Iguais

Foto de Arnault L. D.

O girar do mundo

Cada vez é única.
Mesmo que hajam varias,
a soma é sempre singular.
Inevitavelmente não replica
e não são iguais os dias.
Detalhes inéditos em mudar...

O mesmo beijo não mais será;
aquela flor, o verso que se lê,
até o eterno céu é exclusivo.
O mesmo não mais se verá.
Se o visto não muda, muda o que vê...
Mas, nem por isso me privo.

Terei de novo, beijos únicos,
como se histórias que não findam,
continuam, mudando a permanecer.
Vivo o perene, mesmo desigual,
mas, na essência, eles ainda são...
O mesmo amor, é novo a cada amanhecer.

O inalterável geralmente é morto.
A vida, por si é movimento.
Tome de seu tesouro e dance.
Não o enterre, ou faça porto.
Seja a estrada, seja como o vento,
faça o girar do mundo o seu alcance.

Foto de Cecília Santos

Quero sim!!

Quero um arco-íris de cores, de flores e alegria.
De girassóis amarelos, iguais aos raios solares.
Quero colher as margaridas, as rosas e os jasmins.
Fazer um lindo buquê com os lírios do meu jardim.
Quero cantar a alegria, das flores enfeitando a vida.
Andar descalça na relva, sentindo a maciez do orvalho.
Sentindo o vento soprando, trazendo nuvens no céu!
Quero sim, agradecer a Deus todos os dias as bênçãos
que ele me dá.
Se não fossem as cores por Ele criado.
Eu não saberia a cor dos meus sentimentos.
Mas agora todos tem cores, são igualmente matizados
como o arco-íris, as flores, e as borboletas

SP/01/2012*

Foto de José Herménio Valério Gomes

ESTOU A ENTRAR NUM RIO

Näo sei mais como dizer-te
Como este amor està no fim
Sei que ambos vamos sair magoados
De ver o nosso mundo ruir assim

Mas por nada neste momento
Eu queria nos ver separados
E sò recordo cada segundo no tempo
Que passei a teu lado

Estou triste meu amor,meu coraçäo...
Fui o teu plano nos teus sonhos de bela-adormecida
E sem sabermos esta forte razäo
Tirou-nos o olhar sobre uma janela para a vida

Como tudo tem um horizonte
Pode ser o motivo de um rio em viagem
Largando làgrimas em àguas distantes
Afastando-se mais ainda das duas margens

Sabemos que (estas) mais pròximas do lamento
Onde nos avistamos ainda um ao outro
Quando entrar pelo mar dentro
Vai deixar para sempre este amor morto

Na companhia da nossa història
Testemunharam folhas envelhecidas pelo Outono
Que cairam das arvores das memòrias
Tal qual para morrer como eu no teu sonho

Queria tanto contar vezes sem parar
Como te amo às escondidas
Jà diluido na àgua salgada do mar
O doce amor que fose na minga vida

NA VERDADE AMOR TUDO SE AFOGOU
AO ENTRAR MAR DENTRO
ESTE ADEUS SEM QUERER DEIXOU
O ENORME AMOR QUE SINTO POR TI A TODO O MOMENTO.....zehervago le 07/12/2011

deixo este talvez ?
dos mais belos ,senäo o mais belo poema que jà escrevi
como uma història que è verdadeira ,e podendo coincidir como tantas outras iguais
pelo mundo fora pois o amor fala sò uma lingua....zehervago

Foto de Evelline Andrade

Corações Animais (Zé Ramalho)

Não me vejo feito fera
Muito menos anjo
Eu quem faço o meu destino
Traço os meus planos
Sei que meu sexto sentido
Não vai me trair…

Troco o riso pelo pranto
Em qualquer negócio
Sei que tem olhos do medo
No fundo do poço
Estou sempre maquiado
Quando vou sorrir…

As leis dos meus olhos
São feitas por mim
Até na mesma mão
Os dedos não são iguais
Tem loucos
Que se olham no espelho
E se acham normais
Ninguém ganha o jogo
Sem ter ambição
Não se apaga o fogo
Com fogo na mão
Os gritos no silêncio
Não assustam
Corações Animais…

Eu me escondo num segredo
Sem qualquer mistério
Aqui se faz, aqui se paga
Pode acreditar…

Não me vejo feito fera
Muito menos anjo
Eu quem faço o meu destino
Traço os meus planos
Sei que meu sexto sentido
Não vai me trair…

Troco o riso pelo pranto
Em qualquer negócio
Sei que tem olhos do medo
No fundo do poço
Estou sempre maquiado
Quando vou sorrir…

As leis dos meus olhos
São feitas por mim
Até na mesma mão
Os dedos não são iguais
Tem loucos
Que se olham no espelho
E se acham normais
Ninguém ganha o jogo
Sem ter ambição
Não se apaga o fogo
Com fogo na mão
Os gritos no silêncio
Não assustam
Corações Animais…

Eu me escondo num segredo
Sem qualquer mistério
Aqui se faz, aqui se paga
Pode acreditar…

Foto de brigida

Batalha

Um turbilhão de sentimentos e emoções pairam na minha cabeça...por um lado pk?

pk as facilidades nunca são iguais pra todos?

pk é k tinha k ser eu?

pk tanta espera?

pk tantos problemas?

Afinal deveriamos estar tds em pé de igualdade, deveriamos tds ter as msms hipoteses, as mesmas tentativas, as mesmas probabilidades.

O k pra uns simplesmente aparece, pra outros requer uma luta quase constante, a k posso chamar de batalha.

escrevo sobre td e escrevo sobre nada, meras palavras pra maioria sem sentido mas k pra mim são musica, o dia-a-dia.

um dia....sim um dia...

um dia seremos todos iguais nem k seja um segundo,

um dia seremos todos felizes no msm momento,

um dia choraremos todos as mesmas lágrimas,

um dia todos sorrimos com a mesma alegria,

até k esse dia chegue...vivemos todos uma vida....e esperamos, tentamos, amamamos, choramos, sorrimos ....

por vontade do autor este texto nao segue as regras do novo acordo ortografico....lol ;-)

Foto de Mitchell Pinheiro

Preso ao amor, Livre pra viver

As amarras do cotidiano estão por toda parte
Quanto mais independente mais ficamos presos
As responsabilidades da rotina do adulto moderno nos consomem
Alavancas de todo tipo foram e são criadas para economizar um tempo que cada vez mais rápido se esvai
A janela tem vista pro mar mas está sempre fechada
As crianças buscam a atenção da televisão quando não são entretidas com presentes
Andamos pisando sobre as flores de jardins inavistados
O sol nasce e se põe sem platéia
Os iguais estão presos em serem cada vez mais iguais
Os diferentes estão presos em serem igualmente diferentes
Os casados estão presos em serem aquilo que os outros acham que eles são
Os solteiros estão presos há um comportamento forjado
Até que o amor surge nesta história
As amarras agora nos prendem ao nosso melhor
As responsabilidades não nos impedem mais de sorrir despreocupadamente
Sempre há um tempinho pra abrir a janela e curtir a paisagem
Contemplar a beleza das flores e brincar com as crianças agora é inevitável
Mas no fundo vivemos entrelaçados entre a liberdade e a prisão
Livre pra rotina , preso esperando morrer
Preso ao amor, Livre pra viver.

Foto de William Contraponto

É Preciso Causar

Tem dias que as pessoas parecem iguais
Todas seguindo para o mesmo lado
Bancando serem muito normais
Elas esquecem o bom da vida
Em ir além e algo mais...

Nós que caminhamos sem medo
Sabemos o que deve importar
Num colorido desde cedo dizendo:
- é preciso causar!

Alguns se acostumam
Enquanto outros só escutam
E nada fazem de interessante
Não vestem, não vibram, não agem...
Haja toda paciência!
Pois também não sabem
O que é ter audiência.

Mas nós que caminhamos sem medo
Sabemos o que deve importar
Num colorido desde cedo dizendo:
- é preciso causar!

[de William Contraponto - Sistema Clandestino ]

Foto de Allan Sobral

A Supremacia da Sobrevivência

Já é o mais alto ponto da noite, e a Lua já saúda a madrugada vindoura, o frio paulista é cortante, Homens se ocultam em jaquetas, blusas e tocas que transparecem suas personalidades, ou o mero desejo de ser algo ou alguém. Caminho lentamente entre cães fardados , e jovens vazios e sem amor, sem pressa, pois a esperança para o amanhã está no amanhecer, aprendi que para nossa noite só resta a sobrevivência.
Pois fomos jogados numa terra de ninguém, em corpos frágeis, no meio de feras, com um único instinto que nos manteve vivos, o medo, pois com por medo de sermos aniquilados, nos unimos , e dominamos os monstros, bestas e feras... vencemos! Ao fim leões rugiam em nosso respeito, elefantes nos carregavam em suas costas, e dos tigres fizemos mascotes, mas a fome de superioridade e o medo, fizeram com que nos voltássemos contra nós mesmos, a luta começou, e nos dividimos, por cor, tamanho, localidade, força ou inteligência, nos dividindo em reinos, países, estados, cidades, tribos, famílias. Nos matamos e nos dividimos a tal ponto, que hoje nosso reinado abrange a um único súdito, nossa vida já se baseia na felicidade singular. "Onde cada homem é sozinho, na casa da humanidade, onde cada homem é sozinho, na uni-multiplicidade."
Nos abstemos do amor, e denominamos todas as coisas que não conhecemos por codinomes, chamando-as sentimentos. Justificando erros, ou camuflando nossas frustrações , culpando os sentimentos e chamando as desilusões de acasos. Desculpa, é duro ter que aceitar, mas uma das coisas que São Paulo me ensinou, foi que se as coisas deram errados foi porque você perdeu o controle da situação, ou correu antes que a luta tenha acabado. Não há problema que não tenha solução, mesmo que esta seja árdua, cabe a nós decidir se vale o sacrifício, carregar o peso de um sonho, preservar segundo sua fé os seus princípios.
Mas a pressa e egoísmo nos tentam a escolher o caminho mais curto, que é cobrado com corrupção, e paga com a solidão. Nossa sede de glória é fraca e fútil, pois buscamos saciar a sede daqueles que nos assistem , buscando olhares e aplausos, nos viciando e usando de nossa carência, para transformar a atenção e a fama nas drogas mais viciantes.
A necessidade de destaque nos manipulou, a criar sistemas e articulações, como por exemplo o mercado de trabalho, o estado e o status social, camuflando arenas e coliseus, onde homens se matam em proporções, iguais ou maiores as cruzadas, as guerras e as epidemias. Com algumas poucas diferenças, antes os mais fracos morriam, hoje estes são escravizados com a desigualdade ( com se o igual, fosse algo bom), antes era derramado sangue, hoje derramamos lágrimas.
Sorrisos debochados e forçados são comuns em nossas vidas, camuflando o desespero que já nos domina. Procuramos algum motivo que nos dê forças para continuas tentando sobreviver, lotando as igrejas, os presídios, os manicômios, casas de recuperação , fabricando assassinos com nossa maquina de frustração.
Na subsistência de uma vida, as duvidas enlouqueceram poetas, profetas, sábios e cientistas, em busca da razão da vida, mas hoje vos deixo o recado: Da muita sabedoria, só nos resta o enfado. Do muito trabalhar, aprendemos a resistir e ser explorados. E da vida, cultivamos a sobrevivência.

Allan Sobral

Foto de Oliveira Santos

O Besouro Azul

Era outubro do ano passado, mês do meu aniversário e estava decidido a me dar um presente especial. Algo que marcasse uma época, sim, meu primeiro carro.
Iniciei minha cruzada em busca daquilo que seria um divisor de águas na minha vida. Diuturnamente pesquisava, não dormia direito, não comia direito, era pura ansiedade na minha procura incessante, e quando menos esperava lá estava ele. Uma jóia, um achado, raridade automotiva que habitava as memórias dos mais velhos e aguçava o desejo dos mais jovens. Um lindo, restaurado e personalizado Fuscão oito meia, motorzão mil e seiscentos, estofados em couro, som potente, instrumentos esportivos, lanternas especiais, rodas liga-leve quinze polegadas, levemente rebaixado, detalhes cromados, pintura impecável perolizada, coisa de colecionador. Era ele, eu tinha certeza, foi paixão fulminante. O Besouro Azul.
Tudo acertado com o antigo proprietário que o beijou como um pai que se despede de um filho que dificilmente verá novamente fui buscá-lo com um grande amigo que tinha mais experiência em direção veicular para levá-lo comigo. Enfim ele era meu, todo meu, somente meu.
Era como se tivesse nascido um filho que seria cercado de todos os cuidados e mimos, afinal era uma relíquia única em toda a cidade, talvez em todo o estado.
Foi uma das melhores sensações que tive na vida, de realização, de conquista. Eu era o cara.
Por onde passava era a sensação. As pessoas elogiavam, faziam ofertas, tiravam fotos, queriam vê-lo de perto, tocá-lo, sentí-lo.
Alguns amigos criticavam pelo fato de ser um carro velho. Ei, velho não! Antigo, é diferente. Mas eu não me importava com o que diziam os consumistas. Eles que ficassem com seus carros zero quilômetro, mas todos iguais. Hoje todos os carros se parecem, quase não se consegue distinguir um do outro com suas linhas retilíneas e formas geométricas. Eu queria algo ímpar, que fosse só meu, exclusivo!
E eu tinha, claro, o Besouro Azul arrancava suspiros até mesmo dos mais abastados com seus luxuosos veículos, todos automatizados e que só faltavam falar.
Até que na noite de Natal do mesmo ano, num piscar de olhos eu e aquele meu amigo do início da história vimos um vulto branco em nossa direção e tudo acabado. Acabado num muro de puro concreto do canteiro central de uma avenida muito movimentada da cidade.
O Besouro Azul parou de voar.

Foto de Arnault L. D.

Sinto tua falta

Ah, meu tudo, deste que foste
sou apenas luva sem mão,
o mundo tornou-se tão triste,
o relógio perdeu a razão...

As horas se emendam iguais,
só se travestem doutro dia.
Apenas luz que vem e vai
mas, sempre a mesma que eu via.

O que foi riso é chover,
o horizonte, fez-se aos pés,
cada dia, acordo em morrer,
desde quando não me és...

Meu prazer foi junto a ti,
cor da flor, calor do sol,
todo o amor que vi e ouvi,
todo tom tornado em bemol.

Sou-me apenas eu e não basto...
Um fragmento, ou pedaço,
ou quem sabe, talvez, um resto.
O resultante do fracasso...

Mirando o chão me enterro,
na inanição e inércia calo,
no erro, o por que encerro,
no encontro da alma ao ralo.

Sempre é o tempo do quando
é tornado insuportável.
Quando estavas foi voando
ao partiste... o interminável.

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