormento
Da saudade que às vezes se instala em pranto
Surdo, sem lágrimas... Não é choro de lamento
E sim desejo que como se fosse um manto
Cobre-me e acalenta os sonhos que em fragmento
Transforma-se em poesia pela qual eu suplanto
A nostalgia e assim transformo em alegria o alento
D’ alma que ora vejo brilhar neste recanto.
Você já foi criança um dia...
Mas os anos se dobraram e fizeram de você um jovem, quase um adulto...
E agora você me olha com certo desprezo só porque muitos anos se dobraram para mim e hoje eu sou uma velha
Você observa minhas mãos trêmulas e se esquece que foram as primeiras a acariciar as suas, inseguras na infância. Critica os meus passos lentos, vacilantes, esquecendo-se que foram eles que orientaram seus primeiros passos.
Reclama quando lhe peço para ler uma palavra que meus olhos já não conseguem vislumbrar com precisão, esquecido das várias palavras que eu repeti inúmeras vezes para que você aprendesse a falar.
Diz que eu sou uma velha desatualizada, mas eu confesso que pensei muito pouco em mim, para fazer de você um homem de bem.
Reclama da minha saúde debilitada, mas creia, muito trabalho foi preciso para garantir a sua.
Ri quando não pronuncio corretamente uma palavra, mas eu lhe afirmo queesqueci de mim mesma, para que você pudesse cursar uma Universidade.
Diz que não possuo argumentos convincentes em nossos raros diálogos, todavia, muitas foram às vezes que advoguei em seu favor nas situações difíceis em que se envolvia.
Hoje você cresceu... É um moço robusto e a juventude lhe empolga as horas... Esqueceu sua infância, seus primeiros passos, suas primeiras palavras, seus primeiros sorrisos...
Mas acredite, tudo isso está bem vivo na memória desta velha cansada, em cujo peito ainda pulsa o mesmo coração amoroso de outrora...
É verdade que o tempo passou, mas eu nem me dei conta... Só notei naquele dia... naquele dia em que você me chamou de velha pela primeira vez, e eu olhei no espelho... Lá estava uma velha de cabelos brancos, vincos profundos na face e um certo ar de sabedoria que na imagem de ontem não existia.
Por isso eu lhe digo, meu jovem, que o tempo é implacável, e um dia você também contemplará o espelho e perceberá que a imagem nele refletida não é mais a que hoje você admira...
Mas você sentirá que em seu peito o coração ainda pulsa no mesmo compasso... Que o afeto que você cultivou não se desvaneceu...
Que as emoções vividas ainda podem ser sentidas como nos velhos tempos...
Que as palavras amargas ainda lhe ferem com a mesma intensidade...
E que apesar dos longos invernos suportados, você não ficou frio diante da indiferença dos seres que embalou na infância...
Por isso que eu lhe aconselho, meu filho:
Não ria nem blasfeme do estado em que eu estou, eu já fui o que você é, e você será o que eu sou...
Aquele que despreza seus velhos, é como galho que deixa o tronco que o sustenta tombar sem apoio.
A ingratidão para com os que nos sustentaram na infância é semente de amargura lançada no solo, para colheita futura.
Assim, façamos aos nossos velhos os que gostaríamos que nos fizessem quando a nossa idade já estiver bastante avançada.
Pensemos nisso!
Bem estou aqui tentando explicação das quais com palavras jamais conseguirei.
Nos dois juntos um dia?
Não posso guarda esperanças.
Esquecer-te?
Não posso. Meu coração guardara todos os nossos momentos juntos, ate mesmo as dores.
Hoje já posso dormi, fechar os olhos na expectativa de sonhar contigo.
Ver novamente aquele seu sorriso o seu jeitinho sem saber como agir diante de me, seus lábios macios.
Sabe, ainda sinto o gosto de seus beijos, gosto que aos poucos somem junto com sua imagem. Nos meus sonhos acordo e percebo meu coração acelerado e meu rosto úmido...
E dos meus olhos vêem o caminho que terminam na minha boca...
Sinto uma sensação de salgado e dor. Queria que você soubesse que através de uma simples foto eu te conheci, aquela linda garotinha, foi crescendo e quando meus olhos te viram pessoalmente, eles não conseguiram fazer com que minha mente te reconhece-se.
Mas meu coração logo me avisou que um dia eu iria te amar. Eu juro que não lutei para impedir isso, pois assim como meu coração se apaixonou por te, eu já te amava. A distancia e o tempo apagam sua imagem na fotografia velha de um amor que pouco durou. No meu coração você se foi... Não volta não...
O difícil é dizer todos os dias para ele que acabou.
Existe sentimentos que palavras não podem descrever.
Vamos sair juntos e esquecer que somos diferentes.
Eu o deixarei descalço e beijarei seus pés
Pousarei em seu ventre
Palavras e versos , escritos com ternura e pranto.
Vamos esquecer toda esta angústia e tédio
Vamos erguer juntos a taça do prazer
Só por uma noite e cessarei esta loucura,que invade os corpos e
Assusta um coração ,que a muito tempo te deseja.
Vamos solucionar todos os problemas da geografia e cegueira
dos jovens amantes.
Vamos aproveitar a chance,pois o infinito talvez seja, apenas
o momento .
Vamos deixar de adiar este desejo,afujentar os rótulos da falsa imagem
de sedutor barato.
Vamos aderir as caricias,fazer caber dentro do peito a paixão
Dentro e fora dos limites
- Hei!... Olhe para mim, toque em minha mão,sinta o calor do meu corpo, estou aqui,eu existo, ainda resta um brilho em meu olhar.
Não sinta nojo de mim, nem sei de onde vim,só sei do frio nos bancos de praça, vendo os pés das pessoas passando sem me olhar.
Às vezes penso que sou um lixo posto fora, como um papel amassado e jogado na calçada.
Outro dia vi minha imagem na vitrine de uma loja...
Eu sou tão pequeno, não tenha medo;- Sabe tio! Eu tenho tanta vontade de sentar em algum colo, destes que estão aí na praça, vazios e encostar minha cabeça em seu peito, ouvir seu coração batendo, beijar seu rosto,sentir suas mãos em meus cabelos,mas ninguém parece se importar com isso.
Esta manhã um vovô alimentava os pombos, corri até ele com os braços abertos,mas fui mandado embora, pois não queria que espantasse os bichinhos.
Nestas horas eu queria ser uma pombinha,talvez assim alguém gostasse de mim e eu não choraria todos os dias, pois é muito triste não ter o amor das pessoas. E nem comida pra comer
Mas hoje não senti frio!... O dia estava lindo, não chorei, pois apareceu um homem de roupa branca, barba, com a bondade no olhar ,pegou minha mão e disse-me: - Vim te buscar filho!...Você é muito importante para todos.
Fiquei muito feliz ao ver que estava flutuando e subindo junto com ele, sem fome, sem frio e certo de ser amado.
E lá embaixo ficou aquele menino que ninguém queria, inerte, caído ,mas com um sorriso nos lábios certo de nunca mais sentir frio, nem fome e de ter todo o amor do mundo para sempre.
O poeta encanta escrevendo amor.
O pintor encanta, pintando amor.
O poeta e o pintor não têm diferença.
Cada um segue sua crença.
Acreditando em sua obra, mostrando
Em seus requisitos o que lhe é bonito.
Ambos fazem poesia, pintando e recitando..
O poeta escreve pintando a vida.
O pintor pinta fazendo poesia.
O poeta pinta seus sonhos.
O pintor cria sonhos aos olhos.
Na tela o pintor joga suas tintas
Para fazer de seus desenhos
O mundo mais colorido atraído.
Uma bela poesia saída do pincel.
No papel o poeta junta suas letras
Fazenda do poema e poesia.
Uma forma das pessoas
Viverem um pouco de fantasia.
O poeta e o pintor têm a mesma intenção
Em seus trabalhos jogar a poesia no coração.
O pintor ao deslizar o pincel,
Faz da poesia uma grande aquarela.
O poeta com seu escrever,
Faz de seu poema a tela mais linda de se ver!
Imagine agora, poeta e pintor,
Colocando em nosso mundo,
Um pouco de fantasia e cor.
Na tela ou na poesia!
Ambos passam a magia.
Ambos precisam de inspiração.
Ambos atingem a visão e o coração
Do leitor e do apreciador
Ambos são poetas...! ( Anna Carolina )
2ª Poesia: VENHA ME ESCULPIR
Venha esculpir meu corpo
Que pede o calor de tuas mãos.
Esculpir minhas curvas que te
Amolecem de paixão,
Tocam-te a visão.
Batidas aceleram seu coração
Venha me esculpir..
Com sede de seus desejos.
Com vontade dos seus beijos.
Venha esculpir meu corpo
Ser meu artesão,
Fazer carinho com tuas mãos.
Uma bela escultura
Fazer a obra com doçura
Com seu atrevimento.
Torneando-me corpo e alma.
Venha esculpir minha pele
Deixar aveludada e macia.
Delineando cada parte
Porque sou sua arte.
Arte prazerosa
Cheia de detalhes
Serei sua escultura, mas chocante
Não desprenderá seus olhos de mim
Em nenhum instante.
Já que teve o dom de me
Esculpir atreva-se
Agora me possuir...
Com certeza irei saber retribuir....
Sou sua arte viva!
(Anna Carolina Márcia.S. Martins).
3ª Poesia: IMAGEM DA FLOR
O poeta tem a imagem acondicionada
Há muito tempo em sua mente e coração
E sempre a guarda d’uma forma apaixonada
Deixando-a eclodir em momentos de paixão,
Como faço agora quando penso em ti amada
E quero pintá-la com a arte da emoção,
Mas antes encontrar a forma desejada,
Pois é de ti própria que vem a inspiração.
Vejo-te então na tela toda esquadrinhada
Tua face, olhos e boca em sobreposição,
Então vou escolhendo desde a cor rosada
Até o azul do céu e sob o som d’uma canção
Desenho-te como uma rosa avermelhada
Acondicionada na palma de minha mão.