Iguais

Foto de Zagalo Marcador

Viajar, conhecer, aprender a amar os outros

O dia em que conheci Manel, o matador
Embora resida em Lisboa e cá tenha as minhas raízes, cedo comecei a criar condições que me permitesse trabalhar e viajar, sem que uma não se oposesse à outra. Foi assim que desde os meus sete anos comecei a conher outros muitos, para além da meis dúzia de casas que compunham a minha rua.
O episódio que agora me apetece contar, o dia em que conheci Manel; profissão: matador... de pessoas.
António era um industrial agro. No Mato Grosso, Estado brasileiro de grande potencial económico, tinha 30.000 cabeças de boi; distribuia o combustível pelos restantes fazendeiros, pois também era representante da Petrobrás.
Homem bom, benemérito por convicção, era com frequência que ajudava os seus iguais. Prosperou devido ao seu trabalho sério mas árduo. um dia Manel deu-lhe seis tiros na cabeça e enviou-o para um outro mundo,
por enquanto desconhecido.
Numa das minhas viajens ao interior do Brasil, contaram-me esta história. A minha curiosidade levou-me a descobrir em que prisão se encontrava Manel e falar com ele.
Havia perguntas que qualquer pessoa normal gostaria de encontar respostas: conhia a vítima? razões do acto? entre outras.
Cerca de 1,75m e 75Kgs; cabelo loiro encaracolado; olhos azuis, rosto um pouco sardento, mas um sorriso permanente. Simpático e de conversa fácil.
"seu nome é Manel?"
"é mesmo!" respondeu sorrindo
"você está aqui a cumprir 30 anos de cadeia, porque matou António"
"hé... matei mesmo. Com primeiro tiro, caíu logo, mas dei-lhe mais cinco para ter certeza que não cobrava mais dívida aos outros fazendeiros"
"como assim, você conhecia António?"
"não, não conhecia. Eu sou de S. Luís do Marahão e um homem foi-me lá contratar, trou-me no camião dele e quando pessamos nas bomba de combustivel dele, indicou-me qual era. No dia seguinte demanhã, fui lá a pé e matei ele com a pistola do homem que me contratou"
"mas você fez mil quilómetros para vir aqui a Vila Rica matar um homem que não conhecia?"
"é verdade eu sou matador; mato tudo que me pagam"
"quanto você recebeu para matar António"
"200 reais"
"e já os recebeu"
"não porque a polícia apanhou-me quando eu ia a correr depois de matar ele"
"e vai um dia receber esse dinheiro?"
"não sei, mas vou matar o homem que me trouxe da minha terra. Foi ele que telefonou à polícia que António foi morto por mim e foi testemunhar no tribunal"
"essa profissão é muito perigosa e você é um doente que precisa ser tratado"
"Já fui tratado: meu avô era matador; meu pai era matador; eu sou matador"
"e você não quer aprender outra profissão"
"quero sim, logo que eu mate o homem que me truxe para aqui"
"Você tem ideia do sofrimento da família do homem que você matou?"
"sei sim, já mataram meus dois irmãos, meu pai, meu avô e o meu amigo Toga.
"e..."
"isso passa, como não dinheiro agente faz tudo!"
Podia continuar a conversa, por mais tempo, mas para mim chegou. Conheci um homem que não tem valores; desconhece sentimento de culpa; vive um mundo que as autoridades não conseguem controlar, mas julgo pertencer a todos a ciação de oportunidades de formação através de creches ou outras, para todas as crianças brasileiras que são colocadas no mundo sem qualquer culpa, mas passam a ser culpadas dos crimes que cometem quando crecerem.
Isto não acontece só no Brasil, há mais noutros paises da América Latina, em África e na Ásia. Como poderemos contribuir? Não tenho resposta. Se alguém a encontrar, partilhe-a connosco.
Zagalo

Foto de Graciele Gessner

A Maneira Como as Coisas Costumavam Ser. (Graciele_Gessner)







Já reparou como muitas coisas mudaram? Como a educação foi se deteriorando? A atual geração não sabe mais o significado da palavra NÃO. Muito menos sabem o que é ter respeito pelos mais velhos, dar a preferência para quem precisa. Simplesmente a conduta utilizada é: direitos iguais, independente da idade ou necessidade. Imagine uma grávida de alguns meses de gestação, tem a preferência de um assento no ônibus. Como também um idoso que não tem mais as forças de um jovem. O mundo está completamente desordenado.

Hoje, se um aluno vai mal à escola quem leva a culpa é o professor. Já pensou como tudo isso foge da realidade? No meu tempo escolar já existia alunos preguiçosos que não queriam nada com nada. Porém, hoje o aluno confronta o professor, o aluno faz deste educador o seu refém. O pior ainda, os pais aprovam o comportamento de seus filhos. Onde vamos parar?

Outro detalhe que sempre me vejo enfrentando, a má educação dos copiadores de plantão. Acham-se no direito de confrontar e desrespeitar quem cria, inventa; quem escreve ou pinta... Desconhecem a Lei Penal, desrespeitam os direitos autorais e cometem o plágio. Em outros tempos, o mais sensato era não chamar a atenção do plagiador, simplesmente abrir um processo. Sei que a justiça é lenta, mas nestes casos faria questão de brigar até o fim.

A maneira como as coisas costumavam ser ficaram no esquecimento... O tempo foi passando e as pessoas a cada dia se desconhecendo.



03.03.2010

Escrito por Graciele Gessner.



*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Sactra

Aos olhos de um cego

Aos olhos de um cego,a noite tem o brilho de um arco-íris,as cores têm cheiro de flor.
Aos olhos de um cego,o amor tem sabor e o beijo tem cor.
Aos olhos de um cego,as pessoas são iguais,as aparências são as mesmas,
porém a essência de cada uma é diferente.
Aos olhos de um cego,a alma tem mais vida,seu guia é sua intuição e sua luz a força para seguir no escuro.
Aos olhos de um cego,a beleza está em ser não em parecer,na simplicidade de tocar e sentir o amor,não em descobrir belas faces.
Ele enxerga mais que todas as lentes do mundo,sabe mais e conhece mais do que aquilo que você pode ter e não consegue enxergar.

Foto de GEOVANEpe

NÃO SOU LOUCO

NÃO SOU LOUCO

Dizem que sou louco, mas não sou.
Se eu me bater com quem fala isso, eu vou ficar todo roxo.
Acham-me diferente de todos,
Eu acho todos iguais.
Eu me perco e me acho todos os dias, se você me encontrar me avise, por favor, pois estou me procurando desde quando levei minha primeira tapa de um ninja branco mascarado, me colocou de ponta cabeça, segurando pelos meus pés e tascou uma tapa em meus glutens. Filho da mãe dele!!!
Não sou louco, sou escritor.
Eu já avisei varia vezes para essa voz, mas ela não ouve.
Conto carneiros antes de dormir, eu preferia dinheiro, mas carneiro me dá sono.
Quando essa voz da uma trégua, “que não é nesse momento”, fico tentando pensar como seria se todos voassem? Porque é muito chato voar sozinho.
Não sou louco, sou escritor... Ou sou fazendeiro? Acho que falei em bodes agora pouco, ou foram ovelhas ninjas?
Bom, não importa!!!
Estou estabilizado na vida, pois até meu quarto é perfeito e luxuoso, com paredes acolchoadas.
Não sou louco, sou um escritor caçador de caprinos orientais psicomaniacos, ouço instruções na cabeça pois estou meio perdido de tanto voar só.
Bom!!! Isso tudo foi meu cachorro quem disse, e assim como ele...
Eu não sou louco.

Foto de onil

DOCE ESCRITOR POETA

FOI AO FIM DE TANTOS ANOS
CONFESSEI-TE O MEU AMOR
VIVI MÁGUAS POR ENGANOS
SUPORTEI A MINHA DOR

FOI A DOR POR ESCONDER
A VONTADE DE TE AMAR
E A CORAGEM DE DIZER
QUE SONHAVA TE BEIJAR

FOI ASSIM A SOLIDÃO
FOI ASSIM, MAS AGORA JÁ MUDOU
FAZES PARTE DO CAMINHO
ONDE QUERO ANDAR
E ASSIM VIVO PARA AMAR
QUEM ME CONQUISTOU

DOCE ESCRITOR POETA
QUE TE ENCANTOU
MAS PRESO FICOU
AO BRILHO DA ESTRELA
DOCE ESCRITOR POETA
FAZ-TE SONHAR
FALANDO DE AMOR
ESCREVENDO A RIMAR

HOJE AO FIM DE TANTOS ANOS
OS SENTIMENTOS SÃO IGUAIS
NÃO VIVEMOS JÁ DE ENGANOS
NOSSO AMOR É BOM DE MAIS

FOI A VIDA QUE SONHEI
DESDE UM BEIJO TÃO SAGRADO
NO MEU PEITO EU TE AMEI
QUIS TE TER SEMPRE A MEU LADO.

FOI ASSIM A SOLIDÃO
FOI ASSIM, MAS AGORA JÁ MUDOU
FAZES PARTE DO CAMINHO
ONDE QUERO ANDAR
E ASSIM VIVO PARA AMAR
QUEM ME CONQUISTOU

DOCE ESCRITOR POETA
QUE TE ENCANTOU
MAS PRESO FICOU
AO BRILHO DA ESTRELA
DOCE ESCRITOR POETA
FAZ-TE SONHAR
FALANDO DE AMOR
ESCREVENDO A RIMAR

28/02/02
ONIL

Foto de Danilo Henrique Pereira

Depois de Tudo

Depois de Tudo

Sem mais a acrescentar, e a adquirir
O Homem acaba assim, como quis
Meio ao mundo, no final de tudo
Pensativo, incompleto, insatisfeito,
Logo faz o que sempre fez, e por vez
Acaba por acabar sem tentar, sem arriscar
A dor ainda é boa, é divina, machuca, faz ferida
O Homem acaba sem graça, sofrido, incompreendido
Arruma paixões mentirosas, esquece quem foi,
Natural ordem das coisas, no final são todos iguais
Um resto, sem muito uso, consumista, ignorante
Por mais que reflita, o presente lhe motra
a imperfeição das atitudes, o caminho traçado
O Homem acaba, mas ainda vivo, como uma arvore
Parado, imovel, pensativo,
Perplexo por reconhecer onde está, familharizado
Triste por saber que tudo foi feito por ele mesmo...
Consquistou o que menos apreciava.
O holocasuto dos pensamentos, a morte da vida
Por assim dizer... a solidão!

Foto de Danilo Henrique Pereira

DEPOIS DE TUDO

Depois de Tudo

Sem mais a acrescentar, e a adquirir
O Homem acaba assim, como quis
Meio ao mundo, no final de tudo
Pensativo, incompleto, insatisfeito,
Logo faz o que sempre fez, e por vez
Acaba por acabar sem tentar, sem arriscar
A dor ainda é boa, é divina, machuca, faz ferida
O Homem acaba sem graça, sofrido, incompreendido
Arruma paixões mentirosas, esquece quem foi,
Natural ordem das coisas, no final são todos iguais
Um resto, sem muito uso, consumista, ignorante
Por mais que reflita, o presente lhe motra
a imperfeição das atitudes, o caminho traçado
O Homem acaba, mas ainda vivo, como uma arvore
Parado, imovel, pensativo,
Perplexo por reconhecer onde está, familharizado
Triste por saber que tudo foi feito por ele mesmo...
Consquistou o que menos apreciava.
O holocasuto dos pensamentos, a morte da vida
Por assim dizer... a solidão!

Foto de Ivanifs

Complicamos

Complicado é ter de acordar cedo..
Ter de correr tanto
E não encontrar nada

Complicado é tentar sorrir
Quando na verdade se quer chorar até morrer

Complicado é ser feliz ..é ser triste
Complicamos tudo
Ou a vida já veio cheia de complicações

Fácil seria dormir
Dia inteiro
Sem ver o sol
Ouvir musica e comer

Não amar, não sonhar
Não esperar
Não ter
Não saber
Sorrir e depois sorrir de novo

Complicada é a noite que não cai logo
Pra chegar o outro dia
Dòi saber que os dias são sempre iguais
Que nunca mudaram, mas isso é quase imperceptível aos olhos e sentidos de muitos

Hoje a noite vem caindo de novo
E amanhã vai ser igual ao ano passado

Meus olhos estão no mesmo lugar e meu sorriso também
Mas não consigo chorar hoje

Por que bendito é o meu coração
Por que bendito é o amor...

Ivani janeiro de 2010

Foto de DENISE SEVERGNINI

LIBERDADE, FRATERNIDADE, IGUALDADE

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Liberdade é agir de acordo com a vontade
Fraternidade é conviver como irmão
Igualdade é qualidade dos iguais

Minha liberdade não pode tolher tua vontade
Vivendo a fraternidade reparto meu pão
A igualdade é meta em busca da paz

Liberdade é vôo sem asas
Fraternidade chama sempre acesa
Igualdade em todas as casas
Sem elas, o mundo não tem beleza

Foto de Carlos Henrique Costa

Cruel prazer

Vulto na mente por um medo medonho,
Depois de se extasiar num duro prazer!
Em apuros, nas noites lucilantes do viver,
É mais um, em meio ao amor bisonho.

Triste agrura do ser perplexo do sonho,
Num corpo mutilado, atolado no sofrer!
Cheiro de veneno no ar é matar ou morrer!
No nexo artifício de um vício enfadonho.

Queira, pois se apresentar, já é hora!
Chamam-te de droga, bem verdade tu és:
Uma maldita droga! Que jaz e aflora...

A vida da pobre criatura a um revés!
Da baixa a alta classe, no atual agora,
Todos são iguais nos prazeres cruéis.

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